Arcebispo de Manaus suplica: “Pelo amor de Deus, nos enviem oxigênio”: o enfático pedido de ajuda lançado por dom Leonardo Steiner é mais uma mostra da situação crítica da capital do Amazonas, que, atingida em cheio pela segunda onda de covid-19, está sofrendo o drama da falta de cilindros de oxigênio nos hospitais.
Nesta quinta-feira, 14 de janeiro, o Estado cujo território é o mais extenso do país, no coração da floresta, contabilizou 3.816 novos casos de infecção em 24 horas, seu recorde até o momento. Ao longo da pandemia, o Amazonas acumula quase de 225 mil casos e se aproxima dos 6.000 óbitos.
Doentes chegaram a falecer nesta quinta por falta de oxigênio, segundo relatos chocantes de médicos e enfermeiros. Os profissionais da saúde da capital amazonense tiveram de apelar para a ventilação manual na tentativa de atender pacientes com falta de ar. Ao longo desta sexta-feira, aviões da Força Aérea Brasileira começaram as transferências de cerca de 200 pacientes de Manaus para hospitais em outros Estados. Em paralelo, uma campanha nacional mobilizou brasileiros de todas as regiões a enviarem donativos ao Amazonas para a compra urgente de cilindros de oxigênio.