Viana é um jovem alegre, cheio de vida,
dinâmico, prestativo. Toca um projeto de música na sua comunidade onde ensina a
uma turma de 30 alunos a tocar violão. Sua paixão pela Igreja e pela
evangelização veio depois de uma experiência pessoal com o amor de Deus que o
libertou do vício do álcool.
O jovem começou a beber escondido do pais
quando tinha apenas 10 anos. Somente aos 12 confessou o que fazia. Naquela
idade aprendeu a tocar guitarra e logo se engajou em uma banda que tocava pela
região. “As coisas começaram a piorar. Chegou um ponto em que eu só tocava
bêbado”, conta o rapaz que mora na localidade de Croatá, em Ocara.
“O álcool estava destruindo a minha vida”, diz
Viana. Os pedidos da mãe para o abandono do vício eram inócuos. “Até minha
fisionomia estava mudando”, relembra.” Todo dia eu bebia meio litro de cana
[cachaça] depois do trabalho, no final de semana continuava a bebedeira
nas farras. Teve um dia que eu e os
colegas chegamos a tomar 11 litros e meio de cana. Capotei três vezes”, conta.
A situação de Viana concorria para o fundo do
poço. Outro episódio marcante foi também em uma festa. O jovem bebeu a ponto de
ficar desacordado. “Caí no banheiro e os caras da festa começaram a me chutar,
derramar bebida sobre mim”. Quando embriagado, Viana queria a morte, ensaiava
se jogar na pista. “Queria sumir”, desabafa.
Sua mãe continuava a rezar e a pedir ao filho o abandono do vício.”Eu
havia parado de estudar pra tocar em banda e beber Cana”. “As pessoas
conversavam comigo, ofereciam ajuda, mas eu apenas brincava, dizia-lhes que se
quisessem me ajudar bastava comprar um litro cachaça".
A situação chegou ao ápice da degradação
quando Viana passou a morar sozinho e se enturmar com uma turma também adicta
ao álcool. “Até roubar cogitei para sustentar o vício”, confessa. Aos vinte
anos, o jovem passou por um livramento da morte, experiência traumática, mas
que ainda não teve a força de lhe tirar da bebedeira.
“Um dia eu parei pra pensar, ‘cara eu tinha
moto, tinha dinheiro pra me manter, gastei tudo em farra com bebidas, jogos’… Fiquei com essa ideia na cabeça”. Estava se aproximando o grande dia
da libertação na vida deste jovem. “Certa vez fui para o jogo de futebol, mas
desta vez, por incrível que pareça eu não bebi".
“Quando estava voltando do jogo, ao passar
frente à Igreja meu coração deu dois apertos bem fortes. Cheguei em casa, tomei
banho e decidi ir até a Casa de Deus. Quando cheguei todo mundo olhou pra mim
com espanto, eles sabiam como eu era. Nesse dia Deus falou comigo, eu nunca
havia tido uma experiência com Deus. Foi na hora da comunhão. A pessoa que estava conduzido o momento de oração falou, ‘Deus
fala com você jovem, não tenha medo!
Deus quer te fazer uma nova pessoa, larga tudo, Eu te darei outra vida”. Foi incrível! Eu me
arrepiei todo dos pés à cabeça. Depois desse dia comecei a ir todos os domingo
ao Terço, me engajei na Igreja, recebi os Sacramentos do Batismo, fiz minha
Primeira Comunhão, fui crismado para
honra e glória de Nosso Senhor”.
Liberto do vício da bebida, Viana serve na comunidade, nas mais diversas frentes,
onde a missão o chamar. “Para quem diz que milagres não acontecem eu testemunho
que eles existem, pois aconteceu comigo. Eu estava no fundo do posso e Deus me
tirou de lá. Hoje sou muito feliz porque
conheci o Deus que tudo pode realizar. Bebidas só traz desgraça”,
finaliza.
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Ancoradouro
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