O último Domingo da Quaresma tem diferentes
nomes, sendo o mais conhecido o de Domingo de Ramos por causa da procissão que
se faz, antes da Missa, com os ramos previamente benzidos. Chama-se igualmente
Domingo das Flores, das Palmas; Domingo Hosana o ainda Páscoa florida pela
mesma razão.
Outrora era denominado a Páscoa dos
competentes, porque era neste dia que os catecúmenos, preparados ao longo da
Quaresma, vinham, em conjunto, pedir o Batismo que lhes seria administrado na
solene Vigília Pascal, recitando agora o Símbolo dos Apóstolos (o Credo) que
lhes havia sido explicado. Chama-se ainda capitilavium por causa da ablução
semi-litúrgica dos catecúmenos, festa que tinha lugar neste dia em algumas
igrejas. Também se diz Domingo da indulgência em virtude de neste dia começar a
semana de reconciliação dos penitentes que receberiam o sacramento em
Quinta-Feira Santa. Nesta semana os tribunais encerravam as portas bem como os
demais serviços públicos e os imperadores concediam amnistia e remissão de
penas. As Constituições Apostólicas explicam a finalidade deste descanso (VIII,
33): durante a grande semana que precede o dia de Páscoa e a que se segue, os
escravos descansem visto que uma é a semana da Paixão do Senhor e outra a da
Ressurreição e eles têm necessidade de ser instruídos nestes mistérios. Era
assim, para eles, um retiro anual.
Em todas as missas deste dia comemora-se a
solene entrada de Jesus Cristo em Jerusalém, com procissão ou entrada solene
antes da missa principal e com entrada mais simples antes de cada uma das
outras missas.
No Evangelho vemos que o cortejo organizou-se
rapidamente. Jesus faz a sua entrada em Jerusalém, como Messias, montado num
burrinho, conforme havia sido profetizado muitos séculos antes (Zac. 9,9).
Jesus aceita a homenagem, e quando os fariseus, que também conheciam as
profecias, tentaram sufocar aquelas manifestações de fé e alegria, o Senhor
disse-lhes: “Eu vos digo, se eles se calarem, as pedras gritarão.” (Lc 19, 40).
Nossa celebração de hoje inicia-se com o
Hosana! E culmina no crucifica-o! Mas este não é um contrassenso; é, antes, o
coração do mistério. O mistério que se quer proclamar é este: Jesus se entregou
voluntariamente a sua Paixão; não se sentiu esmagado por forças maiores do que
Ele (Ninguém me tira a vida, mas eu a dou por própria vontade: Jo 10,18); foi
Ele que, perscrutando a vontade do Pai, compreendeu que havia chegado a hora e
a acolheu com a obediência livre do filho e com infinito amor para os homens:
“… sabendo Jesus que tinha chegado a sua hora, hora de passar deste mundo para
o Pai, tendo amado os seus que estavam no mundo, amou-os até o fim” (Jo 13,1).
Durante muitos anos eu preguei que a multidão
que estava com Jesus na entrada de Jerusalém foi a mesma que depois gritaria
“crucifica-o”. No entanto, J. Ratzinger, Bento XVI, no seu livro “Jesus de
Nazaré – Da entrada de Jerusalém até a Ressurreição”, deu-me outra visão das
coisas. Ratzinger nos explica que há duas multidões, a primeira é a que
acompanhava a Jesus e que o aclamava com “hosanna” e com “bendito o que vem em
nome do Senhor”; a outra multidão foi a que gritou “crucifica-o”. Ainda que não
me estranhasse que algumas pessoas que faziam parte da primeira multidão
estivessem entre os da segunda, pareceu-me convincente a explicação de
Ratzinger. Ajuda-me a ver a primeira multidão de uma maneira mais próxima a
nós. As pessoas que aclamam a Jesus no dia de hoje não aparecem como falsas ou
mesquinhas e traidoras no porvir. Elas atuavam com um coração sincero. Ainda
que as pessoas possam perverter-se, é preciso dar-lhes sempre um voto de
confiança.
Nós, quando louvamos e bendizemos a Deus,
quando estamos bem perto dele e dizemos que nós o amamos e depois, talvez não
muitas horas depois, o traímos com alguma ofensa grave ou pedimos a sua morte a
través dos nossos pecados, não estávamos sendo falsos nem hipócritas. Nós que
louvamos a Deus, mas depois nos deparamos com as nossas fraquezas patentes,
temos que apoiar-nos mais na misericórdia, mas não devemos pensar que estamos
fazendo teatro.
Naquele cortejo triunfal, quando Jesus vê a
cidade de Jerusalém, chora! Jesus vê como Jerusalém se afunda no pecado, na
ignorância e na cegueira. O Senhor vê como virão outros dias que já não serão
como estes, um dia de alegria e de salvação, mas de desgraça e ruína. Poucos
anos depois a cidade será arrasada. Jesus chora a impenitência de Jerusalém.
Como são eloquentes estas lágrimas de Cristo.
Aclamemos o Senhor no dia de hoje com todas as
nossas forças. Nós nem sabemos quando gritaremos “crucifica-o”, talvez nunca
mais diremos essas palavras. No entanto, livre-nos Deus da “presunção petrina”.
Presunção petrina? Refiro-me àquele episódio no qual Jesus anuncia a Pedro que
ele o negaria três vezes. O apóstolo, confiando nas suas próprias forças e no
seu amor ao Senhor, diz que isso não aconteceria. Pobre Pedro! Nós já sabemos
como termina a história. Graças a Deus termina bem: com um ato de
arrependimento, com o perdão de Jesus e com um trabalho apostólico depositado
nos ombros de Pedro que o faria não complicar a própria existência, mas
simplesmente continuar trabalhando pela glória de Deus e pelo bem dos irmãos.
Neste tempo, Jesus nos repete o convite que
dirigiu a seus discípulos no Horto das Oliveiras: “Ficai aqui e vigiai comigo”
(Mt 26,38).
COMENTÁRIO DOS TEXTOS BÍBLICOS
PROCISSÃO DE RAMOS
Evangelho: Mt 21,1-11
“Dizei à filha de Sião: ‘Eis que o teu rei vem a ti, manso e montado num jumento, num jumentinho, num potro de jumenta!” – Assim, caríssimos irmãos, o nosso Jesus entra hoje em Jerusalém para sofrer sua paixão e fazer sua Páscoa deste mundo para o Pai.
Jerusalém é a cidade do Messias; nele deveria manifestar-se o Reino de Deus. O Senhor Jesus, ao entrar nela de modo solene, realiza a esperança de Israel. Por isso o povo grita: “Hosana ao Filho de Davi! Bendito o que vem em nome do Senhor! Hosana no mais alto dos céus!” Hoje, com nossos ramos levados em procissão, fazemos solene memória desse acontecimento e proclamamos com nossos cânticos que Jesus é o Messias prometido! Também nós cantaremos daqui a pouco: Hosana ao Filho de Davi!
Mas, atenção! Este Messias não vem como rei potente, num majestoso cavalo de guerra, símbolo de força e poder! Ele vem num burrico, usado pelos servos nos seus duros trabalhos. Ele vem como manso e humilde servo! Eis o escândalo que Israel não suporta! Esperava-se um Messias que fosse Rei potente e Deus envia um servo humilde e frágil! Que lógica, a de Deus! E, misteriosamente, Israel não consegue compreendê-la e refutará Jesus! Mas, e nós, compreendemos de verdade essa lógica? Hoje, seguir o Cristo em procissão é estar dispostos a aceita-lo como Messias que tem como trono a cruz e como coroa os espinhos! Segui-lo pela rua é comprometer-se a segui-lo pela vida! Caso contrário, nossa liturgia não passará de um teatro vazio…
Vamos com Jesus! Aclamemos Jesus! E quando na vida, a cruz vier, a dor vier, os espinhos vierem, tomemos nas mãos os ramos que levaremos hoje para nossas casas e recordemos que nos comprometemos a seguir o Cristo até a morte e morte de cruz, para chegarmos à Páscoa da Ressurreição!
PAIXÃO DO SENHOR
Leituras: Is 50,4-7; Fl
2,6-11; Mt 26,14-27,66
O mistério que hoje estamos celebrando – a Paixão e Morte do Senhor – e vamos celebrar de modo mais pausado e contemplativo nesses dias da Grande Semana, foi resumido de modo admirável na segunda leitura desta Eucaristia: o Filho, sendo Deus, tomou a forma de servo e fez-se obediente ao Pai por nós até a morte de cruz. E o Pai o exaltou e deu-lhe um nome acima de todo nome, para nossa salvação! Eis o mistério! Eis a salvação que nos foi dada!
Mas isso custou ao Senhor! É sempre assim: os ideais são lindos; coloca-los na vida, na carne de nossa existência, requer renúncia, lágrimas, sangue! O Filho, para nos salvar, teve que aprender como um discípulo, teve que oferecer as costas aos verdugos e o rosto às bofetadas! Que ideal tão alto; que caminho tão baixo! Que ideal tão sublime, que meios tão trágicos!
Foi assim com o nosso Jesus; é assim conosco! É na dor da carne da vida que o Senhor nos convida a participar da sua cruz e caminhar com ele para a ressurreição. Infelizmente, nós, que aqui nos sentamos à mesa com ele, tantas vezes o deixamos de lado: “Quem vai me trair é aquele que comigo põe a mão no prato!” – Eis! É para nós esta palavra! Comemos o seu Pão ao redor deste Altar sagrado e, no entanto, o abandonamos nas horas de cruz: “Esta noite vós ficareis decepcionados por minha causa!” – Que pena! Queríamos um Messias fácil, um Messias que nos protegesse contra as intempéries da vida, que fosse bonzinho para o mundo atual. Como seria bom um Messias de acordo com o assassinato de embriões, com o aborto, com a libertinagem reinante… Mas, não! Esse Messias prefere morrer a matar, esse Messias exige que o sigamos radicalmente, esse Messias nos convida a receber a mesma rejeição que ele recebe do mundo: Minha alma está triste até à morte. Ficais aqui e vigiai comigo!”
Irmãos, que vos preparais para celebrar estes dias sagrados, não vos acovardeis, não renegueis o nosso Senhor, não o deixeis padecer sozinho, crucificado por um mundo cada vez mais infiel e ateu, um mundo que denigre o nome de Cristo e de sua Igreja católica! Cuidado, irmãos! Não é fácil, não será fácil a luta: “Vigiai e orai, para não cairdes em tentação, pois o espírito está pronto, mas a carne é fraca!” Que nos sustente a força daquele que por nós se fez fraco! Que nos socorra a intercessão daquele que orou por Pedro para que sua fé não desfalecesse! E se, como Pedro cairmos, ao menos, como Pedro, arrependamo-nos e choremos!
Nós vos adoramos, Senhor Jesus Cristo, e vos bendizemos porque pela vossa santa cruz remistes o mundo!
Mas isso custou ao Senhor! É sempre assim: os ideais são lindos; coloca-los na vida, na carne de nossa existência, requer renúncia, lágrimas, sangue! O Filho, para nos salvar, teve que aprender como um discípulo, teve que oferecer as costas aos verdugos e o rosto às bofetadas! Que ideal tão alto; que caminho tão baixo! Que ideal tão sublime, que meios tão trágicos!
Foi assim com o nosso Jesus; é assim conosco! É na dor da carne da vida que o Senhor nos convida a participar da sua cruz e caminhar com ele para a ressurreição. Infelizmente, nós, que aqui nos sentamos à mesa com ele, tantas vezes o deixamos de lado: “Quem vai me trair é aquele que comigo põe a mão no prato!” – Eis! É para nós esta palavra! Comemos o seu Pão ao redor deste Altar sagrado e, no entanto, o abandonamos nas horas de cruz: “Esta noite vós ficareis decepcionados por minha causa!” – Que pena! Queríamos um Messias fácil, um Messias que nos protegesse contra as intempéries da vida, que fosse bonzinho para o mundo atual. Como seria bom um Messias de acordo com o assassinato de embriões, com o aborto, com a libertinagem reinante… Mas, não! Esse Messias prefere morrer a matar, esse Messias exige que o sigamos radicalmente, esse Messias nos convida a receber a mesma rejeição que ele recebe do mundo: Minha alma está triste até à morte. Ficais aqui e vigiai comigo!”
Irmãos, que vos preparais para celebrar estes dias sagrados, não vos acovardeis, não renegueis o nosso Senhor, não o deixeis padecer sozinho, crucificado por um mundo cada vez mais infiel e ateu, um mundo que denigre o nome de Cristo e de sua Igreja católica! Cuidado, irmãos! Não é fácil, não será fácil a luta: “Vigiai e orai, para não cairdes em tentação, pois o espírito está pronto, mas a carne é fraca!” Que nos sustente a força daquele que por nós se fez fraco! Que nos socorra a intercessão daquele que orou por Pedro para que sua fé não desfalecesse! E se, como Pedro cairmos, ao menos, como Pedro, arrependamo-nos e choremos!
Nós vos adoramos, Senhor Jesus Cristo, e vos bendizemos porque pela vossa santa cruz remistes o mundo!
PARA REFLETIR
Caríssimos irmãos e irmãs, neste último
domingo da quaresma, celebramos o domingo de Ramos e, com ele, temos a abertura
da Semana Santa que é a grande semana de fé cristã, o tempo litúrgico mais forte,
mais rico em conteúdo e de maior intensidade religiosa de todo o ano cristão,
porque nela celebramos os mistérios centrais de nossa fé: a morte e a
ressurreição de Cristo. E a Liturgia nos
oferece dois evangelhos: o da entrada de Jesus em Jerusalém (cf. Mt 21,1-11) e
o Evangelho em que Jesus é condenado e crucificado no Calvário, no qual
contemplamos a paixão e a morte de Jesus.
A entrada de Jesus em Jerusalém é recordada
nas igrejas com a bênção dos ramos e a procissão; a leitura da paixão e morte de
Cristo ocorre na celebração da missa.
Isso tem uma razão histórica. Em Roma, não havia a Semana Santa.
Celebrava-se no sexto domingo da quaresma a Paixão e Morte de Cristo e, no
domingo seguinte, a Páscoa do Senhor. Somente no século XI é que a Procissão de
Ramos, costume nascido em Jerusalém, chegou a Roma, e esta cerimônia passou a
fazer parte da liturgia romana.
Juntamente com os seus discípulos e uma
multidão crescente de peregrinos, Jesus sobe da planície da Galileia para a
Cidade Santa, onde entra montado em um jumento, ou seja, um animal próprio das
pessoas simples do campo, e além disso, um jumento que não lhe pertencia, mas
que havia sido emprestado para esta ocasião.
O evangelista São João nos narra que, num primeiro momento, os
discípulos não compreenderam esta atitude de Jesus. Apenas posteriormente, após
a Páscoa, ao perceber que ele, com sua atitude, estava cumprindo o anúncio dos
profetas e as prescrições contidas na Palavra de Deus. O livro do profeta Zacarias já dizia: “Não
temas, Filha de Sião, olha o teu Rei que chega sentado na cria de uma jumenta”
(Zc 9,9).
A entrada em Jerusalém é testemunho da herança
profética no coração daquele povo que estava a espera do Messias. É, ao mesmo
tempo, verificação e confirmação do Evangelho, por Ele anunciado. Como de fato,
o Messias devia revelar-se precisamente como tal rei: manso, montado num
jumento, no potrinho de uma jumenta. Com
essa entrada de Jesus em Jerusalém, é Ele aclamado pela multidão: “Hosana!
Bendito seja o que vem em nome do Senhor” (Mc 11, 9). Esta palavra faz parte do
rito da festa dos tabernáculos, durante o qual os fiéis caminham ao redor do
altar, tendo nas mãos alguns ramos compostos de palmas, mirtos e salgueiros.
Pois bem, com as palmas nas mãos, as pessoas
elevam este clamor diante de Jesus, e o identificam como aquele que vem em nome
de Deus. Esta expressão tornou-se, há muito tempo, a designação da chegada do
Messias. Com esta aclamação, o povo reconhece que Jesus verdadeiramente vem em
nome do Senhor e traz a presença de Deus para junto do homem. Este brado de
esperança de Israel, esta aclamação a Jesus durante o seu ingresso em
Jerusalém, tornou-se na Igreja exaltação de todos os fiéis para aclamar o
Cristo presente na Eucaristia, para uma vez mais, estar conosco. Neste domingo de Ramos, devemos também
reviver, de maneira litúrgica, aquele acontecimento profético. Repetimos as
mesmas palavras pronunciadas pela multidão quando Jesus entrou em Jerusalém.
Seguramos nas mãos os nossos ramos e aclamamos o Cristo que vem.
E no decorrer da liturgia da Santa Missa,
temos ainda o relato da paixão de Jesus, onde são descritos os sofrimentos que
culminaram com a sua morte. O Domingo de Ramos é a única ocasião, além da
Sexta-Feira Santa, em que se lê o Evangelho da Paixão de Cristo no curso de
todo o ano litúrgico. Neste relato, o evangelista São Mateus, em conformidade
com a sua narração, vê na paixão de Jesus o caminho do justo sofredor e, ao
mesmo tempo, o começo de um novo mundo.
Também o evangelista São Mateus ressalta com
insistência em seu evangelho que tudo o que está acontecendo com Jesus foi
previsto pelos profetas. No decorrer da
última Ceia, Jesus já havia dito: “O Filho do Homem vai morrer, conforme diz a
Escritura a respeito dele” (Mt 26,24). O
mesmo ocorre quando, no Jardim das Oliveiras, no momento em que os guardas se
aproximam para prender o Cristo como se fosse um bandido. Neste momento ele
diz: “…tudo isto aconteceu para se cumprir o que os profetas escreveram” (Mt
26,56).
Um outro ensinamento apresentado pelo
evangelista São Mateus está na não violência, ao narrar a frase de Jesus
dirigida a Pedro, que tinha empunhado a espada para defender o seu Mestre:
“Guarda a espada na bainha! pois todos os que usam a espada pela espada
morrerão” (v. 52). Este acontecimento deixa para nós mais uma lição do Cristo,
pois a sua missão é dar a vida pelo irmão e jamais agredi-lo.
Em um mundo que associa às vezes a vingança ou
mesmo o ódio e a violência ao nome de Deus, esta é uma mensagem de grande atualidade
e de significado muito concreto. Na hora da paixão de Jesus, este amor
manifesta-se em toda a sua força. Nos últimos momentos da sua vida terrena, na
ceia com os seus amigos, Jesus diz: “Como o Pai me amou, também Eu vos amei.
Permanecei no meu amor… Digo-vos isto para que a minha alegria esteja em vós”
(Jo 15,9.11). Jesus quer introduzir os seus discípulos e cada um de nós, pela
prática do perdão e do amor, a uma alegria plena.
Neste tempo em que celebramos a caminhada de
Jesus Cristo na dor e no sofrimento, possamos também nós nos preparar para
celebrar a sua Ressurreição, participar do amor de Deus que redimiu o mundo e
iluminou a história. Saibamos viver este tempo precioso reavivando a fé em
Jesus Cristo, para entrar no circuito de amor, extensivo a cada irmão que
encontramos na nossa vida.
Neste domingo de Ramos, vamos nós também ao
encontro de Jesus. Deixemos que ele nos guie, a fim de aprendermos do próprio
Deus o modo reto de ser. É Jesus quem
abre o seu coração e nos revela o fulcro de toda a sua mensagem redentora:
“Ninguém tem maior amor do que aquele que dá a vida por seus amigos” (Jo
15,13). Ele mesmo amou até entregar sua vida por nós sobre a cruz. Também nós devemos seguir esta mesma
inspiração. O Senhor conta com cada um de nós e nos chama de amigos. Só aos que
se ama desta maneira é capaz de dar a vida proporcionada com sua graça.
Tenhamos sempre a alegria de caminhar com Jesus, de estar com Ele e, como Simão
de Cirene, o auxiliando a levar a cruz.
Possamos nestes dias participar das
celebrações em espírito e devoção. É um
momento propício para avivarmos a fé que dá sentido a nossa vida e assimilarmos
os sentimentos próprios de uma união com Jesus Cristo. Que a Virgem Maria interceda sempre por nós
e nos ensine a alegria do encontro com Cristo, o amor com que o devemos
contemplar ao pé da cruz, para sermos sempre mensageiros da sua Palavra e da
sua paz. Assim seja.
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