quinta-feira, 15 de setembro de 2016

Nossa Senhora das Dores


Celebramos sua compaixão, piedade; suas sete dores cujo ponto mais alto se deu no momento da crucificação de Jesus: “Quero ficar junto à cruz, velar contigo a Jesus e o teu pranto enxugar!”.

Assim, a Igreja reza a Maria neste dia, pois celebramos sua compaixão, piedade; suas sete dores cujo ponto mais alto se deu no momento da crucificação de Jesus. Esta devoção deve-se muito à missão dos Servitas – religiosos da Companhia de Maria Dolorosa – e sua entrada na Liturgia aconteceu pelo Papa Bento XIII.

A devoção a Nossa Senhora das Dores possui fundamentos bíblicos, pois é na Palavra de Deus que encontramos as sete dores de Maria: o velho Simeão, que profetiza a lança que transpassaria (de dor) o seu Coração Imaculado; a fuga para o Egito; a perda do Menino Jesus; a Paixão do Senhor; crucificação , morte e sepultura de Jesus Cristo.

Nós, como Igreja, não recordamos as dores de Nossa Senhora somente pelo sofrimento em si, mas sim, porque também, pelas dores oferecidas, a Santíssima Virgem participou ativamente da Redenção de Cristo. Desta forma, Maria, imagem da Igreja, está nos apontando para uma Nova Vida, que não significa ausência de sofrimentos, mas sim, oblação de si para uma civilização do Amor.

Nossa Senhora das Dores, rogai por nós!


Ó Mãe de Jesus e nossa mãe, Senhora das Dores, nós vos contemplamos pela fé, aos pés da cruz, tendo nos braços o corpo sem vida do vosso Filho. Uma espada de dor transpassou vossa alma como predissera o velho Simeão. Vós sois a Mãe das dores. E continuais a sofrer as dores do nosso povo, porque sois Mãe companheira, peregrina e solidária.

Recolhei em vossas mãos os anseios e as angústias do povo sofrido, sem paz, sem pão, sem teto, sem direito a viver dignamente. E com vossas graças, fortalecei aqueles que lutam por transformações em nossa sociedade.


Permanecei conosco e dai-nos o vosso auxílio, para que possamos converter as lutas em vitórias e as dores em alegrias.



Rogai por nós, ó Mãe, porque não sois apenas a Mãe das dores, mas também a Senhora de todas as graças. Amém! 

quarta-feira, 14 de setembro de 2016

Homilética: 25º Domingo do Tempo Comum - Ano C: "O bom uso das riquezas: desapego".



Em Lc 16, 1 – 13 o Senhor convida-nos a uma reflexão sobre o uso correto das riquezas: “Não podes servir a Deus e ao dinheiro”. Os cristãos são chamados a investir com sabedoria os bens materiais para adquirirem um tesouro nos céus. Somos chamados a refletir sobre os perigos de um excessivo apego ao dinheiro, aos bens materiais e a tudo o que nos impede de viver em plenitude a nossa vocação para amar Deus e os irmãos. Hoje, a parábola provoca em nós uma certa admiração, pois fala de um administrador desonesto que é elogiado. Como sempre o Senhor inspira-se em acontecimentos da vida quotidiana: narra sobre um administrador que está para ser despedido pela desonesta gestão dos negócios do seu patrão e, para garantir o seu futuro, procura, com astúcia, pôr-se de acordo com os devedores. É sem dúvida um desonesto, mas astuto: o Evangelho não nos apresenta o administrador desonesto como modelo para seguir na sua desonestidade, mas como um exemplo a ser imitado pela sua habilidade previdente. De fato, a breve parábola concluiu-se com estas palavras: “O Senhor elogiou o administrador desonesto, porque ele agiu com esperteza” (Lc 16, 8).

Quem não tem esperança, coloca seu apoio sobre os bens materiais. Na virtude da esperança, as pessoas são chamadas a viverem como senhores e senhoras da criação, sem se deixarem escravizar por ela. Por uma inversão de valores, as pessoas caem na tentação de substituir a Deus, que é o Sumo Bem, pelos bens passageiros.

O Senhor, nessa parábola, mostra que o administrador começou a refletir sobre o que o esperava: “Para cavar, não tenho forças; de mendigar, tenho vergonha. Já sei o que hei de fazer, para que alguém me receba em sua casa, quando eu for afastado da administração” (Lc 16, 3 – 4). Chamou os devedores do seu patrão e fez com eles um acordo que os favorecia…

O dono teve notícia do que o administrador tinha feito e louvou-o pela sua astúcia. E Jesus, talvez com um pouco de tristeza, acrescentou: “os filhos deste mundo são mais espertos em seus negócios do que os filhos da luz”. O Senhor não louva a imoralidade desse homem que, no pouco tempo que lhe restava, preparou uns amigos que depois o recebessem e ajudassem. “Por que o Senhor narrou esta parábola? – pergunta Santo Agostinho –. Não porque aquele servo fosse um exemplo a ser imitado, mas porque foi prevenido em relação ao futuro, a fim de que se envergonhe o cristão que não tenha essa determinação”; louvou-lhe o empenho, a decisão, a astúcia, a capacidade de sobrepor-se e resolver uma situação difícil, sem deixar-se levar pelo desânimo.

Podemos observar, com frequência, como é grande o esforço e os inúmeros sacrifícios que muitas pessoas fazem para conseguir mais dinheiro, para subir na escala social…

E nós, cristãos, devemos pôr ao menos esse mesmo empenho em servir a Deus, multiplicando os meios humanos para fazê-los render em favor dos mais necessitados. O interesse que os outros têm nos seus afazeres terrenos, devemos nós tê-lo em ganhar o Céu, em lutar contra o que nos separa de Cristo.

Ao escutar o Evangelho de hoje, pode-se perguntar: e “porque os filhos deste mundo são mais prudentes do que os filhos da luz” (Lc 16,8) se o Senhor nos mandou ser “prudentes como as serpentes, mas simples como as pombas” (Mt 10,16)? Ao citar essa passagem, outra pergunta se impõe à nossa consideração: por que as serpentes servem como modelo de prudência? Quiçá porque, como se diz, elas não se expõem para atacar. Já no livro do Gênesis se dizia que “a serpente era o mais astuto de todos os animais dos campos que o Senhor Deus tinha formado” (Gn 3,1). Neste capítulo também se pode ver a maneira espertalhona que a serpente, símbolo do diabo nesse caso, teve para levar os nossos primeiros pais ao pecado que nos trouxe a ruína espiritual.

Mas, cuidado, prudência e astúcia são duas realidades distintas, ainda que, à primeira vista, poderíamos confundi-las. A astúcia, na verdade, é uma falsa prudência, porque está penetrada de simulação e interesse. A prudência, ao contrário, é uma virtude que – segundo a maneira de pensar de Santo Tomás de Aquino – nos dá uma visão clara das coisas, fazendo com que valorizemos mais a verdade que nelas há que as nossas tendências apetitivas. Um exemplo das mais variadas manifestações da virtude da prudência é – como dizia um santo – não expor-se como católico quando está de moda ser católico e, ao contrário, manifestar-se católico quando todos se acovardam. Pensemos, por um momento, em qual dessas duas situações nos encontramos.

O uso do dinheiro exige uma grande honestidade, tanto nos negócios mais importantes, como nos mais insignificantes, porque “quem é fiel no pouco é também fiel no muito” (Lc 16, 10).


Papa: 'Não deixemos que nos roubem a esperança".


CATEQUESE
Praça São Pedro – Vaticano
Quarta-feira, 14 de setembro de 2016

Queridos irmãos e irmãs, bom dia!

Durante este Jubileu, refletimos várias vezes sobre o fato de que Jesus se exprime com uma ternura única, sinal da presença e da bondade de Deus. Hoje nos concentramos sobre um trecho comovente do Evangelho (cfr Mt 11, 28-30), no qual Jesus diz: “Vinde a mim, vós todos que estais cansados e oprimidos, e eu vos aliviarei. […] Aprendei de mim, que sou brando e humilde de coração, e encontrareis descanso para a vossa vida” (vv. 28-29). O convite do Senhor é surpreendente: chama para segui-lo pessoas simples e sobrecarregadas por uma vida difícil, chama a segui-lo pessoas que têm tantas necessidades e promete a elas que Nele encontrarão repouso e alívio. O convite é dirigido de forma imperativa: “vinde a mim”, “tomai o meu jugo”, “aprendei de mim”. Talvez todos os líderes do mundo pudessem dizer isso! Procuremos colher o significado dessas expressões.

O primeiro imperativo é “Vinde a mim”. Dirigindo-se àqueles que estão cansados e oprimidos, Jesus se apresenta como o Servo do Senhor descrito no livro do profeta Isaías. Assim diz o trecho de Isaías: “o Senhor me deu uma língua de discípulo, para que eu saiba reconfortar pela palavra o que está abatido” (50, 4). A estes desconfiados da vida, o Evangelho coloca ao lado também os pobres (cfr Mt 11,5) e os pequenos (cfr Mt 18, 6). Trata-se de quantos não podem contar com os próprios meios, nem com suas amizades importantes. Esses podem apenas confiar em Deus. Conscientes da própria humildade e mísera condição, sabem depender da misericórdia do Senhor, esperando Dele a única ajuda possível. No convite de Jesus encontram finalmente resposta à sua espera: tornando-se seus discípulos, recebem a promessa de encontrar restauração para toda a vida. Uma promessa que ao término do Evangelho vem expressa a todos os povos: “Ide – diz Jesus aos Apóstolos – e fazei discípulos todos os povos” (Mt 28, 19). Acolhendo o convite para celebrar este ano de graça do Jubileu, em todo o mundo os peregrinos atravessam a Porta da Misericórdia aberta nas catedrais, nos santuários, em tantas igrejas do mundo, nos hospitais, nos presídios. Por que atravessam esta Porta da Misericórdia? Para encontrar Jesus, para encontrar a amizade de Jesus, para encontrar a restauração que só Jesus dá. Este caminho exprime a conversão de cada discípulo que se coloca ao seguimento de Jesus. E a conversão consiste sempre em descobrir a misericórdia do Senhor. Essa é infinita e inesgotável: é grande a misericórdia do Senhor! Atravessando a Porta Santa, portanto, professamos “que o amor está presente no mundo e este amor é mais poderoso que todo tipo de mal, em que o homem, a humanidade, o mundo estão envolvidos” (João Paulo II, Enc. Dives in misericordia, 7).

O segundo imperativo diz: “Tomai o meu jugo”. No contexto da Aliança, a tradição bíblica utiliza a imagem do jugo para indicar o estreito vínculo que liga o povo a Deus e, por consequência, a submissão à sua vontade expressa na Lei. Em polêmica com os escribas e os doutores da lei, Jesus coloca sobre seus discípulos o seu jugo, no qual a Lei encontra o seu cumprimento. Quer ensinar a eles que descobrirão a vontade de Deus mediante a sua pessoa: mediante Jesus, não mediante leis e prescrições frias que o próprio Jesus condena. Basta ler o capítulo 23 de Mateus! Ele está no centro de sua relação com Deus, está no coração das relações entre os discípulos e se coloca como centro da vida de cada um. Recebendo o “jugo de Jesus”, cada discípulo entra assim em comunhão com Ele e se torna partícipe do mistério da sua cruz e do seu destino de salvação.

A cruz é a glória e a exaltação de Cristo



Celebramos a festa da santa cruz, que dissipou as trevas e nos restituiu a luz. Celebramos a festa da santa cruz, e junta mente com o Crucificado somos elevados para o alto, para que, deixando a terra do pecado, alcancemos os bens celestes. Tão grande é o valor da cruz, que quem a possui, possui um tesouro. E chamo‑a justamente tesouro, porque é na verdade, de nome e de facto, o mais precioso de todos os bens. Nela está a plenitude da nossa salvação e por ela regressamos à dignidade original.
 
Com efeito, sem a cruz, Cristo não teria sido crucificado. Sem a cruz, a Vida não teria sido cravada no madeiro. E se a Vida não tivesse sido crucificada, não teriam brotado do seu lado aquelas fontes de imortalidade, o sangue e a água, que purificam o mundo; não teria sido rasgada a sentença de condenação escrita pelo nosso pecado, não teríamos alcançado a liberdade, não poderíamos saborear o fruto da árvore da vida, não estaria aberto para nós o Paraíso. Sem a cruz, não teria sido vencida a morte, nem espoliado o inferno.
 
Verdadeiramente grande e preciosa realidade é a santa cruz! Grande, porque é a origem de bens inumeráveis, tanto mais excelentes quanto maior é o mérito que lhes advém dos milagres e dos sofrimentos de Cristo. Preciosa, porque a cruz é simultaneamente o patíbulo e o troféu de Deus: o patíbulo, porque nela sofreu a morte voluntariamente; e o troféu, porque nela foi mortalmente ferido o demónio, e com ele foi vencida a morte. E deste modo, destruídas as portas do inferno, a cruz converteu‑se em fonte de salvação para todo o mundo. A cruz é a glória de Cristo e a exaltação de Cristo.
 
A cruz é o cálice precioso da paixão de Cristo, é a síntese de tudo quanto Ele sofreu por nós. Para te convenceres de que a cruz é a glória de Cristo, ouve o que Ele mesmo diz: Agora foi glorificado o Filho do homem e Deus foi glorificado n’Ele e em breve O glorificará. E também: Glorifica‑me, ó Pai, com a glória que tinha junto de Ti, antes de o mundo existir. E noutra passagem: Pai, glorifica o teu nome. Veio então uma voz do Céu: ‘Eu O glorifiquei e de novo O glorificarei’.
 
E para saberes que a cruz é também a exaltação de Cristo, escuta o que Ele próprio diz: Quando Eu for exaltado, então atrairei todos a Mim. Como vês, a cruz é a glória e a exaltação de Cristo.




Dos Sermões de Santo André de Creta, bispo
(Sermão 10, na Exaltação da Santa Cruz: PG 97, 1018-1019.1022-1023) (Sec. VIII)

Existe liberdade de arbítrio?


“O homem possui realmente liberdade de arbítrio, de modo a ser responsável por seus atos?” (Tiago Natal - Rio de Janeiro-RJ).

Questão formulada a propósito de um texto de Alexandre Dumas:

- "Diz-se que Deus outorgou ao homem o livre arbítrio (...) Se o deu, só o deu ao primeiro homem que Ele criou (...) Tal pai, tal filho. Após o segundo homem, não somos mais as criaturas de Deus (...) O pai foi culpado, o filho é criminoso; a transmissão fisiológica tem início, a fatalidade hereditária se impõe".

1. A liberdade de arbítrio de que entendemos tratar aqui é a propriedade arraigada na vontade do homem, de poder escolher entre o agir e o não agir, entre o agir deste modo e o agir daquele modo.

A existência desta propriedade se deriva das proposições seguintes:

- O homem possui duas faculdades que o caracterizam como ser espiritual: a inteligência e a vontade.

- A inteligência é capaz de formar o conceito de ser como tal, abstração feita de tal e tal modalidade do mesmo. Quanto à vontade, é a faculdade que ama o ser previamente conhecido pela inteligência.

- Ora todo ser, por natureza, é bom (o mal é uma carência). Disto se segue que a vontade em qualquer de seus atos quer o bem, e não pode querer senão o bem (o bem real ou, ao menos, o bem aparente).

Digamos agora que a inteligência apresente à vontade o Ser (que é também o Bem) real infinito (Deus) apreendido como infinito, sem mistura de não-ser ou de imperfeição; a vontade então não pode deixar de aderir a Ele e de se dar por plenamente satisfeita; no caso, não goza de liberdade, porque o não agir ou o agir de outro modo não lhe podem parecer um bem (o Bem infinito é o que esgota o conceito de Bem). Todavia, o encontro face a face com o Infinito não se dá na vida presente. Todo bem que a inteligência conheça na terra ou é finito ou é o Infinito (Deus) apreendido analogamente, à semelhança dos seres finitos; de onde se segue que, enquanto está unida ao corpo, a vontade humana nunca é necessariamente solicitada por determinado objeto. Qualquer ser que se lhe apresente, pode-lhe aparecer não somente como um bem, mas também como um não-bem ou como um bem deficiente (o próprio Deus lhe ocorre não apenas como Pai atraente, mas também como o Legislador coibitivo de tais e tais prazeres desregrados e, enquanto tal, pode ser repudiado).

É isto que nos leva à conclusão de que a vontade humana goza de liberdade de arbítrio neste mundo em relação a qualquer bem criado e em relação ao próprio Criador; enquanto a inteligência apresenta à vontade os aspectos de um objeto convenientes às disposições momentâneas do sujeito, a vontade se inclina para esse objeto; dado, porém, que o indivíduo se ponha a considerar os aspectos do mesmo objeto que contrariam às paixões do sujeito, a vontade já tem fundamento para o rejeitar.

Eis brevemente o argumento filosófico de onde se deduz a existência do livre arbítrio no homem. Tal raciocínio é comprovado pela experiência: todo indivíduo tem consciência de ser, por natureza, senhor de seus atos, responsável do que fez e deixou de fazer; pressuposto isto, as leis sempre estabeleceram sanções correlativas ao procedimento do homem.

2. Vejamos agora outro aspecto da questão.

São Materno de Colônia


São Materno é celebrado pela tradição como o primeiro bispo da cidade de Colônia, na Alemanha. Ainda segundo a tradição, no século quarto, Materno veio da Palestina para evangelizar os germânicos. 

Materno viveu num período de crises da Igreja. Após um período de perseguições do império, o problema agora estava no próprio seio da Igreja, que estava em perigo de dividir-se por causa das heresias. 

O bispo Materno foi um grande pacificador na Igreja. Por causa da heresia donatista, ele viu-se obrigado a deslocar-se para o norte da África. A heresia donatista pregava o elitismo moral cristão, deixando de lado os infiéis e pecadores. Por causa de suas infidelidades, estes cristãos não poderiam nunca mais ser admitidos a comunhão da Igreja. 

Materno interferiu na comunidade africana, mostrando-se favorável ao reestabelecimento da paz e da comunhão dos cristãos que tinham extraviado do bom caminho. Mas, mesmo assim, o cisma donatista continuou a espalhar-se pelo norte da África. 

São Materno é venerado pelo poo germânico e suas ações estão estampadas nos vitrais da Catedral de Tréveres, que também abriga seus restos mortais. 



Ó Deus pai de bondade, que enviastes vosso servo São Materno para reconciliar os cristãos entre si e manter a unidade da fé, ensinai-nos a viver de tal modo unidos a Vós que em tudo que fizermos proclamemos vosso amor. Por Cristo Nosso Senhor. Amém. 

Exaltação da Santa Cruz


Nos reunimos com todos os santos, neste dia, para exaltar a Santa Cruz, que é fonte de santidade e símbolo revelador da vitória de Jesus sobre o pecado, a morte e o demônio; também na Cruz encontramos o maior sinal do amor de Deus, por isso : “Nós, porém, pregamos um Messias crucificado, escândalo para os judeus, loucura para os pagãos ” (I Cor 1,23).

Esta festividade está ligada à dedicação de duas importantes basílicas construídas em Jerusalém por ordem de Constantino, filho de Santa Helena. Uma, construída sobre o Monte do Gólgota e outra, no lugar em que Cristo Jesus foi sepultado e ressuscitado pelo poder de Deus. A dedicação destas duas basílicas remonta ao ano 335, quando a Santa Cruz foi exaltada ou apresentada aos fiéis. Encontrada por Santa Helena, foi roubada pelos persas e resgatada pelo imperador Heráclio.

Graças a Deus a Cruz está guardada na tradição e no coração de cada verdadeiro cristão, por isso neste dia, a Igreja nos convida a rezarmos: “Do Rei avança o estandarte, fulge o mistério da Cruz, onde por nós suspenso o autor da vida, Jesus. Do lado morto de Cristo, ao golpe que lhe vibravam, para lavar meu pecado o sangue e a água jorravam. Árvore esplêndida bela de rubra púrpura ornada dos santos membros tocar digna só tu foste achada”.“Viva Jesus! Viva a Santa Cruz!”

Santa Cruz, sede a nossa salvação!


Exaltai ao Senhor, nosso Deus 
e prostrai-vos ante o escabelo de seus pés 
porque Ele é Santo.

Salva-nos, ó Filho de Deus, 
Tu que foste crucificado na carne, 
a nós, que a Ti cantamos: aleluia!

Salva, Senhor, o teu povo 
e abençoa a tua herança. 
Concede à tua Igreja a vitória sobre o mal 
e guarda o teu rebanho pela tua Cruz.

Tu, ó Cristo Deus, que, voluntariamente, foste erguido na Cruz, 
tem compaixão do povo que traz o teu Nome. 
Alegra, pelo teu poder, a tua santa Igreja 
e concede-lhe a vitória sobre o mal. 
Que tua aliança seja para nós 
uma arma de paz e um troféu de vitória!

Diante da tua Cruz † (sinal da cruz), ó Mestre, nos prostramos 
e glorificamos a tua santa Ressurreição. (3 vezes)

Glória ao Pai † …

E glorificamos a tua santa Ressurreição.

Diante da tua Cruz †, ó Mestre, nos prostramos 
e glorificamos a tua santa Ressurreição.

Exaltai ao Senhor, nosso Deus 
e prostrai-vos ante o escabelo de seus pés porque ele é Santo.

O Senhor reina, alegrem-se os povos; 
seu trono está sobre os Querubins, vacila a terra. (Sl 99, 5)

Aleluia, aleluia, aleluia!

Lembra-te do teu povo que elegeste há tanto tempo; 
recuperaste o cetro de tua herança. 
Aleluia, aleluia, aleluia!

Deus, que é nosso Rei antes dos séculos, 
operou a salvação no meio da terra. 
Aleluia, aleluia, aleluia!

Ó Mãe de Deus, tu és o paraíso místico, 
pois sem ser cultivada, produziste Cristo, 
que plantou a árvore da Cruz. 
Por isso, agora O adoramos crucificado 
e a ti exaltamos.

Gravada está sobre nós, Senhor, 
a luz da tua face. 
Aleluia, aleluia, aleluia!

Ó Cristo Deus, que voluntariamente foste suspenso à Cruz, 
tem compaixão do povo que traz o teu nome. 
Alegra, pelo teu poder, a tua santa Igreja 
dando-lhe a vitória sobre o mal. 
Que tua aliança seja para nós 
uma arma de paz e um troféu de vitória.

Cumprida, Senhor foi a palavra de teu profeta Moisés: 
«Vereis vossa Vida suspensa a vossos olhos». 
Hoje, a Cruz é exaltada e o mundo se liberta do erro. 
Hoje, renova-se a ressurreição de Cristo; 
regozijam-se os confins da terra, 
e, com hinos e salmos, como outrora Davi, exclamam: 
«Realizaste hoje, a salvação do mundo, 
passando pela Cruz e a Ressurreição, 
pelas quais nos libertaste, Senhor Nosso Deus!»


Ó Tu, que amas a humanidade, Senhor, glória a Ti!

terça-feira, 13 de setembro de 2016

Mensagem sobre as Eleições


Dia 02 de outubro próximo, o povo brasileiro é chamado novamente às urnas, para definir quem vai lhe prestar serviços no governo municipal. Deveremos eleger o Prefeito, o Vice e os Vereadores.

Neste momento singular da democracia, a Arquidiocese de Juiz de Fora, consciente de sua responsabilidade social, deseja oferecer ao Povo de Deus algumas indicações práticas, a fim de que o eleitor possa agir com liberdade e escolher com responsabilidade os seus candidatos. Tanto a Bíblia quanto a Doutrina Social da Igreja nos mostram que o compromisso político é uma das formas de realizar o dever cristão de servir ao próximo (Cf. Compêndio da Doutrina Social da Igreja, nº 565).

Entre outras coisas, é bom que cada eleitor fique atento aos seguintes pontos práticos:

1 ‐ Sugerimos que ninguém anule ou deixe seu voto em branco. Seria omissão.

2 ‐ Nunca se deve aceitar doações em dinheiro, ou qualquer outro benefício, de candidatos em troca do voto. Quem vende seu voto, vende sua dignidade. 

3 ‐ O eleitor católico defende a vida e a dignidade da pessoa humana. Ao dar seu voto, deve informar‐se a respeito da postura do candidato, se uma vez eleito ele vai defender a vida humana desde a concepção (fecundação) até o seu fim natural, não apoiando programas e nem políticos contrários a estes princípios éticos.

4 ‐ A Igreja é totalmente contrária a qualquer tipo de violência praticada contra a mulher, ou a qualquer ser humano, bem como praticada contra o patrimônio público ou particular. Ela defende a paz e a ordem social e sabe que os fins não justificam os meios. Ela está sempre preocupada com as classes empobrecidas ou enfraquecidas de alguma forma. Isto, contudo, não significa que ela possa aceitar tipos de ideologias contrárias à ética e à moral presente nos santos evangelhos e na doutrina cristã.

5 ‐ O eleitor deve informar‐se a respeito do desempenho político do candidato e se ele tem ficha limpa. Nunca vote em candidato que tenha histórico de corrupção.