quinta-feira, 9 de março de 2017

Croácia terá um dos maiores monumentos do mundo dedicado à Virgem Maria


Uma imagem de Nossa Senhora de Loreto, que terá 17 metros de altura está sendo construída na cidade de Primosten (Croácia) e será um dos maiores monumentos do mundo construído em honra à Virgem Maria.

“Este projeto é único na Croácia e além”, disseram na Prefeitura de Primosten, segundo informações do jornal ‘Total Croatia News’.

“Foi objeto de grande interesse e a Santa Sé e o Papa Francisco nos deram à bênção”, acrescentaram.

Os habitantes de Primosten são conhecidos pela sua devoção especial à Nossa Senhora de Loreto. Em honra a ela, realizam uma celebração especial nos dias 9 e 10 de maio.

O tamanho da imagem permitirá que, quando o céu estiver claro, a Virgem possa ser vista na costa italiana que está próxima da cidade. 

“E admirou-se com a falta de fé” (Mc 6,6a).


Naquele tempo, Jesus foi a Nazaré, sua terra, e seus discípulos o acompanharam. Quando chegou o sábado, começou a ensinar na sinagoga. Muitos que o escutavam ficavam admirados e diziam: "De onde recebeu ele tudo isto? Como conseguiu tanta sabedoria? E esses grandes milagres que são realizados por suas mãos? Este homem não é o carpinteiro, filho de Maria e irmão de Tiago, de José, de Judas e de Simão? Suas irmãs não moram aqui conosco?" E ficaram escandalizados por causa dele.

Jesus lhes dizia: "Um profeta só não é estimado em sua pátria, entre seus parentes e familiares". E ali não pôde fazer milagre algum. Apenas curou alguns doentes, impondo-lhes as mãos. E admirou-se com a falta de fé deles. Jesus percorria os povoados das redondezas, ensinando.
(Mc 6, 1-6)

"E admirou-se com a falta de fé deles". É com essas palavras que o Evangelista São Marcos registra os sentimentos de Cristo, rejeitado pelos que lhe eram mais próximos, desprezado por seus conterrâneos e familiares. Não se admira o Senhor com a pouca fé dos nazarenos, senão com a total falta dela. O próprio texto grego, aliás, faz questão de o ressaltar: Jesus fica perplexo diante da ἀπιστία (apistia) daqueles que, embora o conhecessem desde pequenino, na verdade nunca chegaram a conhecê-lo de fato, porque não estavam dispostos a crer nele. Mas o que significa, na prática, esse não ter fé? Vejamos, antes de mais, em que consiste a fé cristã. Trata-se, com efeito, de um dom de Deus derramado em nossos corações: é, noutras palavras, "uma virtude sobrenatural infundida por Ele" (CIC, 153) em nossas almas. Nesse sentido, podemos dizer que, se alguém tem fé, tem-na apenas porque Deus lha concedeu. Ora, se tal é assim, não estariam escusados os nazarenos? Afinal, que culpa teriam eles por um ato a que, por si sós, não têm direito e do qual, deixados às próprias forças, são incapazes? 

quarta-feira, 8 de março de 2017

França: Professor é suspenso por ler textos bíblicos para alunos


Na França, um professor primário foi suspenso por ler passagens da Bíblia para seus alunos de 9 a 11 anos, acusado de violar a lei da laicidade vigente no país.

Segundo o site ‘France Bleu’, o docente, de cerca de 40 anos e que teve a identidade preservada, trabalhava em uma escola da comuna de Malicornay, na região central da França.

A sua atividade de leitura da Bíblia para os estudantes chamou a atenção do diretor da escola, Pierre-François Gachet, depois que um grupo de pais enviou uma carta anônima para a instituição, queixando-se do ocorrido.

Na carta, acusaram o professor de “proselitismo” e afirmaram que ele tentou converter os alunos às suas próprias crenças religiosas.

Por conta disso, o diretor suspendeu o docente e o conselho escolar nacional conduz um inquérito sobre o caso. 

Petição online busca impedir aprovação do chamado “Abortoduto”.


Mais de 16 mil pessoas já se mobilizaram na assinatura de uma petição online solicitando que deputados federais não aprovem um projeto de lei que traz em suas entrelinhas uma abertura para liberar o acesso ao aborto no Brasil, o qual está sendo chamado por grupos pró-vida de “abortoduto”. Acesse a lista dos deputados federais através deste link AQUI e faça a sua parte: entre em contato e diga NÃO à matança de inocentes!


O PL 7371/2014 trata do combate à violência contra a mulher e fala da criação de um fundo para comprar equipamentos e custear treinamento com esta finalidade.  Porém, segundo denunciam grupos pró-vida, esta iniciativa possibilitará o aporte de verbas de organizações internacionais para que sejam feitos abortos no Brasil.

Além disso, alertam que os parlamentares estão sendo pressionados para aprovar tal projeto no dia 8 de março, como um “presente” de Dia Internacional da Mulher.

“A violência contra as mulheres está sendo instrumentalizada para a liberação do aborto. Isto é um absurdo”, sentencia a página no Facebook “Contra o Aborto”, em um material explicativo sobre o “abortoduto”.

Este projeto de lei é apresentado como um complemento à Lei 12.8457/2013, conhecida como “Cavalo de Troia”, por ter entre seus objetivos a implantação do aborto na rede pública de saúde.

“Os responsáveis pelo texto da lei usaram como elemento de persuasão o grave e complexo tema da violência contra a mulher, justamente por se tratar de um assunto que sensibiliza qualquer pessoa normal”, indica a Plataforma CitizenGo na petição lançada no dia 6 de março.

No texto, explica que, para alcançar a adoção popular à Lei Cavalo de Troia, foi feita uma mudança de linguagem, substituindo a palavra “estupro” por “relação sexual não consentida” e “aborto” por “profilaxia da gravidez”.

“Com essas duas alterações, criou-se um precedente para implementar o aborto na rede pública de saúde. Porém, faltava um elemento importante: o dinheiro para financiar o aborto”, esclarece CitizenGo.

O PL 7371/2014 veio, então, para solucionar esta questão, uma vez que o fundo de combate à violência contra a mulher poderia receber dinheiro do exterior e, dessa forma, custear o aborto conforme a lei Cavalo de Troia, sem onerar o Estado.

Para mostrar como estão sendo feitas manobras com a finalidade de aprovar o “Abortoduto”, a petição traz ainda uma imagem feita da página de Facebook da Secretaria da Mulher da Câmara dos Deputados.

No post do dia 21 de fevereiro, a secretaria afirma que a “Bancada Feminina negocia com a liderança do governo e representantes da Bancada Evangélica a criação do Fundo de Enfrentamento à Violência contra a Mulher, que encontra certa rejeição”.

Questionada por uma internauta “como é possível que encontre rejeição”, a mesma secretaria responde: “Há deputados propondo que os recursos não sejam destinados a alguns casos hoje previstos nas políticas de enfrentamento à violência, como a possibilidade de interrupção da gravidez em casos de estupro”.

Maria, a face de todas as mulheres!


Toda mulher carrega em si um pouco de Maria, Nossa Senhora mãe de Jesus, mãe de todos nós.

Roga por tudo, que tudo é teu.  


Por cada coisa, por cada ser, pelos que cantam, pelos que choram, pelos que te esquecem e pelos que te imploram.


Santa Maria, Nossa Senhora, mãe do tamarineiros, dos riachos, manguezais, dos dendeseiros bonitos, Maria dos canaviais.


Maria das fontes limpas, Maria das cachoeiras, Maria das águas claras que brincam por sobre os seixos.


Maria do Subaé, das águas tristes, pesadas.


Maria dos barcos, canoas, de velas cheias de ventos, Maria dos pescadores.


Maria das canas doces, dos alambiques, do mel.


Maria das flores e folhas, das sementes, dos espinhos.


Maria de cada casa e de todos os caminhos.

terça-feira, 7 de março de 2017

O Dia Internacional dos Direitos da Mulher e pela Paz


Com este título mais longo e preciso a Assembleia Geral da ONU aprovou o dia internacional da mulher em 8 de março de 1977. Empre são citadas duas fontes para a origem desta data: a de 1857 em Nova York quando 129 operárias morreram carbonizadas depois de ter sido trancadas pelos patrões que rejeitaram a reivindicação das 16 horas diárias, e a de uma manifestação de operárias em Petrogrado que iniciou o processo da revolução russa em fevereiro de 1917 (calendário Juliano).

É importante considerar a associação que faz o enunciado mais completo da data, dos direitos da mulher com a paz. Diante daqueles que opinam o contrário, que levianamente afirmam que são culpa do movimento e luta pela promoção da consciência feminina, as tensões e conflitos atuais entre homens e mulheres, de acordo com o Evangelho defendemos, que só podemos ser livres quando respeitamos a liberdade, a dignidade e os direitos dos outros, neste caso das outras. 

A paz é possível no reconhecimento da alteridade e solidariedade entre todas as pessoas, quando oprimimos alguém ou destratamos um ser humano qualquer, estamos ofendendo a todos/as e colocando em grave risco a concórdia e a fraternidade universal. Por outra parte tem se comprovado que a liderança feminina é inclusiva e pacificadora, guiando-se pela lógica da misericórdia e a ternura que aproximam e reconciliam as pessoas.  

A oração infalível


Que garantia podemos ter de que Deus vai ouvir às nossas súplicas? Que a perseverança na oração é importante já sabemos, porque os Evangelhos insistem nisso. Lucas narra a parábola do vizinho inoportuno, que bate à porta em plena noite para pedir pães. Tanto insiste que o outro, para se ver livre dele, acaba por atendê-lo (Lc 11,5-8).

No Evangelho de Mateus (15) encontramos a mulher cananeia que pede e insiste até ser atendida, chegando a se comparar aos cães que se alimentam das migalhas que caem da mesa dos donos.

Tais passagens mostram não só a importância de nos aproximarmos de Deus, mas de persistirmos nos pedidos. Precisamos, entretanto, eliminar a ideia de que a perseverança é necessária para “dobrar o Coração de Deus”. Não se trata disso. Ao contrário, precisamos persistir e insistir porque o nosso coração é que não se dobra com facilidade.

Neste estudo, examinaremos as características da oração infalível, isto é, como rezar tendo certeza de que seremos atendidos. Em determinadas situações, não adianta ficar como que “dando murro em ponta de faca”, como se diz popularmente. Insistir do jeito errado é persistir num engano. Existem fundamentos, características próprias que tornam uma oração infalível, que foram dadas pela Graça a todo aquele que crê.

Estamos diante de algo que as pessoas sempre procuraram, talvez mais do que a própria salvação de suas almas, – o que é lamentável. – Assim como Esaú trocou a benção paterna e divina, com os direitos de filho herdeiro, por um prato de lentilhas (Gn 25,29-34), muitos preferem prazeres e posses materiais à vida eterna. Vemos anúncios de supostas “orações de poder” e “novenas milagrosas” de todo tipo. Em praticamente toda igreja encontramos folhetos com as mais variadas (algumas absurdas) devoções a santos “de causas impossíveis”, que no imaginário popular seriam como que agentes infalíveis para dar tudo que pedirmos. Alguns contém até ameaças àqueles que “quebrarem a corrente”! Tais pessoas não imaginam como se afastam de Nosso Salvador, dando voltas em torno da Fonte ao invés de beber direto do inesgotável Rio de Água Viva. Pois foi Ele mesmo Quem nos prometeu que estaria conosco todos os dias, até o fim do mundo. 

Já entre os ditos “evangélicos”, é comum o uso da passagem de João (13,13-14) como uma espécie de muleta verbal para toda e qualquer situação: em praticamente tudo o que dizem, acrescentam ao final da frase o complemento “em nome de Jesus”. A dona de casa diz que vai preparar o almoço de hoje “em nome de Jesus!”. O vendedor diz que vai cumprir sua meta mensal “em nome de Jesus!”. A filha diz que vai tirar um “A “na prova de matemática “em nome de Jesus!”... Qualquer afirmação, sobre qualquer assunto, é seguida de uma invocação ao nome do Senhor, mesmo que seja uma fofoca sobre a vida do vizinho, por exemplo, e até para contar ou rir de uma piada, muitos deles finalizam com um inevitável e impensado “em nome de Jesus”. Foi filmado e noticiado, há alguns anos, que até os deputados corruptos da “bancada ‘evangélica’” andaram agradecendo pela roubalheira “em nome de Jesus!”...

Interessante é que, agindo assim, não percebem que desobedecem ao Segundo Mandamento: “Não tomareis o Santo Nome do SENHOR, vosso Deus, em vão”. – O Nome de Deus não é amuleto para ser usado como garantia de sucesso em tudo o que se faz, como se Ele fosse atender a todos os nossos caprichos só por pronunciarmos o seu Nome. 

Existe, porém, como dissemos, uma oração que é sempre infalível. – Deixando de lado as interpretações equivocadas das Sagradas Escrituras, é importantíssimo saber que existe, sim, um jeito de pedir a Deus infalivelmente. O Santo Evangelho mesmo nos dá esta garantia. Em Mateus (7,7-8), o Cristo diz: “Pedi e se vos dará, buscai e achareis, batei e vos será aberto...”, e, um pouco mais adiante, reafirma: “Tudo o que pedirdes com fé, na oração, vós o alcançareis”. – No seu discurso de despedida, no Evangelho de João, Jesus volta a insistir: “Tudo o que pedirdes ao Pai, em meu Nome, vo-lo farei, para que o Pai seja glorificado no Filho. Tudo o que pedirdes em meu Nome, vo-lo darei” (14,13-14). E mais uma vez: “Se permanecerdes em Mim e as minhas palavras permanecerem em vós, pedireis tudo o que quiserdes, e vos será feito” (Jo 15,7). 

Diz ainda mais o Salvador: “Naquele dia não me perguntareis mais coisa alguma. Em verdade, em verdade vos digo: o que pedirdes ao Pai em meu nome, ele vo-lo dará. (...) Pedi e recebereis, para que a vossa alegria seja perfeita” (Jo 16,23-24).

Nosso Senhor promete, garante que realmente existe uma infalibilidade para a oração do cristão que tem fé. Por outro lado, Tiago Apóstolo diz em sua Epístola: “Pedis e não recebeis, porque pedis mal...” (Tg 4,3). Por que isto? 

O grande problema é que, se por um lado temos uma evidência de fé, registrada nas Sagradas Escrituras, por outro temos a refutação que vem dos simples fatos. Ora, é inegável que muitas vezes pedimos e não recebemos, procuramos e não encontramos, batemos à porta e ela não se abre. Fica então evidente que há um modo certo de pedir; que se soubermos pedir, se conhecermos a forma da “oração infalível”, então seremos sempre atendidos. 

segunda-feira, 6 de março de 2017

Homilética: 2º Domingo da Quaresma - Ano A: "Transfiguração: a vida que triunfa sobre a morte".


Hoje, segundo domingo da Quaresma, prosseguindo o caminho penitencial, a liturgia, depois de nos ter apresentado, no domingo passado, o Evangelho das tentações de Jesus no deserto, convida-nos a refletir sobre o acontecimento extraordinário da Transfiguração na montanha. Considerados juntos, os dois episódios antecipam o Mistério Pascal: a luta de Jesus com o tentador introduz o grande duelo final da Paixão, enquanto a luz do seu Corpo transfigurado antecipa a glória da Ressurreição. Por um lado vemos Jesus plenamente homem, que partilha conosco até a tentação, por outro, contemplamo-lo como Filho de Deus, que diviniza a nossa humanidade. Deste modo, poderíamos dizer que estes dois domingos servem de pilares sobre os quais se baseia todo o edifício da Quaresma até a Páscoa, e aliás, toda a estrutura da vida cristã, que consiste essencialmente no dinamismo pascal: da morte à vida ( cf. Mt 17, 1-9).

É mais fácil reconhecer a presença de Deus quando tudo vai bem, difícil é reconhecê-la quando as coisas vão mal. Nesses momentos, parece que Deus não ouve, não atende, não liga para nós. São momentos nos quais a nossa fé é provada, a nossa virtude pode ser evidenciada e os frutos podem amadurecer.

A caminho de Jerusalém, Jesus faz o primeiro anúncio da Paixão. Disse que iria sofrer e padecer em Jerusalém, e que morreria às mãos dos príncipes dos sacerdotes, dos anciãos e dos escribas. Os apóstolos tinham ficado aflitos e tristes com a notícia; por outro lado, alguns discípulos esperavam um messias político que vencesse pela força de um exército dominador o poder dos romanos, de cujo jugo desejavam ver-se livres. O caminho da salvação esperado pelos discípulos é bem diferente! 

Tendo em conta tudo isso, podemos dizer que os discípulos encontravam-se bastante desnorteados e até mesmo desanimados. Para fortalecer o ânimo profundamente abalado dos discípulos, Jesus toma consigo Pedro, Tiago e João e leva-os a um lugar à parte para orar. Aí, no Monte Tabor, revela-lhes a glória da divindade. “Enquanto orava, o seu rosto transformou-se e as suas vestes tornaram-se resplandecentes” (Lc 9, 29). Foi então que Pedro, extasiado, exclamou: “Senhor, é bom estarmos aqui. Se quiseres, farei aqui três tendas: uma para ti, uma para Moisés e outra para Elias” ( Mt 17, 4 ).

A transfiguração do Senhor é um consolo. São Beda diz que o Senhor, “numa piedosa autorização, permitiu que Pedro, Tiago e João fruíssem durante um tempo muito curto da contemplação da felicidade que dura para sempre, a fim de fortalecê-los perante a adversidade”. A lembrança desses momentos ao lado do Senhor, no Tabor,  foi sem dúvida uma grande ajuda nas várias situações difíceis em que estes três Apóstolos viriam a passar. A transfiguração ficou tão gravada na mente dos três apóstolos que estavam com Jesus que anos mais tarde São Pedro lembrar-se-ia deste fato na sua segunda epístola: “Este é o meu filho muito amado, em quem tenho posto todo o meu afeto”. Esta mesma voz que vinha do céu nós a ouvimos quando estávamos com ele no monte santo” (2 Ped 1,17-18).  Ele, Jesus, continua dando-nos o consolo – quando necessário – para podermos continuar caminhando e para que nunca desistamos. É preciso que façamos muitos atos de esperança, uma virtude muito importante para todos os membros desse estado da Igreja que nós chamamos de “militante”. Somos os que combatem e somos combatidos, a nossa força vem do Senhor, nele nós esperamos.

Quando passarmos por provas espirituais difíceis, quando parecer que Deus não nos ouve, que ele está longe de nós, que muda de planos e que “não está nem aí” para os meus planos, lembremo-nos do despojamento do Senhor. Os discípulos de Jesus têm uma sensação semelhante diante do anúncio da Paixão e do seguimento exigido por Jesus: encontravam-se diante de um projeto que eles não tinham imaginado. E agora, vale a pena Vale a pena, discípulos de Cristo Você que lê esse texto: vale a pena? Hoje em dia, você e eu só estamos no serviço do Senhor porque aqueles primeiros viram que valia a pena. Nós também, pessoalmente, vimos que vale a pena e estamos com Jesus.

Os discípulos da transfiguração são os mesmos do Monte das Oliveiras, os da alegria são também os da agonia. É preciso acompanhar o Senhor em suas alegrias e em suas dores. As alegrias preparam-nos para o sofrimento e o sofrimento por e com Jesus dá-nos alegria. Os discípulos, que estavam desanimados diante do Mistério da Cruz, são consolados por Jesus na transfiguração e preparados para os acontecimentos vindouros, como, por exemplo, o terrível sofrimento que Ele padecerá no Getsêmani. Vale a pena segui-lo Certamente.

Animemo-nos, irmãos e irmãos, a nossa pátria é o céu. Para o povo de Israel estar em qualquer lugar que não fosse Jerusalém era estar exilado, fora da pátria; para o cristão, todo este mundo é um exílio, já que a sua pátria é o céu, para lá se encaminha. Mas, paradoxalmente, qualquer lugar neste mundo é para o cristão uma pátria, pois sabe que está no mundo que é propriedade do seu Pai do céu. O nosso desejo de eternidade não anula as nossas responsabilidades para com esse mundo tão amado por Deus e por cada um de nós. Jesus mesmo mostra aos seus discípulos que deve ser assim quando, diante da proposta de Pedro para fazerem três tendas no monte Tabor, desce para continuar junto com eles a sua missão evangelizadora.