quarta-feira, 19 de julho de 2017

Chile: Vândalos atacam capela da Medalha Milagrosa


Na madrugada do dia 14 de julho, um grupo de vândalos tentou incendiar a Capela da Medalha Milagrosa, Monumento Nacional do Chile, localizado na Região do Valparaíso.

Segundo testemunhas, 12 sujeitos, na maioria jovens, ingressaram no templo localizado ao lado do Hospital Carlos Van Buren, com uma clara intenção de incendiar o local.

Jogaram combustível no portão e no átrio do templo, quebraram os vidros e jogaram tinta vermelha na imagem da Virgem Maria, localizada na entrada da capela.

Também marcaram a fachada com cruzes invertidas e pentagramas (estrela de 5 pontos) invertidos.

Graças ao aviso que os funcionários do centro de saúde deram à polícia e de terem jogado água nos atacantes, os sujeitos desistiram e fugiram do local.

Enquanto fugiam, lançaram garrafas com produtos inflamáveis.

Homilética: 18º Domingo do Tempo Comum - Ano A: "Deus quer saciar a nossa fome e a nossa sede".


A Palavra de Deus, em Mt 14, 13 – 21, mostra-nos Jesus, ao desembarcar num lugar deserto, viu-se rodeado de uma grande multidão que O procurava. Jesus “encheu-se de compaixão por eles e curou os que estavam doentes” (Mt 14, 14). Curou-os por própria iniciativa, porque, levar os doentes para aquele lugar isolado, deserto, era já uma bela oração e uma forte expressão de fé.

Os Apóstolos ficam preocupados com a multidão que não tem o que comer naquela região desértica e manifestam essa preocupação a Jesus. Eram cinco mil homens, sem contar as mulheres e as crianças; para comer tinham apenas cinco pães e dois peixes.

Cinco mil homens! Cinco mil homens! E Jesus tem a audácia de pronunciar aos seus discípulos as seguintes palavras: “Dai-lhe vós mesmo de comer”. Não eram “caritas”, nem uma ONG, tampouco eram os vicentinos, muito menos uma filantropia organizada. Eram somente doze homens que seguiam a Jesus e que compartiam aquilo que conseguiam entre todos. Como alimentar a cinco mil, isso sem contar as mulheres e as crianças? Gente demais!

Grande desafio à fé pessoal daqueles homens! Trata-se de um dos impossíveis de Deus, não porque seja impossível para Deus, mas porque nós os vemos como coisas que superam as nossas capacidades. O mesmo se diga se o Senhor nos ordenasse a transladar montanhas, a andar sobre as águas, a expulsar legiões de demônios, a ressuscitar mortos.

Essas coisas são verdadeiramente grandes aos nossos olhos. Mas também é verdade que com certa frequência nos sentimos desafiados por coisas bem menores. Quando Deus nos pede que façamos todos os dias um momento de oração na mesma hora, quando nos mostra que deveríamos fazer alguma penitência ou mortificação, quando insinua que devemos ir ao encontro de alguém e falar-lhe claramente que isso ou aquilo não está bem e que deveria mudar tal conduta, quando nos anima a convidar a um amigo a participar de alguma atividade na paróquia, quando… Esses são desafios que às vezes podem custar muito, ainda que sejam pequenos e possíveis aos nossos olhos. Há outros ainda: despertar-se na hora certa todos os dias, ler a Bíblia diariamente (ainda que sejam somente 5 minutinhos), ir a Missa todos os domingos e festas (sem faltar). Há outros? Poderíamos continuar enumerando-os, mas já é suficiente.

Em toda essa epopeia cotidiana o mais importante é que percebamos duas coisas: 1ª) é Jesus quem nos pede, 2ª) podemos oferecer com simplicidade aquilo que temos, ainda que sejam tão somente cinco pães e dois peixes.

Quando Jesus nos pede algo é preciso confiar que ele nos dará todas as graças, todo o auxílio e a força necessária para levarmos a bom termo aquilo que ele nos pede. Com outras palavras: se Deus nos pede alguma coisa é porque é a sua vontade e, portanto, o primeiro interessado em que isso aconteça é o mesmo Deus. Confiemos! Saber que estamos procurando fazer a vontade de Deus em cada momento deve encher-nos de paz e tranquilidade. Conta-se de Santa Bakhita, aquela escrava no Sudão que se tornou religiosa, que ao receber a visita de um Prelado, este lhe perguntou: “e o que a senhora faz, irmã?” Respondeu-lhe ela: “o mesmo que vós, excelência.” O bispo, intrigado, perguntou; “o mesmo que eu?”. A religiosa respondeu: “sim, o mesmo que vós: cumprir a vontade de Deus.” Não importa onde estejamos, aí mesmo, nesse lugar concreto, Deus pede que façamos a sua vontade com uma confiança total nele.

Mais concretamente, podemos e devemos colocar à disposição dos projetos de Deus para este mundo os cinco pães e dois peixes que temos, a começar pelos nossos cinco sentidos funcionando sob o impulso das faculdades superiores: inteligência e vontade. A visão, o tato, o paladar, a audição e o olfato (cinco pães) quando governados e auxiliados pela inteligência e a vontade (dois peixes) são “matéria” para que Deus realize verdadeiras obras da graça, algumas das quais só saberemos na eternidade. O importante é andar pelo mundo fazendo o bem. Fazendo o que está da nossa parte nem nos preocuparemos muito pelas estadísticas, teremos como único empenho realizar aquilo que Deus nos pede a cada momento.

Depois de mandar que se sentassem na relva, Jesus, tomando os cinco pães e os dois peixes, levantando os olhos ao Céu, pronunciou a bênção e, partindo os pães os deu aos discípulos e os discípulos às multidões. Todos comeram até ficarem saciados. O Senhor cuida dos seus, dos que O seguem! Então, Jesus realiza um gesto que faz pensar no Sacramento da Eucaristia: “Elevando os olhos ao Céu, abençoou-os. Partindo em seguida os pães, deu-os aos seus discípulos, que os distribuíram ao povo” ( Mt 14,19 ). O milagre consiste na partilha fraterna de poucos pães que, confiados ao poder de Deus, não só são suficientes para todos, mas chegam a sobrar, a ponto de encher doze cestos. O Senhor pede aos discípulos que distribuam o pão à multidão; deste modo, orienta-os e prepara-os para a futura missão apostólica: com efeito, deverão levar a todos a alimentação da Palavra de Vida e do Sacramento.

O relato do Milagre começa com as mesmas palavras e descreve os mesmos gestos com que os Evangelhos e São Paulo nos transmitem a instituição da Eucaristia (Mt 26, 26; Mc 14, 22; Lc 22, 19; 1Cor 11, 25). Esse milagre, além de ser uma manifestação da misericórdia divina de Jesus para com os necessitados, era figura da Sagrada Eucaristia, da qual o Senhor falaria pouco depois, na sinagoga de Cafarnaum (Jo 6, 26 – 59). Assim o interpretaram muitos padres da Igreja. Cristo está atento às necessidades materiais, mas deseja dar ulteriormente, porque o homem tem sempre “fome de algo mais, precisa de algo mais. No Pão de Cristo está presente o Amor de Deus; no encontro com Ele, nós alimentamo-nos, por assim dizer, do próprio Deus vivo, e comemos verdadeiramente do Pão do Céu” ( Joseph Ratzinger, Jesus de Nazaré, 2007 ).

O milagre daquela tarde junto do lago manifestou o poder e o amor de Jesus pelos homens. Poder e amor que hão de possibilitar também, ao longo da história, que o Corpo de Cristo seja encontrado, sob as espécies sacramentais, pelas multidões dos fiéis que O procurarão famintas e necessitadas de consolo. Como diz São Tomás de Aquino: “… tomam-no um, tomam-no mil, tomam-no este ou aquele, mas não se esgota quando O tomam…”.


Ver cristãmente, dar-nos conta de que o mundo necessita dessa visão que nós podemos oferecer – visão cristã das coisas – e oferecê-la através dos distintos meios é fazer a vontade a Deus. Viver a temperança, a sobriedade, aprender a saborear as coisas de Deus são realidades que manifestam que o tato e o paladar estão postos ao serviço do Reino de Deus. A nossa vida elegantemente sóbria dará uma imagem cada vez mais perfeita do que significa ser “uma pessoa que faz a vontade de Deus”. O bom gosto, o ouvido afinado, a percepção tanto daquilo que cheira bem espiritualmente quanto daquilo que fede expressarão que conservamos em bom estado tanto a audição quanto o olfato. Acreditemos: temos muito que contribuir para que aconteçam verdadeiros prodígios. Basta que ponhamos todo o nosso entendimento, o nosso engenho e as melhores energias da nossa vontade em encontrar as melhores maneiras de fazer aquilo que rezamos no Pai-nosso: “seja feita a vossa vontade”.

São Símaco


Neste dia, celebramos um santo Papa que enfrentou um período da história em que a Igreja sofria com pressões internas e externas.

Nasceu na Ilha da Sardenha no século V. Pertenceu ao clero romano e foi eleito Papa em 498. No tempo de Símaco, a Igreja era duramente atingida por perseguições.

Muitas famílias tradicionais de Roma, bem como o Senado, buscavam de todas as formas influenciar a ação da Igreja, trazendo assim muitos prejuízos; isto perdurou por um tempo até levantar-se Símaco. O santo Papa combateu e venceu estes “invasores”, recuperando assim a total liberdade da Igreja, na sua organização e disciplina.

Com a queda do império romano e a invasão dos vândalos, godos, visigodos e longobardos, que começavam a dominar o Ocidente, São Símaco, na ousadia, entrou nas intrigas sociais e políticas, para assim tomar partido da paz e da harmonia e não de algum dos lados. Na função eficiente de pai comum, suscitou a inveja do imperador do Oriente que começou a perseguir os cristãos; em resposta a esta atitude corrigiu Símaco: “Lança um olhar, o Imperador, a tantos príncipes que perseguiram a Igreja e vê como todos eles tiveram triste fim, ao passo que a Igreja perseguida continua com tanto mais glória, quanto mais violenta lhe foi a perseguição”.

Símaco era conciliador, homem de justiça e sinal de paz.

Em 514 ele partiu para a glória celeste e intercede por nós, para que nos tempos de hoje, por amor a Cristo e à Igreja, sejamos promotores da paz.



Ó grande Papa São Símaco, vós que conseguiste promover a paz em vossos dias, fazei com que eu seja um agente promotor da paz! Vede as aflições, angústias e dores que trespassam minha alma, e vede como se faz por tão pouco, a guerra em nossos dias. Fazei, ó grande santo, que possamos sempre promover a paz e receber as graças que por vossa intercessão pedirmos a Deus pai. Amém!


São Símaco, rogai por nós!

terça-feira, 18 de julho de 2017

Pureza na Lama


A virtude da pureza está se tornando uma pérola rara e esquecida, em meio a essa onda de devassidão que assola o mundo de hoje. Por isso vale a pena recordar a vida da Santa cuja memória Igreja celebra amanhã, Santa Maria Goretti, mártir da pureza.

Santa Maria Goretti, denominada a Santa Inês do século XX, foi assassinada em 6 de julho de 1902, com cerca de 12 anos de idade, porque preferiu morrer a ofender a Deus, pecando contra a castidade, como a queria forçar seu assassino. Ela era uma menina de família católica, de boa formação. Tive a graça de visitar, por duas vezes, o local do seu martírio.

Dela disse o Papa Pio XII: “Santa Maria Goretti pertence para sempre ao exército das virgens e não quis perder, por nenhum preço, a dignidade e a inviolabilidade do seu corpo. E isso não porque lhe atribuísse um valor supremo, senão porque, como templo da alma, é também templo do Espírito Santo. Ela é um fruto maduro do lar cristão, onde se reza, onde se educam os filhos no temor de Deus e na obediência aos pais. Que o nosso debilitado mundo aprenda a honrar e a imitar a invencível fortaleza desta jovem virgem”.

Seu assassino, Alessandro Serenelli, então com 20 anos, passou 30 anos na prisão e, graças às orações e ao perdão da santa, arrependeu-se e se converteu, morrendo santamente aos 89 anos num convento dos padres capuchinhos em 6 de maio de 1956.

Ele escreveu o livro “O Punhal de tantos remorsos”, onde diz: “Aos 20 anos, cometi um crime passional, de que agora tenho horror só em recordá-lo. Maria Goretti, agora santa, foi o anjo bom que a Providência colocou no meu caminho para me salvar. Peço perdão ao mundo pelo ultraje feito à mártir Maria Goretti e à pureza. Exorto a todos a se manterem afastados dos espetáculos imorais, dos perigos e das ocasiões que podem conduzir ao pecado. Eu gostaria que os que lessem esta carta (seu testamento) aprendessem a fugir do mal e a fazer sempre o bem. Pensassem desde crianças que a religião, com seus preceitos, não é algo de que se possa prescindir, senão o verdadeiro alento, o único caminho seguro em todas as circunstâncias da vida, até as mais dolorosas”.

São Francisco Solano


Apóstolo do Novo Mundo, Francisco nasceu em Montilla (Córdoba, Espanha)  a 10 de março de  1549, terceiro filho de  Mateus Sánchez Solano e de Ana Jiménez, família abastada e de nobre ascendência. Fez seus estudos em  Córdoba, junto dos jesuítas onde mostrou ser pessoa dotada de viva inteligência, dada à contemplação e à caridade.  Antes de concluir os estudos de medicina, que havia iniciado com brilhantismo, pediu para ingressar na Ordem dos Frades Menores da Província de Granada.  Em 1569, vestiu o hábito dos frades e, no ano seguinte, emitiu a profissão religiosa.

Sempre muito austero, paciente, humilde  e perfeito na observância da Regra, continuou os estudos de filosofia e teologia no Convento de Santa Maria de Loreto, em Sevilha, morando em minúsculo canto do coro. Celebrou sua primeira missa a 4 de  outubro de 1576. Em 1581 foi nomeado mestre de noviços do convento de Arruzafa (Córdoba), ofício que continuou a desempenhar no Convento de São Francisco do  Monte da Serra Morena para onde foi transferido em 1583 e onde exerceu depois as funções de guardião e de pregador. Em todas as partes, acompanhava-o a fama de santidade e de taumaturgo devido aos milagres que realizava. Quando ocorreu o alastramento da peste bubônica na vizinha cidade de Montoro, voluntariamente se ofereceu para cuidados dos empestados. Transferido em 1587 para o convento de São Luís da Zubia, perto de Granada, foi  eloquente e estimadíssimo pregador popular e apóstolo entre os  doentes e presidiários em todo o território circunvizinho.

Uma vez abandonada a ideia de  se dirigir aos países muçulmanos para morrer mártir querendo assim fugir da veneração do povo, pediu para fazer parte da expedição missionária destinada à América. No dia 28 de  fevereiro de 1589, partiu no navio Sanlucar de Barrameda com outros onze confrades  conduzidos pelo padre  Baltazar Navarro, custódio de Tucuman,  e chegou a Cartagena, na Colômbia,  em maio do mesmo ano. Daí continuou até Nome de Deus, no Panamá, que atravessou a pé até atingir as margens do Pacífico.

Quando se dirigia ao Peru, o galeão em que viajava com o grupo, afundou perto da ilha de Górgona em frente à Colômbia. Francisco se considerou pastor desta comunidade de desesperados, entre as quais, muitos escravos. Depois de dois meses de sofrimento foram recolhidos em outra embarcação e  levados até um porto ao norte do Peru. O santo frade continuou a viagem a pé até a cidade de Lima. Foi, então, designado imediatamente missionário na longínqua Tucuman, ao norte da Argentina. Para lá chegar deveria fazer a cansativa viagem de  três mil quilômetros através dos Andes a pé ou sobre o lombo de um pobre animal.

Tendo chegado a Tucuman em novembro de 1590  foi lhe dada a incumbência da  Custódia Franciscana de  São Jorge, fundada em 1565, com a finalidade de ocupar-se das missões.  Vencendo não poucas dificuldades de língua, fundou a missão ou redução de Socotonio e Madalena, das quais foi pároco missionário,  exercendo  ministério junto a indígenas Diaguitas, dos quais se tornou evangelizador, civilizador, pacificador e defensor,  tendo sido muitas vezes agraciado com  dom das línguas. Entre todas as suas grandezas conta-se a da pacificação desta população rebelde na quinta-feira santa de 1591. São atribuídos a Francisco duzentas mil conversões e batizados de infiéis. Em 1592 estendeu seu apostolado aos brancos e “crioulos”.

Em 1595 foi chamado pela obediência a dirigir-se ao Peru onde foi nomeado  guardião do convento de recoleção  de Santa Maia dos Anjos em Lima, cargo  que renunciou considerando-se  sem capacidade e sem méritos para o exercício. Em 1602 foi transferido para Trujillo, onde exerceu a função de guardião. Pregador enérgico e inspirado  ficou célebre com o fato de ter profetizado em 12 de novembro de 1603  a destruição da cidade, que aconteceu em 14 de fevereiro  de 1619. Tendo voltado a Lima e nomeado ainda uma vez guardião, no dia 20 de dezembro de 1604 percorreu ruas e praças da cidade com um crucifixo nas mãos  provocando um tal estado de comoção que obrigou o vice-rei a intervir.  Mesmo sendo muito austero, mostrava-se alegre e costumava tocar violino para alegrar-se a si mesmo e aos confrades e também como instrumento de pastoral para aproximar-se dos índios.

Devido às suas penitências, nos últimos tempos de sua vida, viveu no convento-enfermaria  conhecido como Máximo de Jesus  ( hoje São Francisco),  em Lima.  Durante o terremoto de 1609, padre Francisco levantando-se com dificuldade queria confortar a população com sua palavra de fé.   Não conseguiu mais recuperar a saúde.  Morreu santamente em Lima a  14 de julho de 1610, enquanto, a seu pedido, os frades cantavam  o Credo. Suas últimas palavras foram:  “Glorificetur Deus”. Foi sepultado na igreja do convento.  Seu corpo foi carregado pelo arcebispo de Lima, pelo vice-rei e por outros personagens ilustres.

Foi canonizado por  Bento XIII a 27 de dezembro de 1726.



Ó Deus, por São Francisco Solano conduzistes muitos povos da América ao seio da Igreja; por suas preces e méritos, uni mais estreitamente a vós os nossos corações e, por vossa bondade, fazei chegar aos povos que não vos conhecem o temor do vosso santo Nome. Por nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, na unidade do Espírito Santo. Amém.

segunda-feira, 17 de julho de 2017

A Palavra de Deus «não é uma jaula ou uma armadilha, mas uma semente».


Papa Francisco

ANGELUS

Praça de São Pedro 
domingo, 16 de julho, 2017

Caros irmãos e irmãs, as minhas saudações!

Quando Jesus falava, utilizava uma linguagem simples e servia-se também de imagens que eram exemplos da vida quotidiana, de maneira a poder ser compreendido facilmente por todos. É por isso que as pessoas O escutavam com agrado. As pessoas apreciavam a sua mensagem que falava ao coração. Não era a linguagem complicada e difícil de compreender que utilizavam os doutores da lei do templo; essa linguagem não se compreendia bem, era cheia de rigidez e afastava as pessoas. E com esta linguagem simples, Jesus fazia compreender o mistério do Reino de Deus. Não era uma teologia complicada.

O evangelho de hoje, a parábola do semeador (cf. Mt 13, 1-23) é um exemplo desta linguagem simples. O semeador é Jesus. Notemos que através desta imagem, Jesus se apresenta como alguém que não se impõe, mas se propõe; Ele não nos atrai, conquistando-nos, mas dando-se; Ele lança a semente. Ele espalha com paciência e generosidade a sua Palavra, que não é uma jaula ou uma armadilha, mas uma semente que pode dar fruto. De que modo pode ela dar fruto? Se nós a acolhermos.

É por isso que a parábola diz respeito a todos nós: ela fala, na verdade, mais do terreno que do semeador. Jesus faz, por assim dizer, uma “radiografia espiritual” do nosso coração, que é o terreno onde cai a semente da Palavra. O nosso coração, como um terreno, pode ser bom e então a palavra dá fruto, e muito; mas também pode ser duro, impermeável. Isto acontece quando escutamos a Palavra, mas ela faz ricochete, como numa estrada. Ela não entra.

Entre o terreno bom e a estrada – que é o alcatrão – se lançarmos os grãos sobre a calçada, não se passa – há ainda dois terrenos intermediários que podemos ter em nós em níveis diversos. O primeiro é o solo pedregoso. Procuremos imaginá-lo: um terreno pedregoso é um terreno “onde não havia muita terra” (cf. v.5), por causa disso a semente germina, mas não chega a ter raízes profundas. É o coração superficial, que acolhe o Senhor, quer rezar, amar e testemunhar, mas não persevera, relaxa e nunca “levanta voo”. É um coração sem profundidade, onde as pedras da preguiça dominam sobre a boa terra, onde o amor é inconstante e passageiro. Mas aquele que acolhe o Senhor só quando lhe apetece, não dá fruto.

Orientações da CNBB sobre as hóstias sem glúten


Depois que o Papa Francisco indicou num documento datado 15 de junho, que as hóstias sem glúten são matéria “inválida” para a Eucaristia, mas permitiu que sejam usadas as que têm baixo conteúdo de glúten, a Conferência Nacional dos Bispos do Brasil divulgou suas “Orientações Pastorais sobre o acesso das pessoas celíacas à Comunhão Eucarística”.

No texto, a CNBB afirma que é importante que bispos, presbíteros, diáconos e ministros extraordinários da comunhão eucarística tenham conhecimento a respeito desta doença e tomem consciência dos cuidados que ela exige. E propõe oito orientações práticas dirigidas seja aos fiéis celíacos, seja aos celebrantes.

Eis o texto integral:


A doença celíaca é uma condição autoimune, desencadeada pelo consumo do glúten presente no trigo, na aveia, na cevada, no centeio e em todos os derivados destes cereais. Ela pode se manifestar em qualquer fase da vida, afetando todo o corpo e, se não tratada, pode trazer consequências graves para a saúde das pessoas celíacas. Há formas dessa doença em que a pessoa é afetada até mesmo pela presença de traços de glúten ou até pelo simples contato com ele. Segundo as estatísticas, a cada 400 pessoas, uma é celíaca. Isto coloca um desafio particular para a comunhão eucarística segura dessas pessoas.

A Congregação para a Doutrina da Fé deu orientações a esse respeito (cartas circulares aos presidentes das Conferências Episcopais – junho de 1995 e julho de 2003). De acordo com essas orientações, os Ordinários podem conceder aos presbíteros e aos leigos afetados pela doença celíaca a permissão de usar pão com pouca quantidade de glúten. A Congregação adverte, no entanto, que essa quantidade deve ser suficiente para a obtenção da panificação, não podendo ser acrescentada nenhuma matéria estranha à substância do pão.

Estabelece ainda que, quando o fluxo celíaco é tal que impeça a comunhão sob a espécie do pão, mesmo parcialmente desprovido de glúten, o fiel leigo pode comungar somente sob a espécie do vinho. O presbítero que se encontrar nesta condição pode comungar somente sob a espécie do vinho quando participar em uma concelebração.

É dever do Ordinário certificar-se de que o produto utilizado seja conforme a estas exigências. Esta licença pode ser dada para o período que durar a situação que motiva o pedido. Requer-se, portanto, uma organização litúrgica que inclua procedimentos adequados às necessidades das pessoas celíacas, para que elas não venham a sofrer discriminação e se sintam plenamente acolhidas e integradas na vida da Igreja.

É importante que bispos, presbíteros, diáconos e ministros extraordinários da comunhão eucarística tenham conhecimento a respeito desta doença e tomem consciência dos cuidados que ela exige. A fim de garantir a comunhão eucarística segura das pessoas celíacas é preciso atenção ainda ao risco de contaminação com traços de glúten nas partículas especiais e no vinho durante o armazenamento ou o manuseio.

Em vista da atenção e dos cuidados necessários, recomendamos que:

O mundo precisa de Santos, não de Templários de Facebook!


É assustador pensar no tamanho do buraco em que nossa sociedade se meteu. As famílias estão cada vez mais estranhas. Pais e mães (quando existem) terceirizam seus filhos com as escolas, que por sua vez, lhes ensinam a ser contra a família. Nossos jovens falam em empreendedorismo, mas crescem sonhando em depender cada vez mais do Estado. Falamos sempre em boas intenções e boas ações, mas parecem que elas apenas visam consertar o estrago que nossos valores deturpados provocam. Qual a solução para tudo isso? Aposto que muitos dirão “Guerra Cultural”, pois acho que é hora de propor uma nova guerra: a “Guerra Espiritual”. Precisamos de mais santos e menos Templários de Facebook.

É importante dizer que combater a cultura que nos vendem hoje é importante. Mas é como enxugar gelo. As coisas vão realmente mudar, quando o coração do homem (sua razão e afeição) forem tocados. E só existe realmente uma coisa que muda o coração do homem: o encontro com Cristo.

Mas qual a melhor maneira de fazer isso? Vivendo a SANTIDADE.

Já falamos isso, mas vamos repetir: a santidade não é um prêmio post-mortem para os católicos que foram bonzinhos em vida. A Santidade é um serviço URGENTE para a Igreja de Cristo! E só através dela será realmente possível mudar qualquer coisa na nossa sociedade.


Se você acessou nosso site recentemente, viu que estamos divulgando o livro “Quem sou eu para Julgar” da Editora LeYa, com textos e homilias do Papa Francisco. Lendo o livro, nos deparamos com esse belíssimo discurso:

“Não é, pois, com a clava do juízo que conseguiremos reconduzir a ovelha perdida ao redil, mas com a santidade de vida que é princípio de renovação e reforma na Igreja. A santidade nutre-se de amor e sabe suportar o peso de quem é mais frágil. Um missionário da misericórdia carrega o pecador sobre os próprios ombros e consola-o com a força da compaixão. E o pecador que o procura, a pessoa que vai até ele, encontra um pai.” - Papa Francisco em discurso aos Missionários da Misericórdia (9 de fevereiro de 2016)

É perfeito! Não é com a clava do juízo que se luta pelo coração do homem!!! É com a santidade que se mostra o rosto do Senhor!