quinta-feira, 1 de dezembro de 2016

Fidel Castro: quando o destino nos alcança.


PARTE I

Deus deu à sua alma 90 anos para mudar, para compreender, para pedir perdão. Para pedir perdão a suas milhares de vítimas, a seus milhões de oprimidos, pedir perdão ao próprio Deus, a si mesmo... Perdoar a si mesmo para continuar vivendo com dignidade, para não viver sob remorso, sob o peso da esmagadora culpa, para não viver como Macbeth, como um animal encurralado, caçado e mordido por sua própria consciência.

Agora o tempo acabou para Fidel Castro. Agora não há poder na terra nem anjo ou santo que possa conceder-lhe o perdão. Ele, que sentenciou muitos, se agora está condenado, já não encontrará o perdão nem neste mundo nem no Céu.

Castro, que não teve piedade de tantos que imploraram misericórdia, se não encontrou o perdão, não encontrará nunca. Ele que fez um inferno na vida de muitos, se agora entrou no inferno, agora sofre com os olhos abertos. Ele que sempre teve os olhos de sua consciência fechados, agora vê. No inferno ou nas residências terríveis de purificação destinadas a monstros como ele, agora vê, sofrendo... mas, finalmente, vê.

Agora não lhe serve nenhuma ajuda, nem todas as manifestações de massas na Praça da Revolução, que podem ser convocadas em sua honra, nem todos os artigos que o jornal Gramma escreveu ou todos os discursos do Partido que o exaltam acima das nuvens. Tudo isso... não lhe serve. Agora ele está só com a sua alma. Preso na terrível prisão de sua alma. No reino escuro de Satanás ou nas prisões imateriais do lugar de purificação, seu destino lhe estava esperando. Durante 90 anos, seu destino eterno o estava esperando.

Mas se agora está em uma habitação ou em outra, o que eu não tenho nenhuma dúvida é que a justiça se abateu sobre a sua pequena e miserável alma. A única questão, a única, é se a sua terrível situação vai durar séculos ou idades infinitas. 

Vigiai, porque o Senhor virá de novo


Para impedir que os discípulos O interrogassem sobre o momento da sua vinda, Cristo disse: Essa hora ninguém a conhece, nem os Anjos nem o Filho. Não vos compete saber os tempos e os momentos.Quis ocultar-nos isto, para que permaneçamos vigilantes e para que cada um de nós possa pensar que este acontecimento se dará durante a nossa vida. Se tivesse sido revelado o tempo da sua vinda, esta tornar-se-ia um acontecimento sem interesse e sem esperança para muitos séculos e nações. Disse muito claramente que virá, mas sem precisar o momento; e assim, todas as gerações e todos os séculos O
esperam ardentemente.

Embora o Senhor tenha dado a conhecer os sinais do seu advento, não se adverte com exatidão o seu termo, pois que, em mudança contínua, eles apareceram e passaram e, por outro lado, ainda perduram. A sua última vinda será, com efeito, semelhante à primeira.

Do mesmo modo que os justos e os Profetas O esperaram, porque pensavam que Ele viria nos dias da sua vida, também hoje os fiéis desejam recebê-l’O no seu próprio tempo. Cristo não revelou o dia da sua vinda, principalmente por esta razão: para que todos compreendessem que Aquele a cujo poder e domínio estão submetidos os números e os tempos, não está por sua vez submetido a qualquer vicissitude e a qualquer tempo. Se foi Ele que definiu e descreveu os sinais que O precederiam, como podia ignorar o dia da sua vinda? Com aquelas palavras, Cristo pôs em relevo esses sinais, para que daquele dia em diante as gerações de todos os séculos pensassem que o seu advento se realizaria durante os dias da sua vida.

Vigiai, porque, quando o corpo dorme, é a natureza que nos domina, e não é a vontade que dirige a nossa atividade, mas o impulso da natureza. E quando recai sobre a alma um pesado torpor, como, por exemplo, a pusilanimidade ou a tristeza, é o inimigo quem a domina e a conduz contra a sua própria vontade. 

A força domina a natureza e o inimigo domina a alma. Por isso, a vigilância que o Senhor prescreveu dirige-se ao corpo e à alma: ao corpo, para que se liberte da sonolência, e à alma, para que se liberte da indolência e pusilanimidade, como diz a Escritura: Sede vigilantes, ó justos; e, também: Levantei-me e ainda estou contigo; e, ainda: Não desanimeis. Por isso não desfalecemos no ministério que nos foi confiado.


Do Comentário de Santo Efrém, diácono, sobre o Diatéssaron

(Cap. 18, 15-17: SC 121, 325-328) (Sec. IV)

“As Sete Palavras” da cruz, o sermão supremo de Jesus.


Pelo que entendo, é na cruz que o caráter de Cristo atinge o seu maior esplendor. Durante as horas de escuridão mais profunda, as suas palavras brilham como ouro radiante.

As passagens bíblicas mais frequentemente lidas durante a Semana Santa são, obviamente, os relatos da crucificação. Lembramo-nos dos sofrimentos de Jesus – a sua paixão, celebramos a sua vitória sobre o pecado – nossa salvação – e somos movidos a adoração. E assim cantamos, profundamente comovidos e nossos corações transbordam de gratidão: “Quando olho para a maravilhosa cruz”, “Oh, cabeça sagrada ferida pelos espinhos» e outros hinos semelhantes de grande profundidade espiritual e teológica.

Durante as horas que passou pregado na cruz, o Senhor falou sete vezes, e estas declarações memoráveis da cruz vieram a ser conhecidas como “Os Sete Palavras”. Elas foram suas últimas palavras. Em sete declarações breves Jesus proclamou o mais profundo sermão que já foi pregado, uma bela sinopse do Evangelho. Nestas palavras temos um resumo do caráter extraordinário de nosso Senhor e do plano de Deus para a humanidade. O “Sermão das Sete Palavras» inspirou inúmeros sermões e escritos ao longo dos séculos. JS Bach nos oferece uma interpretação profundamente comovente do espírito sublime deste texto bíblico na Paixão de seu São Mateus. No século 18, J. Haydn compôs, pela comissão, uma obra muito apreciada em As Sete Palavras, no qual ele também colocou esta passagem inesquecível em forma de música.

Nesta meditação para a Semana Santa, gostaria de compartilhar apenas um aspecto de “As Sete Palavras” que, quando eu descobri, deixou uma impressão indelével em mim. Refiro-me ao conteúdo destas palavras, é claro, mas em particular com a ordem em que são proferidas; à primeira vista, a ordem pode parecer arbitrária, mas um estudo mais atento mostra que a maneira em que são ordenadas é profundamente significativo, uma vez que reflete as prioridades do Senhor, e é realmente um belo reflexo do caráter e do coração do personagem e do coração do Bom pastor. Pelo que entendo, é na cruz que o caráter de Cristo atinge o seu maior esplendor. Durante as horas de escuridão mais profunda, as suas palavras brilham como ouro radiante. Meditando nas profundezas destas “Sete Palavras” por Jesus não só me ajudou a amá-lo mais, mas tem também, ao longo dos anos, na maneira que eu abordei outras pessoas, em particular aquelas que estão sofrendo.
 

Santo Elói (Elígio)


Elói nasceu na França, no ano de 588. Filho de modestos camponeses, recebeu como herança uma esmerada educação cristã e a possibilidade de se formar como ourives, profissão que desempenhou com muita habilidade. 

Seu gênio era calmo e vivia praticamente como monge. Fugia das diversões e o dinheiro que ganhava usava para ajudar pobres e abandonados. Sua fama chegou aos ouvidos do rei Clotário em Paris que o convidou a fazer um trono de ouro. Com o metal deixado pelo rei, Elói fez dois tronos, aproveitando muito bem o material. Confiando na honestidade de Elói,o rei o contratou para cuidar do tesouro real. 

Nesta época, Elói realizou outras obras de artes religiosas, como o túmulo de São Martinho de Tours e o mausoléu de São Donísio. Todo o dinheiro arrecado era usado para revitalizar mosteiros e obras de misericórdia. 

Em 639 ingressou para a vida religiosa e dois anos depois era consagrado Bispo de Noyon, na região de Flandres. Foi uma existência totalmente empenhada na campanha do norte da França, Holanda e Alemanha. 

Morreu no dia 01 de dezembro de 660, na Holanda, durante uma missão evangelizadora. Santo Elói é padroeiro dos joalheiros e ourives.

Elói evitou o luxo e viveu na pobreza e na piedade. Foi um incansável exemplo de humildade, caridade e mortificação. As pregações de Elói e suas visitas as paróquias de sua diocese foram fatores essenciais para a conversão do povo. A honestidade na vida profissional fez dele uma pessoa conhecida e querida pelo povo e pelas autoridades da época.
  


Senhor, por intercessão de Santo Elói, concedei-me ser atencioso e justo para com os mais humildes. Dai-me disponibilidade e empenho para que eu possa proporcionar, com os talentos que me destes, uma vida mais digna aos que me rodeiam. Santo Eloi, rogai por nós.

quarta-feira, 30 de novembro de 2016

Mensagem do Papa para o 54º Dia Mundial de Oração pelas Vocações


MENSAGEM DO PAPA FRANCISCO
PARA O 54º DIA MUNDIAL DE ORAÇÃO PELAS VOCAÇÕES
(7 de maio de 2017 - IV Domingo da Páscoa)

Tema: «Impelidos pelo Espírito para a missão»

Amados irmãos e irmãs!

Nos anos passados, tivemos ocasião de refletir sobre dois aspetos que dizem respeito à vocação cristã: o convite a «sair de si mesmo» para pôr-se à escuta da voz do Senhor e a importância da comunidade eclesial como lugar privilegiado onde nasce, alimenta e se exprime a chamada de Deus.

Agora, no 54º Dia Mundial de Oração pelas Vocações, gostaria de me deter na dimensão missionária da vocação cristã. Quem se deixou atrair pela voz de Deus e começou a seguir Jesus, rapidamente descobre dentro de si mesmo o desejo irreprimível de levar a Boa Nova aos irmãos, através da evangelização e do serviço na caridade. Todos os cristãos são constituídos missionários do Evangelho. Com efeito, o discípulo não recebe o dom do amor de Deus para sua consolação privada; não é chamado a ocupar-se de si mesmo nem a cuidar dos interesses duma empresa; simplesmente é tocado e transformado pela alegria de se sentir amado por Deus e não pode guardar esta experiência apenas para si mesmo: «a alegria do Evangelho, que enche a vida da comunidade dos discípulos, é uma alegria missionária» (Francisco, Exort. ap. Evangelii gaudium,21).

Por isso, o compromisso missionário não é algo que vem acrescentar-se à vida cristã como se fosse um ornamento, mas, pelo contrário, situa-se no âmago da própria fé: a relação com o Senhor implica ser enviados ao mundo como profetas da sua palavra e testemunhas do seu amor.

Se experimentamos em nós muita fragilidade e às vezes podemos sentir-nos desanimados, devemos levantar a cabeça para Deus, sem nos fazermos esmagar pelo sentimento de inaptidão nem cedermos ao pessimismo, que nos torna espetadores passivos duma vida cansada e rotineira. Não há lugar para o temor: o próprio Deus vem purificar os nossos «lábios impuros», tornando-nos aptos para a missão. «“Foi afastada a tua culpa e apagado o teu pecado!” Então, ouvi a voz do Senhor que dizia: “Quem enviarei? Quem será o nosso mensageiro?” Então eu disse: “Eis-me aqui, envia-me”» (Is 6, 7-8).

Cada discípulo missionário sente, no seu coração, esta voz divina que o convida a «andar de lugar em lugar» no meio do povo, como Jesus, «fazendo o bem e curando» a todos (cf. At 10, 38). Com efeito, já tive ocasião de lembrar que, em virtude do Batismo, cada cristão é um «cristóforo» ou seja, «um que leva Cristo» aos irmãos (cf. Francisco, Catequese, 30 de janeiro de 2016). Isto vale de forma particular para as pessoas que são chamadas a uma vida de especial consagração e também para os sacerdotes, que generosamente responderam «eis-me aqui, envia-me». Com renovado entusiasmo missionário, são chamados a sair dos recintos sagrados do templo, para consentir à ternura de Deus de transbordar a favor dos homens (cf. Francisco, Homilia na Missa Crismal, 24 de março de 2016). A Igreja precisa de sacerdotes assim: confiantes e serenos porque descobriram o verdadeiro tesouro, ansiosos por irem fazê-lo conhecer jubilosamente a todos (cf. Mt 13,44).

Com certeza não faltam as interrogações ao falarmos da missão cristã: Que significa ser missionário do Evangelho? Quem nos dá a força e a coragem do anúncio? Qual é a lógica evangélica em que se inspira a missão? Podemos dar resposta a estas questões, contemplando três cenas evangélicas: o início da missão de Jesus na sinagoga de Nazaré (cf. Lc 4, 16-30); o caminho que Ele, Ressuscitado, fez com os discípulos de Emaús (cf. Lc 24, 13-35); e, por último, a parábola da semente (cf. Mc 4, 26-27). 

STF derruba ação penal contra padre Jonas Abib autor de livro crítico ao espiritismo


O Supremo Tribunal Federal (STF) extinguiu nesta terça-feira (29) uma ação penal movida pelo Ministério Público contra o padre Jonas Abib por suposto crime de discriminação religiosa. Ele era acusado por trechos de um livro com críticas ao espiritismo, à umbanda e ao candomblé.

Por 4 votos a 1, a Primeira Turma da Corte entendeu que a obra, intitulada "Sim, Sim, Não, Não – Reflexões de Cura e Libertação", está protegida pela liberdade religiosa e de expressão. Apesar de criticarem trechos da obra, os ministros consideraram que não caberia uma punição.

No livro, Abib diz que, se no passado o demônio "se escondia por trás dos ídolos, hoje se esconde nos rituais e nas práticas do espiritismo, da umbanda, do candomblé e de outras formas de espiritismo". Além disso, diz que pais e mães-de-santo são "vítimas" e "instrumentalizados por Satanás". "A doutrina espírita é maligna, vem do maligno", diz a obra.

"O espiritismo é como uma epidemia e como tal deve ser combatido: é um foco de morte. O espiritismo precisa ser desterrado da nossa vida. Não é possível ser cristão e ser espírita. [...]. Limpe-se totalmente!", diz Abib noutra parte.

O padre ainda recomenda aos católicos queimar e se desfazer de livros espíritas, bem como de imagens de Iemanjá, apresentados como "maldição" para a pessoa e sua família. 

Catraca Livre e Netshoes causam revolta de internautas por cobertura asquerosa da tragédia com o Chapecoense


Nesta terça-feira (29), o país acordou com a notícia de que o avião que levava a equipe do Chapecoense para a final da Copa Sul-Americana, na Colômbia, caiu e deixou 76 mortos. Entre as vítimas, estavam jogadores, tripulantes, jornalistas e narradores. Nas redes sociais, internautas de todo o país usaram hashtags como #ForcaChapecoense para expressar suas homenagens e luto.

No entanto, foi um dia em que os fãs de futebol e usuários em geral também expressaram sua indignação contra dois grandes sites que teriam se aproveitado do momento de comoção nacional para lucrar e ganhar clicks. A loja Netshoes e o site de notícias Catraca Livre foram alvo de duras críticas e tiveram que se retratar através de comunicados oficiais.


Netshoes

A comerciante de artigos esportivos foi criticada quando capturas de telas foram divulgadas nas redes sociais, mostrando um aumento no preço da camisa do Chapecoense em sua loja online.


Com uma diferença de preços absurda, que subiram de R$ 129,90 para R$ 249,90, as imagens viralizaram e a Netshoes foi questionada e não escapou de xingamentos.


Com a repercussão, a empresa resolveu se pronunciar e comunicou que o valor havia sido reduzido para R$ 129,90 por ocasião da Black Friday, e que o preço original era o de R$ 249,00.

 "Em virtude da Black Firday, a camisa da Chapecoense estava com preço promocional e, na manhã de hoje, teve suas últimas unidades vendidas (camisa II) por R$ 159,00. Com o esgotamento do produto, por uma programação de sistema, o valor retornou ao preço original R$ 249,00, junto com o alerta de indisponibilidade do produtos.

Além disso, a Netshoes acrescentou que está sem estoque do produto. Ainda assim, a nota dividiu opiniões, pois alguns usuários comentaram a “coincidência” sem acreditar na explicação da empresa. 

Papa: "Misericórdia é saber rezar uns pelos outros".


PAPA FRANCISCO
AUDIÊNCIA GERAL
Sala Paulo VI
Quarta-feira, 30 de novembro de 2016



Concluímos hoje o ciclo de catequeses dedicado ao tema da misericórdia, com a análise de duas obras de misericórdia: uma espiritual, rezar a Deus por vivos e defuntos, e outra corporal, enterrar os mortos. A primeira vista, esta última pode parecer estranha, mas pensemos em tantas regiões atribuladas pelo flagelo da guerra, onde enterrar os mortos se torna tristemente uma obra muito atual. Às vezes significa colocar em risco a própria vida, como foi o caso do velho Tobi, no Antigo Testamento, outras vezes exige uma grande coragem, como no caso de José de Arimatéia, que providenciou um sepulcro para Jesus, após a sua morte na Cruz. Para os cristãos, a sepultura é um ato de piedade, mas também de fé e esperança na ressurreição dos mortos. Por isso, somos chamados também a rezar pelos defuntos, primeiramente porque reconhecemos o bem que essas pessoas nos fizeram em vida e, depois, para encomendá-las à misericórdia de Deus. Por fim, não podemos esquecer de rezar pelos vivos, nossos companheiros nas provas da vida. Trata-se de uma manifestação de fé na Comunhão dos Santos, que nos ensina que os batizados, encontrando-se unidos em Cristo e sob a ação do Espírito Santo, podem interceder uns pelo outros.