A televisão pública do estado do Alabama
(APT), no sul dos Estados Unidos, censurou a transmissão de um episódio recente
da série infantil "Arthur" porque mostrava um casamento gay entre
dois professores.
O capítulo "Mr. Ratburn and the Special
Someone" ("Senhor Ratburn e A Pessoa Especial") narra um
casamento com a presença de Arthur, protagonista da produção, junto com pais, e
na qual um dos professores do garoto se casa com um homem.
Durante a trama, a família se mostra feliz por
conhecer o casal e participa da cerimônia com normalidade. "Arthur" é
uma premiada série infantil de desenhos produzida desde 1996 pela televisão
pública americana (PBS), a mesma responsável por "Vila Sésamo".
O episódio censurado no Alabama estreou em
todo os Estados Unidos no último dia 13, mas a "APT" se recusou a
transmitir o capítulo, alterando a programação. O diretor da emissora, Mike
Mckenzie, admitiu que o canal rejeitou a emissão quando soube da existência do
episódio.
"Os pais confiaram na Televisão Pública
do Alabama por mais de 50 anos para oferecer às crianças programas que
entretenham, eduquem e inspirem", disse Mckenzie ao jornal
"AL.com", ao qual frisou que a emissora não pretende pôr o episódio
no ar em momento algum.
"Embora recomendemos encarecidamente aos
pais que vejam televisão com os seus filhos, eles confiam que os seus filhos
possam ver 'RPT' sem a sua supervisão", justificou.
Esta não é a primeira vez que a emissora de
televisão se nega a colocar no ar um capítulo no qual aparecem pessoas
homossexuais. Um episódio em que um amigo de Arthur tinha duas mães também foi
vetado.
O Alabama também foi notícia na semana passada
por proibir o aborto, inclusive em casos de estupro e incesto, e prever penas
de entre dez e 99 anos de prisão para as pessoas que o praticarem.
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Opinião Crítica/ EFE/ BOL
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