sábado, 4 de maio de 2019

Recife: Prefeitura oferece exame ginecológico para "homens trans" em ambulatório LGBT


Um mutirão de exames preventivos ginecológicos para homens trans é realizado no Recife. A cada dia, são disponibilizadas 20 vagas para atendimentos gratuitos, que começam a partir das 13h, na Policlínica Lessa de Andrade, localizada no bairro da Madalena, na Zona Oeste da cidade.

Além do exame preventivo do colo do útero, feito por uma enfermeira, o mutirão conta com distribuição de preservativos, orientações sobre como evitar Infecções Sexualmente Transmissíveis (ISTs) e conversa sobre direito sexual e reprodutivo.

Chamada #partiuprevençao, a ação é destinada a homens trans já cadastrados no Ambulatório LGBT Patrícia Gomes, que funciona dentro da policlínica, mas também é aberto para outros usuários residentes no Recife que nunca tenham passado pelo serviço. Neste último caso, é preciso agendar pelo telefone (81) 3355-7811.

Conhecida como exame Papanicolau, a citologia oncótica é considerada uma das principais estratégias para rastrear precocemente o câncer de colo de útero. O exame deve ser feito por todas as pessoas com sexo biológico feminino com idade entre 24 e 65 anos, independente da identidade de gênero.

Bebê “renasce” após ser batizado em UTI por médica: “Eu presenciei um milagre”


Uma publicação na página de Facebook do Instituto Família e Vida intitulada “Eu presenciei um milagre” viralizou ao apresentar o testemunho de uma médica que batizou um bebê, o qual já estava sendo considerado morto e, logo após, o pequeno retomou seus sinais vitais.

O caso aconteceu em uma UTI neonatal de Jundiaí, interior de São Paulo, no dia 22 de março.

Em entrevista à ACI Digital, a cirurgiã pediátrica que realizou o batismo da criança explicou porque preferiu não se identificar no testemunho. “Nunca foi meu interesse que eu parecesse na história, até porque, o milagre é que foi contado e Deus é que tem que ser glorificado e não as pessoas”. Além disso, zela pela questão do “sigilo médico”.

No testemunho, a profissional recorda que estava almoçando, quando recebeu a ligação de uma residente informando “que havia um recém-nascido de dois dias de vida na UTI neonatal com pneumotórax (quando acontece um ‘furo’ no pulmão e o ar vai para fora dele impedindo que o mesmo se expanda e dificultando a respiração)”.

“Era necessário fazer uma intervenção cirúrgica chamada drenagem torácica (procedimento em que se coloca uma ‘mangueira’ no tórax para que o ar saia e deixe de comprimir o pulmão)”, relata, explicando que, então, solicitou que separassem os materiais necessários para o procedimento e orientou “a pediatra a realizar a punção do tórax para tirar o bebê da situação de emergência e diminuir o risco iminente de morte”.

Conforme recorda a médica, 15 minutos depois recebeu uma ligação “informando que o bebê havia tido uma parada cardíaca e não havia resistido” e, ao chegar ao hospital, 10 minutos depois, encontrou “biombos ao redor do leito do bebê para impedir que os outros pais observassem o que estava acontecendo”.

“As intensivistas e as enfermeiras rodeavam a incubadora enquanto uma delas realizava o eletrocardiograma para constatar o óbito. O bebê ainda estava entubado e acoplado ao ventilador, mas sua oxigenação era mínima e já não tinham batimentos cardíacos. Estava muito inchado e a pele tinha uma coloração arroxeada mais intensa nos lábios. Não tinha nenhum movimento nem reflexos”, relembra.

Além disso, “a equipe médica havia realizado a punção torácica e as manobras de reanimação por mais de 20 minutos, sem sucesso. Os pais já temiam o pior...”.

Foi quando uma das médicas que acompanhava o caso lhe disse que já não havia o que fazer. Mas, conta a cirurgiã, “mesmo com o óbito constatado, resolvi realizar a drenagem torácica de qualquer forma”.

Naquele momento a cirurgiã pediátrica pensou em realizar o batismo. Entretanto, revelou à ACI Digital: “Fiquei em dúvida, porque sabia que o rito do batismo deve ser feito no paciente que está vivo e eu fiquei sem saber se batizava ou não e, naquele momento, senti que precisava batizar aquele bebê”.

Foi então que, “após o procedimento, também batizei o bebê e o consagrei à Santíssima Virgem e a São Padre Pio e, em meu coração disse ao Senhor: ‘Senhor, Tu és o Deus da vida e a vida te pertence. Se estiver na Tua vontade, salva este bebê’”, conta em seu testemunho.

“Permaneci poucos minutos ao lado do bebê para recolocá-lo na incubadora enquanto a equipe de enfermagem organizava tudo para que os pais pudessem ver seu filho pela última vez. Foi então que percebi que o bebê havia ficado rosado novamente e pedi à intensivista que checasse os batimentos cardíacos. Porém, a resposta foi a mesma: o coração continuava sem bater”, narra.

Até que, “minutos depois, ainda falávamos sobre o ocorrido, quando ouvimos o barulho no monitor indicando o retorno dos batimentos cardíacos. Chegamos a pensar que as drogas utilizadas durante a reanimação pudessem ter provocado o retorno temporário dos batimentos, como em muitas situações já havíamos presenciado, mas que cessariam depois de algum tempo confirmando o óbito”.

“No entanto, dessa vez era diferente. Ao invés de bater poucas vezes e parar definitivamente, aquele coraçãozinho começou a bater cada vez mais forte e numa frequência que alcançou a frequência normal, para espanto de toda equipe! Ouvi muitos exclamarem dizendo que só podia ser um milagre... Todos estavam visivelmente emocionados e a intensivista responsável chegou a dizer incrédula: ‘Meu Deus, nós íamos desligar os aparelhos!’”, recorda.

Quando a publicação foi postada no Facebook, em 7 de abril, a médica concluiu seu texto afirmando: “Isto aconteceu comigo e este bebê está vivo até hoje. Bendito seja Deus por nos permitir presenciar tão grande milagre!”.

Entretanto, em entrevista à ACI Digital, contou que, “infelizmente, o bebê ficou vivo por uns quinze dias e depois morreu, porque ele tinha uma malformação cardíaca muito grave”.

Proposta do XVIII Congresso Eucarístico Nacional é apresentada aos bispos


O arcebispo de Olinda e Recife (PE), dom Antônio Fernando Saburido, apresentou aos bispos na 57ª Assembleia Geral da CNBB, as novidades do XVIII Congresso Eucarístico Nacional (CEN), que acontecerá de 12 a 15 de novembro de 2020. O local escolhido remete ao sétimo congresso eucarístico, realizado em 1939, quando a capital pernambucana sediou pela primeira vez o evento. Foram apresentados o hino, a oração e a logomarca do CEN 2020.

Dom Fernando exortou todos a fazerem da comunhão um sacramento verdadeiro e eficaz de partilha. “O desafio é fazer com que o tema do Congresso não fique restrito na formulação simpática, mas se traduza realmente  em solidariedade e ajude a retomar a Eucaristia como fonte e estímulo à verdadeira partilha do pão, como a chamava o livro dos Atos dos Apóstolos”, disse. O metropolita salientou ainda a especial relação de carinho que dom Helder Câmara possuía pela Eucaristia: “Ele nunca aceitou separar Eucaristia da preocupação com a justiça social”, acrescentou.

O XVIII Congresso Eucarístico Nacional terá como tema “Pão em todas as mesas”, escolhido por inspiração no contraste social vivenciado no Nordeste e em especial, no Recife. O lema do Congresso é “Repartiam o pão com alegria e não havia necessitados entre eles”.

A logomarca possui como elementos o Pão e o vinho, a comunidade em torno da mesa, a água do batismo e as pontes do Recife. “É uma síntese de tudo aquilo que o Congresso Eucarístico vem nos transmitir. Ela traz como seu ponto central a Eucaristia, que nos alimenta, que é pão partido e partilhado na vida do povo, no mundo, inserido em uma sociedade, em um meio que traz tão marcado por conflitos e situações diversas”, explicou irmã Paula Souza.

sexta-feira, 3 de maio de 2019

“O álcool estava destruindo a minha vida”, conta jovem que abandona vício e se engaja na Igreja


Viana é um jovem alegre, cheio de vida, dinâmico, prestativo. Toca um projeto de música na sua comunidade onde ensina a uma turma de 30 alunos a tocar violão. Sua paixão pela Igreja e pela evangelização veio depois de uma experiência pessoal com o amor de Deus que o libertou do vício do álcool.

O jovem começou a beber escondido do pais quando tinha apenas 10 anos. Somente aos 12 confessou o que fazia. Naquela idade aprendeu a tocar guitarra e logo se engajou em uma banda que tocava pela região. “As coisas começaram a piorar. Chegou um ponto em que eu só tocava bêbado”, conta o rapaz que mora na localidade de Croatá, em Ocara.

“O álcool estava destruindo a minha vida”, diz Viana. Os pedidos da mãe para o abandono do vício eram inócuos. “Até minha fisionomia estava mudando”, relembra.” Todo dia eu bebia meio litro de cana [cachaça] depois do trabalho, no final de semana continuava a bebedeira nas  farras. Teve um dia que eu e os colegas chegamos a tomar 11 litros e meio de cana. Capotei três vezes”, conta.

A situação de Viana concorria para o fundo do poço. Outro episódio marcante foi também em uma festa. O jovem bebeu a ponto de ficar desacordado. “Caí no banheiro e os caras da festa começaram a me chutar, derramar bebida sobre mim”. Quando embriagado, Viana queria a morte, ensaiava se jogar na pista. “Queria sumir”, desabafa.

Sua mãe continuava a rezar e  a pedir ao filho o abandono do vício.”Eu havia parado de estudar pra tocar em banda e beber Cana”. “As pessoas conversavam comigo, ofereciam ajuda, mas eu apenas brincava, dizia-lhes que se quisessem me ajudar bastava comprar um litro cachaça".

A situação chegou ao ápice da degradação quando Viana passou a morar sozinho e se enturmar com uma turma também adicta ao álcool. “Até roubar cogitei para sustentar o vício”, confessa. Aos vinte anos, o jovem passou por um livramento da morte, experiência traumática, mas que ainda não teve a força de lhe tirar da bebedeira.

“Um dia eu parei pra pensar, ‘cara eu tinha moto, tinha dinheiro pra me manter, gastei tudo em farra com bebidas,  jogos’… Fiquei com essa ideia na  cabeça”. Estava se aproximando o grande dia da libertação  na vida deste jovem.  “Certa vez fui para o jogo de futebol, mas desta vez, por incrível que pareça eu não bebi".

Esposo relata morte de esposa e filha no atentado terrorista do Sri Lanka


Manik Suriyaaratchi e sua filha de 10 anos, Alexendria, foram mortas na explosão da igreja em Negombo. No momento do ataque o pai estava fora da Igreja estacionando ao carro.  “Ouvi um barulho enorme e entrei na igreja e vi que minha esposa e minha filha estavam ao chão”, disse Sudesh Kolonne  à ABC. “Eu acabei de ver minha filha no chão e tentei levantá-la, [mas] ela já estava morta. E [então] exatamente o mesmo … depois minha esposa estava lá”. “Esse é o fim da história – fim da história da minha filha, minha esposa”.

Igreja do Sri Lanka suspende missas; no Reino Unido matriz é depredada


A perseguição ao cristianismo se intensifica e nenhuma campanha a nível mundial é feita para alertar ao mundo sobre a Cristofobia. A Igreja do Sri Lanka, depois dos ataques terroristas que mataram centenas de fiéis, suspendeu as missas por tempo indeterminado.

De acordo com o site Chucrh Pop, autoridades da Igreja Católica no Sri Lanka tiveram acesso a um documento de segurança em que as igrejas católicas são descritas como o alvo principal dos ataques.

Palavra de Vida: «A paz esteja convosco! Assim como o Pai me enviou, também Eu vos envio a vós» (Jo 20, 21).


O evangelista João – depois de ter narrado a trágica morte de Jesus na cruz, que infundiu nos discípulos um misto de medo e desorientação –anuncia uma novidade surpreendente: Jesus ressuscitou e voltou para os seus! De facto, na manhã do dia de Páscoa, o Ressuscitado apareceu e deu-se a conhecer a Maria de Magdala. E, nessa mesma noite, apareceu ainda a outros discípulos, que se encontravam fechados em casa, por causa daquele profundo sentimento de desânimo e derrota que os tinha invadido.

Jesus foi à procura deles, quis encontrar-se novamente com eles. Não se importou que o tivessem traído ou que tivessem fugido diante do perigo. Aliás, Ele mostra-se com os sinais da paixão: mãos e pés feridos, trespassados e dilacerados pelo suplício da cruz. A sua primeira palavra é uma saudação de paz, um verdadeiro bálsamo que os anima profundamente e lhes transforma a vida.

Finalmente, os discípulos reconhecem-no e reencontram a alegria. De novo na companhia do seu Mestre e Senhor, sentem-se curados, consolados, iluminados.

Depois, a este pequeno grupo de homens frágeis, o Ressuscitado confia uma missão difícil: ir por toda a parte para levar ao mundo a novidade do Evangelho, como Ele mesmo fizera. Que coragem! Do mesmo modo que o Pai confiou n’Ele, Jesus deposita toda a confiança nos seus discípulos.

Por fim (acrescenta João), Jesus “sopra sobre eles”, partilhando com eles a sua própria força interior, o mesmo Espírito de amor que renova os corações e as mentes.

De Jesus a Alá: entenda o fenômeno dos evangélicos islamizados

Pastor abandona fé cristã, se converte ao islamismo e atrai fiéis

O recente – e presente – fenômeno de evangélicos se convertendo ao Islã tem chamado a atenção de alguns e é digno de nota.  Por que evangélicos estão se tornando muçulmanos?  A resposta vai para além da questão em si, pois esse êxodo religioso é apenas indício e consequência de um problema já sistêmico – e epistêmico – nos arraiais evangélicos.

Há trinta, quarenta anos, os evangélicos representavam parcos 3% da população brasileira.  Quem eram, então, os evangélicos?  Eram membros das chamadas igrejas “históricas” ou “tradicionais”:  Presbiteriana, Batista, Assembleia de Deus, Metodista, Congregacional, para citar as mais proeminentes.  Cada nome desses indicava uma variação bem definida:  dois, três grupos sob o rótulo, grupos esses que se identificavam com princípios claros.  Ser batista, então, significava pertencer principalmente a um de dois grupos mais pronunciados, o mesmo valendo para as igrejas presbiterianas, e por aí vai.

Os evangélicos eram os “crentes”, também chamados de “bíblias”, por conta da prática de andarem com uma Bíblia debaixo do braço a caminho da Igreja.  Eles eram poucos:  viver uma vida de renúncias – não pode isso, não pode aquilo – não era lá muito convidativo.

O tempo passa e nos anos 70 e 80 começam a chegar ao país os movimentos não denominacionais.  São grupos fora do mainstream tradicional, com suas estruturas menos rígidas e práticas mais abrasileiradas – sem terno, sem saião, sem música sacra.  O tempo trouxe a compreensão de que a fé não está nas vestimentas e tradicionalismos.  Esse esclarecimento traz uma perda à rigidez, exatamente em virtude de uma ênfase maior na mensagem.  É um amadurecimento.  As igrejas à moda antiga continuam a existir, mas já não são as únicas.  Essa mudança na práxis evangélica não traz junto de si um prejuízo doutrinário:  ela é na verdade fruto de reflexão e amadurecimento.  É o início da expansão do evangelicalismo brasileiro.

A década de 70 protagoniza também o surgimento da Igreja Universal do Reino de Deus, a primeira de um grupo de instituições bem assemelhadas:  um linguajar evangélico e um conteúdo um tanto heterodoxo.  O culto parece estar focado em Jesus, há uma pregação aparentemente bíblica, mas olhos atentos já notam a ausência da ortodoxia doutrinária presente nas outras igrejas, tanto as antigas quanto as mais recentes:  é a fase do “Neopentecostalismo”, termo guarda-chuva usado para designar um conjunto de instituições que mantém a ênfase na manifestação de dons espirituais – traço fundamental do Pentecostalismo -, mas sem a fundamentação doutrinária calcada na Bíblia, que cede lugar ao sentir, aos achismos de seus líderes (“revelações”) e à emoção.  Práticas estranhas são introduzidas no culto e na vida dos membros. Nesse movimento estão outros grupos mais ou menos aparentados; trata-se, em linhas gerais, do segundo alargamento – agora bastante pronunciado – do movimento evangélico, quando coexistem movimentos extremamente diversificados.  Acaba havendo uma identificação genérica entre grupos mais ou menos ortodoxos:  o termo “evangélico” já é polissêmico.

A década de 90 assiste ao boom evangélico:  a fé de 3% dos brasileiros ultrapassa os 15.  Sociólogos e estudiosos da religião já anunciam um Brasil evangélico para as próximas décadas.

A “religião evangélica” já conta  com prestígio e popularidade jamais imaginados vinte, trinta anos antes.  A fé conquista o brasileiro; todo mundo tem uma tia, um amigo evangélico.  Crescem os simpatizantes; chegam celebridades.  Os anos 2000 veem os evangélicos alcançar o patamar da casa dos 20%.  Na cidade do Rio de Janeiro, são 40!  Em toda vizinhança há alguém escutando “louvor”.

Um olhar mais atento revela algo, entretanto:  os evangélicos de tradição continuam a ser uma minoria dentro da população como um todo – e são também dentro da população evangélica.  As igrejas mais antigas até se beneficiam do boom, afinal a visibilidade das outras igrejas respinga também nelas.

A Assembleia de Deus cresce, a Igreja Batista também, mas é preciso notar que  há vários grupos – independentes e denominacionais – adotando esses nomes.  A Assembleia de Deus são várias!  Os evangélicos mais ortodoxos de quarenta anos atrás continuam sendo minoritários.

É bem certo que dentro de tantas igrejas mais novas existem pessoas que compreenderam as distorções.  Estes acabam por migrar para igrejas com uma prática condizente com a Bíblia.

Fato é que o boom evangélico é protagonizado por grupos que já não correspondem à ortodoxia de décadas anteriores:  há muita emoção, muita comoção, muito barulho – e (quase) nenhuma doutrina.  Tal fenômeno é uma faca de dois gumes:  ele atrai, mas também é um fator de repulsa.  Vejamos.