PAPA FRANCISCO
AUDIÊNCIA
GERAL
Sala Paulo VI
Quarta-feira, 30 de novembro de 2016
Concluímos hoje o ciclo de catequeses dedicado ao
tema da misericórdia, com a análise de duas obras de misericórdia: uma
espiritual, rezar a Deus por vivos e defuntos, e outra corporal, enterrar os mortos. A primeira vista, esta última
pode parecer estranha, mas pensemos em tantas regiões atribuladas pelo flagelo
da guerra, onde enterrar os mortos se torna tristemente uma obra muito atual.
Às vezes significa colocar em risco a própria vida, como foi o caso do velho
Tobi, no Antigo Testamento, outras vezes exige uma grande coragem, como no caso
de José de Arimatéia, que providenciou um sepulcro para Jesus, após a sua morte
na Cruz. Para os cristãos, a sepultura é um ato de piedade, mas também de fé e
esperança na ressurreição dos mortos. Por isso, somos chamados também a rezar
pelos defuntos, primeiramente porque reconhecemos o bem que essas pessoas nos
fizeram em vida e, depois, para encomendá-las à misericórdia de Deus. Por fim,
não podemos esquecer de rezar pelos vivos, nossos companheiros nas provas da
vida. Trata-se de uma manifestação de fé na Comunhão dos Santos, que nos ensina que os
batizados, encontrando-se unidos em Cristo e sob a ação do Espírito Santo,
podem interceder uns pelo outros.
Dirijo uma cordial saudação aos peregrinos de
língua portuguesa aqui presentes. Neste início de Advento, somos convidados a
ir ao encontro de Jesus que nos espera em todos os necessitados, aos quais
podemos levar ajuda com as obras de misericórdia. Também eu quero recordar hoje
a dor do povo brasileiro pela tragédia do time de futebol e rezar pelos
jogadores defuntos, pelas suas famílias. Na Itália, sabemos bem o que isso
significa, pois lembramos o acidente aéreo de Superga, em 1949. São tragédias
duras. Rezemos por eles.
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Santa Sé
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