Para celebrar o centenário da Carta Apostólica
Maximum illud de Bento XV, sobre a atividade desenvolvida pelos missionários no
mundo, o Papa Francisco decretou este mês de outubro como Mês Missionário
Extraordinário, com o tema “Batizados e enviados: a Igreja de Cristo em missão
no mundo”. A finalidade desse decreto é despertar, em medida maior, a
consciência da missão ad gentes e retomar com novo impulso a transformação
missionária da vida e da pastoral. Por isso, a réplica da Cruz Missionária,
abençoada pelo Papa, está percorrendo todas as dioceses do Brasil, recordando a
todos a Missão da Igreja, incentivando a todos os cristãos a serem
missionários, cada qual no seu próprio estado de vida e condição.
Na Evangelii Gaudium, o Papa Francisco afirma
que “a ação missionária é o paradigma de toda obra da Igreja” (n. 15). Trata-se
de pôr a missão de Jesus no coração da Igreja, transformando-a em critério para
medir a eficácia de suas estruturas, os resultados de seu trabalho, a
fecundidade de seus ministros e a alegria que eles são capazes de suscitar.
Porque sem alegria não se atrai ninguém. “Sonho com uma opção missionária capaz
de transformar tudo, para que os costumes, os estilos, os horários, a linguagem
e toda a estrutura eclesial se tornem um canal proporcionado mais à
evangelização do mundo atual que à autopreservação. A reforma das estruturas,
que a conversão pastoral exige, só se pode entender neste sentido: fazer com
que todas elas se tornem mais missionárias, que a pastoral ordinária em todas
as suas instâncias seja mais comunicativa e aberta, que coloque os agentes
pastorais em atitude constante de ‘saída’ e, assim, favoreça a resposta
positiva de todos aqueles a quem Jesus oferece a sua amizade. Como dizia João
Paulo II aos Bispos da Oceania, ‘toda a renovação na Igreja há de ter como alvo
a missão, para não cair vítima duma espécie de introversão eclesial’.”
(Evangelii Gaudium n. 27).