Uma igreja católica foi assaltada no último
fim de semana em Gazipur, por um grupo armado com facas e paus, tendo sido
amordaçados o padre, que se encontrava no templo, assim como dois homens que
faziam a segurança ao edifício.
Este assalto, o sexto ocorrido em propriedades da
Igreja Católica nesta região nos últimos três anos, está a preocupar
profundamente a comunidade local, estando na memória de todos, ainda, o ataque
violento contra o convento das Irmãs da Imaculada, em Boldipuku, em 2014.
Esse ataque, em que algumas religiosas foram
agredidas, mereceu então uma nota de condenação e de preocupação pelo
Parlamento Europeu pelo facto de serem cada vez mais os casos conhecidos de
“violência de motivação étnica e religiosa” no Bangladesh.
D. Gervas Rozario, vice-presidente da Conferência
Episcopal do Bangladesh, já manifestou a sua preocupação por este novo
incidente, exigindo às autoridades “uma investigação adequada e que os
responsáveis sejam punidos”.
Entretanto, num relatório publicado na semana
passada pela organização não-governamental “Minority Rights Group
International”, com sede no Reino Unido, é referido que “os cristãos e outras
minorias religiosas no Bangladesh têm experimentado” casos de “perseguição
quase diariamente”.
Além dos Cristãos, este documento inclui ainda
casos documentados de violência contra outras minorias religiosas, ao longo
deste ano, como os budistas, hindus e muçulmanos xiitas.
Uma das consequências desta onda de violência é a
crescente marginalização social destas minorias – os cristãos representam
apenas 0,3 por cento da população, dominada por muçulmanos sunitas – sendo que,
em muitos dos casos conhecidos, os ataques são atribuídos a disputas de terras
e de propriedades.
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AIS Portugal
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