segunda-feira, 3 de abril de 2017

São Luís Scrosoppi


São Luís nasceu em 4 de agosto de 1804, em Udine, cidade do Friuli, no Norte da Itália.

Foi o último dos filhos de Antônia e Domingos Scrosoppi, cristãos fervorosos que educaram os filhos dentro dos preceitos da fé e na caridade. Aos doze anos, Luís ingressou no seminário diocesano de Udine, e, em 1827, foi ordenado sacerdote. 

A região do Friuli, a partir de 1800, mergulhou na miséria em conseqüência das guerras e epidemias, o que serviu ao padre Luís de estímulo para cuidar dos necessitados. Dedicou-se, com outros sacerdotes e um grupo de jovens professoras, à acolhida e à educação das "derelitas", as mais sozinhas e abandonadas jovens de Udine e dos arredores.

A elas ele disponibilizou todos os seus bens, suas energias e seu afeto, sem economizar nada de si. Quando foi preciso, ele não hesitou em pedir esmolas. A sua vida foi, de fato, uma expressão palpável da grande confiança na Providência Divina. 

Com essas senhoras, chamadas de "professoras", hábeis no trabalho de costura e de bordado, que estavam aptas à alfabetização, dispostas a colocarem suas vidas nas mãos do Senhor para servi-lo e optando por uma vida de pobreza, padre Luís Scrosoppi fundou a Congregação das Irmãs da Providência.

Mas notou que necessitava de algo mais para dar continuidade a essa obra. Por isso, aos quarenta e dois anos de idade, em 1846, tornou-se um "filho de são Felipe" e, através do santo, aprendeu a mansidão e a doçura, qualidades que lhe deram mais idoneidade na função de fundador e pai da nova família religiosa.
 
Todas as obras feitas por padre Luís refletiram sua opção pelos mais pobres e necessitados. Ele profetizou certa vez: "Doze casas abrirei antes da minha morte", e sua profecia concretizou-se.

Foram, realmente, doze casas abertas às jovens abandonadas, aos doentes pobres e aos anciãos que não tinham família. Porém Luís não se dedicava apenas às suas obras de caridade. Ele também oferecia seu apoio espiritual e econômico a outras iniciativas sociais de Udine, realizadas por leigos de boa vontade. Era dele, também, a missão de sustentar todas as atividades da Igreja, em particular as destinadas aos jovens do seminário de Udine. 

Depois de 1850, a Itália unificou-se, num clima anticlerical, e os fatos políticos representaram um período difícil para Udine e toda a região do Friuli.

Uma das conseqüências foi o decreto de supressão da "Casa das Derelitas" e da Congregação dos Padres do Oratório, de Udine. Após uma verdadeira batalha, conseguiu salvar as "Casas", mas não conseguiu impedir a supressão da Congregação do Oratório. 

Já no fim da vida, padre Luís transferiu a direção de suas obras às irmãs, que aceitaram a missão com serenidade e esperança. Quando sentiu chegar o fim, dirigiu suas últimas palavras às irmãs, animando-as para os revezes que surgiriam, lembrando-as: "... Caridade! Eis o espírito da vossa família religiosa: salvar as almas e salvá-las com a caridade".

São Luis morreu no dia 3 de abril de 1884. Toda a população de Udine e das cidades vizinhas foram vê-lo pela última vez e pedir-lhe ajuda do paraíso celeste.
 
No terceiro milênio, as irmãs da Providência continuam a obra do fundador nos seguintes países: Romênia, Moldávia, Togo, Índia, Bolívia, Brasil, África do Sul, Uruguai e Argentina.

Padre Luís Scrosoppi foi proclamado santo pelo papa João Paulo II em 2001.
Nessa solenidade estava presente um jovem sul-africano que foi curado, em 1996, da Aids.

Por esse motivo, esse mesmo pontífice declarou São Luis Scrosoppi padroeiro dos portadores do vírus da Aids e de todos os doentes incuráveis.

O jovem sul-africano que se curou desse vírus entrou no Oratório de São Felipe Néri, tomando o nome de Luís.


Ó Senhor, que em São Luís acendeu o fogo do teu amor para a humanidade sofredora e o tornou modelo de santidade para todos nós, infundi o mesmo Espírito de caridade operante no teu povo e nesta tua Igreja, para torná-la imagem legível do teu vulto paterno para os homens e mulheres do terceiro milênio.

Ó São Luís, modelo de generosidade, com a ajuda da Virgem Mãe, que foi teu sustento para toda a vida, intercede para que esta tua terra saiba apresentar pastores santos, cristõs generosos e almas consagradas ao serviço de Cristo e do Evangelho, Amém.


São Luís Scrosoppi, rogai por nós!

Homilética: Domingo de Ramos da Paixão do Senhor - Ano A: "A missão do servo sofredor".


O último Domingo da Quaresma tem diferentes nomes, sendo o mais conhecido o de Domingo de Ramos por causa da procissão que se faz, antes da Missa, com os ramos previamente benzidos. Chama-se igualmente Domingo das Flores, das Palmas; Domingo Hosana o ainda Páscoa florida pela mesma razão.

Outrora era denominado a Páscoa dos competentes, porque era neste dia que os catecúmenos, preparados ao longo da Quaresma, vinham, em conjunto, pedir o Batismo que lhes seria administrado na solene Vigília Pascal, recitando agora o Símbolo dos Apóstolos (o Credo) que lhes havia sido explicado. Chama-se ainda capitilavium por causa da ablução semi-litúrgica dos catecúmenos, festa que tinha lugar neste dia em algumas igrejas. Também se diz Domingo da indulgência em virtude de neste dia começar a semana de reconciliação dos penitentes que receberiam o sacramento em Quinta-Feira Santa. Nesta semana os tribunais encerravam as portas bem como os demais serviços públicos e os imperadores concediam amnistia e remissão de penas. As Constituições Apostólicas explicam a finalidade deste descanso (VIII, 33): durante a grande semana que precede o dia de Páscoa e a que se segue, os escravos descansem visto que uma é a semana da Paixão do Senhor e outra a da Ressurreição e eles têm necessidade de ser instruídos nestes mistérios. Era assim, para eles, um retiro anual.

Em todas as missas deste dia comemora-se a solene entrada de Jesus Cristo em Jerusalém, com procissão ou entrada solene antes da missa principal e com entrada mais simples antes de cada uma das outras missas.

No Evangelho vemos que o cortejo organizou-se rapidamente. Jesus faz a sua entrada em Jerusalém, como Messias, montado num burrinho, conforme havia sido profetizado muitos séculos antes (Zac. 9,9). Jesus aceita a homenagem, e quando os fariseus, que também conheciam as profecias, tentaram sufocar aquelas manifestações de fé e alegria, o Senhor disse-lhes: “Eu vos digo, se eles se calarem, as pedras gritarão.” (Lc 19, 40).

Nossa celebração de hoje inicia-se com o Hosana! E culmina no crucifica-o! Mas este não é um contrassenso; é, antes, o coração do mistério. O mistério que se quer proclamar é este: Jesus se entregou voluntariamente a sua Paixão; não se sentiu esmagado por forças maiores do que Ele (Ninguém me tira a vida, mas eu a dou por própria vontade: Jo 10,18); foi Ele que, perscrutando a vontade do Pai, compreendeu que havia chegado a hora e a acolheu com a obediência livre do filho e com infinito amor para os homens: “… sabendo Jesus que tinha chegado a sua hora, hora de passar deste mundo para o Pai, tendo amado os seus que estavam no mundo, amou-os até o fim” (Jo 13,1).

Durante muitos anos eu preguei que a multidão que estava com Jesus na entrada de Jerusalém foi a mesma que depois gritaria “crucifica-o”. No entanto, J. Ratzinger, Bento XVI, no seu livro “Jesus de Nazaré – Da entrada de Jerusalém até a Ressurreição”, deu-me outra visão das coisas. Ratzinger nos explica que há duas multidões, a primeira é a que acompanhava a Jesus e que o aclamava com “hosanna” e com “bendito o que vem em nome do Senhor”; a outra multidão foi a que gritou “crucifica-o”. Ainda que não me estranhasse que algumas pessoas que faziam parte da primeira multidão estivessem entre os da segunda, pareceu-me convincente a explicação de Ratzinger. Ajuda-me a ver a primeira multidão de uma maneira mais próxima a nós. As pessoas que aclamam a Jesus no dia de hoje não aparecem como falsas ou mesquinhas e traidoras no porvir. Elas atuavam com um coração sincero. Ainda que as pessoas possam perverter-se, é preciso dar-lhes sempre um voto de confiança.

Nós, quando louvamos e bendizemos a Deus, quando estamos bem perto dele e dizemos que nós o amamos e depois, talvez não muitas horas depois, o traímos com alguma ofensa grave ou pedimos a sua morte a través dos nossos pecados, não estávamos sendo falsos nem hipócritas. Nós que louvamos a Deus, mas depois nos deparamos com as nossas fraquezas patentes, temos que apoiar-nos mais na misericórdia, mas não devemos pensar que estamos fazendo teatro.

Naquele cortejo triunfal, quando Jesus vê a cidade de Jerusalém, chora! Jesus vê como Jerusalém se afunda no pecado, na ignorância e na cegueira. O Senhor vê como virão outros dias que já não serão como estes, um dia de alegria e de salvação, mas de desgraça e ruína. Poucos anos depois a cidade será arrasada. Jesus chora a impenitência de Jerusalém. Como são eloquentes estas lágrimas de Cristo.

Aclamemos o Senhor no dia de hoje com todas as nossas forças. Nós nem sabemos quando gritaremos “crucifica-o”, talvez nunca mais diremos essas palavras. No entanto, livre-nos Deus da “presunção petrina”. Presunção petrina? Refiro-me àquele episódio no qual Jesus anuncia a Pedro que ele o negaria três vezes. O apóstolo, confiando nas suas próprias forças e no seu amor ao Senhor, diz que isso não aconteceria. Pobre Pedro! Nós já sabemos como termina a história. Graças a Deus termina bem: com um ato de arrependimento, com o perdão de Jesus e com um trabalho apostólico depositado nos ombros de Pedro que o faria não complicar a própria existência, mas simplesmente continuar trabalhando pela glória de Deus e pelo bem dos irmãos.


Neste tempo, Jesus nos repete o convite que dirigiu a seus discípulos no Horto das Oliveiras: “Ficai aqui e vigiai comigo” (Mt 26,38).

São Ricardo de Chichester


São Ricardo Bachedine nasceu na Inglaterra em 1197, já em meio a uma tragédia familiar: os pais, que eram nobres e ricos, de repente caíram na miséria. Logo depois, morreram e deixaram-lhe como herança muitas dívidas e um casal de irmãos.

Por isso Ricardo teve de deixar os estudos com os beneditinos em Worcester e voltou para casa para ajudar a restaurar as finanças. A situação melhorou e ele voltou para os estudos, deixando as propriedades aos cuidados de um bom administrador, resguardando, assim, os irmãos de qualquer imprevisto. 

São Ricardo completou sua formação na Universidade de Oxford, onde foi eleito reitor. Desde então, começou sua atuação em prol da Igreja, pois eram anos de grande corrupção moral. 

O povo, ignorante e supersticioso, aceitava passivamente a vida devassa dos nobres e do clero, que há muito estava afastado da disciplina monástica.

Ricardo, ao contrário, vivia com austeridade e passou a lutar por uma reforma geral nos meios católicos, para com isso elevar o nível de vida do povo, tanto material quanto espiritual.

Na universidade, favoreceu a aceitação dos frades franciscanos e dominicanos, que aos poucos instituíram a volta da disciplina e da humildade entre os religiosos e seus agregados.

Essa postura acabou gerando retaliações do rei Henrique III ao bispo da Cantuária, sob a orientação de quem Ricardo agia. Perseguido pelo rei, o bispo buscou exílio na França e Ricardo o acompanhou fielmente até que morresse.

Foi neste período que, por insistência do bispo, ordenou-se sacerdote, apesar dos seus quarenta e cinco anos.

Os seus talentos e sua dedicação foram recompensados um ano depois, quando o arcebispo da Cantuária consagrou-o bispo de Chichester. Henrique III ficou furioso, apossando-se dos bens da diocese e proibindo Ricardo de assumir seu cargo.

Mas Ricardo não se intimidou, voltou disfarçado de mendigo e, na clandestinidade, atuou durante dois anos, organizando o trabalho pastoral da diocese junto ao povo explorado.

Entretanto o papa Inocêncio IV perdeu a calma e ameaçou excomungar o rei, que teve de aceitar Ricardo como bispo de Chichester.

Assim, ele pôde atuar com liberdade até morrer, em Dover, no dia 3 de abril de 1253, a caminho de uma cruzada. 

Ricardo foi sepultado no cemitério da catedral de Chichester e sua santidade era tanta que, nove anos depois, o papa Ubaldo IV o canonizou.

Em 1276, com a presença do casal real dos ingleses e outras cabeças coroadas da Europa, o corpo de são Ricardo foi transferido para um relicário dentro do altar maior da catedral, o qual depois foi destruído pelo cismático rei Henrique VIII, em 1528.


Mas suas relíquias foram secretamente levadas para várias igrejas da diocese. Somente em 1990 elas foram reunidas e voltaram para a catedral de Chichester, onde foram depositadas na urna sob o mesmo altar. 

São Ricardo é festejado, tanto pelos católicos como pelos anglicanos, no dia 3 de abril, sendo venerado como padroeiro dos cavaleiros e dos cocheiros.


Deus eterno e todo-poderoso que pudestes o bispo São Ricardo à frente do vosso povo, amparai-nos por sua intercessão com sua solicitude de Pai. Por Cristo, Senhor Nosso. Amém. São Ricardo, rogai por nós!

domingo, 2 de abril de 2017

Papa Francisco reza pelo Congo, Colômbia, Venezuela e Paraguai


VISITA PASTORAL DO PAPA FRANCISCO 
EM CARPI E MIRANDOLA

ANGELUS
Quinto Domingo da Quaresma, 02 de abril de 2017


APELOS

Estou profundamente triste pela tragédia que atingiu a Colômbia, onde um deslizamento de terra gigante causado por chuvas torrenciais, atingiu a cidade de Mocoa, causando numerosos mortos e feridos. Rezo pelas vítimas e asseguro a minha proximidade com aqueles que estão de luto pela morte de entes queridos, e agradeço a todos aqueles que estão trabalhando para trazer alívio.

Continuam a surgindo relatos de confrontos armados sangrentos na região de Kasai, na República Democrática do Congo, confrontos estão causando mortes e deslocamentos e que também afetam pessoas e bens da Igreja: igrejas, hospitais, escolas... eu lhes asseguro a minha proximidade a esta nação e exorto-vos todos a rezar pela paz para que os corações dos arquitetos de tais crimes não permaneçam escravos do ódio e da violência, porque o ódio e a violência sempre destroem.

Além disso, eu sigo com grande atenção ao que está acontecendo na Venezuela e no Paraguai. Eu oro por essas pessoas, muito queridas para mim, e exorto todos a perseverar incansavelmente, evitando qualquer tipo de violência e na busca de soluções políticas.

Aluno foi suspenso por discordar de professora muçulmana que disse ser falsa a crucificação de Cristo


Há uma semana, uma Universidade da Flórida, nos Estados Unidos, suspendeu um estudante cristão por confrontar uma professora muçulmana que considerou a crucificação de Cristo “falsa” e assegurou que os apóstolos não acreditavam na sua divindade.

Marshall Polston, estudante de 20 anos do Rollins College, foi suspenso em 24 de março, a pedido da professora de humanidades muçulmana, Areeje Zufari.

“Foi muito desagradável e estranho. Viajei pelo Oriente Médio, dei Conferências na Universidade de Salahaddin e submergi na cultura muçulmana durante muitos anos. Honestamente, isso me lembrou de alguns dos grupos mais radicais que eu pesquisei no exterior”, disse Polston ao Central Florida Post.

Depois de trocar ideias com Zufari durante a aula, o aluno confirmou que a professora colocou uma nota baixa em um trabalho importante e se recusou a explicar o motivo.

“Eu estava chateado. Eu nunca recebi uma nota menor que A. Eu estava realmente interessado em descobrir como melhorar ou pelo menos entender a nota”, disse Polston.

Entretanto, não demorou muito para que a professora apresentasse um queixa de Polston ao “decano de segurança” da universidade e cancelou a aula depois de assegurar que o estudante a deixou “insegura”. 

Por que a Páscoa não tem data fixa?


Ao chegar a Páscoa, muitos se perguntam: em que dia cairá? Por que não há uma data fixa?

Sabemos que a Páscoa cristã se celebra sempre num domingo, mas a cada ano variam-se as semanas e, às vezes, o mês. Entre os católicos, costumeiramente se diz que não há Páscoa antes de São José (19 de março) nem depois de São Marcos (25 de abril). 

As expressões “Páscoa baixa”, “Páscoa média” e “Páscoa alta” estão relacionadas a esta movimentação da maior das efemérides cristãs que transita entre as últimas semanas de março e a última de abril. 

Para se calcular a data da Páscoa, quando se celebra a jubilosa Ressurreição do Senhor, são importantes duas referências: a história do povo de Israel e a ciência da astronomia. Na verdade, as duas coisas andam juntas. Na Páscoa judaica (Pessah, na língua hebraica), recorda-se a passagem da noite em que povo hebreu ficou livre da escravidão do Egito, depois de uma série de inequívocas intervenções de Deus, primeiro com pragas enviadas ao Faraó opressor, e uma sequência de bênçãos prodigiosas, como a passagem do Anjo Exterminador, a travessia do Mar Vermelho, o Maná do Deserto, as codornizes, a água que brotou da rocha e outros sinais. Tal libertação se deu no primeiro plenilúnio após o equinócio da primavera do hemisfério norte, que acontece entre os dias 19 a 21 de março. 


A morte de Cristo também se deu numa sexta-feira, antes da festa da Páscoa do povo hebreu, repousando na penumbra do sepulcro no Shabat (sábado) e ressuscitando na manhã clara do primeiro dia da semana, que os cristãos desde então chamam de Domingo, ou seja, Dies Domini (Dia do Senhor).

O equinócio é um fenômeno natural constatado pela astronomia, quando o sol, pela sua posição em relação à Terra e à Lua, emite seus raios de forma exatamente perpendicular à linha do equador, ocorrendo então a equiparação das horas do dia e da noite, tendo cada um pontualmente 12 horas. O termo ‘equinócio’ tem origem na língua latina: aequus (igual) e nox (noite). No ano há dois equinócios: o de março, entre os dias 19 e 21, que dá início a estação da primavera no hemisfério norte e outono, no hemisfério sul; e o de setembro, entre os dias 20 e 23, que estabelece o início das novas estações nos dois hemisférios, de forma inversa à anterior. 

O canto e a música na Liturgia


Em todos os estudos sobre o canto e a música na Liturgia, devemos ter bem claro o princípio fundamental formulado pelo Concílio Vaticano II: “… a música sacra será tanto mais santa, quanto mais intimamente estiver ligada à ação litúrgica…” (SC 112c). Assim, uma autêntica celebração exige que se observe exatamente o sentido e a natureza próprios de cada parte e de cada canto. Quanto mais gerais forem então os textos dos cantos e menos ligados à ação litúrgica ou ao tempo e à festa, tanto mais podemos dizer que não são eles litúrgicos, pois o importante é cantar a Liturgia, e não simplesmente cantar na Liturgia, como tantas vezes acontece.

Inserido na Liturgia, como parte integrante desta, o canto litúrgico participa de sua sacramentalidade, tornando-se então mistagógico, ou seja, capaz de conduzir a assembleia celebrante ao âmago do mistério. Por isso, é canto objetivo, que nasce da fé bíblica e eclesial, canto, pois, ritual, com função ministerial na Liturgia, seja acompanhando um rito, como é o caso dos cantos processionais (Entrada, Oferendas e Comunhão), seja por ser ele mesmo o rito, como no caso do “Glória” e do “Santo”. O mesmo não se pode dizer do canto simplesmente religioso, devocional, limitando-se este a sentimentos de ordem puramente subjetiva, sem ligar-se portanto à objetividade litúrgica.

Traduzindo o pensamento conciliar e o ensinamento da Igreja, queremos dizer então que, na Liturgia, não se canta por cantar. Não se canta para encher espaço ou cobrir possíveis vazios na celebração. Também não se canta por ser o canto bonito e cheio de mensagens, simplesmente. O canto, na Liturgia, não é divertimento nem se destina a tornar a celebração mais leve, mais agradável, mais movimentada. O canto litúrgico nunca pode ser mero enfeite, pois ele tem, na celebração, uma função ministerial, que lhe é própria. Às vezes, porém, certos cantos nos deixam a impressão de estarem apenas embelezando o momento celebrativo.

Na Liturgia, o canto une as pessoas, anima e dá vida à celebração, como afirma Ione Buyst. Facilita passar de “uma só voz” a “um só coração” e, finalmente, a “uma só alma”, como se vê na espiritualidade das comunidades primitivas (cf. At 4,32a). Podemos, pela Liturgia, unir nossa voz à dos anjos, em Liturgia terrestre e celeste, como acontece de fato no canto do “Santo”, sendo realmente nosso canto exultação de um povo feliz e redimido, que caminha para a casa do Pai. 

Universal chama Eucaristia de “Pão do Mal” em folheto distribuído aos seguidores


Em um  ato que escandalizou fieis da Igreja Católica, a  Igreja Universal do Reino de Deus  comparou a Eucaristia ao “Pão do Mal”. A hóstia para os católicos não apenas simboliza, mas é o Corpo de Cristo, o centro da Fé da Igreja fundada por Jesus Cristo e que perdura na história há mais de dois mil anos. 

O fato que chocou os católicos aconteceu na cidade de Taquaritinga no Estado de São Paulo. Em um envelope distribuído pela Seita aos seus seguidores é orientado a fazer uma espécie de simpatia: pegar uma hóstia, colocá-la em lugar visível até o dia determinado quando deverá ser levada para uma reunião da seita.

Em comunicado em nome das cinco  paróquias da cidade, os padres se disseram escandalizados. “Esta associação simbólica é um fato abominável que nenhum cristão católico pode aceitar calado se ama sua fé e adora a Nosso Senhor Jesus Cristo presente no sacramento da Santa Eucaristia“. Por sua vez, em nota encaminhada ao blog, a Igreja Universal do Reino de Deus nega o fato. “Esclarecemos que o citado folheto não traz qualquer referência à hóstia e não faz nem remota ligação desse símbolo católico como ‘pão do mal”.

A postura da Universal segundo a nota dos padres ameaça a boa convivência. “É certo que todos temos a liberdade e o direito de expressão, mas chegamos ao limite do inaceitável, que ameaça a boa convivência entre pessoas de distintas crenças a partir do momento que nos escandaliza, bem como a todo o nosso povo, ofendendo a nossa sensibilidade religiosa. Os símbolos, doutrinas e costumes católicos são sagrados e, portanto, devem ser respeitados”.

No texto da IURD é afirmado que a instituição repudia ataques à fé alheia. “Na verdade, repudiamos com veemência qualquer ataque à fé ou às crenças dos adeptos de qualquer religião, até porque são os fieis da Igreja Universal do Reino de Deus as maiores vítimas do preconceito religioso no Brasil”.

Confira a íntegra da nota da Universal


Com referência à postagem “Universal chama Eucaristia de ‘Pão do Mal’ em simpatia distribuída aos seguidores”, publicada no blog Ancoradouro do jornal O Povo, esclarecemos que o citado folheto não traz qualquer referência à hóstia e não faz nem remota ligação desse símbolo católico como “pão do mal”.

Na verdade, repudiamos com veemência qualquer ataque à fé ou às crenças dos adeptos de qualquer religião, até porque são os fieis da Igreja Universal do Reino de Deus as maiores vítimas do preconceito religioso no Brasil.

Aliás, é o mesmo tipo de preconceito que transborda do texto assinado pelo Sr. Vanderlúcio Souza, utilizando expressões como “simpatia” e “seita”, que tentam zombar e diminuir dos milhões de adeptos da Universal em todo o mundo.

Solicitamos que estes esclarecimentos sejam publicados na íntegra no blog Ancoradouro, com urgência.

Atenciosamente,
UNIcom: Departamento de Comunicação Social e de Relações Institucionais da Universal