sábado, 21 de janeiro de 2017

“Muitas almas vão para o inferno por não haver quem se sacrifique e reze por elas” (Nossa Senhora).


Há quase 100 anos atrás, Nossa Senhora lembrou em Fátima a necessidade de orações e sacrifícios para a salvação das almas. Orações pelas almas dos “pobres pecadores”, como tinha dito a mesma Senhora no mês de julho, quando mostrou aos assustados pastorinhos a visão do inferno. De um século para cá, o neopaganismo assola a civilização cristã e multidões de pessoas são tão ignorantes em matéria religiosa que não podem sequer repetir a pergunta do fariseu do Evangelho: “Que devo fazer para alcançar a vida eterna?” pois não têm clara a ideia de que existe uma vida eterna… Deus não permite que falte a ninguém a graça necessária para a salvação da alma mas Ele quer em tudo a nossa colaboração. 

Dia 19 de Agosto de 1917, andando com as ovelhas, na companhia de Francisco e seu irmão João, num lugar chamado Valinhos, e sentindo que alguma coisa de sobrenatural se aproximava e nos envolvia, suspeitando que Nossa Senhora nos viesse a aparecer e tendo pena que a Jacinta ficasse sem A ver, pedimos a seu irmão João que a fosse a chamar. Como ele não queria ir, ofereci-lhe, para isso, dois vinténs e lá foi a correr. Entretanto, vi, com o Francisco, o reflexo da luz a que chamávamos relâmpago; e chegada a Jacinta, um instante depois, vimos Nossa Senhora sobre uma carrasqueira.

– Que é que Vossemecê me quer?


 Quero que continueis a ir à Cova de Iria no dia 13, que continueis a rezar o terço todos os dias. No último mês, farei o milagre, para que todos acreditem.

– Que é que Vossemecê quer que se faça ao dinheiro que o povo deixa na Cova de Iria?

– Façam dois andores: um, leva-o tu com a Jacinta e mais duas meninas vestidas de branco; o outro, que o leve o Francisco com mais três meninos. O dinheiro dos andores é para a festa de Nossa Senhora do Rosário e o que sobrar é para a ajuda duma capela que hão de mandar fazer.

sexta-feira, 20 de janeiro de 2017

Prender criminosos basta?


“Lembrem-se dos presos como se vocês estivessem na prisão com eles”. (Hb 13,3).

Diante da dolorosa crise que se instala sobre o Sistema Carcerário Nacional, manifesto meu pesar e também reafirmo o compromisso no atendimento dos encarcerados e seus familiares de Juiz de Fora, através de nossa eficiente Pastoral Carcerária Arquidiocesana. 

Cabe ao Estado o dever de propiciar o mínimo de dignidade a uma população que carece dos direitos sociais mais básicos a fim de devolver os detentos à liberdade, livres da criminalidade. Dados recentes do Ministério da Justiça mostram que a população carcerária cresceu 575% nos últimos 26 anos. O paradoxo desta política de encarceramento em massa é que os esforços governamentais, que se empenham na construção de mais presídios, sem as condições necessárias de humanização, não têm diminuído, mas aumentado a criminalidade.

O Brasil ostenta hoje o patamar de quarta maior população carcerária do mundo, atrás de EUA, China e Rússia. No entanto, entre eles é o campeão de prisões de acusados sem condenação. Na questão de superlotação, somos também um dos vencedores: temos metade das vagas para atender o número de encarcerados. Vê-se que o Sistema Prisional carece não só de novas construções, mas de uma profunda reforma estrutural.

Nas Unidades Prisionais de todo nosso País predominam a superlotação, a violação de direitos e os recorrentes casos de maus-tratos e torturas. O encarceramento em grande número nos Sistemas Prisionais não gerou melhora na Segurança Pública em nossas cidades. Pelo contrário, os índices de violências, nos últimos anos, aumentaram de maneira gigantesca, vitimando, sobretudo as pessoas pobres, negras, das periferias e de baixo nível educacional.

Fica evidente que encarcerar pura e simplesmente não é solução para pôr fim a tanta violência, pois infelizmente o Estado não tem criado estruturas que contribuam para reconstrução da vida da pessoa encarcerada e sua ressocialização. Como disse o Papa Francisco em sua visita ao México, “é um engano social acreditar que a segurança e a ordem só são alcançadas prendendo as pessoas”. Na verdade, as prisões, nos esquemas atuais, resultam quase sempre somente em dor e destruição da pessoa humana. 

Esta é a data oficial da JMJ Panamá 2019


Em uma coletiva de imprensa neste dia 20 de janeiro, o Arcebispo do Panamá e presidente da Conferência Episcopal Panamenha, Dom José Domingo Ulloa Mendieta, anunciou que a Jornada Mundial da Juventude (JMJ) será realizada no começo de 2019.

Dom Ulloa Mendieta assinalou que a JMJ Panamá 2019 acontecerá de 22 a 27 de janeiro de 2019. Com o tema “Eis aqui a serva do Senhor. Faça-se em mim segundo a tua palavra”.

O Arcebispo do Panamá reiterou a gratidão da Igreja no país “ao Papa Francisco por escolher o Panamá como sede da Jornada Mundial da Juventude em 2019”.

Para definir a data, explicou, “prevaleceram razões climáticas”, pois são conscientes que em muitos países não é época de férias.

Apesar disso, indicou, os organizadores estão convencidos de que “milhares de jovens de todos os continentes possam vir ao Panamá se encontrar com Jesus Cristo, de mãos dadas com Maria e com o sucessor de Pedro”.

Dom Ulloa Mendieta recordou aos jovens “de todo o continente” que “são os protagonistas desta Jornada Mundial da Juventude”.

Se são colocadas metas relacionadas à fé, assinalou, “vocês são criativos e se adaptam às realidades”.

“O Panamá os espera com o coração e os braços abertos para compartilhar a fé, para nos sentirmos Igreja”.

“Mostraremos ao mundo o rosto jovem de uma Igreja em saída, disposta a fazer barulho para anunciar a alegria do Evangelho aos afastados, aos excluídos, aos que se encontram nas periferias existenciais e geográficas”, assinalou.

O Papa Francisco saúda Donald Trump, o novo presidente dos Estados Unidos


O Papa Francisco expressou hoje sua saudação a Donald Trump, oficializado como o 45º presidente dos Estados Unidos em Washington D.C., ao meio-dia (hora local) de hoje, 20 de janeiro.

Em uma mensagem publicada esta tarde, o Santo Padre assinalou que “após sua inauguração como o quadragésimo quinto presidente dos Estados Unidos da América, ofereço-lhe meus cordiais bons desejos e a garantia de minhas orações para que Deus Todo-poderoso lhe conceda sabedoria e fortaleza no exercício de seu alto cargo”.

“Em uma época em que nossa família humana é atingida por graves crises humanitárias que demandam respostas previsoras e politicamente unidas, rezo para que suas decisões sejam guiadas pela rica espiritualidade e os valores éticos que deram forma à história do povo americano e o compromisso de sua nação pelo avanço da dignidade humana e a liberdade em todo mundo”.

O Papa expressou seu desejo de que, sob o governo Trump, “o tamanho dos Estados Unidos siga sendo medido sobre tudo por suas preocupações pelos pobres, marginados e os necessitados quem, como Lázaro, ficam perante a nossa porta”.

“Com estes sentimentos, peço ao Senhor que conceda a você e à sua família, e a todo o amado povo americano, suas bênçãos de paz, concórdia e toda a prosperidade material e espiritual”, concluiu o Papa Francisco. 

São Sebastião: mártir fiel a não violência compassiva do Reino


Na perseguição terrível do Imperador Dioclesiano pelo ódio e sanha contra os cristãos, destacou-se a figura emblemática de São Sebastião. Membro do corpo de elite da guarda imperial, aproveitava sua influência para visitar e consolar os irmãos(ãs) presos pela fé. Descoberto, foi condenado a morrer flechado amarrado a uma árvore, pelo seus colegas. Dado como morto foi curado por uma piedosa senhora chamada Irene. 

Recomposto foi até o Imperador, outras versões colocam o Cônsul ou Chefe da Guarda Pretoriana, e com voz clara acusa a autoridade do abuso e injustiça da perseguição contra os cristãos. Novamente é condenado a morte desta feita com açoites e espancamento até o seu óbito, sendo o seu corpo deixado escondido num esgoto. 


A saga sebastiana revela coragem, determinação mas também um novo tipo de soldado que hoje chamamos objetor de consciência. Levando a sério a frase de Pedro, no Sinédrio de Jerusalém, que importa obedecer antes a Deus que aos homens, tornou-se um exemplo e modelo de todos os que pertencentes às forças armadas, desobedecem uma ordem injusta e contrária à consciência e aos direitos humanos. Mais, ele com sua atitude e opção radical por Cristo, mostra o caminho da não violência e da defesa não armada, que foi a prática normal dos cristãos que serviam o exército imperial até o século IV, depois as Igrejas cristãs mais identificadas com esta vivência do desarmamento espiritual como os Quakers, Menonitas e Irmãos Moravos deram prosseguimento a esta sequela de mansidão e de paz. Na 50ª mensagem do dia mundial da paz, o Papa Francisco apresentou a não violência como um estilo de política para a paz. 

Sempre trabalhei com amor*


Antes de mais nada, se queremos ser amigos do verdadeiro bem de nossos alunos e levá-los ao cumprimento de seus deveres, é indispensável jamais vos esquecerdes de que representais os pais desta querida juventude. Ela foi sempre o terno objeto dos meus trabalhos, dos meus estudos e do meu ministério sacerdotal; não apenas meu, mas da cara congregação salesiana.

Quantas vezes, meus filhinhos, no decurso de toda a minha vida, tive de me convencer desta grande verdade! É mais fácil encolerizar-se do que ter paciência, ameaçar uma criança do que persuadi-la. Direi mesmo que é mais cômodo, para nossa impaciência e nossa soberba, castigar os que resistem do que corrigi-los, suportando-os com firmeza e suavidade.

Tomai cuidado para que ninguém vos julgue dominados por um ímpeto de violenta indignação. É muito difícil, quando se castiga, conservar aquela calma tão necessária para afastar qualquer dúvida de que agimos para demonstrar a nossa autoridade ou descarregar o próprio mau humor. Consideremos como nossos filhos aqueles sobre os quais exercemos certo poder. Ponhamo-nos a seu serviço, assim como Jesus, que veio para obedecer e não para dar ordens; envergonhemo-nos de tudo o que nos possa dar aparência de dominadores; e se algum domínio exercemos sobre eles, é para melhor servirmos.

Assim procedia Jesus com seus apóstolos; tolerava-os na sua ignorância e rudeza, e até mesmo na sua pouca fidelidade. A afeição e a familiaridade com que tratava os pecadores eram tais que em alguns causava espanto, em outros escândalo, mas em muitos infundia a esperança de receber o perdão de Deus. Por isso nos ordenou que aprendêssemos dele a ser mansos e humildes de coração.

Uma vez que são nossos filhos, afastemos toda cólera quando devemos corrigir-lhes as faltas ou, pelo menos, a moderemos de tal modo que pareça totalmente dominada.

Nada de agitação de ânimo, nada de desprezo no olhar, nada de injúrias nos lábios; então sereis verdadeiros pais e conseguireis uma verdadeira correção.

Em determinados momentos muito graves, vale mais uma recomendação a Deus, um ato de humildade perante ele, do que uma tempestade de palavras que só fazem mal a quem as ouve e não têm proveito algum para quem as merece.


Das Cartas de São João Bosco, presbítero

(Epistolario, Torino 1959, 4,201-203)             (Séc.XIX)

Por que não sou protestante?


Conta a História, que certa vez um soldado disse a Napoleão Bonaparte: "Imperador, sois o nosso deus! Só falta criar a nossa religião". Ao que Napoleão lhe respondeu: "Meu filho, para alguém fundar uma religião é preciso duas coisas: primeiro, morrer numa cruz; segundo, ressuscitar. A primeira eu não quero; a segunda eu não posso".

Extirpei da minha alma a possibilidade de ser protestante quando percebi que para ser, eu precisaria acreditar que Cristo morreu e nos deixou no erro durante 15 séculos. Diante disso, qualquer argumentação teológica é retardo mental. Ou a Igreja Católica está certa ou o Deus cristão é uma fraude. – Dom José Francisco Falcão.

A fé católica é recebida da Igreja, e não inventada. Por isso não inventamos um culto, seguimos uma liturgia. Por isso não interpretamos a bíblia isolada em si mesma, mas guardamos a interpretação dos apóstolos. Por isso não criamos outras igrejas, permanecemos na mesma. Por isso somos católicos. – Pe. João Jefferson

“O Espírito diz expressamente que nos tempos vindouros, alguns apostatarão da fé, dando ouvidos a espíritos sedutores e doutrinas diabólicas” (1Tm 4,1).

Fico impressionado, ao ver um simples mortal ousar fundar uma religião e uma igreja. Parece-me até brincadeira. Com que autoridade? Com que direito? Só mesmo a soberba humana pode explicar isto. – Prof. Felipe Aquino.

O protestantismo é a religião daqueles que não têm nenhuma. Entre os protestantes, cada um segue seu próprio caminho; é a confusão religiosa universal. Ninguém conhece aquilo em que acredita, e nem porque acredita; cada um faz o que satisfaz, cada um segue seu próprio capricho. – Monsenhor de Ségur

“Porque virá tempo em que os homens já não suportarão a sã doutrina da salvação. Tendo nos ouvidos o desejo de ouvir novidades, escolherão para si, ao capricho de suas paixões, uma multidão de mestres. Afastarão os ouvidos da verdade e se atirarão às fábulas” (2 Tim 4,2-4). 

quinta-feira, 19 de janeiro de 2017

Superar Divisões


O ser humano tem dentro de si a noção de bem e de mal, à exceção de alguns com distúrbios psíquicos. Se houver educação do caráter desde a infância, com orientação para a busca e  a prática de valores humanos e éticos, teremos comportamentos mais altruístas e saudáveis. Ao contrário, o egoísmo pode dominar a vontade das pessoas para elas seguirem mais os instintos não bem canalizados.

Grandes condicionamentos que formam profundamente a humanidade para a subjetividade exacerbada são o  consumismo e o hedonismo. Dentro disso se coloca muita força na busca do ter e do prazer, rejeitando-se muito os valores da ética, da verdade, do bem comum e da solidariedade. Divisões surgem com agressividade física e moral entre pessoas, famílias e nações.

Mesmo pessoas que se dizem religiosas muitas vezes aceitam o culto, a oração e certas liturgias, mas não assumem as verdades e exigências da pessoa e do Evangelho de Jesus, sendo incongruentes com sua profissão de fé. Aliás, estamos num mundo em que, mesmo na esfera religiosa, não se querem aceitar determinadas regras de conduta.  Às vezes se muda de religião  por conveniência e certas facilitações de conduta. Há quem, em vez de aceitar as orientações de uma instituição, quer determinar as próprias conveniências para elas.

Por interesses econômicos e de domínio político fazem-se guerras, fabricam-se armamentos e se invadem territórios, provocando-se até genocídio em relação a povos e nações. Até se formam as crianças para a beligerância, em nome de  Deus e de sua Palavra. As guerras não resolvem as questões humanas e nem engrandecem a quem as provoca e têm vantagens econômicas e de domínio sobre outros. A maior grandeza das pessoas, instituições e nações está em sua colaboração com a promoção da justiça e da paz, para se proteger a cidadania para todos. A vingança não pode ser usada como arma para se fazer justiça com as próprias mãos.