domingo, 27 de novembro de 2016

Nossa Senhora das Graças


Em uma tarde de sábado, no dia 27 de novembro de 1830, na capela das Irmãs Filhas da Caridade de São Vicente de Paulo, Santa Catarina Labouré teve uma visão de Nossa Senhora. A Virgem Santíssima estava de pé sobre um globo, segurando com as duas mãos outro globo menor, sobre o qual aparecia uma cruzinha de ouro. Dos dedos das suas mãos, que de repente encheram-se de anéis com pedras preciosas, partiam raios luminosos em todas as direções e, num gesto de súplica, Nossa Senhora oferecia o globo ao Senhor.    

Santa Catarina Labouré relatou assim sua visão: "A Virgem Santíssima baixou para mim os olhos e me disse no íntimo de meu coração: 'Este globo que vês representa o mundo inteiro (...) e cada pessoa em particular. Eis o símbolo das graças que derramo sobre as pessoas que as pedem. ' Desapareceu, então, o globo que tinha nas mãos e, como se estas não pudessem já com o peso das graças, inclinaram-se para a terra em atitude amorosa. ...Formou-se em volta da Santíssima Virgem um quadro oval, no qual em letras de ouro se liam estas palavras que cercavam a mesma Senhora: Ó Maria, concebida sem pecado, rogai por nós que recorremos a vós. Ouvi, então, uma voz que me dizia: 'Faça cunhar uma medalha por este modelo; todas as pessoas que a trouxerem receberão grandes graças, sobretudo se a trouxerem no pescoço; as graças serão abundantes, especialmente para aqueles que a usarem com confiança. ' “Nossa Senhora da Medalha Milagrosa é a mesma Nossa Senhora das Graças", por ter Santa Catarina Labouré ouvido, no princípio da visão, as palavras: "Estes raios são o símbolo das Graças que Maria Santíssima alcança para os homens."



Ó Imaculada Virgem Mãe de Deus e nossa Mãe, ao contemplar-vos de braços abertos derramando graças sobre os que vo-las pedem, cheios de confiança na vossa poderosa intercessão, inúmeras vezes manifestada pela Medalha Milagrosa, embora reconhecendo a nossa indignidade por causa de nossas inúmeras culpas, acercamo-nos de vossos pés para vos expor, durante esta oração, as nossas mais prementes necessidades. Concedei, pois, ó Virgem da Medalha Milagrosa, este favor que confiantes vos solicitamos, para maior Glória de Deus, engrandecimento do vosso nome, e o bem de nossas almas. E para melhor servirmos ao vosso Divino Filho, inspirai-nos profundo ódio ao pecado e dai-nos coragem de nos afirmar sempre como verdadeiros cristãos.  Ó Maria concebida sem pecado, rogai por nós que recorremos a vós. Amém.

sábado, 26 de novembro de 2016

Fidel, o 'líder máximo' que encontrou três Papas


Fidel Castro, o líder da Revolução Cubana morreu sexta-feira (25/11), aos 90 anos, anunciou a TV estatal. Um dos homens mais carismáticos e controversos da História política do século XX, era a última grande figura do comunismo ocidental. O ex-líder ‘máximo’ governou a ilha caribenha por quase meio século até render-se à saúde e entregar o poder a seu irmão, Raúl Castro, em 2008. Conforme Raúl, o corpo do ex-presidente de Cuba será cremado na manhã deste sábado (26/11), ‘atendendo a seus pedidos’.

Povo cubano 'será vitorioso'

Fidel foi visto publicamente pela última vez em 15 de novembro passado, quando recebeu o presidente do Vietnã, Tran Dai Quang. Em abril, proferiu um discurso raro no último dia do congresso do Partido Comunista. Na ocasião, ele reconheceu a idade avançada, mas disse que os conceitos comunistas cubanos ainda eram válidos e o povo cubano ‘será vitorioso’.  

“Na abertura de Cuba ao mundo e do mundo a Cuba” foi decisivo o papel diplomático da Igreja Católica, inicialmente com João Paulo II e Bento XVI, e depois com a ação do Papa Francisco que levou à normalização das relações de Cuba e Estados Unidos.

O desgelo com Wojtyla

Fidel Castro encontrou Papa Wojtyla em 1996, no Vaticano: uma audiência reservada e cordial, de 35 minutos. No final, a declaração de Fidel: “Gostaria de receber o Papa em Cuba”. Dito e feito, em janeiro de 1998, o acontecimento histórico, a visita do Papa João Paulo II à ilha. Ao se despedir do Pontífice, que defendera repetidamente o fim do embargo, não se furtando, contudo, de pedir a libertação dos presos políticos cubanos, o presidente cubano afirmou:

“Creio que nós dois demos um bom exemplo ao mundo. O senhor, visitando o que alguns passaram a chamar de último bastião do comunismo. Nós, recebendo o líder religioso a quem quiseram atribuir a responsabilidade de haver destruído o socialismo na Europa”.  

Bento XVI em Havana

Quatorze anos depois, em 2012, mais livre de compromissos políticos, vista a idade e a doença, foi a vez do encontro com Bento XVI em Havana. Padre Federico Lombardi, então porta-voz da Santa Sé, mencionou que a conversa foi cordial; Fidel teria apresentado ao Pontífice esposa e filhos.

Entre o líder e Bento XVI houve uma animada troca de ideias e no momento da despedida, Castro quis agradecer Ratzinger por duas beatificações: Madre Teresa de Calcutá e João Paulo II. 

Está para chegar!


Iniciamos o Advento, mais do que a gestante espera o nascimento de seu bebê. A vinda à luz de nova criança é corriqueira, mas é especial para a família que a acolhe. No entanto, o nascimento entre nós do Menino-Deus é diferente e fato inusitado na história da humanidade. Trata-se do Salvador.

A história humana, considerada na visão puramente horizontal ou social, é uma sucessão de atividades sem sentido, assumindo-se o humano por ele mesmo e finalizando em seus limites. No entanto, o ser humano não se contenta em ser confinado nos próprios limites. Tem sede de infinito. Só o material, e percebido pelos sentidos, não sacia tal sede. Aliás, o Criador inocula na consciência de cada ser humano, com uso normal da razão, a vontade de se encontrar com Ele. Tal encontro é o coroamento da realização plena do humano. Como sozinho o ser humano não é capaz de ir ao encontro do divino, Deus vem a seu encontro de forma humana, na pessoa do Emanuel. Por isso, recebê-lo torna possível nosso abraço ao Criador.

Esse tempo de preparação para o abraço de Deus-humanizado à humanidade não é conhecido por todos. Quem tem o dom da fé cristã é encarregado de mostrar aos outros que é possível ter esperança na humanidade feliz. Na abertura de si ao transcendente, que vem à nossa história, cada um de nós pode viver na certeza de sua real possibilidade de vida de sentido e realizadora. O esperado das nações vem ensinar-nos a fazer deste planeta uma terra com superação dos males. Para isso, é preciso seguir o exemplo da criança que vem e nos ensina a sermos também crianças na sinceridade, na abertura à aceitação do outro, na colaboração para darmos de nós para a promoção da vida digna de todos, na corresponsabilidade em tirarmos as causas das desavenças, dos mecanismos de morte, da droga, do desrespeito aos mais frágeis… 

Uma Esposa saudosa entre o já e o ainda-não


671. Já presente em Sua Igreja, o Reino de Cristo ainda não está consumado "com poder e grande glória" (Lc 21,17) pelo advento do Rei na terra. Esse Reino é ainda atacado pelos poderes maus, embora estes já tenham sido vencidos em suas bases pela Páscoa de Cristo. Enquanto tudo não for submetido a Ele, "enquanto não houver novos céus e nova terra, nos quais habita a justiça, a Igreja peregrina leva consigo em seus sacramentos e em suas instituições, que pertencem à idade presente, a figura deste mundo que passa, e ela mesma vive entre as criaturas que gemem e sofrem como que dores de parto até o presente e aguardam a manifestação dos filhos de Deus". Por este motivo os cristãos oram, sobretudo na Eucaristia, para apressar a volta de Cristo, dizendo-Lhe: "Vem, Senhor" (Ap 22,20).

A Igreja é peregrina. Ela é de Cristo e é totalmente vivificada pelo Espírito do seu Senhor Jesus; mas, caminha ainda neste mundo. Por isso, o Reino cujo germe ela já porta em si e a glória que ela já experimenta ainda não aparecem em toda sua potencialidade e clareza. A Igreja caminha neste mundo entre provações, perseguições e tentações, até que Cristo brilhe em toda a Sua glória. Enquanto isso, nossa Mãe católica traz em si tantas marcas deste mundo que passa. Um dia, no entanto, ela entrará na plenitude do seu Senhor, na Glória sem fim... 

A vinda de Cristo


Jesus exorta os discípulos: “Ficai preparados! Porque na hora em que menos pensais, o Filho do homem virá”. O contexto, conforme o Evangelho da Missa - Mt 24, 37-44 - é de reflexão sobre a “Parusia”, isto é, sobre a segunda vinda de Jesus Cristo à terra. A volta do Senhor na sua glória era esperada para logo pelos cristãos da comunidade primitiva. Mateus conta que Jesus mesmo tratou com os discípulos a questão do seu retorno ao mundo, usando três imagens. O dilúvio de Noé; homens e mulheres trabalhando; o ladrão que vem sem avisar. O dilúvio veio como surpresa quando todos comiam e bebiam, casavam-se e davam-se em casamento. Dois homens estarão trabalhando no campo e um será levado o outro deixado, duas mulheres estarão moendo no moinho e uma será levada e outra deixada. Quanto ao ladrão, o dono da casa ficaria vigiando se soubesse a hora em que ele viria arrombá-la. Por estas imagens, o dia do Senhor chegará de surpresa sem que se saiba o dia e a hora, virá de forma imprevisível e em circunstâncias incertas. Por isso, Jesus insiste com os discípulos, dizendo-lhes: “Vigiai!”. 

Hoje, na Igreja, começa o ano novo de 2017. É o primeiro domingo do Advento, uma palavra latina que significa “chegada, vinda”. Durante as quatro semanas do Advento, a Liturgia nos ajuda na preparação do Natal.  Este é, portanto, um tempo de conversão e purificação para bem celebrarmos o mistério da encarnação do Salvador, um tempo de piedosa e alegre expectativa daquele que haverá de chegar. O Advento recorda as duas vindas de Jesus Cristo: a sua primeira vinda na história, nascido de uma Virgem, e a sua segunda vinda futura na glória, nascido desde a eternidade. Este primeiro domingo do Advento como vimos acima foca a segunda vinda de Cristo. Conforme Jesus conclui, precisamos andar sempre vigilantes para o encontro com Deus e a recepção de Cristo no Natal, mas também em cada dia da vida, pois o Senhor estará sempre perto de nós e bate à nossa porta. A nossa oração deve resumir-se em insistente súplica: Vinde, Senhor Jesus, vinde nos salvar e desenvolver neste mundo, fazendo-o florescer, o Reino de Deus, reino de justiça, paz e amor que instaurastes desde a vossa primeira vinda entre nós. 

O Senhor-Salvador é Rei


Alguns trechos do Catecismo da Igreja, que nos fazem pensar sobre o final da história e a Vinda do Cristo nosso Deus. Que nos façam pensar!

668. "Cristo morreu e reviveu para ser o Senhor dos mortos e dos vivos" (Rm 14,9). A Ascensão de Cristo ao Céu significa Sua participação, em Sua humanidade, no poder e na autoridade do próprio Deus. Jesus Cristo é Senhor: possui todo poder nos céus e na terra. Está "acima de toda autoridade, poder, potentado e soberania", pois o Pai "tudo submeteu a Seus pés (Ef 1,20-22). Cristo é o Senhor do cosmo e da história. Nele, a história do homem e mesmo toda a criação encontram sua "recapitulação"' sua consumação transcendente.

Porque Se fez um de nós, porque entrou no nosso mundo, o Filho eterno assumiu pessoalmente toda a criação, uniu-Se pessoalmente a toda a humanidade, participando de nossa aventura de alegria e dor até a morte. Por isso, uma vez ressuscitado, Jesus Cristo é Cabeça da criação e da história humana. É como Cabeça, pleno do Espírito Santo, que Ele tudo dirige a tudo julga, pois que de tudo Ele é a medida, o critério, a referência. Ele mesmo disse que pode julgar porque é Filho do Homem, isto é, porque, fazendo-Se homem, veio viver nossa aventura!

669. Como Senhor, Cristo é também a cabeça da Igreja, que é Seu Corpo. Elevado ao Céu e glorificado, tendo assim cumprido plenamente Sua missão, Ele permanece na terra em Sua Igreja. A redenção é a fonte da autoridade que Cristo, em Virtude do Espírito Santo, exerce sobre a Igreja. O Reino de Cristo já está misteriosamente presente na Igreja, germe e início deste Reino na terra.

O Cristo que é glorioso Senhor do universo e de toda a humanidade é, inseparavelmente, Aquele que é Cabeça da Igreja, é Aquele que amou a Igreja e Se entregou por ela, é Aquele que encheu Sua Igreja com o dom do Seu Espírito Santo. Cristo, o Filho feito homem, morto e ressuscitado tem plena autoridade sobre a Igreja enchendo-a com a plenitude de Seu Espírito. Precisamente por isso, a Igreja é o lugar privilegiado no qual o Reinado do Senhor Jesus Se manifesta, como germe e início neste mundo. 

Cantemos Aleluia ao bom Deus que nos livra de todo o mal


Cantemos Aleluia, ainda inseguros na terra, para podermos cantá-lo um dia em plena segurança no Céu. Mas porque estamos ainda inseguros? Não queres que me sinta inseguro, quando leio: Porventura não é uma tentação a vida do homem sobre a terra? Não queres que me sinta inseguro, quando me dizem: Vigiai e orai para não cairdes em tentação? Não queres que me sinta inseguro, onde as tentações são tão frequentes que a própria oração nos obriga a repetir: Perdoai as nossas ofensas assim como nós perdoamos a quem nos tem ofendido? Todos os dias pedimos perdão e todos os dias cometemos ofensas. Queres que me sinta seguro na terra, onde todos os dias peço perdão dos pecados e proteção dos perigos? Depois de ter dito, por causa dos pecados passados: Perdoai as nossas ofensas assim como nós perdoamos a quem nos tem ofendido, acrescenta imediatamente, por causa dos perigos futuros: Não nos deixeis cair em tentação. Como pode sentir-se bem o povo que clama juntamente comigo:Livrai-nos do mal? E contudo, irmãos, mesmo no meio destes males, cantemos Aleluia ao bom Deus que nos livra do mal. 

Também aqui, rodeados de perigos e tentações, cantemos todos Aleluia. Deus é fiel – diz o Apóstolo – e não permitirá que sejais tentados acima das vossas forças. Por isso cantemos Aleluia cá na terra. O homem é ainda pecador, mas Deus é fiel. Não diz: «Não permitirá que sejais tentados»; mas: Não permitirá que sejais tentados acima das vossas forças. Mas no tempo da tentação, dar-vos-á também o meio de sair dela, ajudando-vos a suportá-la. Entraste em tentação? Deus fará com que saias dela são e salvo; como o vaso do oleiro, vais sendo modelado pela pregação e cozido no fogo da tribulação. Mas quando entras na tentação, confia que hás de sair dela, porque Deus é fiel: O Senhor guardará as tuas entradas e as tuas saídas. 

Quando este nosso corpo se tornar imortal e incorruptível, acabará toda a tentação, porque o corpo está morto. Está morto, porquê? Por causa do pecado. Mas o espírito é vida; porquê? Por causa da justiça. Abandonamos então o corpo morto? Não. Escuta [o Apóstolo]: Se o Espírito d’Aquele que ressuscitou Jesus de entre os mortos habita em vós, Ele que ressuscitou Cristo Jesus de entre os mortos, também dará vida aos vossos corpos mortais. Agora, o nosso corpo é animal; depois, será espiritual. 

Oh ditoso Aleluia do Céu, plenamente seguro, livre de toda a adversidade! Ali não haverá nenhum inimigo, nem se perderá nenhum amigo. Ressoam os louvores de Deus no Céu; ressoam os louvores de Deus na terra. Mas aqui são cantados por homens inseguros; lá, em plena segurança. Aqui, pelos que hão de morrer; lá, pelos que já são imortais. Aqui, pelos que vivem na esperança; lá, pelos que já possuem a realidade. Aqui, pelos que são ainda peregrinos; lá, pelos que já chegaram à pátria. 

Cantemos agora, meus irmãos, não para gozar o repouso, mas para aliviar a fadiga. Como costumam cantar os caminhantes: canta, mas caminha; cantando, alivia a fadiga, mas não te dês à preguiça; canta e caminha. Que quer dizer: «Caminha»?. Avança, progride no bem. Há alguns, como diz o Apóstolo, que progridem no mal. Tu, se progrides, caminhas. Mas progride no bem, progride na verdadeira fé, progride na vida santa. Canta e caminha.


Dos Sermões de Santo Agostinho, bispo

(Sermo 256, 1.2.3: PL 38, 1191-1193) (Sec. V)

Pedir em nome de Maria


Uma coisa é dizer que tudo nos vem por Maria e outra coisa dizer que muitas graças no vêm através da prece de Maria. Se eu oro por você ao Pai em nome de Jesus, ou a Jesus diretamente e você me diz que recebeu a graça, não estou errado ao dizer que, por minha intercessão junto a Jesus, você recebeu aquela graça. Senão, que sentido teria os pais orarem pelos filhos ou os padres e pastores orarem por seus fiéis? Não é intercessão? Se nós intercedemos o tempo todo uns pelos outros, porque negar que Maria faça o mesmo a quem pede sua ajuda? Seria a prece dela menor do que a dos padres e pastores?

Eu já fui de falar primeiro com Maria e só depois com seu filho. Agora, faço o que sinto vontade de fazer. Muitas vezes falo direto com Jesus. Outras, com a mãe dele. Quando falo com Maria, peço a ela que fale comigo a Jesus e interceda comigo e por mim. Se ela falar direto ao Pai, vai usar o nome do Filho dela, como eu faço quando falo com o Pai. Mas sei que a oração de Maria é incomparavelmente mais pura do que a minha. É claro que quero a ajuda dela. Se aceito a ajuda dos padres e reverendos que dizem orar por mim, porque não aceitaria a de Maria que creio estar salva e viva na outra dimensão do existir, dimensão que chamamos de céu?

Não acho que Maria se magoe, por falarmos ao seu Filho sem recorrer a ela. É tudo que ela quer! Que alemos com seu Filho! Quando nossa Igreja diz que Maria é “medianeira de graças” ( o Catecismo não tem a palavra “todas”) nossa Igreja não está dizendo que Deus Pai que age através de Jesus só atenderá nossas preces, se elas também passarem por Maria. Isso a Igreja nunca disse!

O que a Igreja diz é que, se quisermos pedir, qualquer graça, qualquer que seja o pedido, podemos pedir por Maria, porque ela pedirá conosco e levará tudo a Jesus. Não há graça que Maria não peça conosco! A Igreja sugere, inclusive, que os católicos usem o santo nome de Maria nas suas orações, mas sem esquecer que o nome que salva é o de Jesus. Não usamos os nomes de amigos e de outras pessoas quando pedimos algum favor de alguém que as conhece? Se soubermos usar o nome certo do jeito certo, porque não? Desde que saibamos que o poder e foi dado a Jesus e ele o delega a quem ele quiser (Mt 13,11), não erraremos. Jesus deu poder aos apóstolos, desde que se reunissem no seu nome ou que usassem seu nome. ( Mt 18,20, Jo 14,13)

Na Bíblia há centenas de passagens em que se usa o nome de profetas e servos de Deus durante as orações (1 Re 13,6 ). Reis pediam aos profetas que orassem por eles. Nós cristãos usamos o nome de Jesus porque não há nenhum nome maior do que este para nós. ( Fl 2,9 ) Mas não está proibido usar nomes menores. O de Maria é menor que o de Jesus, mas é bem maior do que o nosso. Estava certa aquela senhora que orava:

-“Pai, falo com o senhor em nome de Jesus”

-“Jesus, falo com o senhor em nome de Maria”

-“Maria, falo com senhora pedindo que me ajude a falar com Jesus, porque de falar com ele a senhora entende mais do que eu”

Estava orando a Maria do jeito certo!