Em 11 de agosto, a população da Guatemala
elegeu como novo presidente o candidato do partido Vamos, Alejandro Giammattei,
o qual, durante sua campanha eleitoral, disse que defenderia o casamento
formado por um homem e uma mulher e a vida do nascituro.
Giammattei, de 63 anos, venceu a eleição no
segundo turno com cerca de 59% dos votos, contra cerca de 40% obtidos por
Sandra Torres, candidata do partido da Unidade Nacional de Esperança (UNE) e
ex-primeira-dama no período de 2008-2012, segundo informou o Conselho Supremo
Eleitoral do país.
O presidente eleito para o período 2020-2024
participava de uma eleição presidencial pela quarta vez, é médico e usa muletas
porque sofre de esclerose múltipla.
Em entrevista ao Grupo ACI, Juan Diego Godoy,
diretor de comunicação da Associação ‘A Família Importa’ (AFI), disse que “o
partido Vamos, junto com o presidente e vice-presidente eleitos, confirmaram
que são contra o aborto, a favor da vida desde a concepção e a favor do casamento
entre homem e mulher respeitando sempre nossa Constituição”.
No entanto, Godoy afirma que tem suas
reservas, porque o novo presidente também disse "ser a favor da pena de
morte" e que, inclusive, é "uma das propostas de seu governo".
O líder pró-vida acredita que as afirmações de
que Giammattei defende a vida e a família são corretas, mas fazem sentido em um
contexto político.
“Obviamente sabemos que, como a Guatemala é um
país conservador e as leis estão feitas, convém aos políticos apoiar este tipo
de iniciativas, mesmo que não estejam de acordo com seus valores e princípios.
Convém porque sabem que têm a maioria dos votos assegurados”, afirmou.
Nesse contexto, explicou que, o movimento
pró-vida fez “um grande esforço para comprometer” os candidatos com suas
propostas.
“Por exemplo, tanto Alejandro Giammattei como
os outros candidatos à presidência e vice-presidência assinaram a declaração
vida e família da AFI nesta campanha eleitoral. Nessa declaração, eles se
comprometeram com a vida desde a concepção até a morte natural, a defender a
família, o casamento e a colocar pessoas pró-vida e pró-família em
cargos-chave”, disse Godoy.
Quanto aos “cargos-chave”, referiu-se à
Secretaria da Mulher, Ministério das Relações Exteriores, Ministério da Saúde
Pública e Ministério da Educação.