A
Procuradoria da Holanda abriu um inquérito contra os envolvidos em um caso de
eutanásia forçada, no qual uma médica decidiu aplicar drogas em uma idosa de
aproximadamente 70 anos, que sofria de demência e, portanto, não tinha a
capacidade de se expressar claramente.
Segundo informações de ‘DutchNews’, há 4 anos esta idosa foi
diagnosticada com demência e indicou que estava disposta a pôr
fim à sua vida através da eutanásia, “mas não agora”.
Entretanto, a casa de repouso onde ela estava decidiu que já era
hora de aplicar este procedimento, porque a sua condição estava piorando e
havia começado a vagar à noite e se comportar de forma agressiva.
Este é o primeiro caso no qual uma médica é formalmente remetida
ao Ministério Público por ir além do que a lei permite. Além disso, de acordo
com a comissão de avaliação para aplicar a eutanásia, a doutora “ultrapassou
uma linha” por não ter interrompido o processo, embora a paciente “reagisse
negativamente” quando começaram aplicar a droga por via intravenosa.
Segundo o relatório, a médica colocou uma droga no café da idosa
para ela dormir. Quando a mulher tentou impedir que lhe colocassem o soro, a
doutora deveria ter interrompido o processo, expressou o comitê.
Entretanto, a doutora
pediu à família para que segurasse a idosa, enquanto retomava o processo.
Além
disso, o comitê advertiu que o desejo de morte expressado por esta senhora
quando ela entrou nesse asilo não demonstra um desejo bem informado sobre a
eutanásia.
A
lei holandesa permite a administração da eutanásia desde 2002 apenas nos casos
de sofrimento insuportável, porém, é cada vez mais aplicada em pessoas com
demência e problemas mentais.
As
últimas cifras mostram que a quantidade de pacientes com problemas mentais
assassinados pela aplicação da eutanásia quadruplicou em apenas quatro anos na
Holanda.
No
ano passado, surgiu o caso de um alcoólatra e de uma vítima de abusos sexuais
assassinados pela aplicação da eutanásia. De acordo com os dados, em 2015 o
número de mortes por eutanásia – cerca de 5.306 casos –, representou um aumento
de 50% nos últimos 5 anos.
Por
sua parte, pesquisadores da Universidade de Calgary (Canadá) identificaram as
“economias substanciais” que poderiam conseguir com a redução dos cuidados no
final da vida.
Segundo
‘Catholic Herald’, o estudo, publicado na Revista da Associação Médica
Canadense, disse que a assistência médica no final da vida pode ser prolongada
durante meses e pode ser cara. Em vez disso, a eutanásia custaria ao Estado
apenas 15 libras por paciente.
Robert
Flello, deputado de Stoke-on-Trent South e católico praticante, disse que as
repercuções do estudo eram “absolutamente horríveis”.
“Isso
reforça a evidência da Holanda de que os médicos estão racionando os cuidados
na área da saúde usando a eutanásia”, disse Flello, co-presidente de All Party
Parliamentary Pro-life Group. “Francamente, estou horrorizado”, disse.
Flello
também criticou duramente a eutanásia forçada desta idosa na Holanda. “Acho que
estamos enfrentando uma verdadeira crise humanitária naqueles países que têm a
eutanásia ou o suicídio assistido e, francamente, não quero esta situação
terrível aqui”, expressou.
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ACI Digital
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