Em meio às discussões e disputas ocasionadas
pelas denúncias de graves erros doutrinários, abusos litúrgicos e
instrumentalização da Igreja para a promoção de uma agenda esquerdista por
parte da CNBB, surgiram muitos sofismas e ideias equivocadas, especialmente por
quem se esforçava para defender o indefensável ou silenciar os denunciantes.
Algumas verdades precisam ficar bem claras:
01- As graves denúncias foram feitas com base em fatos e podem ser
comprovadas com farta documentação
Muitos tentaram desqualificar as denúncias
dizendo que se tratavam de fofocas, mal-entendidos, meias verdades ou mesmo
mentiras, quando na realidade se tratam de fatos que podem ser demostrados de
maneira clara e inequívoca.
02- Expor os erros da CNBB não significa atacar a Igreja
Não se pode simplesmente identificar a Igreja
com a CNBB, do contrário teríamos que aceitar que a Igreja Católica mudou sua
doutrina, ou, o que é pior, que está fadada ao erro no tocante ao seu
ensinamento de fé e moral; pois há uma clara discrepância entre a doutrina da
Igreja Católica e o que ensina a CNBB.
Por exemplo:
– A Igreja Católica ensina que a legítima
defesa é um direito e até mesmo um dever, podendo-se fazer uso das armas para
repelir o agressor; mas a CNBB é contra o direito do cidadão de bem possuir
armas e está militando pelo desarmamento;
– A moral católica ensina que os criminosos
devem ser impedidos de continuar atuando e serem separados do convívio social;
enquanto as cartilhas da CNBB ensinam que prisão não resolve, defendendo uma
política de desencarceramento;
– A Igreja Católica condena o socialismo,
mostrando ser este incompatível com a fé cristã; enquanto a CNBB pauta boa parte
de sua visão de sociedade em uma perspectiva socialista;
– A Igreja Católica defende a propriedade
privada e condena a invasão das mesmas; enquanto a CNBB incentiva a invasão de
terras e financia o MST e outros movimentos revolucionários que promovem invasões
e depredações;
– A Igreja Católica na defesa da família
combate vigorosamente a ideologia de gênero; enquanto a CNBB em suas cartilhas
utiliza a terminologia dos ideólogos de gênero.
Por essas e muitas outras é que não se pode de
modo simplista identificar a Igreja Católica com a CNBB, a doutrina católica e
o ensinamento da CNBB.
03- A Igreja Católica é nossa mãe e mestra e não a CNBB
Embora sejam estruturas legais e previstas no
Direito Canônico, as Conferências Episcopais não fazem parte da hierarquia da
Igreja Católica, de modo que suas iniciativas, doutrinas ou declarações não
obrigam nem o clero nem os fiéis, salvo naquilo que é previsto pelo próprio
direito ou determinado pela Santa Sé.
Portanto, não se pode dar à Conferência
Episcopal o mesmo status e função que tem a Igreja mesma. Neste sentido podemos
afirmar que somos filhos da Igreja e não da CNBB.
04 – A exposição das graves mazelas protagonizadas pela CNBB, precisavam
ser públicas, uma vez que foram feitas publicamente e induziram ao erro e à
confusão muitíssimos fiéis.
Alguns levados por um entendimento equivocado
de prudência e caridade, afirmaram que mesmo que houvessem erros, estes
deveriam ser tratados de modo privado com as autoridades e não veiculados
publicamente nas redes sociais, para que não se expusesse e escandalizasse a
Igreja… Desta forma, os cometedores dos abusos e mesmo as graves faltas não
ficariam expostas (como tem acontecido a décadas) e o povo continuaria sendo
enganado, levado a pensar que a Igreja estava “mudando”, propondo uma nova
doutrina aos fiéis que permaneciam a mercê da heterodoxia de muitos de seus
pastores.
Quem é que pode explicar essa loucura???
Será possível que tais pessoas não compreendem
que o que está em questão é a credibilidade da verdadeira Igreja e o bem e a
salvação de muitas almas?
O erro publicamente feito deve ser
publicamente corrigido quando põe em risco a compreensão e a vivência da
verdadeira doutrina e a fé dos fiéis, especialmente dos mais simples.
05- Diante do grave ataque à fé e da instrumentalização da Igreja para
fins alheios à sua natureza, o silêncio não apenas deixa de ser virtuoso, mas
se torna danoso.
A proposição do silêncio para não se faltar o
respeito as autoridades constituídas ou mesmo para preservar o recolhimento
quaresmal, não é oportuno na presente circunstância de deturpação da fé e do
ensinamento da Igreja.
É preciso expor o erro para que aqueles que
querem seguir a doutrina da Igreja tenham consciência que muitos ensinamentos
da CNBB não corresponde ao que a Igreja sempre ensinou e assim sejam cobradas
as devidas respostas das competentes autoridades.
Podemos fazer silêncio de nossas vontades
próprias, murmurações ou daquilo que se refere a nossa vida pessoal, mas não é
conforme a caridade silenciarmos quando a fé de tantos está em jogo.
Todos os fiéis, incluindo sacerdotes e bispos,
têm o dever de defender a fé diante das ameaças e de cobrar providências das
autoridades.
O voto de obediência que fazem os clérigos não
implica em fazer silêncio diante de graves desvios doutrinários e abusos que se
cometam contra a fé e que podem levar à confusão os fiéis.
Expor erros, ainda que cometidos pelos
superiores hierárquicos, não é faltar-lhes o respeito, do contrário São Paulo
não teria corrigido publicamente seu superior, e muitos santos não teriam feito
o mesmo no decorrer da longa história da Igreja. Deve-se supor que agiram
motivados por verdadeiro zelo e caridade. Quem poderia dizer o contrário?
Às vezes é necessária mais humildade para
suportar as incompreensões e injustas acusações do que para silenciar-se diante
de determinados problemas e assim não ser alvo das represálias das autoridades
que se sentem atingidas.
06- Os que expuseram as graves denúncias não o fizeram para “ver o circo
pegando fogo”, mas por amor à Igreja e por zelo para com a verdade.
É temeraria e injusta a acusação de que os que
fizeram as graves denúncias sejam agitadores, rebeldes e insolentes, que não
têm respeito as autoridades e querem promover divisão na Igreja.
Se trata de pessoas sérias, que amam a Santa
Igreja de Deus e estão desejosas de que os católicos sejam formados na sã
doutrina e vejam celebrados com dignidade e respeito os Sagrados Mistérios de
nossa fé. São jovens e adultos, pais e mães, leigos e sacerdotes que
simplesmente desejam ver o rebanho de Deus ser conduzido na verdade e na
santidade em meio a este mundo conturbado, até alcançar a Pátria Eterna.
Não se quer faltar a reverência, ao respeito e
muito menos à obediência devidos a legítima autoridade.
Nem se quer que as autoridades faltem o
respeito com os fiéis negando-lhes as justas explicações e a realização das
devidas correções.
Tudo o que se deseja é que os erros sejam
efetivamente corrigidos, e as ovelhas caminhem na verdade com seus pastores.
Devemos sim rezar muito para que tudo se
conduza conforme a vontade de Deus e para que não se falte com a verdade nem
com a caridade. Para que o profetismo não seja sufocado pelo silêncio
inoportuno e por fim tudo concorra para o crescimento de todos, para a glória
de Deus e o bem e salvação das almas.
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Equipe Templário de Maria
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