terça-feira, 27 de dezembro de 2016

Um homossexual pode ser santo?


O Catecismo da Igreja Católica tem duas cláusulas sucessivas que fazem parte de um capítulo chamado “Castidade e homossexualidade”: ambas devem ser lidas conjuntamente, numa unidade de sentido. O parágrafo 2357 estabelece que os atos homossexuais são contrários à lei natural por fecharem o ato sexual ao dom da vida. É uma declaração dura, mas vem acompanhada pelo parágrafo 2358, que afirma: os homossexuais devem ser acolhidos com respeito, compaixão e delicadeza, evitando-se todo sinal de discriminação injusta.

A homossexualidade não é necessariamente um pecado. Todo pecado implica uma escolha deliberada de algo que a pessoa mesma entende que é moralmente inadmissível. O Catecismo destaca que “um número considerável de homens e mulheres apresentam tendências homossexuais profundamente arraigadas” e que “esta inclinação, objetivamente desordenada, constitui para a maioria deles uma autêntica provação”.

Devemos levar em conta que as tendências homossexuais, cujas causas e elementos característicos continuam sendo objeto de acalorado debate entre sexólogos, psicólogos e educadores, não são em si pecaminosas. O pecado consiste em sucumbir de forma deliberada, o que se aplica não só às tendências homossexuais: em muitos outros exemplos, os seres humanos precisam manter sob controle as suas inclinações naturais, a fim de serem donos de si mesmos e viverem uma vida de ascetismo e superação, que requer grande esforço.

Por isso, o Catecismo acrescenta que as pessoas homossexuais são chamadas a realizar a vontade de Deus na sua vida e, se forem cristãs, a unirem ao sacrifício da Cruz de nosso Senhor as dificuldades que podem encontrar por causa da sua condição. 

São João, apóstolo e evangelista


O nome deste evangelista significa: “Deus é misericordioso”: uma profecia que foi se cumprindo na vida do mais jovem dos apóstolos. Filho de Zebedeu e de Salomé, irmão de Tiago Maior, ele também era pescador, como Pedro e André; nasceu em Betsaida e ocupou um lugar de primeiro plano entre os apóstolos.

Jesus teve tal predileção por João que este assinalava-se como “o discípulo que Jesus amava”. O apóstolo São João foi quem, na Santa Ceia, reclinou a cabeça sobre o peito do Mestre e, foi também a João, que se encontrava ao pé da Cruz ao lado da Virgem Santíssima, que Jesus disse: “Filho, eis aí a tua mãe” e, olhando para Maria disse: “Mulher, eis aí o teu filho”. (Jo 19,26s).

Quando Jesus se transfigurou, foi João, juntamente com Pedro e Tiago, que estava lá. João é sempre o homem da elevação espiritual, mas não era fantasioso e delicado, tanto que Jesus chamou a ele e a seu irmão Tiago de Boanerges, que significa “filho do trovão”.

João esteve desterrado em Patmos, por ter dado testemunho de Jesus. Deve ter isto acontecido durante a perseguição de Domiciano (81-96 dC). O sucessor deste, o benigno e já quase ancião Nerva (96-98), concedeu anistia geral; em virtude dela pôde João voltar a Éfeso (centro de sua atividade apostólica durante muito tempo, conhecida atualmente como Turquia). Lá o coloca a tradição cristã da primeiríssima hora, cujo valor histórico é irrecusável.

O Apocalipse e as três cartas de João testemunham igualmente que o autor vivia na Ásia e lá gozava de extraordinária autoridade. E não era para menos. Em nenhuma outra parte do mundo, nem sequer em Roma, havia já apóstolos que sobrevivessem. E é de imaginar a veneração que tinham os cristãos dos fins do século I por aquele ancião, que tinha ouvido falar o Senhor Jesus, e O tinha visto com os próprios olhos, e Lhe tinha tocado com as próprias mãos, e O tinha contemplado na sua vida terrena e depois de ressuscitado, e presenciara a sua Ascensão aos céus. Por isso, o valor dos seus ensinamentos e o peso de das suas afirmações não podiam deixar de ser excepcionais e mesmo únicos.

Dele dependem (na sua doutrina, na sua espiritualidade e na suave unção cristocêntrica dos escritos) os Santos Padres daquela primeira geração pós-apostólica que com ele trataram pessoalmente ou se formaram na fé cristã com os que tinham vivido com ele, como S. Pápias de Hierápole, S. Policarpo de Esmirna, Santo Inácio de Antioquia e Santo Ireneu de Lião. E são estas precisamente as fontes donde vêm as melhores informações que a Tradição nos transmitiu acerca desta última etapa da vida do apóstolo.

São João, já como um ancião, depara-se com uma terrível situação para a Igreja, Esposa de Cristo: perseguições individuais por parte de Nero e perseguições para toda a Igreja por parte de seu sucessor, o Imperador Domiciano.

Além destas perseguições, ainda havia o cúmulo de heresias que desentranhava o movimento religioso gnóstico, nascido e propagado fora e dentro da Igreja, procurando corroer a essência mesma do Cristianismo.

Nesta situação, Deus concede ao único sobrevivente dos que conviveram com o Mestre, a missão de ser o pilar básico da sua Igreja naquela hora terrível. E assim o foi. Para aquela hora, e para as gerações futuras também. Com a sua pregação e os seus escritos ficava assegurado o porvir glorioso da Igreja, entrevisto por ele nas suas visões de Patmos e cantado em seguida no Apocalipse.

Completada a sua obra, o santo evangelista morreu quase centenário, sem que nós saibamos a data exata. Foi no fim do primeiro século ou, quando muito, nos princípios do segundo, em tempo de Trajano (98-117 dC).

Três são as obras saídas da sua pena incluídas no cânone do Novo Testamento: o quarto Evangelho, o Apocalipse e as três cartas que têm o seu nome.


Pai Eterno, pela poderosa intercessão de São João, Apóstolo amado de Jesus, eu rogo pelas graças de que tanto necessito. Abro meu coração, agora e sempre, para ouvir a Vossa Voz e experimentar Vosso Poder em minha vida. Assim como São João, quero acolher a Palavra de Jesus e com amor levar as sementes do Vosso Reino por onde eu passar. Amém.


São João Evangelista, rogai por nós!

segunda-feira, 26 de dezembro de 2016

Um cristão morto por causa da fé a cada 6 minutos em 2016, afirma estudo


Massimo Introvigne, diretor do Centro de Estudos Novas Religiões (Cesnur), afirmou que durante o ano 2016 foram assassinados perto de 90.000 cristãos por causa da fé, quer dizer um a cada seis minutos aproximadamente, e que a maioria foram mortos em conflitos tribais na África.

Em declarações à Rádio Vaticano, informou que o “Center for Study of Global Christianity publicará no próximo mês suas estatísticas que falam de 90.000 cristãos assassinados por causa da sua fé, um morto a cada 6 minutos”. E indicou que esta cifra é menor que os 105.000 assassinados e, 2014.

Sobre as cifras de 2016, Introvigne disse que dos 90.000 assassinatos, “70%, quer dizer 63.000, foram mortos em conflitos tribais na África. O Centro os inclui na estatística porque consideram que em grande parte se trata de cristãos que se negaram a tomar as armas por razões de consciência. Os outros 30%, quer dizer 27.000, morreram em atentados terroristas, destruição de vilas cristãs e perseguições do governo, como no caso da Coreia do Norte”.

Do mesmo modo, indicou que de acordo a três centros de estudos dos Estados Unidos e do Cesnur, “estima-se que entre 500 e 600 milhões de cristãos não podem professar a fé de modo totalmente livre”.

“Sem querer esquecer ou diminuir o sofrimento dos membros de outras religiões, os cristãos são o grupo religioso mais atingidos do mundo”, assinalou. 

Católicos de Alepo celebram Missa de Natal em catedral destruída pela guerra


Centenas de católicos maronitas da recém libertada Alepo (Síria), celebraram a Missa de Natal na catedral maronita de São Elias, que ficou em ruínas devido aos bombardeios e permaneceu fechada durante os quatro anos em que as forças do governo e os grupos jihadistas e rebeldes disputavam o controle da cidade.

A Eucaristia começou às 11:00 a.m. (hora local) e foi presidida por Dom Joseph Tobji, Arcebispo maronita de Alepo. No centro do templo, em meio aos escombros de pedra e sob o teto destruído, os fiéis armaram um lindo presépio com a Virgem Maria, o Menino Jesus, São José e a estrela de Belém. O altar foi decorado com flores brancas.


Os fiéis foram colocados nas partes laterais da catedral, em frente ao altar e na parte superior. Tiveram que sentar-se em cadeiras de plástico porque as bancas estavam destruídas. Na celebração entoaram canções de natal em inglês, francês e árabe.

Depois da Missa, um grupo de líderes muçulmanos visitou a catedral e um cristão que foi como representante do Grande Mufti da Síria transmitiu suas saudações por Natal. Ao terminar se reuniram com Dom Tobji e vários sacerdotes.

O diácono Santo Estevão: “Viram seu rosto resplandecente como de um anjo”.


Os Atos dos Apóstolos nos contam a eleição dos primeiros diáconos, sendo o primeiro nomeado Estevão "cheio de Fé e do Espírito Santo" (At 6, 5), "cheio de graça e do poder de Deus" (At 6, 8). E narram o enorme apostolado que ele desenvolveu em Jerusalém.

Porém, surgiram invejas, inimizades, ódios... porque "não podiam resistir à Sabedoria e ao Espírito com que ele falava" (At 6, 10). E subornaram falsas testemunhas para o condenar a morte. O jovem diácono compareceu diante do supremo tribunal dos Judeus, o Sinédrio, porém "todos viram que o seu rosto parecia o rosto de um anjo". Converteram-se? Não. O ódio cresceu e o condenaram a morte.

Estevão foi apedrejado, fora da cidade, e converteu-se assim no primeiro mártir da História da Igreja Católica. Ao morrer, perdoou seus algozes exclamando em alta voz: "Senhor, não os consideres culpados deste pecado!" (At 7, 60).

Onde está esse corpo bendito do primeiro homem que, a semelhança de Jesus, deu a vida pelos irmãos, pela sua conversão e salvação eterna? 

Jesus Cristo, Deus e Homem


Este artigo ensina que Jesus Cristo é o Redentor prometido a Adão e Eva em Gênesis 3,15, o único Filho de Deus, e por esse mesmo fato, Senhor de toda Criação. Ele é a segunda Pessoa da Santíssima Trindade, enviada ao mundo pelo Pai para se tornar homem e nos salvar de nossos pecados. Então São Pedro disse em Mateus 16,16: “Tu és o Cristo, o Filho do Deus Vivo”. O nome Jesus significa Salvador, como vemos de Mateus 1,2. O nome “Cristo”, “Messias” em hebraico, significa o Ungido (ver Atos 10,38).

Jesus é Deus

“E o Verbo se fez carne e habitou entre nós”, escreveu São João (1,14). Assim, a segunda pessoa da Santíssima Trindade assumiu a natureza humana. Jesus Cristo é o Filho de Deus, o Verbo Divino de quem João escreveu: “No princípio era o Verbo, o Verbo estava com Deus e o Verbo era Deus” (João 1, 1).

Ele se tornou homem

“Na plenitude dos tempos, Deus enviou seu Filho, nascido de uma mulher” (Gálatas 4, 4). Para se tornar um membro da raça humana no sentido mais pleno, a Segunda Pessoa da Trindade tornou-se homem ao nascer de uma mulher humana, Maria. Ele foi concebido por ela sem a ajuda de um pai humano, mas antes, pelo poder do Espírito Santo. Assim, o Deus-homem Jesus Cristo tinha somente Deus como Seu Pai, e a Virgem Maria como Sua Mãe.

Jesus como Mestre

Podemos facilmente ver que Ele não era o mesmo que outros grandes mestres religiosos. Ele não só fazia milagres que podiam ser autenticados, mas os trabalhava em contextos tais que havia um vínculo estabelecido entre o milagre e a reivindicação, como vemos na cura do paralítico em Marcos 2. Ele predisse Sua própria ressurreição; Ele viveu uma vida de tal santidade que Ele podia desafiar as pessoas: “Quem de vós podeis me convencer de pecado?” (João 8,46). Quase ninguém mais ousaria dar esse desafio! Seu ensino não descansava no raciocínio humano, mas na autoridade divina que Ele reivindicava, por exemplo, quando Ele disse várias vezes: “Vós ouvistes que foi dito aos antigos … mas eu vos digo” (Mateus 5,27). Ele inspirou Seus seguidores a segui-Lo até mesmo a terríveis mortes. Se alguém objeta: outras religiões tiveram mártires também – correto. Mas nenhum deles pode fornecer o suporte sólido de dados que nós podemos, como será mostrado em nosso esboço de apologética na parte um, a ser postada em breve.

Jesus como Redentor

No entanto, a principal razão pela qual Deus se fez homem foi para nos redimir do pecado, isto é, para pagar a dívida de nossos pecados, como disse Leo o Grande (Carta a Flaviano, 13 de junho de 449). Lemos na Epístola aos Efésios (2: 4-5): “Deus, sendo rico em misericórdia, por causa do grande amor com que nos amou, mesmo estando mortos em nossas transgressões, nos tornou vivos novamente juntamente com Cristo.” 

Nasceu para vós um Salvador!


Estamos no Natal do Senhor. O que o Anjo disse aos pastores exprime bem o mistério que os cristãos celebram: “Não temais! Hoje nasceu para vós um Salvador, que é o Cristo Senhor!”

Este anúncio, que tanta alegria e esperança já suscitou, tanto de paz e beleza já inspirou, atualmente é ouvido pelo mundo com solene e fria indiferença: “Quem precisa de salvadores? A ciência nos dá conforto e explicações da realidade; a liberdade sem limites de que gozamos nos dá a possibilidade de viver a vida como bem queremos; a oferta de diversões de todo o tipo nos entrete e cria uma sensação de felicidade. Então: estamos salvos, salvos por nós mesmos e não precisamos de um Salvador. Somos nossos próprios salvadores!”

E, no entanto, se olharmos o coração humano com um pouquinho mais de vagar e profundidade: solidão, tristeza, fome, violência, injustiças gritantes, fracassos, doenças incuráveis, sofrimentos lacerantes, feridas profundas na alma, fobias e frustrações e, por fim, a morte, que primeiro é ameaça e, finalmente, uma realidade onipresente e dolorosa... Pobre homem, eterno caniço agitado pelo vento, erva que fenece ligeiro ao calor do sol da vida...

Por mais que os filhos de Adão queiram esconder e negar, eles precisam de um Salvador, que lhes dê pleno sentido à existência, que descortine o caminho da verdade e lhes conceda o dom da vida imperecível. Nossa sociedade não é melhor ou mais madura porque pensa não precisar de salvação. É somente mais cega, mais néscia, mais obtusa. Vive um ilusão triste e frustrante...
 

Humilhou-se a Si mesmo!


No Natal, Jesus não nasce novamente, um novo nascimento a cada ano! Isto seria voltar aos mitos pagãos, sobretudo àqueles de origem agrícola, nos quais o deus renasce com a natureza, em cada primavera...

Imaginem se cantássemos: Parabéns pra você... Muitas felicidades, muitos anos de vida! Seria um completo despropósito!

Jesus é Senhor! Com Ele comungamos Vivo e Vivificante na Eucaristia! Ele não pode ter muitos anos de vida! Ele está para além dos tempos, dos dias, dos anos: Ele, na Sua natureza humana, agora divinizada, gloriosa, está na Eternidade de Deus, onde já não há tempo!

Jesus já não é nem será mais nunca criança! Ele é o Senhor, o Cordeiro imolado e ressuscitado! Jesus, o Deus nascido a Virgem, é o mesmo, imutável e eterno, ontem, hoje e para todo o sempre, Senhor dos tempos e da Eternidade!

No Mistério do Natal, celebrado de novo a cada ano, nós entramos em comunhão com o acontecimento único, irrepetível, perenemente salvífico, que agora encontra-se, com toda a sua potência, na Eternidade de Deus, em Cristo imolado e ressuscitado e se faz realmente presente no Memorial do Sacrifício eucarístico!

Aliás, o mistério do Natal é salvífico, mas também doloroso: em Belém, não foi uma simples criancinha que veio ao mundo, mas o Filho eterno do Pai,
sendo Deus, fez-Se homem,
sendo rico, fez-Se pobre, 
endo Criador, tomou a natureza da humana criatura,
sendo tão grande Senhor, fez-Se humilde servo,
sendo Eterno, entrou nos tempo,
sendo o Imortal, fez-Se mortal...