sexta-feira, 21 de fevereiro de 2020

Eutanásia em Portugal: Bispos reafirmam apoio a todas as iniciativas em defesa da vida


A Conferência Episcopal Portuguesa (CEP) reafirmou que “acompanha e apoia todas as iniciativas que continuarão a decorrer pela defesa da vida e contra a eutanásia”, após a votação na Assembleia da República que culminou na aprovação da eutanásia em Portugal.

Em votação na quinta-feira, 20 de fevereiro, os parlamentares portugueses aprovaram cinco projetos de lei que preveem a despenalização da eutanásia no país. As iniciativas tiveram seus textos aprovados na generalidade, de modo que cabe agora encontrar um texto comum que reúna seu conteúdo para que o projeto de lei seja novamente votado pela assembleia e posteriormente submetido à aprovação ou veto do presidente Marcelo Rebelo de Sousa.

Após o resultado, a CEP publicou uma nota assinada por seu porta-voz, Padre Manuel Barbos, na qual afirma que assistiu “com enorme tristeza” a decisão da Assembleia da República.

Nesse sentido, reitera o que já havia afirmado em um comunicado contrário a tais projetos de 11 de fevereiro, “em profunda sintonia com o Papa Francisco, o qual fez um apelo aos profissionais de saúde, na mensagem para o Dia Mundial do Doente, para “terem em vista constantemente a dignidade e a vida da pessoa, sem qualquer cedência a atos como a eutanásia, o suicídio assistido ou a supressão da vida, mesmo se o estado da doença for irreversível”.

Além disso, destaca as palavras do presidente da CEP e Patriarca de Lisboa, Cardeal Manuel Clemente, o qual declarou à Agência Ecclesia, do episcopado português, que “aquilo que importa enquanto Igreja, e importa a muitas outras forças da sociedade civil – a maior parte delas nem são propriamente presenças religiosas, são profissionais e de outras áreas – e até inter-religiosas, é que a vida seja devidamente contemplada em todo o arco existencial, independentemente do que possa acontecer legislativamente”.

Portugal: Instituições católicas de saúde afirmam que não aplicarão a eutanásia


Duas redes católicas que prestam serviços de saúde em Portugal afirmaram neste dia 20 de fevereiro que não aplicarão a eutanásia a seus pacientes de modo algum, mesmo que tal prática seja aprovada no debate que ocorre nesta quinta-feira na Assembleia da República.

Por meio de comunicados, tanto o Secretariado Nacional da União das Misericórdias Portuguesas (UMP) como o Instituto das Irmãs Hospitaleiras do Sagrado Coração de Jesus reforçaram sua posição a favor dos cuidados paliativos, contrária à eutanásia, a qual afirmam que não praticarão em seus estabelecimentos de saúde.

As Irmãs Hospitaleiras reiteraram, no comunicado publicado em seu site e divulgado pela Agência Ecclesia – do episcopado português –, a “fidelidade aos princípios do respeito pela vida humana, sagrada e inviolável, a promoção das melhores práticas clínicas ao serviço do cuidado com a dignidade, do alívio do sofrimento e do conforto na atenção, especialmente quando a vida é mais vulnerável”.

Nesse sentido, expressaram, “não será permitido em nenhum dos estabelecimentos de saúde dirigidos por este Instituto a prática de atos contrários a estes princípios, nomeadamente aqueles que possam abreviar a morte intencionalmente a pedido do doente”.

As Hospitaleiras assinalam ainda que seguirão aplicando “todos os esforços para continuar a oferecer uma atenção e cuidado humanizado, integral e interdisciplinar a favor da saúde e da qualidade de vida das pessoas que se encontram aos nossos cuidados nos âmbitos não só físico, mas também psicológico, social, espiritual e ético”.

A Instituição, “que há quase 140 anos se dedica ao cuidado dos mais frágeis”, expressa ainda seus votos de que os políticos “se empenhem em definir as melhores políticas que promovam a criação e organização dos recursos necessários e urgentes para atender e acompanhar aqueles que experimentam a fragilidade, a doença e o sofrimento”.

“E como sinal essencial de uma sociedade verdadeiramente desenvolvida, se rejeite a legalização da eutanásia”, pedem as Irmãs Hospitaleiras, concluindo que “a resposta à vida não se encontra na morte, mas sim na humanização, na proximidade e na compaixão, entendida no seu sentido, ou seja, o acompanhamento incondicional à dor de quem a sofre”.

Por sua vez, o Secretariado Nacional da União das Misericórdias Portuguesas (UMP) declarou por meio de comunicado divulgado pela Agência Ecclesia que, frente ao debate sobre a despenalização da eutanásia no parlamento português, “decidem tornar público que, nas suas instituições, não praticarão a eutanásia a nenhum título”.

A UMP, explica Ecclesia, “é uma associação de âmbito nacional, criada em 1976 para orientar, coordenar, dinamizar e representar as Misericórdias, defendendo os seus interesses e organizando atividades de interesse comum”.

Em seu comunicado, a entidade assinala que “nos últimos 40 anos, [as Misericórdias] têm consagrado o melhor da sua atividade a cuidar das pessoas, nomeadamente os mais idosos, muitas vezes em situações de extrema dificuldade sempre com o objetivo de lhes assegurar dignidade, cidadania e qualidade de vida”.

Assim, indicam que “não podem deixar de manifestar uma vez mais” aos portugueses, ao presidente da República, ao primeiro-ministro, a todo governo e aos deputados, “a sua total disponibilidade para reforçar a sua capacidade de cuidar das pessoas”, para “criar na sociedade todas as condições para uma vida plena e digna”.

Além disso, diante de uma possível aprovação da eutanásia, explicam que no “respeito pela pessoa humana e pela liberdade individual”, no caso de um paciente “desejar apoio para colocar termo à vida”, as Misericórdias vão facilitar a transferência deste para “uma entidade certificada que o queira e possa fazer”.

Deputados pedem retirada de imagem blasfema da Virgem Maria de exposição no Rio



Deputados estaduais do Rio de Janeiro denunciaram e pediram a retirada de uma mostra blasfema que está em exposição em um espaço da prefeitura, na qual a Virgem Maria é representada com um seio a mostra e um órgão masculino.

A exposição está no Centro Municipal de Arte Hélio Oiticica, espaço da Secretaria Municipal de Cultura do Município do Rio de Janeiro.

Na quarta-feira, o deputado estadual católico Márcio Gualberto esteve no local e gravou um vídeo, disponibilizado em suas redes sociais, e denunciou que se trata de uma exposição que “exibe um absurdo escárnio da fé cristã”.

“A pergunta que eu faço é se isso aqui deveria estar em um espaço administrado pela Prefeitura do Rio de Janeiro. Evidentemente que não. É de um extremo mau-gosto, no mínimo”, declarou o parlamentar no vídeo.

O deputado mostra, então, uma das obras que traz “um oratório estilizado, uma imagem grotesca de uma mulher representando a Virgem Maria, com um dos seios a mostra e, por incrível que pareça, em uma extrema atitude de mau-gosto e de desrespeito”, com um órgão masculino a mostra.

“Mas, não para por aí – indica Gualberto –, ao lado da imagem, tem a seguinte frase: ‘Deus acima de tudo, gozando acima de todos’”, que faz referência a frase utilizada na campanha do presidente Jair Bolsonaro, “Brasil acima de tudo, Deus acima de todos”.

Ministra Damares Alves é recebida na CNBB e destaca importância da igreja


A ministra da Mulher, da Família e dos Direitos Humanos, Damares Alves, foi recebida, foi recebida pela presidência da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), na quarta-feira, 19 de fevereiro, ocasião em que destacou a importância da igreja na ajuda aos que mais necessitam.

Participaram do encontro na sede da CNBB, em Brasília, o Arcebispo de Porto Alegre (RS) e primeiro vice-presidente da CNBB, Dom Jaime Spengler, o Bispo de Roraima (RR) e segundo vice-presidente, Dom Mário Antônio da Silva, e o Bispo Auxiliar do Rio de Janeiro e secretário-geral da entidade, Dom Joel Portella Amado.

Após o encontro, a ministra Damares Alves contou em uma postagem em seu perfil no Twitter que discutiram “parcerias nas ações sociais em defesa da criança, de mulheres, idosos e muitas outras pautas”.

“A igreja está lá na ponta e pode nos ajudar a espalhar ações do bem”, acrescentou.

    Oi, gente. Acabei de sair de uma maravilhosa reunião com Dom Jaime Spengler e demais membros da CNBB. Discutimos parcerias nas ações sociais em defesa da criança, de mulheres, idosos e muitas outras pautas. A igreja está lá na ponta e pode nos ajudar a espalhar ações do bem. pic.twitter.com/caSNgTm5UP
    — Damares Alves (@DamaresAlves) February 19, 2020

Por sua vez, o primeiro vice-presidente da CNBB expressou ao site da entidade que “é sempre motivo de alegria quando podemos colaborar com as instituições que se preocupam com a promoção e cuidado da vida”.

“Eu creio que estabelecemos um canal de diálogo muito positivo e naquilo que pudermos colaborar, sobretudo na promoção de valores que nos unem, estaremos juntos”, afirmou.

segunda-feira, 17 de fevereiro de 2020

Romaria do Terço dos Homens reúne mais de 80 mil pessoas no Santuário de Aparecida



Em sua 12ª edição, a Romaria Nacional do Terço dos Homens reuniu mais de 80 mil pessoas no Santuário de Aparecida (SP), no último fim de semana, em um evento que pela primeira vez contou com três dias de programação.

Entre os momentos centrais da Romaria esteve a Missa Solene, celebrada na Tribuna Dom Aloísio Lorscheider, no sábado, 15 de fevereiro. Pela primeira vez, a Celebração Eucarística foi campal, para oferecer mais espaço e segurança aos participantes.

A Missa foi presidida pelo Arcebispo de Aparecida, Dom Orlando Brandes, e concelebrada pelo Arcebispo de Juiz de Fora (MG) e Bispo referencial para o Terço dos Homens, Dom Gil Antônio Moreiro, além do reitor do Santuário, Pe. Eduardo Catalfo, e outros sacerdotes.

“Terço dos homens é um sinal dos tempos. O Terço dos homens é um novo rosto da igreja do Brasil. O Terço dos Homens é uma rede que se está lançando para pescarmos cada vez mais pessoas para Jesus Cristo”, exclamou Dom Brandes durante sua homilia, de acordo com o portal A12, do Santuário de Aparecida.

O Prelado reforçou o convite a rezar o terço, ressaltando os benefícios desta oração. Segundo ele, “o terço na história de Aparecida é a oração dos milagres, onde nós obedecemos a Mãe que nos disse: ‘Fazei tudo o que Ele vos disser’”.

“Mãe querida, que nós sejamos o Terço que rezamos... O 'Agora' da Ave-maria nos compromete a ser aquilo que rezamos”, pediu. 

"China quer a rendição do Vaticano", afirma Cardeal



O Bispo emérito de Hong Kong (China), Cardeal Joseph Zen Ze-kiun, afirmou em uma recente visita aos Estados Unidos que o governo comunista chinês quer a rendição do Vaticano e previu o fim da igreja clandestina ou subterrânea no país asiático, como são conhecidos os católicos que permanecem fiéis à Santa Sé.

“A situação é muito ruim e a fonte disso não é o Papa que não sabe muito sobre a China. O Santo Padre Francisco tem um carinho especial por mim”, disse o Cardeal Zen à CNA, agência em inglês do Grupo ACI.

Agora, continuou o Cardeal, "estou lutando contra Parolin porque as coisas ruins vêm dele". O Purpurado chinês se referiu assim ao Cardeal Pietro Parolin, Secretário de Estado do Vaticano.

"Você não pode se comprometer" com o Partido Comunista Chinês porque eles são "perseguidores" da fé, continuou o Cardeal Zen. "Eles querem a rendição total. Isso é comunismo”, acrescentou.

A entrevista de CNA com o Cardeal Zen foi realizada em 11 de fevereiro, durante sua visita ao Capitólio em Washington, D.C., (Estados Unidos), onde se reuniu com alguns congressistas no escritório do representante republicano de Nova Jersey, Chris Smith. Respeitando o pedido do Purpurado chinês, nenhuma foto foi tirada do evento ou do diálogo da agência do Grupo ACI com ele.

Smith disse à CNA que o Cardeal Zen é "um São Paulo do nosso tempo, pois ele não é apenas um santo e eficaz testemunho do Evangelho de Jesus Cristo, mas um homem de grande verdade sobre o que realmente está acontecendo na China".

Durante a reunião, o Cardeal e os membros do Congresso dialogaram sobre o programa de "sinização" da prática religiosa da China e sobre os grandes esforços do governo para submeter e controlar as religiões no país.

Entre outras coisas, o Cardeal explicou aos legisladores que a celebração do Natal foi proibida na China, as bíblias foram reescritas por ordem das autoridades regionais e há uma queda nas vocações.

Em 2018, o Vaticano e a China assinaram um acordo para a eleição dos bispos. Esperava-se que isso unificasse a Igreja no país, de modo que a Associação Católica Patriótica Chinesa, que está sob controle do governo, alcançasse a comunhão com a Santa Sé e se juntasse à Igreja clandestina ou subterrânea que sempre permaneceu fiel a Roma.

Segundo um relatório de janeiro da Comissão do Congresso dos Estados Unidos sobre a China, as violações dos direitos humanos no país asiático se intensificaram em 2019 e a perseguição contra os católicos aumentou.

"A Igreja está sendo cada vez mais perseguida", disse o Cardeal Zen, "ambas, a Igreja oficial e a clandestina".

A Igreja clandestina, lamentou, "está condenada a desaparecer", porque os bispos mais idosos estão morrendo e não se nomeiam sucessores, o que significa que não estão sendo ordenados novos sacerdotes.

Quando os fiéis se aproximam dele para perguntar como pode agora ajudar a Igreja, o Cardeal assinalou à CNA que ele lhes diz que “não posso fazer nada. Não tenho voz no Vaticano. Simplesmente nada".

"E a situação para a Igreja Católica é, humanamente falando, desesperadora", disse o Cardeal Zen. 

quinta-feira, 13 de fevereiro de 2020

Estátua da Virgem de Lourdes estremece a Argentina: Não está, mas todos a veem


Todos os que visitam a capela do santuário Nossa Senhora de Lourdes de Alta Gracia, na província de Córdoba (Argentina), são testemunhas de um fato que ainda não tem explicação. No nicho do retábulo localizado no altar, vê-se uma imagem da Virgem, apesar do espaço estar, sem sombra de dúvidas, vazio.

Segundo informa a agência AICA, não é uma imagem plana, mas com relevo, tridimensional, com dobras no vestido. Tampouco é uma ilusão psicológica como resultado da devoção exagerada de alguns peregrinos.

Todos os que chegam lá podem vê-la – sejam pessoas de fé ou não – e, de fato, a imagem fica registrada nas fotos tiradas. A imagem pode ser vista com clareza da porta de entrada e vai sumindo à medida que a pessoa se aproxima do altar.

Fontes do Santuário de Nossa Senhora de Lourdes de Alta Gracia disseram à ACI Prensa – agência em espanhol do Grupo ACI –, em 10 de fevereiro que, embora não haja um pronunciamento específico do Arcebispo local, “tudo permanece igual desde 2011. As pessoas continuam comparecendo e continuam se surpreendendo com o que veem”.

Holanda quer distribuir pílula gratuita para matar idosos de 70 anos “cansados de viver”


O parlamento holandês está debatendo a  distribuição gratuita de uma pílula letal para idosos de 70 anos “cansados de viver”.

O comprimido Diron- homenagem a Huib Drion, juiz da suprema corte holandesa que defende a distribuição das pilulas aos idosos – pode ser uma realidade ainda este ano, de acordo com o portal Observador.

O governo divulgou um estudo apontando que 0,18% da população acima de 55 anos, cerca de 10 mil pessoas, “têm desejo de morrer”, mesmo em perfeitas condições de saúde.

O partido liberal, D66, incluiu em seu programa partidário a liberação do comprimido letal para idosos e o partido cobra urgência do governo na decisão do primeiro-ministro Mark Rute:

“Os idosos que já viveram o suficiente querem morrer quando decidirem”, publicou o partido em nota.