sexta-feira, 3 de março de 2017

Políticos buscam censurar sacerdote para frear procissão de Quinta-feira Santa


Políticos socialistas lançaram pelo terceiro ano consecutivo uma campanha para censurar Pe. Custodio Ballester, a fim de impedir a tradicional procissão de Quinta-feira Santa organizada em sua paróquia da Imaculada Conceição de Hospitalet de Llobregat, em Barcelona (Espanha).

Os políticos exigiram ao Arcebispo de Barcelona, ??Dom Juan José Omella, que remova o Pe. Ballester, de 52 anos, do cargo que ocupa desde 2002.

O Pe. Ballester disse ao Grupo ACI que estão a frente do assédio o “município de Hospitalet, a prefeita Nuria Marin e o vereador do meu distrito, Jaume Graells, que me acusou de fanático religioso por pregar contra o aborto”.

Estes políticos, disse, “exigem ao Arcebispo de Barcelona a minha demissão do cargo de pároco”.

O sacerdote assinalou que esses políticos, “há três anos, estão tentando impedir a procissão de Quinta-feira Santa que a minha paróquia realiza e é organizada pelos veteranos da Legião Espanhola, uma organização militar muito popular na Espanha, formada por voluntários que estão sempre lutando na primeira fila de combate”.

Explicou que nesta tradicional procissão os veteranos “carregam o Cristo da Boa Morte nos seus ombros pelas ruas do bairro, com sua a banda de clarins e tambores”.

“A procissão foi realizada, pois a apresentamos como uma manifestação pela liberdade religiosa que o município quer restringir”, disse. 

México: Profanam capela em cidade que fica na fronteira com Estados Unidos


O Bispo de Ciudad Juárez (México), Dom José Guadalupe Torres, convocou os párocos e comunidades para realizarem atos de desagravo ante a profanação que a capela de São Gabriel, pertencente à paróquia de São Lucas, sofreu no dia 28 de fevereiro.

O ocorrido foi denunciado nas redes sociais pelo Pe. Hugo Muñoz, pároco de São Lucas, através de sua conta de Facebook. “A comunidade de São Gabriel Arcanjo, pertencente a São Lucas, foi vítima dos ladrões. Violaram o Sacrário e depositaram as hóstias sobre o altar. Além disso, roubaram equipamento de som e microfones, um Cristo e a âmbula. Peço-lhes sua oração e solidariedade com nossa comunidade”, indicou.

Em um comunicado, o Prelado expressou sua “indignação e profunda tristeza pela gravidade dos fatos” e exortou “aqueles que cometeram esta grave afronta a se arrepender sinceramente e mudar de vida; a misericórdia e o perdão de Deus os espera”.

Dom Torres Campo recordou aos fiéis que “a Eucaristia é um tesouro inestimável; não só sua celebração, mas também estar diante dela fora da Missa, nos dá a possibilidade de chegar ao manancial da graça”.

Por isso, pediu aos párocos que façam atos de desagravo através de “Eucaristias, rosários, Horas Santas, vigílias de oração etc.”. 

Pedagogia Litúrgica para Março de 2017: "Quaresma: tempo de silêncio, de oração e de escuta".


Um tempo muito rico e muito especial, do ponto de vista Litúrgico, acontece no decorrer deste mês de março, a partir da quarta-feira de cinzas. Estou falando da Quaresma que, neste ano de 2017, será vivenciada e celebrada, praticamente, no decorrer de todo o mês de março. 

É também um tempo especial do ponto de vista da espiritualidade pessoal e comunitária. Trata-se de um convite que a Igreja faz a cada um, pessoalmente, para irmos ao deserto com Jesus. Ali, no silêncio do deserto, teremos as  condições necessárias para silenciar e entrar em contato conosco mesmos para avaliarmos como está nossa vida espiritual, se estamos crescendo ou estagnados em nossa caminhada espiritual.

Dois primeiros Domingos  

Os dois primeiros Domingos da Quaresma têm o mesmo Evangelho, nos Anos A, B e C. Muda, sim, o evangelista. No 1º Domingo da Quaresma, relata-se o Evangelho da "tentação de Jesus", no 1º Domingo, e, o Evangelho da "Transfiguração do Senhor", no 2º Domingo. 

Em comum, os Evangelhos deste Domingo ressaltam o silêncio do deserto e da montanha como locais para o encontro com Deus. Ainda em comum o destaque para a força vinda de Deus para vencer as tentações e, a mesma força divina para encorajar os Apóstolos, com a Transfiguração; encorajamento necessário para quando vissem o Senhor desfigurado, no alto da Cruz.

Dois elementos apenas, a serem considerados a partir dos dois primeiros Domingos da Quaresma: o silêncio e a força divina como propostas pedagógicas para vivenciar espiritualmente a Quaresma. 

Qual é a diferença entre vícios e pecados e qual é a estratégia para atacá-los e vencer?


A prática constante cria os hábitos. A prática constante de bons atos cria os hábitos virtuosos. A prática constante de maus atos cria os hábitos pecaminosos. Por isso, junto com a oração para pedir a graça de Deus e com a confissão para pedir a sua misericórdia, é indispensável insistir na prática constante dos bons atos, para formar o hábito da virtude, e perseverar na abstenção constante dos atos ruins, para combater o hábito do pecado.

Talvez esta seja a receita mais óbvia do mundo, mas o fato é que tendemos a nos esquecer de colocá-la em prática!

É comum não deixarmos de pecar porque não mudamos alguns péssimos hábitos e não exercitamos alguns hábitos ótimos. Por exemplo, costumamos elogiar o bem com muito menos intensidade do que lamentamos o mal; costumamos agradecer pelas realidades boas e belas com muito menos frequência do que deploramos as realidades más e feias; e, principalmente, costumamos esperar (e exigir) que Deus faça tudo ou quase tudo sozinho em vez de realizarmos atos de caridade voluntários, conscientes, gratuitos, ocultos e diários em prol do nosso próximo.

A conquista dos hábitos virtuosos e o combate aos hábitos pecaminosos se transformam numa estratégia muito mais clara, objetiva e efetiva quando entendemos que existem certos vícios pecaminosos que causam a maioria dos outros vícios e pecados: são os vícios ou pecados capitais, que, portanto, devem estar entre os prioritários a ser combatidos.

Sobre os pecados e vícios capitais, o Catecismo de São Pio X nos ensina: “O vício é uma disposição má da alma, causada pela frequente repetição dos atos maus, que a leva a fugir do bem e a fazer o mal. Entre pecado e vício há esta diferença: o pecado é um ato pontual, enquanto o vício é o mau hábito contraído de cair em algum pecado”. 

quinta-feira, 2 de março de 2017

Palavra de Vida: “Reconciliai–vos com Deus” (2 Cor 5,20).


Em muitos lugares do Planeta, há guerras sangrentas que parecem intermináveis, e atingem famílias, tribos e povos. A Glória, de 20 anos, conta-nos: «Recebemos a notícia de que uma aldeia tinha sido queimada e muitas pessoas tinham ficado sem nada. Com os meus amigos, iniciamos imediatamente uma recolha de coisas indispensáveis: colchões, roupas, víveres… Partimos. Após oito horas de viagem, encontramos pessoas completamente desoladas. Ouvimos os seus lamentos, enxugamos as suas lágrimas, abraçamos, consolamos… Uma família confidenciou-nos: “A nossa menina estava dentro da casa que nos queimaram e foi como se morrêssemos com ela. Agora, no vosso amor, encontramos a força para perdoar àqueles que nos fizeram isto!”».

Também o apóstolo Paulo fez uma experiência semelhante: precisamente ele, o perseguidor dos cristãos (1), encontrou no seu caminho, de maneira totalmente inesperada, o amor gratuito de Deus. E Deus enviou-o como embaixador da reconciliação, em Seu nome (2).

Deste modo, ele tornou-se a testemunha apaixonada e credível do mistério de Jesus, morto e ressuscitado. Jesus que reconciliou em si o mundo, a fim de que todos pudessem conhecer e experimentar a vida de comunhão com Ele e com os irmãos (3). E, mediante a ação de Paulo, a mensagem evangélica propagou-se e fascinou os pagãos, considerados os mais afastados da salvação: deixai-vos reconciliar com Deus! 

Medjugorje: Bispo local se pronuncia sobre autenticidade de aparições da Virgem Maria


Dom Ratko Peric, Bispo de Mostar-Duvno, a Diocese na Bósnia-Herzegovina que inclui Medjugorje, manifestou em um artigo a sua opinião sobre o que está acontecendo em sua jurisdição, escreveu que “a Virgem Maria não apareceu em Medjugorje” e explicou uma série de pontos para justificar a sua afirmação.

O Prelado fez esta declaração duas semanas depois que o Papa Francisco nomeou Dom Henryk Hoser, Arcebispo-Bispo de Warszawa-Praga (Polônia), como “enviado especial” a Medjugorje com um objetivo pastoral.

Em um longo artigo, Dom Peric falou sobre as supostas aparições, não reconhecidas oficialmente pela Igreja Católica e cuja história começou em 1981neste povoado da antiga Iugoslávia, onde seis crianças disseram que viram a Virgem Maria.

O então sacerdote Tomislav Vlasic, atualmente retirado do estado clerical, se apresentou como o diretor espiritual dos “videntes” e assinalou que a Virgem os visitou pelo menos 40 mil vezes.

O Bispo de Mostar-Duvno, que em 2009 proibiu os párocos de promover estas “aparições”, recordou as investigações realizadas pela Igreja local e pela Santa Sé, desde o principio, entre 1982 e 1984 por uma comissão diocesana de Mostar, até o estudo encomendado pela Comissão da Congregação para a Doutrina da Fé entre 2010 e 2014 e a valorização da mesma congregação entre 2014 e 2016, estabelecida por Bento XVI.

“Acreditamos que tudo foi entregue nas mãos do Papa Francisco”, expressou e acrescentou que “a posição da cúria ao longo deste período foi clara e firme: não se tratam de verdadeiras aparições da Santíssima Virgem Maria”. 

Mensagem do Papa Francisco sobre Campanha da Fraternidade 2017


MENSAGEM DO PAPA FRANCISCO 
AOS FIÉIS BRASILEIROS 
POR OCASIÃO DA CAMPANHA DA FRATERNIDADE DE 2017

Queridos irmãos e irmãs do Brasil!

Desejo me unir a vocês na Campanha da Fraternidade que, neste ano de 2017, tem como tema “Fraternidade: biomas brasileiros e defesa da vida”, lhes animando a ampliar a consciência de que o desafio global, pelo qual toda a humanidade passa, exige o envolvimento de cada pessoa juntamente com a atuação de cada comunidade local, como aliás enfatizei em diversos pontos na Encíclica Laudato Si’, sobre o cuidado de nossa casa comum.

O criador foi pródigo com o Brasil. Concedeu-lhe uma diversidade de biomas que lhe confere extraordinária beleza. Mas, infelizmente, os sinais da agressão à criação e da degradação da natureza também estão presentes. Entre vocês, a Igreja tem sido uma voz profética no respeito e no cuidado com o meio ambiente e com os pobres. Não apenas tem chamado a atenção para os desafios e problemas ecológicos, como tem apontado suas causas e, principalmente, tem apontado caminhos para a sua superação. Entre tantas iniciativas e ações, me apraz recordar que já em 1979, a Campanha da Fraternidade que teve por tema “Por um mundo mais humano” assumiu o lema: “Preserve o que é de todos”. Assim, já naquele ano a CNBB apresentava à sociedade brasileira sua preocupação com as questões ambientais e com o comportamento humano com relação aos dons da criação.

O objetivo da Campanha da Fraternidade deste ano, inspirado na passagem do Livro do Gênesis (cf. Gn 2,15), é cuidar da criação, de modo especial dos biomas brasileiros, dons de Deus, e promover relações fraternas com a vida e a cultura dos povos, à luz do Evangelho. Como “não podemos deixar de considerar os efeitos da degradação ambiental, do modelo atual de desenvolvimento e da cultura do descarte sobre a vida das pessoas” (LS, 43), esta Campanha convida a contemplar, admirar, agradecer e respeitar a diversidade natural que se manifesta nos diversos biomas do Brasil – um verdadeiro dom de Deus - através da promoção de relações respeitosas com a vida e a cultura dos povos que neles vivem. Este é, precisamente, um dos maiores desafios em todas as partes da terra, até porque as degradações do ambiente são sempre acompanhadas pelas injustiças sociais. 

Por que é importante respeitar a autoridade do papa e dos bispos?


Que nada exista entre vós que vos divida; mas uni-vos ao vosso bispo e aos que presidem a vós como prova da vossa imortalidade.
– Santo Inácio de Antioquia

O papa e os bispos são humanos. Como muitos de vocês, eu tive que lutar de maneira pessoal e muito direta com a realidade da humanidade defeituosa dos pastores da nossa Igreja.

Quando eu deixei a Igreja, tive um profundo sentimento de rebelião contra toda e qualquer autoridade. Senti que não havia razão para viver debaixo de ninguém – nem de um papa, nem de um bispo e, certamente, de nenhum Deus imaginário.

Mas, depois de viver as minhas próprias regras, voltei à Igreja. A vida sob minha própria direção tinha deixado meu coração em farrapos. Vi que, como ser humano, eu precisava aceitar a autoridade de Cristo. Eu quis unificar minha mente, meu comportamento e meu coração em um modo de vida que me levaria à felicidade.

Santo Agostinho escreveu certa vez: “Eu não acreditaria no Evangelho se a autoridade da Igreja Católica não me obrigasse a fazê-lo”. Como Agostinho, encontrei harmonia de vida e paz ao submeter-me à autoridade legítima da Igreja.

Desde o meu retorno, o Senhor me ajudou a ver que ele está sempre trabalhando, não apenas na hierarquia, mas em todos nós. Apesar de nossas falhas, de nossos erros e, em alguns casos, de nossos terríveis pecados, ainda permanecemos, em certo sentido, dentro da Igreja e do Corpo Místico de Cristo.

Felizmente, Deus não espera até que a Igreja esteja cheia de santos para estar presente entre nós. Ele trabalha em toda a Igreja, inclusive através da hierarquia, apesar de nossos pecados. Jesus Cristo permanece sempre na sua Igreja.

Mas nós rejeitamos Jesus na Igreja dele quando nós não respeitamos e não aceitamos a legítima autoridade que ele colocou naquele lugar.

É fácil observar essa rejeição da autoridade entre os católicos, que, facilmente, ignoram o ensinamento da Igreja. Mas isso está presente em outros lugares também. A rejeição da autoridade está enraizada no orgulho, o que o Livro de Eclesiástico chamou de “o começo de todo pecado” (10,13). Portanto, não devemos nos surpreender ao ver esse comportamento de alguma forma em cada um de nós.

O desrespeito à autoridade surge, muitas vezes, da preocupação de que a pessoa que ocupa cargos de autoridade está se comportando de forma imoral ou contrária ao Evangelho. Claro, isso às vezes pode ser verdade. E há momentos em que o Espírito Santo chama pessoas de todas as esferas da vida para se levantarem e comunicarem suas preocupações de forma clara e eficaz.

Mas, na maioria das vezes, especialmente em questões de fé e moral, somos chamados, mais do que qualquer coisa, à santidade, ao serviço e à confiança de que o Espírito Santo está no comando.

Na história da Igreja, houve muitas vezes em que tudo parecia estar perdido. Durante o Trinitarianismo, reinava a heresia, mesmo entre os bispos. São João Fisher foi o único bispo da Inglaterra a se opor ao rei Henrique VIII; todos os outros cederam. Mas, repetidas vezes, contra todas as probabilidades, o Espírito Santo prevaleceu (e ele nunca precisou da ajuda de blogueiros e ativistas de mídia social).

A história da Igreja e a revelação divina nos ensinam que podemos contar com a proteção do Espírito Santo em questões de fé e moral. Quando duvidamos do poder do Espírito Santo, nos voltamos para dentro e concentramos toda a nossa energia reformadora naqueles que têm autoridade.  Sentimos falta de nosso próprio chamado para nos reformarmos e trazer Cristo ao mundo.

Como dizia o Papa Bento XVI, os leigos são convidados a “fazer uma síntese gradual entre a sua ligação com Cristo (união com ele, a vida nele) e a dedicação à sua Igreja (unidade com o Bispo, serviço generoso à comunidade e ao mundo).”

Com isso em mente, estas são algumas perguntas que me ajudaram a definir o que é, realmente, uma leitura online espiritualmente benéfica: