Às vésperas da renovação do acordo China-Vaticano -que é dado como certo, apesar da pressão contra a diplomacia norte-americana- continuam chegando os ecos das indignações das autoridades comunistas desse país contra membros da Igreja Católica fiel ao Vaticano, principalmente daqueles que se negam a aderir à denominada Associação Patriótica Católica Chinesa (CPCA, sigla em inglês).
Religiosas preferem ser presas do que ceder às pressões do governo comunista
Exemplo disso é o que acontece com algumas freiras da Diocese de Xuanhua, na província de Hebei, que são continuamente pressionadas a ingressar na CPCA. “Preferimos ser presas e encarceradas do que preencher esses requerimentos”, expressou uma das religiosas. “Depois que os formulários [de inscrição do CPCA] fossem preenchidos, eles nos convocariam para assistirmos aulas de treinamento na capital da província, Shijiazhuang, onde seríamos doutrinadas com a ideologia do Partido Comunista Chinês, como fazem com os sacerdotes”.
Em junho passado, o governo da cidade de Gaojiaying no distrito de Chongli da cidade de Zhangjiakou ordenou que as freiras que serviam na Igreja Católica da cidade, que se recusaram a ingressar na CPCA, deixassem a área porque “não eram locais”. Abandonar a área é realmente um eufemismo, pois essa ordem equivale a um exílio. Algumas dessas religiosas vivem lá há 20 anos e não têm parentes que as possam acolher.