sexta-feira, 2 de dezembro de 2016

Cardeal Sarah manifesta preocupação com a confusão que reina no catolicismo


Em uma entrevista concedida ao semanário francês Homme Nouveau, o Cardeal Robert Sarah exterioriza sua preocupação com a grande confusão que reina no mundo católico, inclusive entre os bispos, sobre a doutrina da Igreja.

O Cardeal se sente chamado a intervir como Prefeito da Congregação para o Culto Divino e a Disciplina dos Sacramentos, porque a desorientação atual envolve três sacramentos: o Matrimônio, a Penitência e a Eucaristia. Segundo o Cardeal, a confusão em que vivemos extrai sua seiva da falta de formação que, infelizmente, afeta seus próprios irmãos no episcopado.

Sarah fez questão de salientar que cada bispo, é mesmo in primis, está vinculado à doutrina do matrimônio monogâmico indissolúvel, que Cristo restaurou à sua forma original e que é o bem do homem, da mulher e dos filhos. 

Na calada da noite: “representantes do povo” votam em peso contra medidas anticorrupção


Em plena calada da noite, aproveitando-se da profunda comoção vivida no Brasil diante do trágico acidente que vitimou a delegação da Chapecoense na Colômbia, os 28 deputados federais brasileiros que estão sendo investigados no Supremo Tribunal Federal (STF) por suposto envolvimento nos casos de corrupção investigados pela Operação Lava-Jato votaram em peso, no plenário da Câmara, CONTRA medidas de combate à corrupção.

Em 12 votações separadas de trechos do texto, esse grupo de assim chamados “representantes do povo” ajudou a derrotar as propostas contidas no relatório de Onyx Lorenzoni (DEM-RS).

A oposição às propostas de Lorenzoni levou a melhor nas votações de pontos cruciais da proposta:

– 21 deputados foram favoráveis à criminalização de juízes e promotores por abuso de autoridade; 
– 21 ajudaram a excluir do texto a criminalização do enriquecimento ilícito; 
– 22 se manifestaram contra o confisco de bens provenientes da corrupção; 
– 21 se opuseram ao fortalecimento do Ministério Público nos acordos de leniência.

O relator Lorenzoni foi um ferrenho opositor desses parlamentares ao apoiar desde o início as 10 medidas contra a corrupção, propostas pelos procuradores da Lava-Jato. Os deputados envolvidos nas acusações consideram que Lorenzoni lhes “deu as costas” no debate sobre o assunto. Eles se posicionam como vítimas e alegam pressões da mídia desde março do ano passado, quando o ministro Teori Zavascki, do Supremo Tribunal Federal (STF), abriu inquérito para investigá-los. Na visão dos deputados acusados, Lorenzoni “jogou para a torcida, ignorou o diálogo na Câmara e recebeu o devido troco ontem“. Esta declaração foi feita por um dos 28 deputados, que, como seria previsível, pediu anonimato.

De fato, poucos dentre os investigados se manifestaram publicamente nesta oportunista madrugada de votações.

O deputado Arthur Lira (PP-AL), um dos investigados, fez o discurso mais duro contra o relator: em fato inusitado no plenário, apresentou a gravação de uma entrevista na qual Lorenzoni se declarava favorável à investigação de juízes e promotores. Ele mudou de posição, no entanto, e excluiu esse item do seu parecer. Para Lira, “foi um engodo o que esse relator fez com esta Casa“.

Aguinaldo Ribeiro (PB), líder do PP e também investigado, orientou a votação contrária ao relatório. Seu partido é o que tem o maior número de deputados investigados na Lava-Jato: quinze.

Dos 28 deputados investigados na operação que tem varrido o cenário político brasileiro, 17 votaram contra as principais medidas:
– a criminalização do enriquecimento ilícito; 
– o confisco de bens provenientes da corrupção; 
– fortalecimento dos procuradores nos acordos de leniência.

As medidas contra a corrupção foram violentadas de tal modo que a única mudança substancial aprovada foi a que torna crime a prática do chamado “caixa dois”.

Os deputados aprovaram, por outro lado, a responsabilização de juízes e membros do Ministério Público pelo abuso de autoridade nas investigações.

A propósito da aprovação deste dispositivo por parte da Câmara, o juiz Sergio Moro disse ter “severas críticas” e afirmou que ela pode passar à sociedade uma mensagem errada, justo no momento em que diversos casos gravíssimos de corrupção estão sendo investigados e punidos no Brasil. “Emendas da meia-noite, que não permitem uma avaliação por parte da sociedade, que não permitem um debate mais aprofundado por parte do Parlamento, não são apropriadas tratando-se de temas tão sensíveis”, afirmou o juiz. Moro também afirmou que o atual momento não é adequado para se aprovar uma nova lei de abuso de autoridade.

O desejo de contemplar a Deus


Deixa um momento as tuas ocupações habituais, ó homem, entra um instante em ti mesmo, longe do tumulto dos teus pensamentos. Põe de parte os cuidados que te apoquentam e liberta-te agora das inquietações que te absorvem. Entrega- te uns momentos a Deus; descansa por algum tempo em sua presença.

Entra no íntimo da tua alma; remove tudo, exceto Deus e o que te possa ajudar a procurá-l’O. Encerra as portas da tua habitação e procura-O no silêncio. Diz a Deus, de todo o coração: Procuro o vosso rosto; o vosso rosto, Senhor, eu procuro.

E agora, Senhor meu Deus, ensinai ao meu coração aonde e como hei-de buscar-Vos, aonde e como poderei encontrar-Vos.

Senhor, se não estais aqui, se estais ausente, onde Vos procurarei? Mas se estais em toda a parte, porque não Vos encontro aqui presente? É certo que habitais numa luz inacessível. Mas onde está essa luz inacessível? Como terei acesso a ela, se é inacessível? Quem me conduzirá e introduzirá nessa luz, para que nela Vos possa contemplar? Com que sinais, com que aspecto Vos devo procurar? Nunca Vos vi, Senhor meu Deus; não conheço o vosso rosto.

Que fará, altíssimo Senhor, que fará este desterrado, tão longe de Vós? Que fará este vosso servo, sedento do vosso amor, mas tão longe da vossa presença? Anela contemplar-Vos, mas o vosso rosto está tão longe dele. Deseja aproximar-se de Vós, mas a vossa morada é inacessível. Deseja encontrar-Vos e ignora onde habitais. Suspira por encontrar-Vos, mas desconhece o vosso rosto.

Senhor, sois o meu Deus, sois o meu Senhor e nunca Vos vi. Vós me criastes e redimistes, concedestes-me todos os bens que possuo e ainda não Vos conheço. Fui criado para Vos ver e não atingi ainda o fim para que fui criado.

Então, Senhor, até quando? Até quando, Senhor, Vos esquecereis de nós? Até quando escondereis de nós o vosso rosto? Quando voltareis para nós o vosso olhar e nos escutareis? Quando iluminareis os nossos olhos e nos mostrareis o vosso rosto? Quando Vos comunicareis a nós?

Olhai, Senhor, para nós; ouvi-nos, iluminai-nos, manifestai-Vos a nós. Vinde morar conosco e seremos felizes; sem isso, passaremos muito mal. Tende compaixão dos nossos trabalhos e esforços para Vos alcançar, porque sem Vós nada podemos.

Ensinai-me a procurar-Vos e mostrai-me o vosso rosto; porque não posso procurar-Vos, se não mo ensinais. Não posso encontrar-Vos, se não Vos mostrais. Desejando Vos procurarei, e procurando Vos desejarei; amando Vos encontrarei, e encontrando Vos amarei.


Do «Proslógion» de Santo Anselmo, bispo

(Cap. 1: Opera omnia, Ed. Schmitt, Seccovii, 1938, 1, 97-100) (Sec. XI-XII)

Por que nós, católicos, somos tão ruins de companheirismo?


Recentemente, fui convidada a falar durante um encontro de mulheres católicas. Fazia certo tempo que eu não calçava mais os meus “sapatos de dar palestra” – e eu estava realmente animada. Até que… me disseram qual seria o tema. “Companheirismo”.

Companheirismo? Estremeci. Não podia ser o sofrimento? A oração? A discórdia familiar? Como manter a fé durante a crise? Não. Companheirismo.

Pensei imediatamente nos ex-católicos que se declaram hoje felizes na sua nova comunidade protestante, onde estão engajados e são bem recebidos, ao contrário da paróquia que antes frequentavam e na qual se sentiam indesejados, entre pessoas frias, indiferentes, sem viver uma verdadeira experiência de companheirismo.

Pensei na formalidade tantas vezes desconfortável daqueles apertos de mão na hora da saudação fraterna durante a Missa. Pensei na pressa com que grande parte dos fiéis sai da igreja, quase sem olhar para mais ninguém.

Por que nós, católicos, somos tão ruins de companheirismo?

O companheirismo é simplesmente uma relação amigável, um convívio amistoso de pessoas com pontos de vista e ideais em comum. Como é que isso é tão difícil?

É interessante, aliás, que o próprio conceito de “companheirismo” desperte o desdém de alguns católicos: “Nós não precisamos de companheirismo. Vamos à missa para receber a Eucaristia, não para saudar os outros”, dizem alguns. Outros corroboram: “Os protestantes precisam de pessoas; nós não: nós temos Jesus”. 

Santa Bibiana (Vibiana)


Era ano de 361. O imperador Juliano, que havia renegado a religião começa uma perseguição implacável aos cristãos. Começou substituindo todos os cristãos que ocupavam empregos civis por pagãos, e quando a situação agravou-se, passou a torturar e matar os fiéis. 

A família de Bibiana foi toda executada. Seu pai recebeu uma marca de escravo na testa e sua mãe foi decapitada. Suas irmãs, levadas a prisão foram violentadas. 

Por último foi o martírio de Bibiana. Foi levada a um bordel de luxo para abandonar a religião ou ser prostituída. Mas os homens não conseguiam se aproveitar de sua beleza, pois a um simples toque, eram tomados por um surto de loucura. Bibiana então foi transferida para um asilo de loucos e lá ocorreu o inverso, os doentes eram curados. 

Diante destes prodígios, o imperador exigiu sua morte, e ela foi chicoteada até falecer. Seu corpo foi jogado aos cães selvagens, mas estes não tocaram no corpo. Finalmente alguns cristãos buscaram o corpo e deram digna sepultura. 

Santa Bibiana passou a ser invocada contra os males de cabeça, as doenças mentais e a epilepsia. O seu túmulo tornou-se meta de peregrinação. A veneração era tão intensa que o Papa Simplício, mandou construir sob sua sepultura uma pequena igreja dedicada à ela, no ano 407. Além de ser uma das padroeiras da belíssima cidade de Sevilha, na Espanha, Santa Bibiana é também protege a diocese de Los Angeles, nos Estados Unidos.



Senhor, eu vos peço, pelos méritos de Santa Bibiana, aumentai a minha fé. Dai-me total confiança e abandono na Vossa Divina Providência, para que, na Esperança, eu siga praticando a verdadeira Caridade. Amém.

quinta-feira, 1 de dezembro de 2016

Paróquias que integram a IPDM na Diocese de São Miguel Paulista se manifestam a favor do aborto.


Um conjunto de paróquias da Diocese de São Miguel Paulista – SP integra a Associação Igreja Povo de Deus em Movimento -IPDM, adepto ao ideal da Teologia da Libertação. O grupo estarreceu católicos de todo o Brasil ao se manifestar favorável à decisão do Supremo Tribunal Federal – STF que decidiu nesta terça-feira, dia 29, que aborto até o terceiro mês de gravidez não é crime.

Em sua página no Facebook a associação disse que “todas as medidas que vão promover igualdade entre raças, gênero ou de natureza socioeconômica, geram embates entre pessoas conservadoras e subjugam as minorias” – ainda emendaram com uma forte crítica aos grupos pró-vidas – “a partir da ótica da meritocracia e do pseudo diálogo cristão conservador ‘a favor da vida’, porém, esse discurso é seletivo, preconceituoso e discriminatório uma vez que é de conveniência, tal qual o julgamento da moral pelo olhar da fé cristã”.

O Grupo que se diz católico e seguidor fiel do Papa Francisco parece ter rompido com um dos ensinamentos mais contundentes do pontificado de Francisco. O Romano Pontífice é um ferrenho defensor da vida e já deixou claro em muitas ocasiões sua  aversão ao aborto que ele classifica dentro da cultura do descartável.

Bangladesh: Assalto em igreja revela onda de violência e perseguição contra a comunidade cristã




Uma igreja católica foi assaltada no último fim de semana em Gazipur, por um grupo armado com facas e paus, tendo sido amordaçados o padre, que se encontrava no templo, assim como dois homens que faziam a segurança ao edifício.

Este assalto, o sexto ocorrido em propriedades da Igreja Católica nesta região nos últimos três anos, está a preocupar profundamente a comunidade local, estando na memória de todos, ainda, o ataque violento contra o convento das Irmãs da Imaculada, em Boldipuku, em 2014.

Esse ataque, em que algumas religiosas foram agredidas, mereceu então uma nota de condenação e de preocupação pelo Parlamento Europeu pelo facto de serem cada vez mais os casos conhecidos de “violência de motivação étnica e religiosa” no Bangladesh.

Palavra de Vida: “Ele vem para vos salvar!” (Is 35,4).


O verbo está no presente: Ele vem. É uma certeza de agora. Não precisamos esperar o amanhã, ou o final dos tempos, ou a outra vida. Deus age de imediato: o amor não consente adiamentos ou atrasos. O profeta Isaías dirigia-se a um povo que esperava ansiosamente o término do exílio e a volta à pátria. Nesses dias em que esperamos o Natal não podemos deixar de lembrar que também Maria ouviu uma promessa de salvação, parecida com essa: “O Senhor está contigo” (Lc 1,28). O anjo lhe anunciava o nascimento do Salvador.

Ele não vem para uma visita qualquer. A sua intervenção é decisiva, da máxima importância: Ele vem para nos salvar! Salvar do quê? Será que estamos em grave perigo? Estamos, sim. Às vezes somos conscientes disso, às vezes não nos damos conta. Ele intervém porque vê os egoísmos, a indiferença para com quem sofre e está em necessidade, vê os ódios, as divisões. O coração da humanidade está doente. Ele vem, movido pela piedade para com a sua criatura. Não quer que ela se perca.

É como se Ele estendesse sua mão a um náufrago que está se afogando. Infelizmente hoje em dia essa imagem está sempre diante dos nossos olhos, voltando à cena dia após dia nos noticiários sobre os refugiados que tentam atravessar os nossos mares. Vemos como eles agarram desesperadamente aquela mão estendida, ou aquele colete salva-vidas. Também nós podemos agarrar a todo momento a mão estendida de Deus e segui-lo confiantes. Ele não só cura o nosso coração daquele fechamento em nós mesmos que nos isola dos outros, mas, da nossa parte, nos torna capazes de ajudar aos que se encontram em necessidade, na tristeza, na provação.