"O bordão “Brasil acima de tudo, Deus acima de todos”, que marca a campanha do presidenciável Jair Bolsonaro (PSL) e dá nome à sua coligação, é uma apropriação de brado da Brigada de Infantaria Paraquedista do Exército. O candidato foi paraquedista em sua trajetória militar, assim como o seu vice, o general da reserva Hamilton Mourão (PRTB)."
"Em artigo, o coronel Cláudio Tavares Casali explica que o brado, atualmente difundido pelos quartéis, surgiu no final da década de 1960, durante a ditadura militar, pouco depois do decreto do Ato Institucional nº 5 (AI -5). Um grupo de paraquedistas nacionalistas formado pelos capitães paraquedistas Francimá de Luna Máximo, José Aurélio Valporto de Sá e Kurt Pessek teria criado, nesse contexto, o lema “Brasil acima de tudo”.
Chamado Centelha Nativista, o grupo tinha como objetivo ressuscitar os valores “de nacionalismo não xenófobo, de amor ao Brasil e de criar meios que reforçassem a identidade nacional e evitasse a fragmentação do povo pela ideologia e exploração de dissensos da sociedade dividindo o povo nos termos da velha luta de classes do marxismo”."
"Segundo Casali, o lema foi muito questionado devido à semelhança com o brado nazista de “Alemanha acima de tudo” (no alemão, “Deutschland über alles”).
A Centelha Nativista tinha um plano para impedir que os sequestradores do embaixador norte-americano Charles Elbrick embarcassem em um avião e deixassem o país em 4 de setembro de 1969. No entanto, dois dias depois eles foram libertados pelo governo militar e deixaram o Brasil.
Revoltados, os membros da Centelha invadiram a estação da Rádio Nacional para ler um manifesto de repúdio à “decisão da junta governamental de fazer a entrega de presos condenados pela Justiça, numa demonstração de fraqueza e à revelia das Forças”."
"Em artigo, o coronel Cláudio Tavares Casali explica que o brado, atualmente difundido pelos quartéis, surgiu no final da década de 1960, durante a ditadura militar, pouco depois do decreto do Ato Institucional nº 5 (AI -5). Um grupo de paraquedistas nacionalistas formado pelos capitães paraquedistas Francimá de Luna Máximo, José Aurélio Valporto de Sá e Kurt Pessek teria criado, nesse contexto, o lema “Brasil acima de tudo”.
Chamado Centelha Nativista, o grupo tinha como objetivo ressuscitar os valores “de nacionalismo não xenófobo, de amor ao Brasil e de criar meios que reforçassem a identidade nacional e evitasse a fragmentação do povo pela ideologia e exploração de dissensos da sociedade dividindo o povo nos termos da velha luta de classes do marxismo”."
"Segundo Casali, o lema foi muito questionado devido à semelhança com o brado nazista de “Alemanha acima de tudo” (no alemão, “Deutschland über alles”).
A Centelha Nativista tinha um plano para impedir que os sequestradores do embaixador norte-americano Charles Elbrick embarcassem em um avião e deixassem o país em 4 de setembro de 1969. No entanto, dois dias depois eles foram libertados pelo governo militar e deixaram o Brasil.
Revoltados, os membros da Centelha invadiram a estação da Rádio Nacional para ler um manifesto de repúdio à “decisão da junta governamental de fazer a entrega de presos condenados pela Justiça, numa demonstração de fraqueza e à revelia das Forças”."
"“Conclamamos à união e tomada de consciência de que existe em nosso país declarada guerra interna revolucionária de comunistas, contra a qual iniciamos neste momento ações militares de repressão”, continua o manifesto, concluindo com “em nome de Deus, Brasil acima de tudo”.