segunda-feira, 5 de junho de 2017

“Exorcismos: reflexões teológicas e orientações pastorais”.


O título acima é do subsídio doutrinal n. 9, recém-publicado pela Comissão Episcopal Pastoral para a Doutrina da Fé da CNBB, presidida por Dom Pedro Carlos Cipollini, Bispo de Santo André (SP).

O estudo nasceu porque a referida Comissão – “instada a tratar deste tema polêmico qual seja a ação do maligno, a possessão diabólica, os exorcismos e as orações de cura e libertação” – quis entregar ao público um documento “que, apesar da sua brevidade, pode ajudar a iluminar a situação, fornecendo elementos de compreensão e ação pastoral apropriada”. Em outras palavras fundamentadas em São João Crisóstomo: não se fala do diabo por mero prazer, mas, sim, porque ao tratar dele se tem a ocasião de expor uma doutrina útil a todo o Povo de Deus (cf. Apresentação, p. 10).

Quem, com certo preparo eclesial, percorre as páginas do livro sente alegria por ver nele um material breve, conciso e firmemente alicerçado na doutrina e disciplina da Igreja (cf. p. 15) que afirma a existência do demônio e, por conseguinte, sua ação no mundo (cf. p. 17-41). Esta é ordinária ou comum quando o maligno tenta os seres humanos ao pecado ou extraordinária nos casos de possessão diabólica aos quais a Igreja, aplica, pelo poder que Cristo lhe deu (cf. p. 29-31, 39 e 41), de modo muito sábio e prudente, o exorcismo, segundo um Ritual por ela mesma aprovado.

“Exorcizar quer dizer expulsar um demônio, conjurando-o em nome de Deus” (p. 43). O exorcismo consta da forma deprecativa e imperativa: na primeira, pede-se ao Senhor que afaste de nós todo mal, personificado ou não (“exorcismo menor”), na segunda, dão-se ordens diretas ao demônio (“exorcismo maior”).

Tem-se para o exorcismo maior ou solene um Ritual próprio publicado pela Santa Sé, em 1998, e dado a lume no Brasil pela Paulus Editora, em 2005. Seu conteúdo consta de uma Introdução, do Rito de exorcismo em si e de um Apêndice com orações a serem usadas por todos fiéis a fim de se libertarem do poder das trevas (cf. p. 43-45).

Duas normas gerais se fazem importantes: 1) os padres exorcistas devem ser nomeados pelo Ordinário local, via de regra, o Bispo diocesano ou quem lhe faz a vez, conforme o cânon 1172 do Código de Direito Canônico. No entanto, “o exorcista não é alguém que vive para expulsar demônios, pois a sua missão é proclamar o Evangelho, catequizar e, sempre que necessário, impor as mãos sobre os enfermos ou rezar pelos possuídos” (p. 49); quanto aos leigos, não é lícito dirigir orações para obter a expulsão do demônio, nem interpelá-lo a deixar o possesso, de acordo com a Instrução sobre o Exorcismo, da Congregação para a Doutrina da Fé, de 1985 (cf. p. 50-51). 

domingo, 4 de junho de 2017

O diabo é uma figura simbólica? Exorcista de Pádua responde ao Superior Geral dos Jesuítas.


O sacerdote italiano Sante Babolin, conhecido como o “exorcista de Pádua”, respondeu às declarações do Pe. Arturo Sosa, Superior Geral da Companhia de Jesus, e recordou que a doutrina da Igreja ensina que “o mal não é uma abstração” e o diabo, Satanás, existe.

Em uma recente entrevista ao jornal espanhol ‘El Mundo’, o Pe. Arturo Sosa assinalou que “fizemos figuras simbólicas, como o diabo, para expressar o mal”.

“Os condicionamentos sociais também representam essa figura, pois algumas pessoas agem assim porque estão em um ambiente onde é muito difícil fazer o contrário”, acrescentou o Superior Geral dos Jesuítas.

Em declarações ao Grupo ACI em 2 de junho, o Pe. Babolin, recordou que no IV Concílio Ecumênico Lateranense, em 1215, declararam que os cristãos “firmemente cremos e simplesmente confessamos” que Deus criou “do nada uma e outra criatura, espiritual e corporal, ou seja, a angelical e a mundana, e depois a humana”.

“O diabo e os outros demônios”, continua o texto conciliar citado por Pe. Babolin, “por Deus, certamente foram criados bons por natureza; mas eles, por si mesmos se converteram em maus”.

O exorcista de Pádua também recordou dois discursos de Paulo VI em 1972, nos quais, “provavelmente para reafirmar uma verdade de fé, em um contexto de interpretações pouco claras do magistério conciliar”, propõe novamente “aos fiéis, que tendem a duvidar da existência de Satanás, o tema da sua presença e ação”.

Um Bispo escreve aos jovens de Manchester: "Pobres filhos da sociedade que não reconhece o Mal".


Caríssimos filhos – sinto-me inclinado a chamar-vos assim, ainda que não vos conheça, pois 
nas longas horas de insônia depois de saber deste terrível atentado em que muitos de vós perderam a vida e muitos outros ficaram feridos, senti-me ligado a vós de uma maneira especial.

Viestes a este mundo - muitas vezes sem ser sequer desejados - e ninguém vos deu as “razões adequadas para viver”, como nos dizia o grande Bernanos à sua geração de adultos. Puseram-vos na sociedade dando-vos dois grandes princípios: que podem fazer aquilo que quiserem porque todo o vosso desejo é um direito e que é importante ter o maior número de bens de consumo.
  
Crescestes assim, assumindo como óbvio que tínheis tudo, e quando tínheis algum problema existencial – antes dizia-se assim – e o dizíeis aos vossos pais - aos vossos adultos – estava já pronta a sessão de psicanálise para resolver esse problema. Eles esqueceram-se só de dizer-vos que existe o Mal. E o Mal é uma pessoa, não é uma série de forças ou de energias. É uma pessoa. Esta pessoa escondeu-se ali, durante o vosso concerto, e a asa terrível da morte, que traz consigo, apanhou-vos.
  
Meus filhos, vós morrestes assim, quase sem razões, da mesma maneira que vivestes. Não vos preocupeis, não vos ajudaram a viver mas far-vos-ão um “óptimo” funeral, no qual se exprimirá ao máximo este pacote retórico laicista e onde estarão todas as autoridades presentes – infelizmente também as religiosas – de pé, silenciosas. É claro que os vossos funerais serão ao ar livre, também para os crentes, porque agora o único templo é a natureza.

Robespierre com certeza que iria rir, porque nem ele chegou a fantasiar isto. Aliás, nas igrejas já não se fazem mais funerais porque, como diz nos dias de hoje o Cardeal Sarah, nas igrejas católicas já se celebram os funerais de Deus. Não se esquecerão de colocar os vossos peluches, as vossas memórias de infância e dos primeiros anos da vossa juventude. Depois, tudo acabará com a retórica de quem não tem nada a dizer perante as tragédias, porque nada tem a dizer sobre a vida.

Papa convoca «mês extraordinário de oração e reflexão sobre a missão» para outubro de 2019


O Papa Francisco encontrou-se no sábado (03) com os participantes da Assembleia das Obras Missionárias Pontifícias e convocou um “mês extraordinário de oração e reflexão sobre a missão”, em outubro de 2019.

“Espero que o mês de outubro de 2019 seja um momento propício, para que a oração, o testemunho de tantos santos e mártires da missão, a reflexão bíblica e teológica, a catequese e a caridade missionária possam contribuir para evangelizar, antes de tudo, a Igreja”, disse o Papa.

No discurso aos delegados das Obras Missionárias Pontifícias, Francisco referiu que o “mês extraordinário de oração e reflexão sobre a missão” deve ser uma oportunidade para que “o ardor do primeiro amor pelo Senhor crucificado e ressuscitado possa evangelizar o mundo com credibilidade e eficácia evangélica”.

O Papa disse que vai pedir a toda a Igreja para dedicar o mês de outubro de 2019 à reflexão sobre a missão “ad gentes”, aos ambientes que esperam a “primeira evangelização” e espera que esta iniciativa, promovida no ano centenário da Carta Apostólica Maximum illud, do Papa Bento XV, contribua “para uma maior renovação da fé eclesial”.

Guarda tua espada na bainha

Não serão as guerras e o derramamento de sangue que trarão a paz que todos desejam.

A relação com o transcende sempre esteve presente no horizonte humano, de modo que podemos afirmar que o ser humano é um ser religioso. Por “ser religioso” não se está asserindo que toda pessoa assumirá para si uma religião e frequentará seus ritos e aderirá seus símbolos e dogmas. O que afirmamos é que relacionar-se com o transcendente é próprio do ser humano; essa relação dá-se no intuito de justificar sua própria existência. Por isso, “desde sempre, para entender a si mesmo, o ser humano foi bater à porta dos deuses”¹. Na busca para obter uma maior compreensão de si, o ser humano procura desvendar os enigmas da sua humanidade, a fim de que o vazio existencial, por causa do sem sentido da vida, não o assalte.

Precisamente, o sem sentido da vida é que faz emergir a filosófica pergunta “porque o ser e não o nada?”. É da contemplação da tragédia encenada entre a vida e a morte que a religião floresce como religamento do sentido da existência pessoal e do mundo na órbita do transcendente, sagrado. Nessa esteira, a religiosidade é um componente essencialmente humano, porquanto ela justifica, ou empenha-se em justificar, as fronteiras da vida e da morte. E é essa justificação existencial religiosa que a religião oferece a partir do conjunto de verdades cridas pelos sujeitos que dela participam. E é por ser algo intrínseco que movimenta o sistema de crenças existenciais das pessoas, que a religião, ou o exercício religioso, pode acorrer ao fundamentalismo. O fundamentalismo, por sua vez, é a radicalização das verdades cridas, pelos sujeitos crentes. Essas verdades cridas, quando absolutizadas, são impostas universalmente a outros sujeitos não crentes e isso é o que corrobora a inclinação da religião para a violência.

O cristianismo afirma que Deus, ele mesmo, procurou o ser humano para relacionar-se com ele na amizade. Não foi o ser humano que saiu ao encontro de Deus, mas Ele mesmo saiu ao encontro do ser humano para prová-lo na gratuidade e na liberdade. Por isso, a máxima cristã é que Deus revelou-se e fez-se conhecer à humanidade. A iniciativa da revelação é de Deus, de modo que ele não é alguém que revela-se porque foi-lhe pedido, ou porque ele foi procurado “nas alturas”, mas porque aprouve fazê-lo livremente e por primeiro. Nesse sentido, a fé em Deus que se revela é mais resposta que procura, é resposta à interpelação do Deus que se mostra como fonte de sentido da existência de todas as coisas.

Destarte, Deus revela-se em Jesus. Ele é o acontecimento pleno da revelação divina no mundo e na história dos homens e mulheres. A vida de Jesus é a manifestação do sentido último da existência humana. Precisamente, a sua Páscoa revela que o ser humano, criado na gratuidade e liberdade, é predestinado à amizade de Deus que é eterna. Logicamente, essa predestinação não se qualifica num destino isento do desejo máximo de tomada de decisões diante da vida que se apresenta. O ser humano é predestinado à amizade de Deus porque essa é a oferenda de Deus à humanidade ao revelar a sua glória assumindo a fragilidade humana na encarnação da Palavra divina. Por isso, Jesus, que passou fazendo o bem entre as multidões, é o amigo de todos os que tiveram sua dignidade furtada, seja pelas mazelas dos sistemas sociais, ou pela imposição da legislação religiosa que mais oprimia que libertava.

Desse modo, Jesus estava inserido numa sociedade radicada na violência que não estava circunscrita ao físico, mas, também, ao ético, ao moral, ao simbólico, ao psicológico. A força da lei mosaica, num sistema social em que a religião judaica justificava todas as relações sociais, violentava a muitos. Não é sem razões que os Evangelhos narram a respeito de apedrejamentos de mulheres encontradas em adultério, da exclusão vexatória dos que possuíam alguma deficiência, dos que eram considerados pecadores, etc. Aos que esperavam uma resposta violenta de Jesus, ele não só se aproximava dessas vítimas, como também as acolhia com amizade inaugurando para elas o Reino de Justiça e Paz. Tudo isso corroborava o que os profetas anunciaram a respeito do Messias de Israel, de que ele é o Príncipe da paz que reconcilia tudo e todos.

Mesmo os discípulos e discípulas de Jesus não compreendiam muito bem as relações que deveriam ser construídas entre eles e entre eles e os que não faziam parte do grupo de Jesus. Os discípulos encaravam algumas pessoas como sendo um problema para a missão do Mestre, a respeito dessa suspeita dos discípulos ele ensinava que mesmo os diferentes de nós estão a nosso favor, porque não são contra nós. Não há razões para “provocar” e “criar” inimigos, pois o que se exige é que se viva em paz uns com os outros (cf. Mc 9, 40.50). De modo que o mandamento “amarás o teu próximo e odiarás o teu inimigo!” é rechaçado por Jesus sob a lógica do amor que não encontra resistências: “Amai os vossos inimigos e orai por aqueles que vos perseguem”. É precisamente o amor que não se restringe aos amigos, mas que é dedicado, inclusive, aos inimigos que faz dos seguidores e seguidoras de Jesus os filhos do Pai que está nos céus. (cf. Mt 5,43-45). 

São Crispim de Viterbo


São Crispim nasceu em Viterbo de uma humilde família, a 13 de Novembro de 1668. Recebeu no batismo o nome de Pedro Fioretti. Eram seus pais Ubaldo e Márcia que lhe deram uma profunda e cuidadosa educação cristã. Frequentou os primeiros anos da escola. Apesar da sua frágil constituição física, logo se começou a impor penitências voluntárias. O seu primeiro trabalho foi o de aprendiz de sapateiro.

Desejoso de levar uma vida austera e de se consagrar a Deus, a 22 de Julho de 1693, foi admitido no noviciado dos Capuchinhos em Palanzana, junto à sua terra natal. Feita a profissão religiosa, logo a seguir, foi destinado ao Convento de Tolfa, como ajudante de cozinha.

A sua personalidade de asceta, o seu estilo de cantor do bom Deus e de Nossa Senhora, bem depressa mostraram aquilo que iria ser. Amante da pobreza, dotado de espírito generoso e sensível às manifestações da alegria, cheio de caridade e de atenções fraternas para com os pecadores, os pobres, os encarcerados e as crianças abandonadas, sabia tornar-se útil e agradável nos mais variados ofícios. Era, ao mesmo tempo, encarregado do quintal, enfermeiro, cozinheiro e ainda ia pedir esmola de porta em porta.

Jovial por temperamento e por coerência com o ideal franciscano, sabia fazer amar a virtude e consolar os que sofriam. Com simplicidade edificante, entoava canções, compunha e recitava poesias. Levantava pequeninos altares a Nossa Senhora, sua Mãe e Senhora dulcíssima. A um seu irmão que lhe chamava a atenção por este seu modo de ser e de se comportar como inconveniente para o estado religioso, ele respondia: Eu sou o arauto do grande Rei. Deixai-me cantar como São Francisco. Estes cantos farão bem ao espírito de quem me ouve. Sempre, é claro, com a ajuda de Deus e da sua grande Mãe.

A sua confiança sem limites na Divina Providência e a sua união com Deus foram muitas vezes premiadas com milagres e carismas. Era procurado por prelados, nobres e sábios que lhe pediam conselhos, porém, nunca mudou a sua atitude simples e modesta.

Durante 40 anos pediu esmola, de porta em porta, em Orvieto e arredores, procurando os meios necessários de subsistência para a sua comunidade e para os necessitados da “grande família de Orvieto”. Neste trabalho praticou obras notáveis no campo da assistência e no campo religioso, sobretudo com os doentes, os encarcerados, as mães solteiras, as famílias pobres, as pessoas desesperadas. Homem de paz, no meio dos seus irmãos, no seio das famílias, entre os cidadãos, entre o povo e a autoridade civil ou religiosa e, tudo isto, sempre com uma santa alegria.

Devotíssimo do Santíssimo Sacramento e de Nossa Senhora, foi cumulado de sabedoria celeste que o levava a ser consultado, como se disse, por homens da cultura.

Desgastado pelo trabalho e pelas penitências, passou os últimos anos da sua vida em Roma, no Convento da Imaculada Conceição, na rua Vittorio Veneto.

O Cardeal Trémouille, embaixador do rei de França, encontrando-se gravemente doente, pediu que lhe chamassem o nosso santo que o curou com a sua oração. De outra vez, quando o Papa Clemente XIV tomava parte na eucaristia da igreja dos Capuchinhos, um dos seus camareiros foi acometido de dores gravíssimas. Era frequente suceder-lhe este fenômeno. Médico algum conseguia descobrir a cura para o seu mal. São Crispim levou-o diante do altar de Nossa Senhora e a cura foi instantânea. No dia 19 de maio de 1750, com 82 anos de idade, entrega santamente sua alma ao Pai.



São Crispim afasta de nós a tentação das coisas caducas e insuficientes ensina-nos a compreender o verdadeiro valor da nossa peregrinação terrena. Infunde-nos a necessária coragem para cumprir sempre entre alegrias e dores entre fadigas e esperanças a vontade do Altíssimo Amém! Santo Crispim de Viterbo intercede pela Igreja e pela humanidade inteira necessitada de amor de justiça e de paz. Amém!

sábado, 3 de junho de 2017

Chile: Anarquistas lançam coquetel molotov contra Igreja do Precioso Sangue


No sábado, 27 de maio, um grupo que se autodefine como anarquista, percorreu as ruas do centro de Santiago (Chile) e atacou com bombas de coquetel molotov uma igreja católica e o convento da mesma propriedade.

Por volta das 21h, um grupo de aproximadamente 100 pessoas, a maioria deles encapuzados, se reuniu para comemorar a morte de Mauricio Morales, um anarquista que em 2009 carregava uma mochila com um artefato incendiário que explodiu sobre si mesmo.

Após o encontro, o grupo se dirigiu a pé com bengalas nas mãos por diferentes ruas do bairro Brasil, um dos lugares emblemáticos de Santiago, onde há diversos restaurantes e pubs.

Enquanto percorriam as ruas, jogaram panfletos anarquistas, picharam as paredes dos imóveis, apedrejaram restaurantes e veículos; e lançaram bombas de coquetel motolov.

Além dos danos a um quartel do corpo de bombeiros, a uma farmácia, às dependências da Policia de Investigações e à propriedade privada, a Igreja do Preciosíssimo Sangue e o convento foram pichados e incendiados.

O templo do Preciosíssimo Sangue foi atingido por pelo menos duas bombas na fachada. A congregação que vive neste local teve seus dois salões queimados. A Irmã Loreto Fuentes explicou que só perceberam quando viram que havia muita luz em um dos salões.

“Era uma luz muito forte. Quando chegamos ao local, a janela estava pegando fogo”, disse a Irmã Fuentes ao jornal ‘Las Ultimas Noticias’.

“São jovens que não têm consciência. Jovens que são contra o governo, a sociedade e contra tudo”, explicou a religiosa a ‘Chilevisión Noticias’.

O grupo de anarquistas causou pânico entre pedestres, comensais e também motoristas. Muitos se refugiaram para evitar este ataque.

Depois que os delinquentes conseguiram atacar pelo menos quatro quadras se dispersaram com a chegada da policia. Ninguém foi preso até agora.

Bispo atacado pelo lobby gay: "Não deixarei de ensinar a doutrina católica".


O Bispo de Solsona, na Espanha, Dom Xavier Novell, vítima de insultos e protestos do lobby gay, assegurou que continuará “apresentando sem medo a visão cristã da pessoa”.

Em uma nota publicada no site da Diocese de Solsona, Dom Novell disse: “Não vejo nada a corrigir nem me amedrontaram as ameaças políticas”.

O Prelado espanhol sofreu um violento protesto do grupo LGTBI (lésbicas, gays, transexuais, bissexuais e intersexuais) ao sair da paróquia de Santa Maria del Alba, em 28 de maio. O Bispo teve que sair do templo escoltado pela polícia, devido à agressividade dos manifestantes.

Assim o lobby gay respondia a um fragmento da mensagem do dia 21 de maio de Dom Novell, na qual o Bispo se perguntava “se o fenômeno crescente da confusão na orientação sexual de muitos adolescentes não se deve ao fato de que na cultura ocidental a figura do pai estaria simbolicamente ausente, desviada, desvanecida, inclusive a masculinidade estaria questionada”.

Dom Novell também recebeu críticas de ativistas e políticos partidários da ideologia de gênero.

A prefeitura de Solsona publicou no Twiter uma mensagem expressando o seu “rechaço às infelizes manifestações do Bispo Xavier Novell”, reafirmou o seu “total apoio às famílias monoparentais e ao grupo LGTBI” e lamentou que “Solsona seja associada a tal opinião retrógrada”.

Em seu recente comunicado, Dom Novell expressou a sua inquietude de consciência “se alguém se sentiu ferido ou culpado pelas minhas palavras e pela insistência de alguns a considerar o meu silêncio prejudicial para a convivência social e para a Igreja”.

“Não pretendia ofender ninguém”, assegurou, mas pediu “desculpas aos pais e mães que ficaram magoados. Recebi telefonemas e cartas de alguns e lamento por que se sentiram julgados pela minha pergunta”.

“Do mesmo modo, agradeceu as pessoas que entenderam de maneira correta que eu não vinculava exclusivamente nem diretamente a homossexualidade e a ausência da figura paterna”, assinalou.