O Papa Francisco decidiu autorizar as
peregrinações a Medjugorje, que a partir de agora poderão ser oficialmente
organizadas por dioceses e paróquias e não mais apenas por particulares. A
notícia foi divulgada domingo (12/05) durante a Missa no Santuário paroquial
que se tornou destino de milhões de peregrinos pelo núncio apostólico na
Bósnia-Herzegovina, Luigi Pezzuto, e o Arcebispo Henryk Hoser, um visitante
apostólico especial da Santa Sé.
Peregrinações não autenticam eventos conhecidos
O diretor interino da Sala de Imprensa da
Santa Sé, Alessandro Gisotti, especificou que a autorização Papal deve “ser
acompanhada de cautela, para evitar que estas peregrinações sejam interpretadas
como uma autenticação dos eventos ocorridos, que ainda precisam ser examinados
pela Igreja”. Deve-se, portanto, evitar que tais peregrinações criem confusão
ou ambiguidade do ponto de vista doutrinal. Isto também vale para os pastores
de todas as ordens e graus que pretendem ir a Medjugorje e lá celebrarem ou
concelebrarem, inclusive de forma solene”.
Atenção pastoral
“Considerando o significativo fluxo de pessoas
que vão a Medjugorje e os abundantes frutos da graça que brotaram - continuou
Gisotti - esta disposição faz parte da particular atenção pastoral que o Santo
Padre quis dar àquela realidade, destinada a encorajar e promover os frutos do
bem”.
O visitador apostólico, concluiu o porta-voz,
“terá, deste modo, mais facilidade em estabelecer – em acordo com os ordinários
locais - relações com os sacerdotes encarregados de organizar as peregrinações
a Medjugorje, pessoas certas e bem preparadas, oferecendo-lhes informações e
indicações para que realizem frutuosamente tais peregrinações”.
A decisão do Papa vem um ano depois da
nomeação de Dom Hoser, arcebispo emérito de Warszawa-Praga na Polônia, como
‘Visitador Apostólico de caráter especial para a Paróquia de Medjugorje,
indefinidamente e ad nutum Sanctae Sedis’, ou seja, à disposição da Santa Sé,
em 31 de maio de 2018.