terça-feira, 28 de março de 2017

Bispo de Fátima: “O Centenário não estaria completo sem a canonização”.


O bispo da diocese de Leiria-Fátima, António Marto, acolheu com «enorme satisfação a notícia da aprovação do milagre», atribuído à intercessão dos beatos Francisco e Jacinta Marto, e anunciado esta quinta-feira no boletim diário da Sala de Imprensa do Vaticano, após uma reunião do Papa com o cardeal Angelo Amato, prefeito da Congregação da Causa dos Santos.

«É a melhor das notícias no Centenário das aparições, vem sublinhar por esta via da santidade uma mensagem que mantém toda a atualidade», disse.

Apesar de “não ser uma surpresa, porque eu já tinha dito que tinha uma esperança confiável», no entanto «devo confessar que fui apanhado de surpresa no que toca a data, não esperava que fosse tão cedo”, disse. «É uma alegria muito grande para mim como bispo, porque Fátima é mundial, mas os Pastorinhos são da diocese», reiterou o prelado.

O bispo de Leiria-Fátima salvaguardou ainda que «falta uma etapa, decisiva, que compete ao Santo Padre: escolher a data e o local da canonização», e quando questionado se a canonização poderá acontecer já no próximo dia 13 de maio responde: «nada é impossível, mas é competência exclusiva do Papa».

«É um momento de alegria para o povo católico de Portugal e para Portugal inteiro, e o Centenário não estaria completo sem a canonização», disse. 

Reality shows: Nem tão reais assim


Os reality shows tomaram conta dos horários nobres da TV em muitos países. O gancho destes programas é apresentar pessoas “reais” (não atores) com problemas “reais”. Algo parecido com a vida cotidiana. Na realidade, muitas vezes eles não têm nada de cotidiano; muito menos de real.

Na medida em que o tempo vai passando, esses programas se tornam mais provocativos, mais extremos e mais explícitos em seus conteúdos. Mesmo que ainda não se tenha muito claro o motivo pelo qual este gênero faz tanto sucesso.

Parece que tem a ver com o desejo do público de participar de um deles. Tem a ver também com a “autenticidade” das emoções dos participantes, com as situações a que eles se submetem, com a curiosidade, o ego, a juventude, a beleza a vontade de atuar e, claro, com o fator monetário. Seja como for, esses programas estão presentes em nossas vidas, sobretudo, na vida de adolescentes e jovens adultos, influenciando-as.

Há duas semanas, li uma notícia sobre um novo reality, que terá como tema o “primeiro encontro”. Mas com um detalhe: o encontro acontece na cama. Os produtores afirmam que, se “começar pelo fim” e o participante conhecer a pessoa com roupa íntima e em cima de uma cama, não haverá muito o que se esconder, as inseguranças desaparecerão e os encontros acontecerão.

A diretora comenta que é complicado encontrar um parceiro ou uma parceira no mundo real e que, no programa, os participantes podem conversar com alguém que “lhes dê um pouco de compreensão e carinho… um simples abraço”.

Este post não pretende indicar a que assistir e a que não assistir na TV. Para isso existe a liberdade, o discernimento e a maturidade. Mas o objetivo é tentar deixar claras algumas coisas que esses programas não estão deixando ver, pois confundem muito, principalmente os jovens. 

São Guntrano


Guntrano teve muitos descaminhos, muitas opções erradas. Teve muitas mulheres e muitos filhos. Como todo ser humano buscou a felicidade, porém, em lugares errados.

Um homem social, político e de grande influência, mas com o coração inquieto e desejoso de algo maior. Deu toda sua herança para um sobrinho e se decidiu a viver uma radicalidade cristã, ou seja, viver o chamado à santidade. Então, Guntrano passou a ouvir a Palavra de Deus e a acolher os conselhos dos bispos. Governou na justiça, a partir dos bons conselhos recebidos.

Viveu a renúncia de si mesmo para abraçar a cruz e fazer a vontade de Deus. Faleceu com 68 anos, depois de consumir-se no amor a Deus e aos irmãos, sendo cristão na sociedade.


Ó Deus, que o exemplo de vossos Santos nos leve a uma vida mais perfeita e, celebrando hoje a memória de São Guntrano, imitemos constantemente suas ações. Por nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, na unidade do Espírito Santo. Amém!


São Guntrano, rogai por nós!

segunda-feira, 27 de março de 2017

Indonésia: Centenas de muçulmanos protestam contra a construção de uma Igreja Católica

Um policial conduz uma busca do interior de uma igreja em Surabaya, Indonésia,
para assegurar-se que a missa seja celebrada pacificamente (foto: Getty)

A polícia indonésia disparou gás lacrimogêneo na sexta-feira para dispersar os muçulmanos de linha dura que protestam contra a construção de uma igreja católica em uma cidade satélite da capital, Jacarta.

Várias centenas de manifestantes de um grupo chamado Forum for Bekasi Muslim Friendship fizeram uma manifestação turbulenta na frente da igreja de Santa Clara em Kaliabang, um bairro da cidade de Bekasi, depois das orações de sexta-feira.

Testemunhas disseram que a polícia disparou gás lacrimogêneo quando os manifestantes tentaram forçar o caminho para a igreja, que está em construção desde novembro. Alguns também jogaram pedras e garrafas no local.

O padre Raymundus Sianipar disse que a polícia pediu que ele deixasse a área por razões de segurança.

A maioria muçulmana da Indonésia reconhece seis religiões, mas os grupos islâmicos militantes freqüentemente protestam contra as religiões minoritárias ea polícia muitas vezes não intervêm. Membros de religiões minoritárias que não são reconhecidas pelo Estado enfrentam discriminação persistente.

Ismail Ibrahim, um clérigo e organizador do protesto, disse que não se dispersaria até que as autoridades cancelassem a licença de construção da igreja.

Síria: uma quaresma de lágrimas


Marcando o início da Quaresma de 2017 com uma carta pastoral compartilhada à ACN – Ajuda à Igreja que Sofre, o líder da Igreja Maronita em Damasco, o Arcebispo Samir Nassar, descreveu a situação na Síria em termos de um “apocalipse... um grande deserto de ruínas, edifícios pulverizados, casas queimadas, bairros transformados em cidades fantasmas, aldeias arrasadas no chão".

O arcebispo reflete especialmente sobre a situação das famílias, crianças e casais que almejam o casamento, aos quais ele se refere como "uma engrenagem para o futuro que está entrando em colapso", já que violência, morte, prisão ou alistamento no exército tem separado as pessoas; casais que ainda estão juntos, acrescenta, enfrentam a "grave dificuldade" de encontrar "abrigo adequado" enquanto casados.

“Quase nunca”, diz o arcebispo, “se encontra uma família intacta”. As famílias, pedra de “fundação” e “baluarte” da sociedade, foram repartidas: membros da família fugiram, morreram na guerra, ficaram na prisão ou se ligaram à luta "nas linhas de frente".

República Democrática do Congo: Bispos declaram estado de emergência


Os Bispos da República Democrática do Congo emitiram um aviso de emergência de que a crescente violência e a instabilidade política estão ameaçando a nação com “dissolução e caos”. Os bispos manifestam sua dor por “milhares” de pessoas que perderam suas vidas nos últimos meses, incluindo muitos menores alistados nas diferentes milícias. Além disso, expressaram sua preocupação de que a crise cause fome no país ou uma ruptura da nação.

Os prelados se encontraram em uma reunião de emergência nos dias 20 a 25 de fevereiro de 2017 e culparam pela piora da situação as falhas do Presidente Joseph Kabila e cobraram dos seus oponentes políticos que garantam o cumprimento do acordo firmado em 31 de dezembro de 2016, favorecido pela Conferência Episcopal, que traçou o caminho para as eleições presidenciais no final deste ano, de modo que o Presidente Kabila não tome posse de um terceiro mandato inconstitucional.

Em uma declaração obtida pela ACN – Fundação Pontifícia Ajuda à Igreja que Sofre, os bispos insistem que o papel da Igreja é estritamente de mediador em busca do bem comum, apesar do crescente número de ataques violentos e mortais ao pessoal e propriedades da Igreja, fruto de um aparente ressentimento pela contribuição da Igreja no acordo.

Na cidade de Bukavu morreram assassinadas várias religiosas das Filhas da Ressurreição, obrigando a congregação a fechar sete conventos. Em dezembro do ano passado, uma irmã franciscana morreu apunhalada, também em Bukavu. Em 12 de fevereiro de 2017, uma gangue de jovens incendiou a Paróquia de São Domingos em Limete, capital de Kinshasa.

Em mensagem enviada à ACN, o Cardeal Monsengwo Pasinya, Arcebispo de Kinshasa, informou sobre o incêndio provocado no seminário maior de Malole no dia 18 de fevereiro de 2017. O prelado assinala que os causadores do incêndio eram “bandidos violentos que também semearam o terror entre as carmelitas”.

Não obstante, os bispos disseram que se mantêm comprometidos com seu “papel profético” em “acompanhar o povo congolês”, e que seu objetivo é fazer o possível para que os termos do acordo se cumpram. Os bispos afirmaram: “Diante dos fatos que nos apresentam no momento atual e em vista de mais justiça e paz, dizemos ‘não à obstrução da aplicação completa e rápida do acordo’”. Os prelados apelaram ao presidente, à oposição e à população civil que iniciem um diálogo franco, baseado na boa vontade e na confiança recíproca”, para assim dar resposta ao “clamor angustiado do povo congolês, que espera impacientemente a implementação do acordo”.

Também clamaram a Polícia e o Exército para que mantenham a paz em escala nacional, mas sem recorrer a uma “força excessiva”, e pediram aos meios de comunicação do país que “evitem polêmicas” e que informem o público “de forma objetiva e precisa” pelo bem da “unidade nacional”.

Finalmente, os bispos também apelaram aos fiéis para que “intensifiquem suas orações pelo país, ajudem a proteger as propriedades da Igreja e não se deixem influenciar e nem sejam dominados pelo desespero e pelo medo”. Em 26 de março de 2017, no quarto domingo da Quaresma, todos os bispos celebrarão uma Missa especial para rogar pela “intercessão maternal da Virgem Maria, Nossa Senhora da Esperança, para que o Senhor derrame paz e misericórdia na República Democrática do Congo e no seu povo”. 

Conheça o cartaz da Semana de Oração pela Unidade Cristã (SOUC) 2017


O CONIC apresenta, em primeira mão, o cartaz da Semana de Oração pela Unidade Cristã (SOUC), edição 2017. A arte vencedora é de autoria da artista Rose Araujo (Ânima Design Studio). A escolha foi definida em um concurso realizado pelo CONIC. Reconciliação: é o amor de Cristo que nos move – Celebração do 500° Aniversário da Reforma é o tema da SOUC deste ano, que relembra os 500 anos da Reforma Protestante iniciada por Lutero.
 
A Semana será uma oportunidade a mais para que as igrejas abordem a questão da reconciliação entre as diferentes denominações cristãs, focando na riqueza e na diversidade que há cada uma delas e, ao mesmo tempo, conclamando para a necessidade de uma união mais plena.
 
Inspirados em Francisco
 
Em 2013, a Exortação Apostólica do Papa Francisco, Evangelii Gaudium (A Alegria do Evangelho), inspirou o tema deste ano, com a citação “O amor de Cristo nos move” (parágrafo 9 e 2 Cor 5.14-20). Foi a partir dessa compreensão que a Comissão Alemã formulou o tema.
 

Devo permitir que meus filhos assistam ao novo filme “A Bela e a Fera”?


A Disney está lançando a enésima adaptação do clássico de Gabrielle Bardot de Villeneuve (1740) e Jeanne-Marie Leprince de Beaumont (1756), embora esta seja, na realidade, um remake do filme de animação que a própria Disney rodou em 1991.

Duas polêmicas rodeiam a estreia da versão musical em imagens reais de “A Bela e a Fera”: sua suposta natureza feminista e a descrição da ideologia de gênero. Discutível a primeira polêmica e indiscutível a segunda.

A Disney parece querer mudar a imagem de sua marca. Dá a impressão de que já não quer seguir representando a família clássica americana, de costumes tradicionais e pensamentos bem mais conservadores.  Parece que a empresa pretende somar-se à cultura hegemônica, que incorpora a ideologia de gênero como seu pilar fundamental. Somente assim dá pra entender que um filme dirigido fundamentalmente ao público familiar e infantil inclua uma sub-trama gay, embora atinja um personagem secundário, LeFou, e que se resolva numa breve cena no fim do filme.

Mas a cena não passa despercebida, nem dá pra pensar que ela está lá por acaso. Tirando isso, o musical não acrescenta nada de novo à história clássica. E mais: no princípio falaram que a versão seria muito feminista, mas não é, já que inclusive a militante da causa, Emma Watson (Bela) acaba disfarçada de princesa Disney, um ícone aparentemente “machista” da fábrica. Em dado momento, ela fala: “Eu não sou uma princesa”, mas sua posição de mulher livre que decide quem amar já não seria compatível com a personagem de 25 anos atrás.

O que é certo é que a Fera desta versão anda com pouco testosterona e é muito mais sensível e menos “fera” do que nas versões anteriores. Mas não há uma significativa mudança de papel. De qualquer forma, nenhum destes traços deve nos espantar, já que o produtor escolhido pela Disney para levar adiante este projeto é nada menos que Bill Condon, assumidamente gay, diretor de “Kinsey” (2004) e “Deuses e Monstros” (1998), entre muitos outros filmes.