quarta-feira, 15 de março de 2017

Espanha: Arquidiocese declara inválidas “missas” de mulher ordenada sacerdote


A Arquidiocese de Santiago de Compostela (Espanha) declarou que a ordenação da mulher que diz celebrar a Eucaristia em La Coruña é ilícita e inválida, de modo que nem ela, nem aqueles que a seguem celebram validamente os sacramentos.

Isto foi indicado em um texto no dia 12 de março, intitulado “Comunicado da Arquidiocese de Santiago, sobre as declarações de uma senhora que diz celebrar a Eucaristia na cidade de La Coruña”.

O comunicado se refere à Cristina Moreira, que em várias entrevistas concedidas aos meios de comunicação assegura ter sido ordenada e disse pertencer à Associação Católica Romana de Mulheres sacerdotes , conhecida pela sigla em Inglês ARCWP.

A associação supostamente ordenou sete mulheres em 2002, com a ajuda de um Bispo que estaria legitimamente ordenado, o qual Moreira não quis identificar.

Cristina Moreira assinala que foi ordenada diácono em La Coruña em 2013 por uma mulher bispo e que em 2015 foi ordenada sacerdote na Flórida (Estados Unidos).

Em uma entrevista concedida em junho 2016 ao jornal ‘El Mundo’, Moreira reconheceu que não teve “autorização canônica”.

Diante desta situação, a Arquidiocese assinalou que “a ordenação desta senhora é ilícita e inválida, de maneira que nem ela, nem os fiéis que a seguem celebram validamente os sacramentos, nem estão em comunhão com a Igreja Católica”. 

Se existe o Anticristo, haveria também uma Antimaria?


Enquanto fazia pesquisas para o meu próximo livro, The Marian Option: God's Solution to a Civilization in Crisis ["A opção mariana: solução de Deus para uma civilização em crise"], a ser lançado em maio de 2017, veio-me à mente um novo conceito teológico. Eu estava a investigar a noção de Maria como "nova Eva" — uma ideia que remonta aos primeiros padres da Igreja. Maria como nova Eva é o complemento feminino para Cristo, o novo Adão. Na Escritura, São João fala do anticristo como um homem, mas também como um movimento presente ao longo de toda a história (cf. 1Jo 4, 3; 2Jo 1, 7). Isso me fez pensar: se há um anticristo, será que existe também um complemento feminino, uma "antimaria"?

Mas em que consistiria exatamente um movimento "antimaria"?

Seriam mulheres que não dariam valor aos filhos. Elas seriam obscenas, vulgares e iradas. Reagiriam com raiva à ideia de qualquer coisa que se parecesse ou com obediência humilde ou com autossacrifício pelos outros. Elas seriam petulantes, superficiais, maliciosas e exageradamente sensuais. Seriam também auto-absortas, manipuladoras, fofoqueiras, ansiosas e ambiciosas. Em suma, seriam tudo aquilo que a Virgem Maria não é.

Ainda que esse comportamento tenha sido posto como que sob a lente de um microscópio por conta da recente Marcha pelas Mulheres, em Washington [1], a tendência de mulheres mal comportadas não tem nada de nova. Há ampla evidência, no entanto, de que estamos a testemunhar algo, por causa de sua dispersão massiva, bem diferente do vício ordinário visto ao longo da história.

O tratamento que se dá à maternidade é um dos primeiros sinais de que estamos a lidar com um novo movimento. Mães (espirituais ou biológicas) são um ícone natural da Virgem Maria — elas ajudam outras pessoas a conhecerem quem é Maria através de sua generosidade, paciência, compaixão, paz, intuição e habilidade de nutrir almas. O amor de Maria (e o amor materno) oferece uma das melhores imagens de como é o amor de Deus: incondicional, salvador e profundamente pessoal.

As décadas mais recentes da história têm testemunhado o sutil apagamento do ícone mariano nas mulheres reais. Primeiro com a pílula anticoncepcional e depois com o advento do aborto, a maternidade ficou no cepo. Ela se tornou dispensável, a ponto de a cultura geral não dar a mínima quando uma criança é adotada por dois homens.

Toda cultura, inclusive a nossa, sabe quão importante é uma mãe (mesmo nas suas imperfeições) para assegurar uma fase adulta saudável e maturidade espiritual — e nenhuma cultura pode se renovar sem maturidade espiritual. Sim, há muitas pessoas que têm crescido sem mãe, e muitos estão de acordo que, de fato, poucas coisas há que sejam tão trágicas quanto essa. Essas tristes realidades, no entanto, ao invés de diminuírem a importância das mães, apenas fortalecem o argumento de que as crianças precisam delas. Não é por acaso que, com a maternidade tão desvalorizada como está, estejamos testemunhando traumas e transtornos emocionais e mentais sem precedentes em todos os segmentos da população.

Outro sinal impressionante de que estamos em uma era antimariana é que, depois de todo o chamado "progresso" conquistado pelas mulheres, há mui pouca evidência de que essas coisas tenham realmente tornado as mulheres mais felizes. As taxas de divórcio são ainda assombrosas, com 70% dos casos iniciados por mulheres; os índices de suicídio estão nas alturas; abusos de drogas e álcool também; depressão e ansiedade estão em todos os lugares. As mulheres não estão se tornando mais felizes, só estão ficando mais medicadas. 

terça-feira, 14 de março de 2017

Peru: Vândalos destroem imagem da Virgem de Guadalupe em emblemático santuário de Lima


Desconhecidos destruíram uma imagem da Virgem de Guadalupe em um Santuário Arquidiocesano no Peru, causando a comoção dos paroquianos que não conseguiam acreditar no que havia acontecido.

A imagem, que foi encontrada quebrada na sexta-feira, 10 de março pelo pároco Pe. Rafael Reátegui, estava localizada há 15 anos em uma gruta do lado de fora do Santuário de Nossa Senhora de Guadalupe, no bairro La Victoria, em Lima.

Embora as autoridades tenham chegado ao local para investigar o caso, não havia câmeras de segurança ao redor do lugar e, por isso, foram apresentadas diferentes hipóteses sobre o ocorrido.

“É preciso ver o lado positivo. A comunidade está muito comovida, mas com o desejo maior de viver a Quaresma. Isto vai nos levar a rezar mais e estar mais unidos. Olhar a Virgem, porque ela também quer nos dizer alguma coisa com tudo isso”, disse na segunda-feira, 13 de março, o Pe. Reategui ao Grupo ACI.

O sacerdote assegurou que quando conseguirem novamente uma imagem, será colocada na mesma gruta. Além disso, afirmou que organizarão novos atos de reparação, depois dos que foram realizados durante as 5 Missas no domingo, 12 de março. 

Autoridades se pronunciam após paródia de “aborto” da Virgem Maria em marcha feminista


O Instituto Nacional contra a Discriminação, a Xenofobia e o Racismo na Argentina (INADI) se pronunciou recentemente a respeito da paródia do “aborto” da Virgem Maria, realizada em frente à Catedral de Tucumán por um grupo de feministas durante uma manifestação pelo Dia Internacional da Mulher.

José Ramiro Granado, delegado do INADI em Tucumán, disse em sua conta no Facebook que “sempre cuidaremos dos direitos fundamentais e promoveremos a liberdade de expressão, mas repudiamos qualquer forma de discriminação ou violência, expressa ou simbólica, que esteja em detrimento dos direitos do outro”.

“Sobretudo quando tem a intenção de ferir os sentimentos de um coletivo ou ofender as origens, modos de vida, crenças ou a fé de qualquer ser humano”, disse.

No dia 8 de março, data na qual se celebra o Dia Internacional da Mulher, um grupo de feministas representou o “aborto” da Virgem Maria, em frente à Catedral de Tucumán.

O Arcebispo de Tucumán, Dom Alfredo Zecca, assinalou no dia seguinte: “Repudiamos com profunda tristeza” a dramatização contra a Virgem Maria e assinalou que esses “fatos agravantes não são somente ofensivos para todos os crentes, como também para a dignidade das mulheres”.

A plataforma ‘ArgentinosAlerta’ lançou um abaixo-assinado, por meio de CitizenGo, dirigido a José Ramiro Granado, delegado do INADI em Tucumán, solicitando que “investigue os fatos e sejam sancionados, a fim de que a discriminação e o ódio por motivo de fé não impeçam a convivência pacífica da Argentina”. 

Fantástico: “Quem sou eu?” A resposta só pode ser uma: homem é homem, mulher é mulher!


No último domingo, 12 de fevereiro, o Fantástico lançou um quadro infame intitulado “Quem sou eu?” A produção foi elaborada para a defesa da ideologia do gênero e das pessoas transgêneras. Não vamos entrar em questões particulares, nem desprezamos o sofrimento dessas pessoas. Contudo lançamos a nossa crítica a um programa lixo que está tentando manipular a cabeça dos telespectadores com falsos especialistas cujas famílias em sofrimento caíram em suas mãos e estão sendo usadas, e já foram inclusive corrompidas na sua visão de afetividade e sexualidade sobre seus filhos.

História central: Miguel, o menino que quis ser menina

Um menino de 11 anos, chamado Miguel, foi colocado no centro do primeiro episódio da série. Essa família lidava desde os primeiros momentos da infância dele com os questionamentos acerca da sua masculinidade. Aos 9 anos, ele pediu para ser menina em seu aniversário. Ao que os pais foram pedir socorro a um Centro de Psiquiatria Transgênero. Obviamente lá as cabeças deles foram entulhadas com a lavagem cerebral da ideologia do gênero. E Miguel visivelmente passou a ser tratado como menina depois dos pais cederem diante de tantos argumentos falaciosos de especialistas. Caracterizações da produção audiovisual A série traz um fundo musical melancólico que indica sofrimento e pena. Uma estratégia de marketing para induzir as pessoas à comoção. A história de “Alice no País das Maravilhas” é usada em paralelo a narrativa para mexer com o lado imagético do telespectador e dispersá-lo dos fatores mais críticos do que se é demonstrado. Percebo que o programa foi elaborado com uma engenharia de marketing para convencer não por argumentos, exposição científica, antropológica e psiquiátrica, e sim pela força das emoções, o que caracteriza o trabalho dos “profissionais” retratados no primeiro episódio. Segue-se uma farsa travestida da imagem de um programa feito por especialistas, como acontece costumeiramente nos programas globais.

O contraditório: o problema de gênero é doença ou escolha?

Ora, ainda nesse episódio, a produção fez uma deixa contraditória para eles. Aconteceu que o psiquiatra Alexandre Saadeh afirmou uma tese de que o problema de gênero é de uma formação biológica acidental entre a correspondência cerebral e a forma fisiológica. Sendo assim, considerando a própria explanação do “especialista”, nós estamos diante de uma situação a ser pesquisada em suas causas genéticas, biológicas e psíquicas, e não perante um fato a que temos que nos render, como alguém que não sabendo da cura de uma enfermidade diz: “deixa morrer”. É um problema de personalidade que na verdade nos dias atuais não pode ser tratado e deve ser simplesmente aceito pela pessoa que sofre, e por todos à sua volta sem a mínima chance que seja de ir atrás de sua superação? O desserviço dessa psiquiatria contemporânea é uma alienação da real medicina da psiqué humana. São assassinos de personalidades. Não se interessam por humanos, e sim por idéias ou meras emoções, ou com o dinheiro que irão ganhar usando as pessoas. 

Time de padres brasileiros vence Bélgica na Copa do Mundo dos Padres

O time de padres brasileiros pega o Vaticano na próxima rodada, pelo grupo DClericus Cup / Divulgação

Ave Maria, que partida foi essa! Com gols dos padres Anevair, de Goiânia, e Cássio, de São Paulo, o time de sacerdotes brasileiros, representado pelo Colégio Pio Brasileiro, matou a pau (ou melhor, nada de matar nesse caso), estreou bem neste domingo na 11ª Clericus Cup, a Copa do Mundo dos Sacerdotes Católicos, ao vencer por 2 a 1 o Chape Cusmano Belga. O Pio Brasileiro é constituído por padres e seminaristas que estudam em Roma.

Apesar da imprensa esportiva local ter voltado os holofotes para padre Neimar, meio campista de Guaíra, no Paraná, de 34 anos, por ser xará (com I) do craque Neymar, o herói da partida foi o padre Leandro Nunes, lateral direito de 35 anos, de Volta Redonda, no Sul Fluminense. “Ele salvou um gol do adversário em cima da linha. Não fosse Leandro, não tínhamos saído de campo com vitória”, elogia Neimar, capitão do grupo, reconhecendo algumas falhas em sua equipe, que teve até torcida organizada.

“Temos que corrigi-las para a próxima partida (contra o Vaticano Anselmiano, domingo que vem) e rezar mais”, brincou Neimar, em entrevista ao DIA pelo telefone, após o confronto, hoje à tarde. Modesto, Leandro diz apenas que o “jogo foi duro e bem disputado”. “Acho que merecemos a vitória pelo que apresentamos em conjunto. Vamos pensar agora no próximo jogo, com o objetivo de somar mais três pontos”, comentou o flamenguista Leandro.
  
A partida entre sacerdotes brasileiros e belgas foi disputada em campo próximo à Basílica de São Pedro (ao fundo)

O Campeonato Mundial Pontifício, como também é conhecida a competição, reúne 404 padres de 66 nacionalidades em 18 times. As regras são um pouco diferentes do futebol convencional. O tempo para cada lado é de 30 minutos e não 45. E há apenas um cartão, de cor azul, que, diante de alguma indisciplina, digamos, menos religiosa, bota o faltoso para “pensar e se arrepender do que fez” por pelo menos oito minutos. “Xingar a mãe do juiz, nem pensar”, diz o sacerdote volta-redondense, às gargalhadas. Sob as bênçãos do Papa Francisco, os atletas de Cristo são estimulados nas partidas a exercerem a convivência fraterna, cooperação e amizade. 

Homilética 3º Domingo da Quaresma - Ano A: "Adoração em espírito e verdade".


A Quaresma é para nós um tempo forte de conversão e renovação em preparação à PÁSCOA. O grande tema que marca este Domingo é a ÁGUA, símbolo da vida.

A 1ª leitura (Ex 17, 3-7) nos fala da água que brota da rocha golpeada por Moisés para saciar a sede do povo no deserto. Moisés dá de beber a seu povo. É imagem de Cristo, que no futuro dará a água da vida, que é o Espírito Santo.

Em Rm 5, 1-2. 5-8, São Paulo faz uma releitura significativa: A rocha é Cristo. Do Cristo morto e ressuscitado brota o Espírito como rio de água viva. “O amor de Deus foi derramado em nossos corações pelo Espírito que nos foi dado” (Rm 5, 5).

“O pedido de Jesus à Samaritana: «Dá-Me de beber» (Jo 4, 7), que é proposto na liturgia do terceiro domingo, exprime a paixão de Deus por todos os homens e quer suscitar no nosso coração o desejo do dom da «água a jorrar para a vida eterna» (v. 14): é o dom do espírito Santo, que faz dos cristãos «verdadeiros adoradores» capazes de rezar ao Pai «em espírito e verdade» (v. 23). Só esta água pode extinguir a nossa sede do bem, da verdade e da beleza! Só esta água, que nos foi doada pelo Filho, irriga os desertos da alma inquieta e insatisfeita, «enquanto não repousar em Deus», segundo as célebres palavras de Santo Agostinho” (Bento XVI, Mensagem para a Quaresma de 2011).

Deus está apaixonado pelo ser humano, tem sede do pobre amor dos nossos corações. Nós pedimos de beber a alguém que afirma claramente que tem sede. Essa sede de Deus por cada pessoa humana ficou claramente expressada naquele grito que somente o evangelista João conservou no Evangelho: “Tenho sede” (Jo 19,28).  Deus tem sede de que nós tenhamos sede do seu Espírito, da sua vida, da sua graça, da sua glória. Ele tem água abundante, mas tem sede de que nós a bebamos.

“Dá-me de beber” (Jo 4,7) é a expressão daquilo que todo ser humano tem: sede de Deus, que pode ser saciada: aqui pela graça e no céu pela glória. André Frossard no famoso relato da sua conversão, “Deus existe. Eu encontrei-o”, terminava com essas palavras: “l’éternité sera courte” – a eternidade será curta. Trata-se de uma maneira poética de afirmar que diante da grandeza de Deus, a mesma eternidade –um presente sem começo nem fim– será “curta” para deliciar-nos com a presença do Senhor.

Essa mulher desprezada, após escutar Jesus como Discípula, torna-se MISSIONÁRIA de Cristo, antes mesmo dos apóstolos…

Jesus veio para salvar o que estava perdido! Não poupará nenhum esforço para o conseguir. Eram proverbiais os ódios entre Judeus e Samaritanos; contudo, Jesus Cristo não exclui ninguém, mas o Seu amor estende-se a todas as almas, e por todas e cada uma vai derramar o Seu sangue.

A leitura atenta descobre facilmente a importância da água para S. João. É somente nesse Evangelho que nós lemos o relato das bodas de Caná, onde Jesus transforma a água em vinho (cfr. Jo 2,1-12); no capítulo seguinte encontramos aquela afirmação que sempre nos comove: “quem não renascer da água e do Espírito não poderá entrar no Reino de Deus” (Jo 3,5); depois a passagem, que acabamos de escutar, que nos relata o encontro de Jesus com a Samaritana (cfr. Jo 4,1-42); era pelo movimento da água que os enfermos eram curados na piscina de Betesda (cfr. Jo 5,1-18). De fato, o Catecismo da Igreja Católica afirma que o simbolismo da água significa a ação do Espírito Santo, que brota do lado aberto de Cristo crucificado (cfr. Cat 694).


É no Coração de Deus que nós encontramos o nosso descanso, a nossa paz, os nossos prazeres, a nossa felicidade, a nossa bem-aventurança. Distanciar-nos daí é sair do caminho da felicidade, é correr pelos prados da insensatez, é viver uma vida que só pode levar à escuridão mais profunda e ao pior absurdo da vida humana, não ser feliz. Façamos nosso o pedido da Samaritana: “Senhor, dá-nos sempre dessa água!”.

Padre, um "recasado" pode comungar?


Os divorciados recasados não podem receber a comunhão porque são mais pecadores do que os outros?

Não, o problema é a dimensão pública: o divorciado recasado vive publicamente em contradição com o sacramento do matrimónio. Todos os sacramentos, e a Comunhão em especial, manifestam (tornam pública) a plena adesão a Cristo e à Igreja; o divorciado recasado nega publicamente esta comunhão, independentemente das intenções subjectivas que tenha, porque vive em contradição com o sacramento que ele mesmo, livremente, celebrou: esta contradição depende exclusivamente dos seus comportamentos e não de qualquer acção disciplinar da Igreja. Conceder os sacramentos nestas condições resultaria numa negação da missão salvífica da Igreja, que é necessariamente pública. Porém, isso não exclui de nenhuma forma os divorciados recasados de todos aqueles actos que não envolvam um compromisso público na comunidade cristã, nem constitui um juízo sobre o estado de sua alma.

Portanto, o sacerdote não pode absolver um divorciado recasado que se confessa?

Com certeza deve absolvê-lo se o penitente decidiu viver com o novo “cônjuge” como irmão e irmã, não mais como marido e mulher, e isso também com eventuais quedas por fraqueza, porque é a intenção que conta. Além do mais deve ser absolvido também se manifesta sinais de autêntico arrependimento com relação ao "segundo casamento", embora ainda não se sinta capaz de tomar a decisão acima, porque se está a abrir à graça e, portanto, deve ser apoiado. O papel do confessor é importante: por um lado deve avaliar a força do arrependimento, por outro, com a sua caridade e uma palavra esclarecedora, pode levar o pecador ao arrependimento. Os santos confessores são capazes de absolver quase sempre, não porque sejam “laxistas”, mas porque sabem suscitar a dor pelos pecados.