Um padre da Igreja Ortodoxa foi banido na
Rússia depois de tentar batizar um bebê à força na cidade de Gatchina, na
região de Leningrado, a cerca de 50km ao sul de São Petersburgo. O incidente,
que ocorreu no dia 10 de agosto, foi filmado, e o vídeo mostra a mãe da criança
tentando impedir o batismo violento.
O padre, identificado como Foty pelo veículo
"Radio Free Europe", deverá ficar afastado do clero por um ano. Nas
imagens, ele aparece tentando afundar o bebê, de 1 ano de idade, várias vezes
na água, à força, apesar dos choros e chutes da criança. A mãe tenta, então,
tirar o filho do padre, mas ele se recusa a entregá-lo.
A criança teve arranhões e ficou com hematomas
depois do episódio, afirmou uma estação de TV russa ao relatar o caso no
Twitter.
O sacerdote ainda tentou defender o modo como
agiu, afirmando que os pais do bebê desconheciam os ritos da igreja. Ele também
disse que tinha a intenção de mergulhar a cabeça da criança na água três vezes,
conforme as regras do batismo, e que a mãe se comportou de forma
"extremamente emocional".
A diocese local da Igreja Ortodoxa,
entretanto, emitiu um pedido de desculpas no mesmo dia pelo ocorrido, e afirmou
que o padre havia sido banido dos deveres ministeriais, impedido de usar roupas
clericais e que não poderia dar bênçãos por um ano.
O vídeo causou grande comoção na Rússia, diz a
"Radio Free Europe", e atraiu a atenção de autoridades superiores da
capital. Hieromonk Gennady, do departamento de educação paroquial do
Patriarcado de Moscou, chamou a atitude do padre de "loucura" em
comentários à RIA Novosti.
"Uma pessoa inadequada no tecido sagrado
pode se tornar um obstáculo insuperável no caminho de Deus, não apenas para as
dezenas, mas para as milhares de pessoas que assistiram ao vídeo",
declarou Gennady à agência de notícias estatal.
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Front Católico/ Portal do Holanda
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