segunda-feira, 16 de outubro de 2017

Eucaristia: É... ou representa Jesus?


A Eucaristia é "Fonte de toda a vida cristã" A palavra Eucaristia vem do grego Eucharistein que quer dizer "Dar Graças a Deus", c.f. Lc 22,19: "E tomou um pão, deu graças, partiu e distribuiu-o a eles, dizendo: ‘Isto é o meu corpo...". Este texto lembra as bênçãos judaicas que proclamam, sobretudo durante a refeição, as obras de Deus: a Criação, a Redenção e a Santificação.

É o sacrifício e Sacramento da nova lei, instituído por Nosso Senhor Jesus Cristo, no qual sob as espécies de "pão e vinho", está presente e vivo, e o fruto é recebido. Enquanto Sacrifício a Eucaristia é chamada "Missa", enquanto Sacramento é chamada "Sagrada Comunhão" ou "Santíssimo Sacramento". A Eucaristia, quer como Sacrifício quer como Sacramento, é o centro de toda a vida e de todo o culto cristão, porque leva o homem a Deus e traz Deus ao homem.

II – Anúncios da Páscoa

A Ceia Pascal no Antigo Testamento

No Antigo Testamento, a Ceia Pascal era um memorial que pelos gestos e alimentos (Cordeiro Pascal, Pão sem fermento ou pães ázimos e Ervas amargas) lembrava a libertação milagrosa do povo de Israel da escravidão do Egito e sua partida para a Terra Prometida. Em Ex 12,5-6 lê-se: "O cordeiro será macho, sem defeito e de um ano. Vós o escolhereis entre os cordeiros ou entre os cabritos, e o guardareis até o décimo quarto dia desse mês; e toda a assembléia da comunidade de Israel o imolará ao crepúsculo". (c.f. Lv 23, 4-14; Nm 28, 16-25). Comentário: "A Páscoa Judaica preparava assim a Páscoa Cristã: Cristo, Cordeiro de Deus, é imolado (cruz) e comido (ceia) no quadro da Páscoa Judaica (Semana Santa). Ele traz a salvação ao mundo, e a renovação mística deste ato de redenção torna-se o centro da Liturgia Cristã que se organiza tendo por centro a Missa, Sacrifício e Redenção" (c.f. nota ‘q’ - bíblia de Jerusalém, pág. 121). 

domingo, 15 de outubro de 2017

Papa canoniza mártires brasileiros e anuncia Sínodo dos Bispos para a região Pan-Amazônia


SANTA MISSA E CANONIZAÇÃO DOS BEATOS:
ANDRÉ DE SOVERAL, AMBRÓSIO FRANCISCO FERRO, 
MATEUS MOREIRA E 27 COMPANHEIROS LEIGOS;
CRISTÓVÃO, ANTÓNIO E JOÃO; FAUSTINO MÍGUEZ; ÂNGELOS DE ACRI

HOMILIA DO PAPA FRANCISCO

Praça São Pedro
Domingo, 15 de outubro de 2017

A parábola, que ouvimos, fala-nos do Reino de Deus comparando-o a uma festa de núpcias (Mt 22, 1-14). Protagonista é o filho do rei, o noivo, no qual facilmente se vislumbra Jesus. Na parábola, porém, nunca se fala da noiva, mas de muitos convidados, desejados e esperados: são eles que trazem o vestido nupcial. Tais convidados somos nós, todos nós, porque o Senhor deseja «celebrar as bodas» com cada um de nós. As núpcias inauguram uma comunhão total de vida: é o que Deus deseja ter com cada um de nós. Por isso o nosso relacionamento com Ele não se pode limitar ao dos devotados súbditos com o rei, ao dos servos fiéis com o patrão ou ao dos alunos diligentes com o mestre, mas é, antes de tudo, o relacionamento da noiva amada com o noivo. Por outras palavras, o Senhor deseja-nos, procura-nos e convida-nos, e não se contenta com o nosso bom cumprimento dos deveres e a observância das suas leis, mas quer uma verdadeira e própria comunhão de vida connosco, uma relação feita de diálogo, confiança e perdão.

Esta é a vida cristã, uma história de amor com Deus, na qual quem toma gratuitamente a iniciativa é o Senhor e nenhum de nós pode gloriar-se de ter a exclusividade do convite: ninguém é privilegiado relativamente aos outros, mas cada um é privilegiado diante de Deus. Deste amor gratuito, terno e privilegiado, nasce e renasce incessantemente a vida cristã. Podemos interrogar-nos se, ao menos uma vez por dia, confessamos ao Senhor o amor que Lhe temos; se, entre tantas palavras de cada dia, nos lembramos de Lhe dizer: «Amo-Vos, Senhor. Vós sois a minha vida». Com efeito, se se perde de vista o amor, a vida cristã torna-se estéril, torna-se um corpo sem alma, uma moral impossível, um conjunto de princípios e leis a respeitar sem um porquê. Ao contrário, o Deus da vida espera uma resposta de vida, o Senhor do amor espera uma resposta de amor. No livro do Apocalipse Ele, dirigindo-Se a uma das Igrejas, faz-lhe concretamente esta censura: «Abandonaste o teu primitivo amor» (2, 4). Aqui está o perigo: uma vida cristã rotineira, onde nos contentamos com a «normalidade», sem zelo nem entusiasmo e com a memória curta. Em vez disso, reavivemos a memória do primitivo amor: somos os amados, os convidados para as núpcias, e a nossa vida é um dom, sendo-nos dada em cada dia a magnífica oportunidade de responder ao convite.

Mas o Evangelho adverte-nos: o convite pode ser recusado. Muitos convidados disseram que não, porque estavam presos aos próprios interesses: «eles, sem se importarem – diz o texto –, foram um para o seu campo, outro para o seu negócio» (Mt 22, 5). Uma palavra reaparece: seu; é a chave para entender o motivo da recusa. De facto, os convidados não pensavam que as núpcias fossem tristes ou chatas, mas simplesmente «não se importaram»: viviam distraídos com os seus interesses, preferiam ter qualquer coisa em vez de se comprometer, como o amor exige. Vemos aqui como se afasta do amor, não por malvadez, mas porque se prefere o seu: as seguranças, a autoafirmação, as comodidades... Então reclinamo-nos nas poltronas dos lucros, dos prazeres, de qualquer passatempo que nos faça estar um pouco alegres. Mas deste modo envelhece-se depressa e mal, porque se envelhece dentro: quando o coração não se dilata, fecha-se, envelhece. E quando tudo fica dependente do próprio eu – daquilo com que concordo, daquilo que me serve, daquilo que pretendo –, tornamo-nos rígidos e maus, reagimos maltratando por nada, como os convidados do Evangelho que chegam ao ponto de insultar e até matar (cf. v. 6) aqueles que levaram o convite, apenas porque os incomodavam.

Assim, o Evangelho pergunta-nos de que parte estamos: da parte do próprio eu ou da parte de Deus? Pois Deus é o oposto do egoísmo, da autorreferencialidade. Como nos diz o Evangelho, perante as contínuas recusas, os fechamentos em relação aos seus convites, Ele prossegue, não adia a festa. Não se resigna, mas continua a convidar. Vendo os «nãos», não fecha a porta, mas inclui ainda mais. Às injustiças sofridas, Deus responde com um amor maior. Nós muitas vezes, quando somos feridos por injustiças e recusas, incubamos ressentimento e rancor. Ao contrário Deus, ao mesmo tempo que sofre com os nossos «nãos», continua a relançar, prossegue na preparação do bem mesmo para quem faz o mal. Porque assim é o amor, faz o amor; porque só assim se vence o mal. Hoje, este Deus que não perde jamais a esperança, compromete-nos a fazer como Ele, a viver segundo o amor verdadeiro, a superar a resignação e os caprichos de nosso «eu» suscetível e preguiçoso.

Há um último aspeto que o Evangelho destaca: o vestido dos convidados, que é indispensável. Com efeito, não basta responder uma vez ao convite, dizer «sim» e… chega! Mas é preciso vestir o costume próprio, é preciso o hábito do amor vivido cada dia. Porque não se pode dizer «Senhor, Senhor», sem viver e praticar a vontade de Deus (cf. Mt 7, 21). Precisamos de nos revestir cada dia do seu amor, de renovar cada dia a opção de Deus. Os Santos canonizados hoje, sobretudo os numerosos Mártires, indicam-nos esta estrada. Eles não disseram «sim» ao amor com palavras e por um certo tempo, mas com a vida e até ao fim. O seu hábito diário foi o amor de Jesus, aquele amor louco que nos amou até ao fim, que deixou o seu perdão e as suas vestes a quem O crucificava. Também nós recebemos no Batismo a veste branca, o vestido nupcial para Deus. Peçamos a Ele, pela intercessão destes nossos irmãos e irmãs santos, a graça de optar por trazer cada dia esta veste e de a manter branca. Como consegui-lo? Antes de mais nada, indo sem medo receber o perdão do Senhor: é o passo decisivo para entrar na sala das núpcias e celebrar a festa do amor com Ele.

Você lê a Bíblia com regularidade?


Alimentamos a nossa alma com a Palavra Encarnada de Deus, Nosso Senhor Jesus Cristo, presente na Sagrada Eucaristia. E também nutrimos a nossa mente e o nosso coração com a Palavra de Deus que nos foi entregue pelos patriarcas, profetas e Apóstolos que escreveram os livros da Bíblia. O que eles nos dão é palavra de Deus. Ainda que não tivessem necessariamente que perceber o que ocorria, Deus inspirou os autores dos livros bíblicos para que escrevessem o que escreveram. E, ao escrevê-lo, Deus preservou-os do erro por um ato especial da sua providencia.

Depois, por um novo ato da sua providência, fez que os livros escritos sob a sua inspiração se conservassem através de milhares de anos e de gerações sucessivas. Finalmente, pela infalível autoridade da sua Igreja, indicou quais, de entre todos os livros aparentemente sagrados, foram os únicos realmente inspirados por Ele.

Note como a Tradição Apostólica também é importante:

“Foi a Tradição Apostólica que levou a Igreja a decidir quais os escritos que deviam ser contados na lista dos livros santos. Esta lista integral é chamada “Cânon” das Escrituras. Comporta, para o Antigo Testamento, 46 (45, se contar Jeremias e as Lamentações como um só) escritos, e, para o Novo, 27” (n. 120; cf. também os ns. 121-7).

Esta é a Bíblia (da palavra grega biblion, que significa “o livro”). Contém setenta e três divisões ou “livros”, conforme são chamados, alguns dos quais são omitidos em certas edições protestantes da Bíblia. Escrita por autores diferentes (todos inspirados por Deus), a Bíblia começa pelo livro do Gênesis, atribuído ao patriarca Moisés, e termina com o livro do Apocalipse, escrito pelo Apóstolo São João. Poderíamos dizer que Deus teve muito trabalho para nos dar a Bíblia e, naturalmente, espera que a leiamos.

Se alguma organização, dessas que existem para pesquisar a opinião pública, fizesse um levantamento entre as famílias católicas para saber quantas têm e quantas usam a Bíblia, os resultados poderiam ser surpreendentes. Já que não se fez tal pesquisa (pelo menos que eu saiba), só podemos fazer conjeturas: penso que são bem poucos os lares católicos em que há uma Bíblia, e que são menos ainda aqueles em que é lida.

sábado, 14 de outubro de 2017

EUA: Polêmica por retirada de cruzes de icônico edifício


As emblemáticas cruzes do edifício St. Joseph Professional Building, em Houston, Estados Unidos, estão prestes a desaparecer depois que a empresa que o comprou decidiu executar um plano de remodelação.

A decisão provocou controvérsia nas redes sociais, pois para muito, constituem um “ícone” da cidade mais populosa do estado do Texas.

Segundo indica o diário ‘Houston Chronicle’, a empresa Boxer Property, em sua sede em Houston, planeja dar ao prédio recém-comprado um novo aspecto “digno de ser publicado no Instagram e em outras redes sociais”.


O edifício de 18 andares, localizado ao lado do St. Joseph's Hospital, no centro da cidade, pode ser identificado de longe pelas suas grandes cruzes brancas que ficam iluminadas à noite. Está 55 por cento ocupado e pertencia a uma sociedade liderada pela companhia Mission Cos.

“Quero algo que chegue a ser icônico para Houston”, disse o Diretor Executivo de Boxer Property, Andrew Segal, a ‘Houston Chronicle’. “Pode ser algo que mude à noite. Poderia necessitar de um projetor”.

Dentro das remodelações planejadas para este edifício de aproximadamente 12.596 metros quadrados, incluem áreas de trabalho colaborativas, salões compartilhados e salas para conferências. Também planejam remodelar os locais comerciais do 1º andar.

A decisão de Boxer Property de retirar as cruzes do edifício causou polêmica e rechaço nas redes sociais, inclusive das pessoas que se consideram ateias ou afastadas da religião.

“Sou ateia e essas cruzes não me ofendem. Não gostaria de ter uma cruz gigante em um edifício no qual eu morasse ou trabalhasse, mas se isso ajuda alguém a sentir-se melhor, então deixe-as”, comentou Monica Brooks Wier na página de Facebook de ‘Houston Chronicle’.

Padre Fábio de Melo pede que “infância seja respeitada”.


Diante da onda de ataques às crianças nos últimos meses, Padre Fábio de Melo escreveu uma defesa aos pequeninos em sua conta no Instagram.

Cresce em organizações internacionais uma militância pelo empoderamento infantil inclusive na dimensão sexual sob a alcunha de direitos sexuais de crianças e adolescentes. Padre Fábio de Melo fala de um direito, mas que guie para o bem. “Que toda criança tenha o direito de crescer, fluir sob a autoridade amorosa dos que a ajudam a descobrir a ética do bem viver”.

O padre não cita os recentes episódios envolvendo exposições culturais inapropriadas para crianças e a crescente onda propagada pela mídia a favor da transexualizarão das crianças como um direito inalienável, mas dar a entender que os responsáveis devem proteger as crianças destas situações. “Infância é o tempo sagrado em que a submissão faz sentido. Alguém decide por nós o que ainda não sabemos decidir sozinhos. Permitir escolher ao que ainda não está preparado para a escolha é desproteger”.

Em outro trecho, o padre que é escritor e cantor conhecido nacional e internacionalmente é contundente: “Não é inteligente contradizer a Ciência. O desenvolvimento do juízo moral é processual. Cabe aos tutores o acompanhamento em cada fase da vida”.

Leia o texto na íntegra: 

O Eminente Título de Mãe de Deus


Maria por sua maternidade divina possui uma relação real com o Verbo de Deus feito carne; essa relação se encerra na Pessoa Incriada do Verbo Encarnado, pois ela é Mãe de Jesus, que é Deus; a maternidade divina não se encerra na humanidade de Jesus, mas sim na Pessoa de Jesus. Ele, e não sua humanidade, é Filho de Maria. Como disse Caetano a maternidade divina "atinge os limites da Divindade", é, pois, seu fim de ordem hipostática, ordem da união pessoal da humanidade de Cristo com o Verbo Encarnado. [...]

Esta ordem da união hipostática supera imensamente a da graça e a da gloria, como esta ultima supera a da natureza humana e até mesmo as naturezas angelicas criadas e possíveis. Se as trés ordens citadas por Pascoal em seus "Pensamentos", o dos corpos, dos espíritos com suas faculdades naturais e as vezes geniais e a da caridade sobrenatural, estão separadas por uma distancia infinita, o mesmo deve ser dito da ordem hipostática em relação a ordem da graça e da glória tal como se realizou nos maiores santos. "A terra e seus impérios, o firmamento e suas estrelas não valem o que vale o mais ínfimo pensamento; - todos os espíritos juntos (e suas faculdades naturais) não valem tanto como o mais mínimo ato de caridade, que é de ordem distinta, completamente sobrenatural". Da mesma maneira todos os atos de caridade dos maiores santos, homens e anjos e sua gloria no céu, estão muito abaixo da união pessoal ou hipostática da humanidade de Jesus com o Verbo. A Maternidade Divina que se encerra na Pessoa Incriada do Verbo feito carne, supera, portanto por sua finalidade, de uma maneira infinita a graça e a glória de todos os eleitos e a plenitude da graça e da glória recebia pela mesma Virgem Maria.

sexta-feira, 13 de outubro de 2017

O Modernismo: Heresia Suprema e Síntese de Todos os Erros


Nesse texto me aprofundo brevemente em alguns aspectos da heresia modernista – que tanto mal fez e tem feito principalmente nos dias de hoje arrastando uma multidão de ludibriados até a apostasia silenciosa da fé católica – conforme assinalados pelo Vaticano I, São Pio X, Pio XII bem como as características fundamentais do herege modernista de acordo com o Magistério da Igreja. No entanto tenhamos sempre em vista que o modernismo pode se diversificar acidentalmente em diversas outras modalidades e até sob uma capa de aparente ortodoxia. É um erro que pode assumir expressões muito sutis, mas a todo momento com consequências devastadoras. É uma heresia capaz de causar uma verdadeira entropia da Profissão de Fé. Requer-se um exame cuidadoso da substância do modernismo conforme apresentada nas Encíclicas para se chegar a conclusão se realmente determinados comportamentos e teorias em voga têm fulcro modernista ou não.

1) O modernista crente

No crente o modernismo se manifesta com sinais de negação pratica da existência de uma religião objetivamente revelada por Deus, pois este acredita candidamente que a religião é objeto dos sentimentos ou da experiência individual. É forçoso para a razão admitir que a existência de apenas uma religião verdadeira tornaria qualquer pretensa experiência individual com o divino que contrariasse a Revelação totalmente nula de mérito na ordem sobrenatural. O modernista crente possui a tendencia de não sustentar tal postulado da razão ou relativizar este sutilmente, mas sempre apresentando como sequela alguma espécie de indiferentismo em relação a veracidade e unicidade da verdadeira religião, isto é, a Religião Católica – tal afetação tem efeitos deletérios no campo da fé católica. Para o modernista o sentimento religioso teria primado sobre a razão e consequentemente sobre as obrigações que a existência de uma religião objetivamente verdadeira demandariam. Isso não atinge somente a integridade da fé do modernista, mas mesmo o desempenho do modernista, dito católico, quanto das obrigações que lhe confiou a autoridade de Deus e da Igreja. É corriqueiro que o modernista desobedeça a autoridade divina e eclesiástica - naquilo que é de direito da autoridade exigir como as disciplinas e mesmo no que diz respeito a adesão apropriada a reta doutrina proposta pelo Magistério - sob o argumento de semelhante justificativa interior sentimentalista.

O Vaticano I condena esse erro anatemizando seus propugnadores: 

Se alguém disser que a revelação divina não pode tornar-se mais compreensível por meio de sinais externos, e que portanto os homens devem ser motivados à fé só, pela experiência interna individual ou por inspiração privada – seja excomungado

São Pio X falando sobre esse erro:  

Eis como eles [os modernistas crentes] o declaram: no sentimento religioso deve reconhecer-se uma espécie de intuição do coração, que pôs o homem em contato imediato com a própria realidade de Deus e lhe infunde tal persuasão da existência dele e da sua ação, tanto dentro como fora do homem, que excede a força de qualquer persuasão, que a ciência possa adquirir. Afirmam, portanto, uma verdadeira experiência, capaz de vencer qualquer experiência racional; e se esta for negada por alguém, como pelos racionalistas, dizem que isto sucede porque estes não querem pôr-se nas condições morais que são necessárias para consegui-la. Ora, tal experiência é a que faz própria e verdadeiramente crente a todo aquele que a conseguir. Quanto vai dessa à doutrina católica! Já vimos essas idéias condenadas pelo Concílio Vaticano I. Veremos ainda como, com semelhantes teorias, unidos a outros erros já mencionados, se abre caminho para o ateísmo. - São Pio X, Pascendi Dominici Gregis

Contudo há mais. O modernista crente afirma que Deus é somente objeto da fé – “fé" sentimentalista no caso – e não objeto da razão natural. Negam assim não somente os deveres para com a religião revelada, mas até a possibilidade de conhecer - dentro de certos aspectos – a existência do Criador por meio da razão natural. Contrariando explicitamente o Concílio Vaticano I: 

A mesma Santa Igreja crê e ensina que Deus, princípio e fim de todas as coisas, pode ser conhecido com certeza pela luz natural da razão humana, por meio das coisas criadas; pois as perfeições invisíveis tornaram-se visíveis depois da criação do mundo, pelo conhecimento que as suas obras nos dão dele [Rom 1,20]; mas que aprouve à sua misericórdia e bondade revelar-se a si e os eternos decretos da sua vontade ao gênero humano por outra via, e esta sobrenatural, conforme testemunha o Apóstolo: Havendo Deus outrora falado aos pais pelos profetas, muitas vezes e de muitos modos, ultimamente, nestes dias, falou-nos pelo Filho [Heb 1,1 s; cân. 1]. - Concílio Vaticano I, Denzinger 1785

Por sua própria natureza é evidente que essa heresia quando semeada sob aparência de um discurso falsamente misericordioso ou professada de boa fé e então espalhada no âmbito da generalidade dos fieis tem como a efeito a gradual destruição da fé católica na alma dos cristãos, indiferentismo religioso e a implosão da autoridade da Igreja.

Atualíssimas são as palavras de São Pio X a respeito:

Que recursos deixam eles de empregar para angariar sectários? Procuram conseguir cátedras nos seminários e nas Universidades, para tornarem-se insensivelmente cadeiras de pestilência. Inculcam as suas doutrinas, talvez disfarçadamente, pregando nas igrejas; expõem-nas mais claramente nos congressos; introduzem e exaltam-nas nos institutos sociais sob o próprio nome ou sob o de outrem; publicam livros, jornais, periódicos. Às vezes um mesmo escritor se serve de diversos nomes, para enganar os incautos, simulando grande número de autores. Numa palavra, pela ação, pela palavra, pela imprensa, tudo experimentam, de modo as parecerem agitados por uma violenta febre. Que resultado terão eles alcançado? Infelizmente lamentamos a perda de grande número de moços, que davam ótimas esperanças de poderem um dia prestar relevantes serviços à Igreja, atualmente fora do bom caminho. - Pascendi

quinta-feira, 12 de outubro de 2017

SP: Igreja fica destruída após incêndio em Guariba



O incêndio que destruiu a centenária igreja Matriz da Paróquia São Mateus em Guariba (SP) deixou os fiéis abalados nesta terça-feira (10). O fogo, que teria começado pelo telhado, se alastrou pela construção na noite desta segunda-feira (9) e comprometeu toda a estrutura. Pela manhã, centenas de moradores visitaram o local e encararam o prédio, com olhos incrédulos. “É o coração da cidade. Se Deus quiser, a gente vai se recuperar”, diz a dona de casa Regina Plaine. 

As chamas começaram a atingir o local por volta das 22h, quando não havia mais ninguém na Igreja, assim, não houve feridos.  As causas do incêndio ainda são desconhecidas.


Após o ocorrido, a Diocese de Jaboticabal, à qual pertence a Paróquia, expressou sua solidariedade em uma publicação no Facebook.

“Que Deus dê muita Força ao Amado Povo Guaribense e aos Padres Munhoz, Audive e Paulo. Como uma grande família que somos, ofereçamos a nossa Ajuda e a nossa Oração”.


Quando teve início o incêndio, fiéis foram até a igreja e viram o incidente com tristeza. Ao portal G1, Padre Audive Bissoli contou que estavam “vendo tudo e aquele sentimento de impotência e não poder fazer nada”.

“Toda a comunidade, toda Guariba em volta rezando e pedindo a Deus força, coragem e fé para darmos continuidade”, afirmou.

Em uma postagem em sua página no Facebook, Padre Audive afirmou: “Não encontro palavras para descrever a enorme tristeza que estou sentindo, juntamente com nosso pároco Pe. Munhoz e toda comunidade Paroquial Mateus Guariba! Que o Senhor nos ajude e nos proteja nesse momento difícil. Juntos reconstruiremos nossa Matriz!”