domingo, 6 de dezembro de 2020

Bélgica: Bispos pedem ao governo a retomada das Missas públicas, suspensas até o próximo ano



Os bispos católicos da Bélgica pediram para dialogar com o governo, que suspendeu, através de um decreto, as Missas públicas até 15 de janeiro de 2021.

Em 29 de novembro, o governo belga publicou um decreto ministerial que obrigaria cerca de 6,5 milhões de católicos do país a celebrar o Natal em casa.

Diante disso, os bispos católicos da Bélgica enviaram um comunicado no dia 1º de dezembro, pedindo um diálogo para retomar as celebrações eucarísticas públicas e, ao mesmo tempo, reconhecem a necessidade de tomar medidas para conter a pandemia da COVID-19, salvar vidas e aliviar a pressão sobre o sistema de saúde do país.

“Os bispos, como muitos fiéis, consideram esse bloqueio das celebrações religiosas públicas nas igrejas uma limitação à experiência de sua fé”, afirma o comunicado.

“Os bispos querem retomar o diálogo com os serviços governamentais competentes para consultar sobre a retomada das celebrações religiosas públicas, retomada enquadrada por protocolos que garantam a máxima segurança”, acrescenta.

Além disso, os bispos da Bélgica exortaram os sacerdotes a manter as igrejas abertas para orações privadas pelo maior tempo possível em dezembro e janeiro. “Mesmo no confinamento, permaneçamos em comunhão”, enfatizam.

“Do mesmo modo, pedem aos responsáveis ​​pelas paróquias que autorizem a visita ao presépio da Igreja durante os dias de Natal, no cumprimento das medidas de proteção contra a COVID-19. E, em particular, ser solidários com aqueles que passam um período particularmente difícil, devido à crise atual”, concluíram.

1ª Pregação do Advento 2020: "Ensina-nos a contar os nossos dias para que nosso coração a sabedoria alcance" (Sl 90,12).


                                “ENSINA-NOS A CONTAR OS NOSSOS DIAS,
PARA QUE NOSSO CORAÇÃO A SABEDORIA ALCANCE
(Sl 90,12).

Primeira Pregação do Advento de 2020
 

Um de nossos poetas, Giuseppe Ungaretti, descreve o estado de espírito dos soldados nas trincheiras durante a Primeira Guerra Mundial com um poema composto de apenas nove palavras:

Nós ficamos 
como no outono 
nas árvores 
as folhas.

Hoje é toda a humanidade que experimenta essa sensação de precariedade e caducidade por conta da pandemia. “O Senhor – escreveu São Gregório Magno – ora por palavras, ora por fatos nos adverte”[1]. No ano marcado pelo grande e terrível “fato” do corona vírus, esforcemo-nos em captar o ensinamento que daí cada um de nós pode tirar para a própria vida pessoal e espiritual. São reflexões que podemos fazer apenas entre nós, fiéis, e que talvez seria pouco prudente propor, neste momento, indistintamente a todos, para não aumentar a perplexidade que a pandemia provoca em alguns no que se refere à fé.

As verdades eternas sobre as quais queremos refletir são: primeiro, que todos somos mortais e “não temos aqui cidade permanente”; segundo, que a vida do fiel não termina com a morte porque nos aguarda a vida eterna; terceiro, que não estamos sós no pequeno barco do nosso planeta, porque a “Palavra se fez carne e veio morar entre nós”. A primeira dessas verdades é um objeto de experiência, as outras duas são objetos de fé e esperança
 
Memento mori!

Iniciemos meditando hoje sobre a primeira destas “máximas eternas”: a morte. Ela está resumida na antiga sentença que os monges Trapistas escolheram como lema de sua Ordem, “Memento mori”: lembra-te de que morrerás.

Da morte, pode-se falar de duas maneiras diversas: ou em chave kerigmática, ou em chave sapiencial. O primeiro modo consiste em proclamar que Cristo venceu a morte; que ela não é mais um muro contra o qual tudo se quebra, mas uma ponte rumo à vida eterna. O modo sapiencial ou existencial consiste, ao invés, em refletir sobre a realidade da morte tal como ela se apresenta à experiência humana, com o objetivo de trazer daí lições para bem viver. É a perspectiva em que nos colocamos nesta meditação.

Este último é o modo em que se fala da morte no Antigo Testamento e, em particular, nos livros sapienciais: “Ensina-nos a contar os nossos dias, para que nosso coração a sabedoria alcance”, pede a Deus o salmista (Sl 90,12). Tal maneira de olhar a morte não termina com o Antigo Testamento, mas continua também no Evangelho de Cristo. Recordemos sua admoestação: “Vigiai, portanto, pois não sabeis o dia, nem a hora” (Mt 25,13), a conclusão da parábola do rico que projetava construir celeiros maiores para a sua colheita: “Insensato! Ainda nesta noite vão tomar a tua vida. E o que acumulaste, para quem será?” (Lc 12,20), e, ainda, sua frase: “Que adianta a alguém ganhar o mundo inteiro, mas arruinar a sua vida?” (cf. Mt 16,26).

A tradição da Igreja se apropriou deste ensinamento. Os Padres do deserto cultivavam o pensamento da morte, até fazer disso uma prática constante e mantê-lo vivo com todos os meios. Um deles, que trabalhava tecendo fio de lã, tinha tomado o hábito de deixar o fuso cair, de vez em quando, e “de pôr a morte diante dos próprios olhos antes de pegá-lo novamente”[2]. “Pela manhã – exorta a Imitação de Cristo – pensa que não chegarás à noite, e à noite, não te prometas o dia seguinte” (I,23). Santo Afonso Maria de Ligório escreve um tratado intitulado Preparação para a morte, que tem sido, por séculos, um clássico da espiritualidade católica.

Tal modo sapiencial de falar da morte se encontra em todas as culturas, não apenas na Bíblia e no cristianismo. Está presente, secularizado, também no pensamento moderno, e vale a pena acenar brevemente às conclusões a que chegaram dois pensadores, cuja influência ainda é forte em nossa cultura.

O primeiro é Jean-Paul Sartre. Ele inverteu a relação clássica entre essência e existência, afirmando que a existência vem antes e é mais importante da essência. Traduzido em termos simples, isso quer dizer que não existe uma ordem e uma escala de valores objetivos e anteriores a tudo – Deus, o bem, os valores, a lei natural – à qual o homem deve conformar-se, mas que tudo deve partir da própria existência individual e da própria liberdade. Cada pessoa deve inventar e realizar o seu destino como o rio, que, avançando, cava sozinho o próprio leito. A vida é um projeto que não está escrito em nenhuma parte, mas é decidido pelas próprias e livres escolhas.

Este modo de conceber a existência ignora completamente o dado da morte e, por isso, é confutado pela realidade mesma da existência que se quer afirmar. O que pode projetar o homem, se não sabe, nem depende dele, se amanhã ainda estará vivo? A sua tentativa se assemelha ao de um prisioneiro que passa todo o tempo a projetar o melhor itinerário a seguir para passar de uma parede à outra de sua cela.

Mais crível, sobre este ponto, é o pensamento de um outro filósofo, Martin Heidegger, que também parte de premissas análogas e se move no mesmo viés do existencialismo. Definindo o homem como um “um-ser-para-a-morte”[3], ele faz da morte não um incidente que põe fim à vida, mas a substância mesma da vida, aquilo de que é feita. Viver é morrer. O homem não pode viver sem queimar e encurtar a vida. Cada minuto que passa é subtraído da vida e dado à morte, como, percorrendo de carro uma estrada, vemos casas e árvores desaparecendo rapidamente atrás de nós. Viver para a morte significa que a morte não é só o fim, mas também o objetivo da vida. Nasce-se para morrer, não para outra coisa.

Qual é, então, – pergunta-se o filósofo – aquele “núcleo sólido, certo e intransponível”, ao qual a consciência chama o homem e sobre o qual se deve fundar a sua existência, se quiser ser “autêntica”? Resposta: O seu nada! Todas as possibilidades humanas são, na realidade, impossibilidades. Toda tentativa de projetar-se e de elevar-se é um salto que parte do nada e termina no nada[4]. Resta resignar-se, fazer - como dizem - uma virtude da necessidade e até amar o próprio destino. Uma versão moderna do “amor Fati” dos estóicos.

Santo Agostinho também antecipara esta intuição do pensamento moderno sobre a morte, mas para daí tirar uma conclusão totalmente diversa: não o niilismo, mas fé na vida eterna.

Quando nasce um homem – escrevia – fazem-se tantas hipóteses: talvez será belo, talvez será feio; talvez será rico, talvez será pobre; talvez viverá muito, talvez não... Mas de nenhum se diz: talvez morrerá, talvez não morrerá. Esta é a única coisa absolutamente certa da vida. Quando sabemos que alguém está doente de hidropisia (à época, esta doença era incurável, hoje são outras), dizemos: “Coitado, deverá morrer; está condenado, não há remédio”. Mas não deveríamos dizer a mesma coisa sobre alguém que nasce? “Coitado, deverá morrer, não há remédio, está condenado!”. Que diferença há se em um tempo mais ou menos longo ou breve? A morte é a doença mortal que se contrai ao nascer[5].

Dante Alighieri condensou em apenas um verso esta visão agostiniana, definindo a vida humana sobre a terra “um viver que é um correr à morte”[6].

Nota em solidariedade a Dom Alberto Taveira



O Conselho Nacional da RCCBRASIL aprovou por unanimidade uma nota dirigida a todo o povo da RCC em solidariedade ao arcebispo de Belém do Pará, Dom Alberto Taveira. O mesmo tem sido alvo de calúnias que atacam sua honra. 
 
O Conselho Nacional é unânime em reafirmar o testemunho coerente de Dom Alberto, que sempre foi um pai amoroso aos milhões de carismáticos do Brasil. E convoca todo o povo para permanecer firme em oração, para que a verdade se reestabeleça. 
 
Confira a nota:
  
NOTA DE APOIO, SOLIDARIEDADE E COMUNHÃO PARA COM DOM ALBERTO TAVEIRA CORRÊA (ARCEBISPO METROPOLITANO DE BELÉM-PA) E DE REPÚDIO ÀS FRÁGEIS E INCONSEQUENTES ILAÇÕES DE QUE O PRELADO É VÍTIMA
 
"Tu que habitas sob a proteção do Altíssimo, que moras à sombra do Onipotente, dize ao Senhor: 'Sois meu refúgio e minha cidadela, meu Deus, em quem confio'. É ele quem te livrará do laço do caçador e da peste perniciosa."(Sl 90, 1-3).
 
Afastamos e veementemente repudiamos as denúncias infundadas ora dirigidas a Dom Alberto Taveira Corrêa, Arcebispo Metropolitano de Belém-PA, pois como ovelhas conhecemos e atestamos sua envergadura moral, sua reputação ilibada, sua fidelidade ao Evangelho e à Sã Doutrina Católica. 

Procure-se, pois, conhecer o belo histórico do ora denunciado, caluniado, difamado! Fato é que há uma robusta nuvem de testemunhas beneficiadas pelo bem que este homem de Deus semeia sobre a terra. Certamente, os fatos falarão por si e a verdade refulgirá.

É sabido que alguns posicionamentos firmes e decisões tomadas por Dom Alberto Taveira no governo de sua Arquidiocese desagradaram a alguns, que há algum tempo se insurgem, sem qualquer temor de Deus, para macular a honra e a credibilidade de um Bispo que dá a vida pelas suas ovelhas, confirmando os irmãos na fé e exalando o perfume de Cristo.

Carta aberta do Arcebispo Carlo Maria Viganò ao Presidente Trump


 
Nos meses recentes temos testemunhado a formação de dois lados opostos que eu chamaria bíblicos: os filhos da luz e os filhos das trevas. Os filhos da luz constituem a parte mais evidente da humanidade, enquanto que os filhos das trevas representam uma absoluta minoria. E, no entanto, os primeiros são objeto de uma espécie de discriminação que os coloca numa situação de inferioridade moral relativamente a seus adversários, que frequentemente mantêm posições estratégicas no governo, na política, na economia e na mídia. De um modo aparentemente inexplicável, os bons são feitos reféns pelos maus e por aqueles que os ajudam, seja por interesse, seja por medo.
 
Estes dois lados, que têm uma natureza bíblica, seguem a nítida separação entre os filhos da Mulher e os filhos da Serpente. De um lado estão aqueles que, embora tenham mil defeitos e fraquezas, são motivados pelo de desejo de fazer o bem, de ser honestos, de formar família, de se dedicar ao trabalho, e dar prosperidade à sua pátria, de ajudar os necessitados e, obedecendo a Lei de Deus, merecer o Reino dos Céus. Do outro lado estão aqueles que servem a si próprios, que não detêm quaisquer princípios  morais, que querem demolir a família e a nação, explorar os trabalhadores para tornarem-se indevidamente ricos, fomentar divisões internas e guerras e acumular poder e dinheiro: para eles a ilusão falaciosa do bem estar temporal levará um dia – se eles não se arrependerem  – ao terrível destino que os espera, longe de Deus, na danação eterna.
 
Na sociedade, Senhor Presidente, estas duas realidades opostas coexistem como inimigos eternos, assim como Deus e Satanás são inimigos eternos. E parece que os filhos das trevas – que podemos facilmente identificar com o deep state a que V. Exa sabiamente se opõe e que está, nestes dias, em guerra feroz contra o senhor – decidiram mostrar suas cartas, por assim dizer, revelando agora seus planos. Eles parecem estar tão certos de já ter tudo sob controle que deixaram de lado a circunspecção que até agora tinha escondido, ao menos parcialmente, as verdadeiras intenções deles. As investigações em curso revelarão a verdadeira responsabilidade daqueles que manipularam a emergência do Covid não apenas na área da assistência médica, mas também na política, na economia e na mídia. Descobriremos provavelmente que nesta colossal operação de engenharia social existem pessoas que decidiram o destino da humanidade, arrogando-se o direito de agir contra a vontade dos cidadãos e de seus representantes nos governos das nações.
 
Descobriremos também que os tumultos destes dias foram provocados por aqueles que, vendo que o vírus está inevitavelmente desaparecendo e que o alarme social da pandemia está minguando, tiveram necessariamente que provocar distúrbios sociais, para que fossem seguidos de repressão que, embora legítima, pudesse ser condenada como agressão injustificada contra a população. O mesmo está acontecendo na Europa, em perfeito sincronismo. Está absolutamente claro que o uso de protestos de rua é instrumento para os propósitos daqueles que, nas próximas eleições presidenciais, gostariam de ver eleito alguém que incorpore os objetivos do deep state e que expresse fielmente e convincentemente esses objetivos. Não será surpresa se, dentro de poucos meses, soubermos que, escondidos novamente por detrás desses atos de vandalismo e violência, estão aqueles que esperam lucrar com a dissolução da ordem social para construir um mundo sem liberdade: Solve et Coagula, como ensina o provérbio maçônico.
 
Embora possa parecer desconcertante, os alinhamentos opostos que descrevi também existem nos círculos religiosos. Existem Pastores fiéis que cuidam do rebanho de Cristo, mas há também mercenários infiéis que procuram dispersar o rebanho e entregá-lo para que seja devorado pelos lobos vorazes. Não é surpreendente que estes mercenários sejam aliados dos filhos das travas e odeiem os filhos da luz: assim como existe um deep state, existe também uma deep church que trai seus deveres e renega seus compromissos perante Deus. Assim, o Inimigo Invisível, que os bons governantes combatem nos negócios públicos, é também combatido pelos bons pastores na esfera eclesiástica. Trata-se de uma batalha espiritual, da qual eu falei em meu recente Apelo publicado no dia 8 de maio.
 
Pela primeira vez, os Estados Unidos tem em sua pessoa um presidente que corajosamente defende o direito à vida, que não tem vergonha de denunciar a perseguição aos cristãos ao redor do mundo, que fala de Jesus Cristo e do direito dos cidadãos à liberdade de culto. Sua participação na Marcha pela Vida, e mais recentemente sua proclamação do mês de abril como Mês Nacional da Prevenção do Abuso Infantil, são ações que confirmam de que lado V. Exa deseja lutar. E quero crer que nós dois estejamos do mesmo lado nesta batalha, embora com armas diferentes.
 
Por essa razão, acredito que o ataque que V. Exa sofreu após sua visita ao Santuário Nacional de São João Paulo II é parte da narrativa orquestrada pela mídia que não busca lutar contra o racismo e promover ordem social, mas agravar os ânimos; não busca a justiça, mas legitimar a violência e o crime; não deseja servir à verdade, mas favorecer uma facção política. E é desconcertante que haja bispos – como os que eu denunciei recentemente – que, por suas palavras, provam que estão alinhados com o lado oposto. Eles são subservientes ao deep state, ao globalismo, ao “pensamento alinhado”, à Nova Ordem Mundial que eles invocam com frequência cada vez maior chamando-a de fraternidade universal que nada tem de cristã, mas que evoca os ideais maçônicos daqueles que querem dominar o mundo expulsando Deus dos tribunais, das escolas, das famílias e, talvez, até mesmo das igrejas.

sábado, 5 de dezembro de 2020

Carta Aberta de Dom Alberto Taveira aos fiéis católicos perante fatos que assolam o seu ministério e a Igreja Católica.



DOM ALBERTO TAVEIRA CORRÊA
Arcebispo Metropolitano de Belém do Pará
PRONUNCIAMENTO
05 de dezembro de 2020

“Humilhai-vos, pois, debaixo da poderosa mão de Deus, 
para que ele vos exalte no tempo oportuno. 
Confiai-lhe todas as vossas preocupações, 
porque ele tem cuidado de vós.” 
(1Pd 5, 6-7).

Caríssimos Irmãos e irmãs,

Como Pastor desta Igreja, estou no dever de me dirigir a cada um de vocês para comunicar e esclarecer fatos que estou vivenciando nesses últimos dias. Penso não ter o direito de me omitir perante o povo de Deus, nem de ninguém, sobre as acusações de imoralidade assacadas contra o Arcebispo de Belém.

Digo a vocês que recebi com tristeza, há poucos dias, a informação da existência de procedimentos investigativos com graves acusações contra mim, sem que eu tenha sido previamente questionado, ouvido ou tido qualquer oportunidade para esclarecer esses pretensos fatos postos nas acusações.

A norma evangélica proclama: “Se teu irmão pecar contra ti, vai corrigi-lo, tu e ele a sós! Se ele te ouvir, terás ganho o teu irmão. Se ele não te ouvir, toma contigo mais uma ou duas pessoas, de modo que toda questão seja decidida sob a palavra de duas ou três testemunhas. Se ele não vos der ouvido, dize-o à igreja. Se nem mesmo à igreja ele ouvir, seja tratado como se fosse um pagão ou um publicano” (Mt 18, 15-17).

Sempre me coloquei à disposição e aberto ao diálogo e ao entendimento sobre todo e qualquer assunto, e em todas as circunstâncias. Mais perplexo ainda fico ao tomar conhecimento das origens de tais acusações, bem como os motivos apresentados.

Lamento que os pretensos acusadores tenham optado pela via escandalosa, com circulação de notícia na mídia nacional, sem as devidas apurações dos fatos, ao que tudo indica, visando causar danos irreparáveis à minha pessoa e provocar abalo na Santa Igreja.

terça-feira, 24 de novembro de 2020

Perseguição aos cristãos no mundo é denunciada nesta Quarta-Feira Vermelha

 


A AIS celebra nesta quarta-feira, 25, a Red Wednesday (Quarta vermelha) – uma ação simbólica que ilumina em vermelho igrejas, edifícios públicos e monumentos em todo o mundo, como o Cristo Redentor, com o intuito de chamar a atenção para a situação dos cristãos perseguidos. A data marca também o lançamento do relatório Presos em Nome da Fé. A AIS (ACN) é o acrônimo do nome em inglês “Aid to the Church in Need”, que mantém o significado da missão recebida desde sua fundação: Ajuda à Igreja que Sofre.


Apesar da pandemia do coronavírus, a Red Wednesday 2020, campanha iniciada para chamar a atenção à perseguição aos cristãos em todo o mundo, ainda ocorrerá este ano no dia 25 de novembro. “A covid-19 pode ter trazido muitas mudanças, mas os cristãos continuam a ser a comunidade religiosa mais perseguida no mundo. 


A fim de aumentar a conscientização sobre esse fato doloroso, catedrais, igrejas e edifícios públicos serão iluminados com luz vermelha em muitos países em quatro continentes”, confirmou Thomas Heine-Geldern, Presidente Executivo da AIS. Ele explicou que a iniciativa representa um forte sinal de apoio a todos aqueles que sofrem discriminação, mas não podem falar abertamente sobre isso e esperam que outros levantem suas vozes em seu lugar.

Uma ideia que nasceu no Brasil

 
A ideia de iluminar edifícios emblemáticos em vermelho foi iniciada pela AIS Brasil em 2015, no Cristo Redentor – Rio de Janeiro. É uma forma de criar um sinal marcante e visível para protestar contra a discriminação religiosa, já que a cor vermelha representa o martírio de tantos que vivem sua fé até o extremo da morte. Desde então, a ação se estabeleceu em muitos lugares e tornou-se a Red Wednesday.

segunda-feira, 23 de novembro de 2020

Esta é a oração para a Jornada Mundial da Juventude Lisboa 2023


O Comitê Organizador da Jornada Mundial da Juventude (JMJ) Lisboa 2023 divulgou no último dia 21 de novembro a oração oficial para este evento, que terá como tema “Maria levantou-se e partiu apressadamente” (Lc 1, 39).

Nesta prece, os jovens se dirigem a Nossa Senhora da Visitação, pedindo à Virgem para que a JMJ “seja ocasião de testemunho e partilha, convivência e ação de graças”.

Nas redes sociais oficiais da JMJ Lisboa 2023, incentivam os jovens a rezar esta oração “a caminho da escola, da faculdade, do trabalho, em casa, em família, com amigos ou na catequese”.

“Somos todos convidados a fazer caminho com Maria. Partimos sem demora, serenos e alegres, ao encontro de Jesus. Ajuda-nos Nossa Senhora da Visitação a levar Cristo a todos!”, completam.

Ainda na caminhada rumo à JMJ que acontecerá em Lisboa em 2023, no último domingo, Solenidade de Cristo Rei do Universo, jovens portugueses receberam de representantes do Panamá a Cruz peregrina e do ícone da Salus Populi Romani (Protetora do Povo Romano).

A entrega aconteceu durante Missa presidida pelo Papa Francisco na Basílica de São Pedro, no Vaticano. Na ocasião, o Pontífice assinalou que este “é um passo importante na peregrinação que nos levará a Lisboa, em 2023”.

CNBB cria grupo de trabalho sobre o Pacto pela Vida e pelo Brasil e nomeia 5 bispos como membros


A Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) criou o Grupo de Trabalho (GT) Pacto pela Vida e pelo Brasil, uma instância que irá dinamizar as ações do compromisso assumido no dia 7 abril deste ano pela CNBB e outras entidades diante da pandemia do novo coronavírus. O GT integra a Comissão Episcopal Pastoral para a Ação Sociotransformadora da CNBB e é composto por cinco bispos, cada um representante de uma das grandes regiões do Brasil.

Segundo o bispo de Lages (SC) e presidente do GT, dom Guilherme Antônio Werlang, o Pacto pela Vida e Pelo Brasil preocupa-se com a defesa de toda a vida, não apenas com a vida humana, mas também com a vida do planeta (água, terra e biomas).

O presidente do GT aponta que o Pacto assume um compromisso público com as políticas públicas, garantidas pela Constituição, que estão sendo desmontadas no Brasil, especialmente na área ambiental que tem como resultado as queimadas na Amazônia e no Pantanal.

“Nós somos convocados a enfrentar e a confrontar a grande cultura de morte que existe há muito tempo e que vem se acentuando. Esta cultura da morte se expressa em todos os campos da vida social (pelo modelo econômico neoliberal, uma política econômica que mata e coloca o lucro acima da vida). Em nome deste modelo econômico, mata-se a nossa Casa Comum, mata-se as pessoas. Temos todos os anos recordes de produção de alimentos no Brasil e no mundo e, no entanto, cresce todos os anos o número de famintos e pessoas que passam fome. Alguma coisa está errada”, disse.

Segundo dom Guilherme, a Igreja Católica e os cristãos católicos, a partir do Evangelho e dos exemplos de Jesus Cristo, não podem ficar de braços cruzados e calados frente à esta realidade. “Nós somos desafiados pelo Evangelho e conclamados por Jesus Cristo a tomarmos posições corajosas, necessárias e urgentíssimas”, disse.

Motivadas pelo contexto da pandemia do novo Coronavírus, as entidades signatárias do Pacto pela Vida e pelo Brasil buscaram uma ação propositiva para a “grave crise” enfrentada pelo Brasil – sanitária, econômica, social e política. O Pacto afirma que a realidade exige de todos, especialmente de governantes e representantes do povo, o exercício de uma cidadania guiada pelos princípios da solidariedade e da dignidade humana, assentada no diálogo maduro, corresponsável, na busca de soluções conjuntas para o bem comum, particularmente dos mais pobres e vulneráveis.

O documento propõe ainda que entre em cena no Brasil “o coro dos lúcidos, fazendo valer a opção por escolhas científicas, políticas e modelos sociais que coloquem o mundo e a nossa sociedade em um tempo, de fato, novo”.  O Pacto foi assumido inicialmente por quatro organizações e assinado por mais de 100 organizações brasileiras. Confira a íntegra do Pacto pela Vida e pelo Brasil aqui.

“Somos conclamados a dar passos significativos de uma nova cultura: a cultura da proteção, promoção e defesa da vida em todos os sentidos. Temos que nos conscientizar que a vida humana não pode existir sem a proteção da vida das águas, sem a vida da terra, sem a vida dos micro e macro organismos. Se continuarmos matando a terra, estaremos nos condenando a morte, a nós mesmos”, afirmou.