quarta-feira, 12 de dezembro de 2018

CNBB manifesta solidariedade com a arquidiocese de Campinas e familiares das vítimas


A Presidência da CNBB enviou, na quarta-feira, 11 de dezembro, uma mensagem de solidariedade ao Mons. José Eduardo Meschiatt, administrador da arquidiocese de Campinas (SP). O atentado deixou pelo menos cinco pessoas mortas, inclusive o atirador, e outras quatro feridas.

Regionais

Dom Pedro Luiz Stringhini, presidente do regional Sul 1 da CNBB, emitiu nota de solidariedade: “Em nome dos senhores arcebispos e bispos do Regional Sul 1 da CNBB, apresentamos ao sr. Administrador Diocesano de Campinas, Revdo. Mons. José Eduardo Meschiatti, ao Revdo. Pároco da Catedral, ao Clero e fiéis da Arquidiocese de Campinas, sentimentos de solidariedade e orações, por ocasião do ataque, ocorrido na Catedral, e que vitimou diversas pessoas. Nesse tempo santo do Advento, preparando o Natal de Jesus Cristo, Príncipe da Paz, é necessário que os cristãos intensifiquem a oração pela Paz, com gestos concretos de Fraternidade, reconciliação e amor ao próximo, depondo as armas da violência seja das mãos, seja dos corações. Como discípulos de Cristo e membros do Seu Corpo, a Igreja, sofremos com os que sofrem, sempre movidos pela esperança que não decepciona (Rm 5,5). Rezemos pelas vítimas e pelo consolo de suas famílias. Rezemos pelo agressor, pela Arquidiocese de Campinas e pela Paz”.

Dom Jaime Spengler, presidente do regional Sul 3, acompanhado por dom José Gislon e dom Zeno Hastenteufel, vice-presidente e secretário, respectivamente, assinam a nota de solidariedade à arquidiocese de Campinas: “O Regional Sul 3 da CNBB – Conferência Nacional dos Bispos do Brasil se solidariza com a Arquidiocese de Campinas/SP, diante do ataque sofrido na tarde desta terça-feira, dia 11 de dezembro, no interior de sua Catedral Metropolitana, deixando vítimas. Rezamos pelos familiares das vítimas e pelos feridos. Rezamos também pela Arquidiocese de Campinas, pedindo ao Príncipe da Paz, em favor da superação da violência, que marca a vida do nosso povo, que juntos possamos cooperar para construir dias melhores para as futuras gerações”.

Cardeal João Orani Tempesta, presidente do regional Leste 1, também assina nota: “O regional Leste 1 da CNBB e Arquidiocese de São Sebastião do Rio de Janeiro se solidarizam diante do ocorrido aos fiéis na catedral metropolitana da arquidiocese de Campinas (SP), na tarde desta terça-feira, 11 de dezembro de 2018. Em unidade e comunhão com toda a Igreja, nos unimos com a dor e em oração dos familiares das vítimas, e pedimos pela recuperação dos feridos. Rezamos também pela arquidiocese de Campinas, suplicando a Deus, que apesar deste tempo de violência que marca nossa história, não deixemos de ser instrumentos de paz. Que as vítimas descansem em paz e que seus familiares encontrem em Deus a paz tão necessária para este momento!”.

Confira a Nota da Presidência.

terça-feira, 11 de dezembro de 2018

Presidente Evo Morales acusou Bispos da Bolívia de trair Jesus


O presidente da Bolívia, Evo Morales, novamente atacou os bispos do país e os acusou de trair Jesus, a quem chamou de “primeiro socialista do mundo”.

“Não faltam alguns poucos bispos, da hierarquia eclesiástica, que se inclinam para os poderosos, para a direita, traindo Jesus”; mas, “Jesus é o primeiro socialista do planeta”, disse Evo Morales em meio a um ato universitário na cidade de Villa Tunari, Cochabamba.

Esses bispos, continuou Morales, “abandonam o cristianismo, que é solidariedade, complementariedade; mas não importa, farão sempre esses pequenos grupos da Igreja Católica que ainda não esqueceram os tempos de inquisição”.

Estudo revela por que bebês chutam dentro do ventre materno


Um estudo da University College London descobriu que os golpes que os bebês dão dentro do ventre materno, entre os quais os chutes, e outros movimentos, os ajudam a desenvolver seu cérebro e reconhecer as partes de seu corpo.

As mães podem começar a sentir os golpes de seus bebês a partir da 16ª semana de gestação, embora alguns movimentos espontâneos começam às sete semanas.

A pesquisa foi publicada em 30 de novembro por Scientific Reports, é codirigida pela doutra Kimberley Whitehead e o pesquisador Lorenzo Fabrizi. Ambos queriam entender como os movimentos de um bebê, enquanto dorme, desenvolvem seu cérebro antes do nascimento.

Como os pesquisadores não podiam estudar as ondas cerebrais dos bebês que ainda estão no útero, encontraram uma maneira criativa de medir as mudanças na atividade cerebral quando estas se aproximam do nascimento.

Para isso, Whitehead e Fabrizi se associaram a University College London, com a qual puderam estudar 19 recém-nascidos, incluindo vários com nascimento prematuro. Utilizando um método não invasivo para medir as ondas cerebrais dos recém-nascidos, a equipe de pesquisa analisou o que aconteceu quando os bebês chutaram enquanto dormiam.

Arquidiocese de Campinas se pronuncia sobre o atentado na Catedral


Arquidiocese de Campinas
Catedral Metropolitana de Campinas
  
NOTA OFICIAL

Felizes os que promovem a paz, 
porque serão chamados Filhos de Deus (Mt 5,9)

Por volta das 13h15 de hoje, 11 de dezembro de 2018, após a missa das 12h15, um homem, em porte de duas armas de fogo, entrou na Catedral de Campinas e efetuou disparos contra os fiéis que faziam suas orações. A ação foi rápida e resultou no óbito de quatro pessoas. Após os disparos, o homem atirou contra si mesmo. Ainda não sabemos as motivações destes disparos.

A Catedral de Campinas forneceu às autoridades todas as informações possíveis, bem como as gravações do circuito interno de segurança. O Poder Público está investigando o caso.

Lamentamos profundamente o ocorrido. Sofremos com as pessoas que neste momento choram a morte de seus amigos, irmãos e parentes. Pedimos a oração de todos para que estas famílias encontrem em Deus o conforto e a paz.

Repudiamos todos os atos violentos e pedimos que agora, mais do que nunca, sejamos todos promotores da PAZ.

A Catedral de Campinas permanecerá fechada até às 12h00 de amanhã, 12 de dezembro e, às 12h15, será celebrada uma missa em sufrágio das almas dos fiéis falecidos nesta tarde. Convidamos a todos para este momento de oração e vigília, pedindo a intercessão da Imaculada Conceição para todos!
 
Campinas, 11 de dezembro de 2018

ENTENDA O CASO

SP: Homem mata 5 e comete suicídio na Catedral de Campinas


Um tiroteio na Catedral Metropolitana de Campinas (SP), no início da tarde desta terça-feira, 11, deixou seis mortos, entre os quais o atirador, e três feridos, de acordo com informações da Polícia Militar. A ocorrência foi registrada às 13h25 no 1º Distrito Policial de Campinas.

O autor dos disparos estava dentro da Catedral após o fim de uma missa que havia começado às 12h15. Ele abriu fogo com uma pistola e um revólver calibre 38 e cometeu suicídio em frente ao altar. Ainda não se tem notícia sobre a motivação do atentado. Segundo relatos da Guarda Municipal de Campinas, há idosos entre as vítimas fatais.

Uma pessoa havia sido levada com vida ao hospital Beneficência Portuguesa, mas não resistiu aos ferimentos e morreu durante o atendimento. Dois dos feridos foram levados ao Hospital Municipal Dr. Mário Gatti e um ao Hospital de Clínicas da Unicamp.

Em entrevista ao canal Globonews, o major Adriano Augusto, comandante do 8º Batalhão da PM, afirmou que o atirador estava sentado dentro da igreja quando, de repente, levantou-se e começou a atirar. As primeiras pessoas que ele atingiu e matou foram as que estavam sentadas logo atrás dele.

“Algumas pessoas correram e policiais que estavam em frente à igreja ouviram os disparos e correram ao interior da igreja, ele continuou com os disparos, os policiais se abrigaram e quando foi possivel atingiram ele com um disparo, nesse momento ele efetuou um disparo contra a própria cabeça.

sexta-feira, 7 de dezembro de 2018

O valor do silêncio


Convivemos num mundo cada vez mais barulhento. Despertamos com uma música forte. O celular já ligado vai anunciando as mensagens. Trânsito, rádio, buzinas, sirenes. Salas de espera com TV. Filas que “falam”. Reuniões. Aulas. O fone conectado o tempo todo. Estamos com o som continuadamente. Chegamos a esquecer de que ainda existe o silêncio. Para muitos já se tornou uma sensação estranha ou até mórbida, de risco. É preciso não se sentir sozinho. Será que ele – o silêncio – não está nos fazendo falta? 

É no silêncio que temos a oportunidade de ser ouvidos sobre nós mesmos. Lá está alguém que deixamos passar dias, ou meses, no isolamento, sem saber ao certo o que está acontecendo com ele. O silêncio tem sido levado tão a sério, que cresce muito o número de publicações sobre a importância da “mindfulness”, ou seja, técnicas de meditação que permitem uma melhora da qualidade de vida, com maior capacidade de concentração, entre outros benefícios. Como procurar pelo silêncio no nosso dia a dia?

Evidentemente, não podemos esperar as condições de monges ou religiosos de clausura, que vivem em circunstâncias diferentes do que a encontrada grande maioria da população. Aprendemos deles, porém, que o silêncio desejado é algo que nasce no nosso interior e se propaga para o ambiente em que estamos. No entanto, quando se inicia essa busca, procurar afastar-se dos ruídos externos desnecessários e reservar um espaço e tempo para esse encontro com o silêncio é fundamental. 

A poluição sonora é muito presente. Colocarmos alguns filtros ajuda muito. Exemplo concreto é procurar evitar a frequência a lugares de extremo barulho e por tempo desnecessário. Outra condição é evitar que os ouvidos permaneçam constantemente ocupados por algum ruído, seja ele musical, de conversa, seja qualquer outro. Aprender a falar numa tonalidade mais baixa favorece a não elevar os decibéis do ambiente. Ouvir mais do que falar. Evitar tagarelar à exaustão...

quinta-feira, 6 de dezembro de 2018

Abuso de menores: qual a resposta da Igreja?


Questões referentes ao abuso de menores e maiores vulneráveis, certamente é o tema de maior desafio neste tempo para a Igreja Católica. Recentemente o Papa Francisco, em uma Carta ao Povo de Deus, afirmou que tal crime gera profundas feridas de dor e impotência, em toda a sociedade. Segundo ele as dores de muitas das vítimas são feridas que nunca desaparecem, consequentemente obrigam a condenar as atrocidades, bem como unir esforços para erradicar essa cultura da morte (Carta ao povo de Deus. Vaticano, 20 de agosto de 2018).

Na citada Carta, o Papa Francisco chega inclusive a assumir, em nome da Igreja Católica, certa parcela de responsabilidade: “Com vergonha e arrependimento, como comunidade eclesial, assumimos que não soubemos estar onde deveríamos estar, que não agimos a tempo para reconhecer a dimensão e a gravidade do dano que estava sendo causado em tantas vidas. Nós negligenciamos e abandonamos os pequenos. Faço minhas as palavras do então Cardeal Ratzinger quando, na Via Sacra escrita para a Sexta-feira Santa de 2005, uniu-se ao grito de dor de tantas vítimas, afirmando com força: Quanta sujeira há na Igreja, e precisamente entre aqueles que, no sacerdócio, deveriam pertencer completamente a Ele! Quanta soberba, quanta autossuficiência!... A traição dos discípulos, a recepção indigna do seu Corpo e do seu Sangue é certamente o maior sofrimento do Redentor, o que Lhe trespassa o coração”.

Contudo, pode-se afirmar que a Igreja Católica, através de suas autoridades, não somente tem feito autoavaliação do problema, tentando analisar a origem dos mesmos e punir os agressores com penas canônica, como tem se empenhado para oferecer uma resposta à sociedade, punindo os agressores e amparando as vítimas, como também colaborado com as autoridades civis, pois as penas e sanções ao agressor não devem ser administradas apenas pela Igreja, mas também por essas autoridades, segundo a legislação própria de cada país.
Podemos dizer que em alguns casos, a maneira de solucionar tais problemas nem sempre foram adequados, por exemplo, diante de suspeitas ou denúncias isoladas. Inúmeras vezes foram tomadas medidas paliativas, como transferência do agressor, ou até mesmo, soluções apenas canônicas, como a demissão do estado clerical. Porém, faltava um empenho e – porque não – uma resposta da Igreja Católica à sociedade, bem como uma maior colaboração entre a mesma e as autoridades civil.  

Neste sentido, diversas medidas “públicas” foram e estão sendo tomadas por parte das autoridades da Igreja, observa-se por exemplo, na página do Vaticano – Santa Sé – na internet, há um espaço dedicado aos problemas referentes ao tema (Abuso de menores. A resposta da Igreja). Neste local se encontram os documentos, discursos, homilias, etc., sobre essa questão.

Outra iniciativa tomada pelo Papa Francisco foi a criação em 2014 da Comissão Pontifícia para a Proteção dos Menores. Entre os objetivos de tal comissão se destacam a ajuda as Conferências Episcopais e Religiosas no desenvolvimento e implementação de políticas, procedimentos e programas efetivos para a proteção de menores e adultos vulneráveis, realizando tudo o que for possível para assegurar que tais delitos não se repitam na Igreja. Encontra-se disponível no site desta Comissão, todo o itinerário das principais atividades promovidas pela Igreja Católica em defesa dos vulneráveis, sobretudo, documentos, discursos, orientações, e iniciativas promovidas desde de 2001, pelo Papa João Paulo II até o presente momento. 

Quanto à Igreja no Brasil, não foi diferente. A Conferência Nacional dos Bispos do Brasil – CNBB –, publicou um documento intitulado "Orientações e Procedimentos Relativos às Acusações de Abuso Sexual Contra Menores", além da Nota da Presidência da CNBB sobre o compromisso no combate aos crimes de abusos sexuais cometidos por membros do clero, de 10 de fevereiro de 2012. Entre às iniciativas propostas pela CNBB, destacam-se:

1 – Constituição de uma comissão ad hoc para elaborar um vademecum – manual de fundamentação e orientação, isto é, um protocolo de política oficial de ação da Igreja no Brasil. O vademecum deverá conter princípios teóricos, a partir da legislação civil e canônica, referentes ao proceder dos bispos e de suas dioceses nos casos de abusos sexuais de menores, adolescentes e jovens; devendo conter também indicações práticas a serem adotadas.

2 – Promoção de encontro de canonistas dos Tribunais Eclesiásticos, para que esses, com pleno conhecimento do vademecum e das normas canônicas afins, estejam aptos a assessorar e orientar os bispos quanto aos procedimentos jurídicos e canônicos.

Após apresentação das principais iniciativas tomadas nos últimos tempos pelas autoridades eclesiásticas da Igreja Católica, a fim de combater o drama do abuso de menores, passemos a analisar às principais normas referentes ao tema.

quarta-feira, 5 de dezembro de 2018

No Advento, Igreja convida católicos a apoiar iniciativas de evangelização


Despertar os discípulos-missionários para o compromisso evangelizador e para a responsabilidade pela sustentação das atividades pastorais no Brasil estão entre os principais enfoques da Campanha para a Evangelização, realizada pela Igreja em todo o País, em sintonia com a Exortação Apostólica Gaudete et Exsultate, do Papa Francisco, sobre o chamado à santidade no mundo atual, com o lema “Evangelizar partindo de Cristo”

A campanha foi iniciada no domingo, 25, na Solenidade de Cristo, Rei do Universo, e também Dia dos Cristãos Leigos e Leigas. A conclusão será no 3º domingo do Advento, em 16 de dezembro, quando deve ser realizada, em todas as comunidades católicas, a coleta para a Ação Evangelizadora no Brasil, que pretende apoiar as inúmeras iniciativas da Igreja no País no serviço da evangelização, da dinamização das pastorais, na luta pela justiça social, nas experiências missionárias das Igrejas irmãs e na missão ad gentes.