quarta-feira, 27 de fevereiro de 2019

A Santa fica: Justiça determina que oratório em praça do Rio de Janeiro não será destruído


Após ação do Ministério Público do Rio de Janeiro (MPRJ) solicitando a retirada de um oratório de Nossa Senhora Aparecida de uma praça pública do Rio de Janeiro, a justiça determinou que o mesmo não deve ser destruído, ao julgar improcedente o pedido.



Segundo informou o próprio MPR no último dia 4 de fevereiro, foi ajuizada “Ação Civil Pública (ACP) com antecipação de tutela para que o município do Rio retire da Praça Milton Campos, no Leblon, um oratório religioso construído irregularmente no local e para impedir a construção, em caráter permanente, de novos oratórios religiosos no interior das praças públicas da cidade”.



A ação pedia ainda a retirada de todos os oratórios instalados em praça pública no Rio de Janeiro desde 1988, bem como a não autorização da construção de novos oratórios.



Segundo sentença do juiz Sérgio Louzada, da Segunda Vara da Fazenda Pública, o pedido foi julgado improcedente.



segunda-feira, 25 de fevereiro de 2019

Mulher em coma acorda e, sem conseguir se mexer, ouve família se despedindo


Imagine a seguinte situação: tendo sido internado e colocado em coma induzido, você acorda de repente – sem conseguir se mexer ou esboçar qualquer reação – e ouve um padre recitando o rito da unção dos enfermos, comumente associado aos últimos momentos de vida. Foi o que aconteceu com Naomi Bailie, de 33 anos, de Portaferry, na Irlanda do Norte, em dezembro de 2016.

Ela tinha sido colocada em coma induzido depois de ter contraído meningite. A ideia era dar a ela uma chance de se recuperar da doença. Durante o coma, porém, ela acordou, mas não conseguiu alertar os médicos e a família de que estava consciente.

“Tentava chamar a atenção deles, mas não conseguia”, disse Naomi, que tem uma filha. “Pensei: ‘Vou morrer’”. Ela teve um tipo de síndrome do encarceramento, uma condição rara em que os movimentos do corpo inteiro são paralisados, mas as faculdades mentais se mantêm perfeitas.

A última coisa que ela se lembrava era de ter telefonado ao marido, Gerard, dizendo que precisava que ele voltasse para casa, porque ela estava com muitas dores. Quando Gerard chegou, meia hora depois, a encontrou deitada no chão, tendo convulsões e falando coisas sem sentido. Fora de si, ela não se lembrava nem da filha nem do marido e tentava se despir no carro, a caminho do hospital.

Casal abre mão de festa de casamento para realizar jantar para famílias carentes


Victor Ribeiro e Ana Paula Meriguete são um jovem casal que recebeu o sacramento do matrimônio e, para comemorar, ambos decidiram abrir mão da tradicional festa para acolher diversas famílias carentes em um jantar solidário.

Tudo isso aconteceu em Guarapari (ES), onde Victor e Ana Paula se casaram em 16 de fevereiro e, no dia 21 do mesmo mês, tiveram a sua festa: um jantar para cerca de 160 pessoas do Centro Social Santa Mônica, o que, para o casal, foi “a realização do sonho de Deus”.

Victor e Ana Paula se conheceram em um grupo de jovens, participaram de grupo de orações, atuam em ministério de música e realizam ações sociais. O casal vive um relacionamento baseado na oração e busca transmitir isso aos demais também por meio de um apostolado nas redes sociais, com a página de Instagram ‘Reza Comigo’. 


Em dezembro de 2017, estes dois jovens ficaram noivos e começaram a pensar no casamento. Segundo Victor, inicialmente houve uma dúvida entre fazer a tradicional festa ou não. “Então – contou o noivo à ACI Digital –, começamos a nos perguntar se era isso que Deus queria de nós e decidimos rezar para ver o que Deus realmente queria sobre essa situação da festa do nosso casamento”.

Foi então que, “depois de alguns meses de oração”, o casal estava tocando em uma Missa e uma das canções dizia: “Se uma ceia quiseres propor, não convide amigos, irmãos e outros mais. Sai à rua a procura de quem não puder recompensa te dar, que o teu gesto lembrado será por Deus”.

“Já estávamos rezando bastante para saber o que Deus queria para nossa festa de casamento e, depois da Missa, conversamos, naquele momento ficamos um pouco emocionados. Isso foi nos trazendo paz ao coração. Falamos: ‘realmente, os nossos familiares não são ricos, mas têm condições de ter um alimento na mesa; vamos alimentar em uma festa quem realmente precisa’”, recordou.

O passo seguinte foi “discernir as possibilidades” e decidiram pelo Centro Social Santa Mônica, da Congregação das Irmãs de Nossa Senhora da Consolação, que atende crianças de uma região carente de Guarapari.

No Natal, relembrou Victor, que é professor de Educação Física, “eu, Ana Paula e meus alunos já tínhamos feito uma arrecadação de alimentos para o centro social”. Então, apresentaram a ideia para as religiosas de fazer uma jantar que não seria “só para as crianças, mas para os familiares também”.

domingo, 24 de fevereiro de 2019

Crianças emocionam ao enviar cartas para bombeiros em Brumadinho: "Muito obrigada"



Desenhos, letras coloridas e mensagens positivas estão sendo envidas por crianças aos bombeiros, que trabalham no resgate de vítimas do rompimento da barragem da mineradora da Vale. São cartas para os “heróis de Brumadinho”, as quais expressam gratidão e admiração aos militares que se arrastaram na lama e seguem na missão de localizar corpos.

Desde a tragédia, 166 mortes foram confirmadas e 155 pessoas estão desaparecidas. A barragem 1 da Mina Córrego do Feijão se rompeu no dia 25 de janeiro, na cidade da Região Metropolitana de Belo Horizonte, liberando um tsunami de água, terra e rejeitos sobre funcionários da Vale e moradores da região.

Segundo o Corpo de Bombeiros e a Defesa Civil Estadual, 393 pessoas foram resgatadas. O reconhecimento pelo trabalho árduo tem sido manifestado de várias formas.

“Muito obrigada por salvar tantas vidas. O trabalho de vocês foi uma dádiva de Deus. Vocês têm muito trabalho pela frente e podem ter certeza que Jesus também vai trabalhar na vida de vocês”, escreveu uma menina.

Cardeal: "A Igreja não deve encobrir abusos por medo de escândalo"



O Arcebispo de Chicago (Estados Unidos), Cardeal Blase Cupich, destacou que "o chamado da Igreja para acompanhar as vítimas exige uma mentalidade que rejeite categoricamente os encobrimentos por razões legais ou por medo de escândalo".

Assim afirmou o purpurado no dia 22 de fevereiro durante o encontro do Papa com os líderes da Igreja sobre o tema da proteção de menores.

"O conselho de nos distanciarmos dos sobreviventes de abuso por razões legais ou medo de escândalo, impede o verdadeiro acompanhamento daqueles que foram vítimas", denunciou o Cardeal Cupich que é membro da comissão organizadora deste importante evento realizado no Vaticano.

O cardeal assegurou que os 190 participantes estão reunidos em Roma “como episcopado universal, numa união afetiva e substancial com o sucessor de Pedro, para discernir através de um diálogo vivo onde o nosso ministério como sucessores dos apóstolos nos chama a enfrentar de maneira adequada o escândalo do abuso sexual por parte do clero que feriu tantos inocentes".

Nessa linha, o Arcebispo norte-americano assegurou que "é preciso considerar o desafio que enfrentamos à luz da sinodalidade, aprofundando com toda a Igreja os aspectos estruturais, jurídicos e institucionais da obrigação de prestar contas". "Um processo que se limite a mudar políticas não é suficiente, mesmo que seja o resultado dos melhores atos de colegialidade", assegurou.

Além disso, Dom Cupich exortou à "construção de uma cultura do prestar contas, com estruturas adequadas para modificar radicalmente a nossa abordagem a fim de salvaguardar os menores" e para isso, disse que o ponto de referência deve ser "o espaço sagrado da vida familiar".

Deste modo, o Cardeal exortou a ancorar todos os esforços na "dor profunda daqueles que foram abusados e das famílias que sofreram com eles".

Desta forma, o prelado exortou cada conferência episcopal a adotar procedimentos que "capacitem uma igreja sinodal a fazer com que os bispos envolvidos em má conduta e má gestão possam prestar contas". 

Venezuela: Bispos pedem que deixem entrar e distribuir ajuda humanitária



A presidência da Conferência Episcopal Venezuelana (CEV) pediu em um comunicado que "deixem entrar e distribuir ajuda humanitária em paz", já que "atende a situações graves de crise, e não a interesses políticos".

A CEV, durante uma coletiva de imprensa realizada na quainta-feira, 21 de fevereiro, informou sobre as condições graves em que o povo está vivendo e insistiu em seu chamado ao regime de Nicolás Maduro para ouvir "o clamor do povo".

Diante da crise na Venezuela, sobre a escassez de alimentos e medicamentos, a Assembleia Nacional "tomou a iniciativa de organizar esta ajuda", com o apoio de outros países e abrir um canal humanitário que foi muitas vezes negado pelo regime de Chávez.

Atualmente, as ajudas de medicamentos e alimentos estão armazenadas em Cúcuta (Colômbia), Roraima (Brasil), e os Países Baixos também ofereceram Curaçao para receber doações internacionais.

De acordo com Juan Guaidó, presidente da Assembleia Nacional e autoproclamado "presidente interino" da Venezuela, esta ajuda iria começar a entrar no sábado, 23 de fevereiro, apesar da oposição de Maduro, que nega que haja uma crise humanitária.

Em seu comunicado, os Bispos recordaram que "o regime tem a obrigação de atender as necessidades da população, e, para isso, facilitar a entrada e distribuição da ajuda humanitária, evitando qualquer tipo de violência repressiva".

Indicaram que solicitar e receber ajuda "não é nenhuma traição à pátria", como afirma Maduro, mas "um dever moral que cabe a todos nós".

Também mencionaram o trabalho pastoral e social que a Igreja realiza através da Cáritas. Nesse sentido, renovaram o compromisso de contribuir com a experiência desta instituição na recepção e distribuição de ajuda humanitária, junto com outras organizações.

"A ajuda consiste principalmente em porções de emergência e suplementos para crianças e idosos com déficit nutricional e suprimentos médicos, principalmente terapêuticos. É limitada em cobertura e tempo", explicou a CEV no comunicado. 

Alerta de um cardeal aos bispos: não busquem "inventar" uma nova Igreja



Observando os desafios que a Igreja enfrenta na Alemanha, o cardeal Rainer Maria Woelki, Arcebispo de Colônia, disse à EWTN em uma recente entrevista que, em meio às muitas disputas sobre a “direção” que a Igreja deve tomar, os bispos são chamados a preservar a fé e não mudá-la segundo critérios do mundo moderno, fazendo alusão ao caso de bispos da Alemanha e outros países que afirmaram que é chegada a hora da Igreja mudar sua doutrina para adequar-se aos tempos de hoje.

“A situação atual na Alemanha é realmente difícil. E parece haver uma disputa sobre a direção geral [da Igreja], que certamente também foi desencadeada pelo escândalo dos abusos. Aparecem agora aquelas vozes que argumentam que é hora de deixar de lado tudo o que mantivemos até agora. Que devemos abandonar os velhos tempos. Acho que esse é um conceito muito perigoso”, disse o Cardeal Woelki ao diretor do programa da EWTN em alemão, Martin Rothweiler, no dia 13 de fevereiro.
  
“Somos parte de uma grande tradição. A Igreja também representa verdades que transcendem o tempo. E não é nossa tarefa agora sair e inventar uma nova Igreja por nós mesmos. A Igreja não é apenas uma alavanca que nos foi dada para usar como bem entendemos. Pelo contrário, é nossa tarefa, como bispos, preservar a fé da Igreja, tal como nos veio através dos apóstolos, e para afirmá-la e proclamá-la em nossos dias, como também preservá-la para as gerações futuras, e expressá-la de tal maneira que elas também possam encontrar em Cristo sua salvação”. 

Abusos Sexuais: Novo documento orientador e criação de «task forces» para ajudar bispos são primeiras medidas da cimeira



O Vaticano vai enviar, nas próximas semanas, uma “vade-mécum” a todas as Conferências Episcopais, documento orientador para a prevenção e combate a casos de abusos sexuais.

O anúncio foi feito hoje pelo moderador do encontro sobre proteção de menores, padre Federico Lombardi, em conferência de imprensa.

O documento foi preparado pela Congregação para a Doutrina da Fé (Santa Sé), para ajudar os bispos do mundo “a compreender os seus deveres e tarefas” em casos de abusos sexuais.

O padre Federico Lombardi afirmou que este é um texto breve, direto e preciso, “do ponto de vista jurídico e pastoral”.

Outra medida saída da cimeira dedicada aos abusos de menores, com presidentes de conferências episcopais e superiores de institutos religiosos, é a criação de “task forces” para ajudar dioceses que tenham falta de recursos.

“Num espírito de comunhão com a Igreja universal, o Papa manifestou a intenção de criar task forces de pessoas competentes para ajudar conferências episcopais e dioceses com dificuldades em enfrentar problemas e produzir iniciativas para a proteção de menores”, assinalou o padre Federico Lombardi.

Outra iniciativa anunciada é um novo Motu Proprio (decreto pontifício) do Papa Francisco, sobre a proteção de menores e pessoas vulneráveis, para “reforçar a prevenção e o combate contra os abusos” na Cúria Romana e o Estado da Cidade do Vaticano.

O decreto, que será divulgado “em breve”, adiantou o padre Lombardi, será acompanhado por uma nova lei para Estado da Cidade do Vaticano e linhas-guia para o vicariato do Vaticano, sobre o mesmo tema.

190 participantes reuniram-se desde quinta-feira, no Vaticano, para um debate sobre a proteção de menores, reunindo presidentes de Conferências Episcopais e chefes de Igrejas Orientais, superiores gerais de institutos religiosos, membros da Cúria Romana e do Conselho de Cardeais.

“Estes primeiros passos são sinais encorajadores que vão acompanhar-nos na nossa missão de pregar o Evangelho e de servir todas as crianças no mundo, em solidariedade mútua com todas as pessoas de boa vontade que querem abolir qualquer forma de violência e abuso contra menores”, concluiu o moderador da cimeira.