Desde maio deste ano, fiéis e curiosos têm acorrido à paróquia de Nossa Senhora de Guadalupe em Hobbs, no Estado norte-americano do Novo México, para ver uma imagem de Nossa Senhora que estaria vertendo lágrimas.
O caso começou quando um sacerdote da paróquia, o pe. José Segura, confirmou que supostas “lágrimas” estavam fluindo pelo rosto rosto da imagem, após ser avisado por paroquianos que tinham percebido o fenômeno.
A substância, descrita como semelhante ao óleo que se consagra nas igrejas para uso litúrgico em batismos, crismas e ordenações sacerdotais, foi coletada para análises laboratoriais. Várias testemunhas entre os paroquianos lhe atribuíram “aroma de rosas".
Resultados das análises
Alguns resultados preliminares foram divulgados à imprensa no último domingo, 15, por dom Oscar Cantú, bispo da diocese norte-americana de Las Cruces, próxima da fronteira dos Estados Unidos com o México. Os primeiros exames indicaram que se trata de um óleo de oliva perfumado.
A parte interna da imagem também passou por avaliações, comentadas assim pelo bispo:
“Não há nada dentro dela que não devesse estar lá, com exceção de algumas teias de aranha”.
Uma hipótese inicial de trabalho, já descartada, propunha que as “lágrimas” resultassem de resíduos da cera usada na fundição do bronze, mas os criadores da imagem explicaram que o calor do processo torna impossível a persistência de humidade com essa origem.
Também não foi achado, nos primeiros exames, nenhum indício de fraude.
Dom Oscar comenta:
“Estou revisando as melhores formas de proceder. Embora a decisão final caiba a mim, vou me apoiar na sabedoria do Papa Francisco”.