O sacerdote salesiano missionário espanhol,
Fernando Hernández, de 60 anos, foi assassinado em 17 de maio na obra salesiana
de Bobo Dioulasso por um antigo cozinheiro deste centro.
Segundo informa a Assessoria de Imprensa dos
Salesianos, o assassino foi funcionário da obra salesiana por sete anos e havia
sido demitido há dois meses. Ele usou uma faca para executar o crime. Durante a
agressão o Pe. Germain Plakoo-Mlapa também sofreu ferimentos graves e está em
recuperação.
As forças de segurança prenderam o
ex-funcionário imediatamente após o assassinato, assinalam os salesianos da
Espanha.
O assassinato do Pe. Hernández ocorre poucos
dias depois que um grupo de terroristas atacou um grupo de católicos que
regressava de uma procissão de Nossa Senhora no dia 13 de maio, assassinando
quatro adultos e destruindo a imagem religiosa que carregavam.
O ataque ocorreu em Singa, município de
Zimtenga (Burkina Faso) na mesma região onde no dia anterior, no domingo 12 de
maio, entre 20 e 30 terroristas assassinaram um sacerdote, cinco leigos e
depois incendiaram uma igreja.
Além disso, no domingo, 28 de abril, pelo
menos cinco pessoas foram mortas em um ataque a um templo cristão em Burkina
Faso.
A obra salesiana de Bobo Dioulasso, onde o
salesiano assassinado era vigário e ecônomo, atende a um pré-noviciado, uma
paróquia, um oratório, uma casa de acolhida para meninos e meninas de rua, um
centro de alfabetização e uma escola profissional com mais de 300 alunos.
"A Congregação Salesiana expressa sua
profunda tristeza pela trágica morte do sacerdote salesiano e deseja estar
próxima de sua família e dos irmãos de sua comunidade", afirma o
comunicado.
Da mesma forma, "condena toda forma de
violência, reafirma sua vontade de continuar trabalhando nestes países
africanos, especialmente com a educação e a evangelização dos jovens, para
contribuir para seu pleno desenvolvimento".
Às vezes, explicam, esse trabalho se
desenvolve em situações muito difíceis e até mesmo hostis. Há apenas três
meses, outro missionário salesiano espanhol, Antonio César Fernández, também
foi assassinado em Burkina Faso, naquela ocasião durante um ataque jihadista.