A
Procuradoria da Holanda abriu um inquérito contra os envolvidos em um caso de
eutanásia forçada, no qual uma médica decidiu aplicar drogas em uma idosa de
aproximadamente 70 anos, que sofria de demência e, portanto, não tinha a
capacidade de se expressar claramente.
Segundo informações de ‘DutchNews’, há 4 anos esta idosa foi
diagnosticada com demência e indicou que estava disposta a pôr
fim à sua vida através da eutanásia, “mas não agora”.
Entretanto, a casa de repouso onde ela estava decidiu que já era
hora de aplicar este procedimento, porque a sua condição estava piorando e
havia começado a vagar à noite e se comportar de forma agressiva.
Este é o primeiro caso no qual uma médica é formalmente remetida
ao Ministério Público por ir além do que a lei permite. Além disso, de acordo
com a comissão de avaliação para aplicar a eutanásia, a doutora “ultrapassou
uma linha” por não ter interrompido o processo, embora a paciente “reagisse
negativamente” quando começaram aplicar a droga por via intravenosa.
Segundo o relatório, a médica colocou uma droga no café da idosa
para ela dormir. Quando a mulher tentou impedir que lhe colocassem o soro, a
doutora deveria ter interrompido o processo, expressou o comitê.
Entretanto, a doutora
pediu à família para que segurasse a idosa, enquanto retomava o processo.
Além
disso, o comitê advertiu que o desejo de morte expressado por esta senhora
quando ela entrou nesse asilo não demonstra um desejo bem informado sobre a
eutanásia.
A
lei holandesa permite a administração da eutanásia desde 2002 apenas nos casos
de sofrimento insuportável, porém, é cada vez mais aplicada em pessoas com
demência e problemas mentais.
As
últimas cifras mostram que a quantidade de pacientes com problemas mentais
assassinados pela aplicação da eutanásia quadruplicou em apenas quatro anos na
Holanda.