O empenho de líderes pró-vida e a manifestação
da população brasileira foram fundamentais para o adiamento da votação dos
projetos de Lei 1.444 e 1.552 de 2020 na sessão virtual da Câmara dos
Vereadores, nesta quinta-feira, 25. Se tivessem sido aprovados como estavam
seriam brechas para a despenalização do aborto no Brasil.
A mobilização, via telefone e redes sociais,
jogou luz em pontos obscurecidos e conseguiu adiar a movida, que foi apelidada
de “Covidão do Aborto”, por aproveitar de maneira sorrateira o surto de
Covid-19 para ampliar os casos em que o aborto no Brasil não é penalizado.
“As lideranças conseguiram explicar o que
estava embutido nos projetos, as armadilhas e eufemismos para o presidente da
Câmara, Deputado Rodrigo Maia, que retirou de pauta. Não chegou a ter discussão
sobre esses projetos”, disse o coordenador do Movimento Legislação e Vida,
professor Hermes Rodrigues Nery.
Segundo o professor Nery, a vitória ainda é temporária,
porque a tramitação está em aberto e o pacote legislativo em favor do aborto
ainda pode voltar na próxima semana.
“Caso os projetos entrem em pauta novamente,
saberemos com um dia de antecedência. A mobilização precisa continuar para
evitar que a agenda do aborto avance sorrateiramente no Congresso Nacional, sob
o pretexto da pandemia do novo coronavírus”, afirmou.