domingo, 18 de dezembro de 2016

Espanha: Prefeita de Madri veta presépio na ‘Puerta de Alcalá’ e católicos respondem


Diante da decisão da prefeita de Madri (Espanha), Manuela Carmena, do partido político de esquerda ‘Podemos’, de não colocar presépios na emblemática Puerta de Alcalá, centenas de cidadãos expressaram seu rechaço e levaram um monte de presépios ao local.

Carmena decidiu, como no ano passado, enfeitar a Puerta de Alcalá somente com símbolos natalinos que não são considerados religiosos.

Os cidadãos que levaram os seus presépios ao local publicaram nas redes sociais para expressar que não estão de acordo com a medida laicista de Carmena.

Muitos madrilenos colocam a cada dia o seu presépio na Puerta de Alcalá como sinal de protesto e compartilham as fotos no Twitter com a hahstag #PontuBelenPuertadeAlcala.

Segundo informa ‘OKDIARIO’, Manuela Carmena declarou a respeito da sua decisão da proibição de presépios que o município deseja continuar tendo “um Natal para todos e onde haja todas as visões de Natal”.

“De maneira especial, recordar que tem uma origem cristã, mas já é uma festa de todos, que passou por um processo de laicidade muito interessante”, diz a ex-juíza e indica que “começa com a esperança de que o Natal seja uma celebração de companhia, empatia e solidariedade”.

Católicos se acorrentam a emblemática cruz e evitam sua retirada na Espanha


Centenas de moradores do povoado de Callosa de Segura, na cidade de Alicante (Espanha), impediram a retirada da cruz localizada na praça da igreja local, uma medida tomada pelo governo de esquerda que não aguardou a decisão dos tribunais e que aplicou neste caso uma interpretação errada da Lei de Memória Histórica.

Trata-se de uma lei aprovada em 2007, através da qual estabelecem medidas em favor de quem sofreu perseguição ou violência durante os anos da Guerra Civil Espanhola e a ditadura de Francisco Franco.


É uma lei controversa, pois favorece uma ideologia e não a reconciliação dos espanhóis. A norma obriga a retirada de monumentos, símbolos ou nomes de lugares públicos estabelecidos depois da Guerra Civil.

Os monumentos relacionados à Igreja Católica permanecem fora desta lei, mas na verdade isso não foi respeitado, como é o caso desta cruz em Callosa de Segura.

Segundo informa a Associação ‘Abogados Cristianos’, o prefeito de Callosa de Segura, o socialista Fran Maciá, enviou um guindaste no dia 14 de dezembro para retirar a cruz que está na praça de Espanha, ao lado da igreja e em frente à câmara municipal.

No momento que estavam iniciando os trabalhos para retirá-la, tocaram os sinos do templo e centenas de habitantes de Callosa de Segura foram ao local a fim de impedir a sua retirada.

Magnificat


E Maria disse: A minha alma engrandece ao Senhor e o meu espírito se alegra em Deus meu Salvador. 

O Senhor me engrandeceu, diz ela, com um dom tão grande e tão inaudito, que é impossível explicá-lo com palavras humanas, e dificilmente o poderá compreender o sentimento mais íntimo do coração. Por isso entrego-me com todas as forças da minha alma ao louvor e ação de graças, e me consagro, com tudo o que vivo, sinto e compreendo, à contemplação da grandeza infinita de Deus; e o meu espírito alegra-se na eterna divindade de Jesus, o Salvador, que dignou revestir-Se da minha carne e repousa em meu seio. 

Porque fez em mim grandes coisas o Todo­ Poderoso; e o seu nome é santo. 

Estas palavras relacionam-se com o início do cântico, onde se diz: A minha alma engrandece ao Senhor. De facto, só aquele em quem o Senhor realiza obras grandiosas pode proclamar dignamente a sua grandeza e exortar os que participam da mesma promessa e dos mesmos sentimentos: Engrandecei comigo ao Senhor, exaltemos juntos o seu nome. Quem conhece o Senhor e é negligente em proclamar a sua grandeza e santificar o seu nome será chamado o mais pequeno no reino dos Céus. Diz-se que o seu nome é santo, porque, com seu alto e singular poder, transcende toda a criatura e está infinitamente acima de todas as coisas por Ele mesmo criadas.

Acolheu Israel seu servo, lembrado da sua misericórdia. 

Com admirável propriedade o cântico chama a Israel servo do Senhor, isto é, obediente e humilde, a quem o Senhor acolheu para o salvar, segundo as palavras do profeta Oseias: Quando Israel era ainda criança, eu o amei

Quem não quer humilhar-se não pode ser salvo nem exclamar com o Profeta: Deus vem em meu auxílio, o Senhor sustenta a minha vida. Por outro lado: Quem se humilhar como uma criança será o maior no reino dos Céus

Como tinha prometido a nossos pais, a Abraão e à sua descendência para sempre. 

Refere-se o texto, não à descendência carnal de Abraão, mas à espiritual, isto é, não somente aos nascidos da sua carne, mas aos que seguiam o exemplo da sua fé, tanto na circuncisão como na incircuncisão. Também Abraão tinha acreditado antes da circuncisão e isso foi-lhe contado para a justificação. 

Deste modo, o advento do Salvador foi prometido a Abraão e à sua descendência para sempre, isto é, aos filhos da promessa, dos quais se diz: Se sois de Cristo, também sois descendência de Abraão e herdeiros segundo a promessa

É de notar que foram as mães, a do Senhor e a de João, que se anteciparam a anunciar profeticamente o nascimento de seus filhos, e com razão, porque assim como o pecado teve início por meio da mulher, também por meio da mulher se inauguram os benefícios; e se foi pela sedução de uma só mulher que se introduziu no mundo a morte, agora é pela profecia de duas mulheres que se anuncia ao mundo a salvação.



Da Exposição de São Beda, o Venerável, presbítero, sobre o Evangelho de São Lucas
(Lib 1, 46-55: CCL 120, 37-39) (Sec. VIII)

Por seu Filho, Deus nos revelou seu amor


Nenhum homem viu a Deus nem o conheceu, mas ele mesmo se manifestou. Manifestou-se pela fé, pois só a ela é concedida a visão de Deus. O Senhor e Criador do universo, Deus, que fez todas as coisas e as dispôs em ordem, não só amou os homens, mas também foi paciente com eles. Deus sempre foi, é e será o mesmo: benigno e bom, isento de ira, veraz; só ele é bom. E quando concebeu seu grande e inefável desígnio, só o comunicou a seu Filho. Enquanto mantinha oculto e em reserva seu plano de sabedoria, parecia abandonar-nos e esquecer-se de nós. Mas, quando revelou por seu Filho amado e manifestou o que havia preparado desde o princípio, ofereceu-nos tudo ao mesmo tempo: participar de seus benefícios, ver e compreender. Quem de nós poderia jamais esperar tamanha generosidade?

Tendo Deus, portanto, tudo disposto em si mesmo com o seu Filho, deixou-nos, até estes últimos tempos, seguir nossos impulsos desordenados, desviados do caminho reto pelos maus prazeres e paixões. Não que ele tivesse algum gosto com nossos pecados; tolerando-os, não aprovava aquele tempo de iniquidade, mas preparava este tempo de justiça. Assim, convencidos de termos sido, naquele período, indignos da vida em razão de nossas obras, tornemo-nos agora dignos dela pela bondade de Deus. E depois de mostrar nossa incapacidade de entrar pelas próprias forças no Reino de Deus, nos tornemos capazes disso pelo poder divino.

Quando, pois, a nossa iniquidade atingiu o auge e se tornou manifesto que a paga merecida do castigo e da morte estava iminente, chegou o tempo estabelecido por Deus para revelar sua bondade e poder. Ó imensa benignidade e amor de Deus! Ele não nos odiou, não nos rejeitou nem se vingou de nós, mas nos suportou com paciência. Cheio de compaixão, assumiu nossos pecados, entregou seu próprio Filho como preço de nossa redenção: o santo pelos pecadores, o inocente pelos maus, o justo pelos injustos, o incorruptível pelos corruptíveis, o imortal pelos mortais. O que poderia apagar nossos pecados a não ser sua justiça? Por quem poderíamos ser justificados, nós, ímpios e maus, senão pelo Filho de Deus?

Ó doce intercâmbio, ó misteriosa iniciativa, ó surpreendente benefício, ser a iniquidade de muitos vencida por um só justo e a justiça de um só justificar muitos ímpios!


Da Carta a Diogneto

(Cap. 8, 5–9, 5: Funk 1, 325-327) (Séc. II)

A Virgem Maria golpeando o demônio: conheça a história desta imagem!


Desde que a Igreja existe, os fiéis tem sentido a necessidade de colocar em figuras pinturas de distintos personagens da história da salvação. Por isso não é de se estranhar que os primeiros cristãos tenham feito tantas representações de Nosso Senhor e, também fizeram muitas pinturas da Santíssima Virgem Maria.

Quando se representa a Virgem Maria é muito comum vê-la retratada com o Menino Jesus em seus braços ou aparecendo em algum lugar do mundo adquirindo a aparência do povo local.

No entanto, há uma imagem da Virgem Maria que chama bastante atenção por ser pouco comum e até um pouco engraçada. Alguma vez você já imaginou ver Nossa Mãe do Céu golpeando – literalmente – o demônio?


Entre os muitos trabalhos que realizou destaca-se uma “liturgia das horas” encomendado por uma leiga da classe média. Naquele tempo o “livro das horas” era um tipo de manuscrito ilustrado usado pela nobreza o qual continha textos de orações, salmos e abundantes ilustrações de devoções cristãs. 

São Vunibaldo


Nobre de coração e de linhagem, Vunibaldo nasceu em 701. Era filho de Ricardo, rei da Inglaterra e irmão de Vilibaldo e Valburga, todos também santificados pela igreja. 

Em 720 partiu com o pai e o irmão em peregrinação para a Terra Santa, passando antes por Roma. Mas seu pai adoeceu durante a viagem e morreu na cidade italiana de Luca. Os dois irmãos ficaram juntos em Roma, por dois anos e depois seguiram rumos diferentes. 

Em 738, Vunibaldo foi ordenado sacerdote e foi auxiliar a evangelização da Alemanha, ao lado do tio Bonifácio. Por algum tempo ficou acompanhando o tio na sua obra apostólica. Porém cada vez mais ansiava pela vida monástica e pela contemplação na solidão. Juntou seus bens e construiu um mosteiro. 

Logo foi nomeado abade, dedicando-se ao apostolado para reforçar a fé da população que vivia mergulhada em situações de pecado. Passou a vida em constante oração. Quando já não conseguia mais caminhar até a igreja, pediu para colocarem um pequeno altar em sua cela.  Pouco tempo depois morreu, em 18 de dezembro de 761. 

Vunibaldo tinha fama de santidade em vida. O seu culto se difundiu principalmente entre os povos germânicos. A biografia de Santo Vunibaldo foi escrita por sua irmã Santa Valburga, que relatou com detalhes os prodígios que aconteciam com sua simples presença. Vunibaldo dedicou sua vida a oração contemplativa e ao apostolado. Preferia ficar retirado na solidão, mas colocava-se sempre disponível para difundir o Evangelho.



Deus de misericórdia, que olhai os seres humanos com bondade e compaixão, criai em nós um coração puro e cheio de desejo de realizar o bem para todos os nossos semelhantes, a exemplo de São Vunibaldo. Por Cristo nosso Senhor. Amém.

Nossa Senhora do Ó


Festa católica de origem claramente espanhola, a festa de hoje é conhecida na liturgia com o nome de “Expectação do parto de Nossa Senhora”, e entre o povo com o título de “Nossa Senhora do Ó”. Os dois nomes têm o mesmo significado e objetivo: os anelos santos da Mãe de Deus por ver o seu Filho nascido. Anelos de milhares e milhares de gerações que suspiraram pela vinda do Salvador do mundo, desde Adão e Eva, e que se recolhem e concentram no Coração de Maria, como no mais puro e limpo dos espelhos. A Expectação (expectativa) do parto não é simplesmente a ansiedade, natural na mãe jovem que espera o seu primogênito; é o desejo inspirado e sobrenatural da “bendita entre as mulheres”, que foi escolhida para Mãe Virgem do Redentor dos homens, para corredentora da humanidade. Ao esperar o seu Filho, Nossa Senhora ultrapassa os ímpetos afetivos de uma mãe comum e eleva-se ao plano universal da Economia Divina da Salvação do mundo.

As antífonas maiores que põe a Igreja nos lábios dos seus sacerdotes desde hoje até a Véspera do Natal e começam sempre pela interjeição exclamativa Ó (“Ó Sabedoria… vinde ensinar-nos o caminho da salvação”; “Ó rebento da Raiz de Jessé… vinde libertar-nos, não tardeis mais”; “Ó Emanuel…, vinde salvar-nos, Senhor nosso Deus”), como expoente altíssimo do fervor e ardentes desejos da Igreja, que suspira pela vinda de Jesus, inspiraram ao povo espanhol a formosa invocação de “Nossa Senhora do Ó”. É ideia grande e inspirada: a Mãe de Deus, posta à frente da imensa caravana da humanidade, peregrina pelo deserto da vida, que levanta os braços suplicantes e abre o coração enternecido, para pedir ao céu que lhe envie o Justo, o Redentor.

A festa de Nossa Senhora do Ó foi instituída no século VI pelo décimo Concílio de Toledo, ilustre na História da Igreja pela dolorosa, humilde, edificante e pública confissão de Potâmio, Bispo bracarense, pela leitura do testamento de São Martinho de Dume e pela presença simultânea de três santos de origem espanhola: Santo Eugênio III de Toledo, São Frutuoso de Braga e o então abade agaliense Santo Ildefonso.

Primeiro comemorava-se hoje a Anunciação de Nossa Senhora e Encarnação do Verbo. Santo Ildefonso estabeleceu-a definitivamente e deu-lhe o título de “Expectação do parto”.Assim ficou sendo na Hispânia e passou a muitas Igrejas da França, etc. Ainda hoje é celebrada na Arquidiocese de Braga.

Ó Maria Santíssima, vós, por um privilégio especial de Deus, fostes isenta da mancha do pecado original, e devido a este privilégio não sofrestes os incômodos da maternidade, nem ao tempo da gravidez e nem no parto; mas compreendeis perfeitamente as angústias e aflições das pobres mães que esperam um filho, especialmente nas incertezas do sucesso ou insucesso do parto. Olhai para mim, vossa serva, que, na aproximação do parto, sofro angústias e incertezas. Dai-me a graça de ter um parto feliz. Fazei que meu bebê nasça com saúde, forte e perfeito. Eu vos prometo orientar meu filho sempre pelo caminho certo, o caminho que o vosso Filho, Jesus, traçou para todos os homens, o caminho do bem. Virgem, Mãe do Menino Jesus, agora me sinto mais calma e mais tranquila porque já sinto a vossa maternal proteção.

Ó Sabedoria que procedestes dos lábios do Altíssimo, atingido de um fim a outro, dispondo tudo forte e suavemente.

Ó Adonai, Chefe da Casa de Israel, que aparecestes no fogo da sarça ardente, e que no monte Sinai destes a Lei: Vinde-nos remir com a força de vosso braço!

Ó raiz de Jessé, que sois como o estandarte dos povos, diante do qual os reis emudecem e a quem os gentios imploram: Vinde para nos livrar, não tardeis mais!

Ó Chave de Davi, cetro da Casa de Israel, que abris e ninguém pode abrir: Vinde e tirai do cárcere o prisioneiro que jaz nas trevas.

Ó Sol nascente, sol de justiça, esplendor de luz eterna: Vinde e iluminai os que estão mergulhados nas sombras da morte!

Ó rei dos gentios, ó desejado, pedra angular que unis judeus e pagãos: Vinde e salvai o homem que formastes com o limo da terra!

Ó Emanuel, nossa Rei e Legislador, esperança e salvação dos gentios: Vinde para nos remir!

Nossa Senhora do Bom Parto, rogai por nós!
  

Nossa Senhora do Ó, rogai por nós!

sábado, 17 de dezembro de 2016

A Virgem santa: humilde e confiante, como virgem e mãe


Eis que beleza, estas palavras de um sermão do santo Abade Bernardo de Claraval (1091-1153), monge cisterciense e doutor da Igreja, Doutor Melífluo, como chamou-o a tradição, pois suas palavras são doces como o mel! Com a palavra, São Bernardo:

Maria é bem-aventurada, como lhe diz sua parenta Isabel, não apenas porque Deus a olhou, mas porque acreditou.

A sua fé é o mais belo produto da bondade divina.

Mas, foi necessário que a arte inefável do Espírito Santo pousasse sobre Ela, para que tanta grandeza de alma se unisse a tanta humildade no segredo do seu coração virginal.

A humildade e a grandeza de alma de Maria são, como a sua virgindade e a sua fecundidade, semelhantes a duas estrelas que se iluminam mutuamente, porque em Maria a profundidade da humildade em nada prejudica a generosidade da alma, e reciprocamente. Julgando-se a si mesma de forma tão humilde, Maria nem por isso foi menos generosa na sua fé na promessa que lhe tinha sido feita pelo anjo. Ela que apenas se considerava uma pobre serva, não duvidou de que tivesse sido chamada a este mistério incompreensível, a esta união prodigiosa, a este segredo insondável E acreditou imediatamente que se tornaria de fato a Mãe do Deus encarnado.