domingo, 19 de março de 2023

Na ONU, governo Lula não assina declaração que condena ditadura de Daniel Ortega

Lula e o ditador nicaraguense Daniel Ortega| Foto: EFE / Fernando Bizerra Jr.



O governo Lula decidiu não assinar uma declaração conjunta pactuada por 55 países que denuncia os crimes de Daniel Ortega, ditador da Nicarágua, durante uma reunião realizada nesta sexta-feira (3) no Conselho de Direitos Humanos da ONU.

Segundo informações do UOL, representantes do governo brasileiro chegaram a sugerir mudanças no texto final pedindo que houvesse mais espaço para diálogo com a ditadura de esquerda instalada por Ortega. A proposta, entretanto, foi considerada inadequada pelos demais países.

Países como Estados Unidos, Austrália, Canadá, Alemanha e França assinaram o documento, que foi endossada até mesmo por governos latino-americanos de esquerda, como Chile, Peru e Colômbia. O presidente chileno Gabriel Boric, por exemplo, destacou o caráter ditatorial de Ortega na ONU, enquanto representantes do Brasil permaneceram em silêncio.

Segundo a constatação de peritos da ONU, o regime de Daniel Ortega praticou crimes contra a humanidade. "Violações generalizadas dos direitos humanos que equivalem a crimes contra a humanidade estão sendo cometidas contra civis pelo governo da Nicarágua por razões políticas”.

Há uma tentativa em curso para que a comunidade internacional imponha sanções a instituições e indivíduos envolvidos no cometimento dos crimes. "Os supostos abusos – que incluem execuções extrajudiciais, detenções arbitrárias, tortura, privação arbitrária da nacionalidade e do direito de permanecer no próprio país – não são um fenômeno isolado, mas o produto do desmantelamento deliberado das instituições democráticas e da destruição do espaço cívico e democrático", diz trecho do relatório assinado pelos países.

O relatório da ONU afirma que há um padrão de execuções extrajudiciais conduzidas por membros da Polícia Nacional e por grupos armados pró-Ortega. O ditador obstruiu investigações sobre quaisquer mortes relacionadas ao regime. Desde 2018, mais de três mil organizações da sociedade civil foram fechadas pelo governo. Desde o ano passado, o ditador intensificou a perseguição à Igreja Católica ao prender padres e bispos, expulsar freiras missionárias do país e fechar emissoras de rádio e TV católicas.

A igreja como um lugar sagrado: beleza, transcendência e o eterno



Como podemos recuperar o significado do sagrado em nossos templos e santuários? Parece que perdemos a capacidade de fazer novas construções que exalam aquele sentido inefável do "sagrado", palavra que podemos usar corretamente para tratar da presença do Todo-Poderoso. Por que poucas das igrejas construídas nas últimas décadas indicam que a construção da igreja em si e as celebrações que ocorrem dentro dela são sagradas?

As estruturas eclesiásticas recentes muitas vezes parecem "deste mundo", e não "do outro mundo". São "terrenas", não "celestiais", mais seculares do que sagradas. Nesta era cada vez mais secular, nossas casas de culto, misturando-se com a arquitetura contemporânea, correm o risco de se tornarem meros teatros e salas de reunião em vez de lugares sagrados e proféticos.

Mas por que devemos promover e restaurar a arquitetura sagrada, se ela se perdeu? Procuramos restaurar a prática de uma arquitetura sagrada porque ela é parte de nosso patrimônio católico, da mesma forma que as imagens da Anunciação, da Última Ceia e da Crucificação. Elas são um catecismo em pintura, mosaico e pedra. No entanto, comparar até mesmo as igrejas modernas mais aclamadas pela crítica com os exemplos típicos dos primeiros cristãos ou da Renascença é pôr em questão qualquer noção de progresso nas artes. Como nossas obras eclesiásticas serão julgadas em relação a nossos antepassados, que foram capazes de criar grandes obras de arte apesar de seus recursos limitados e tecnologia rudimentar?

A grande apreciação das igrejas clássicas e medievais por peregrinos e historiadores de arte indica fortemente que estes edifícios continuam a ser relevantes para a cultura contemporânea, e que o homem moderno ainda tem um senso do sagrado. Enquanto as igrejas medievais e as antigas basílicas continuarem sendo lugares de liturgia e devoção, a arquitetura sagrada não pode ser perdida. Na verdade, hoje estamos testemunhando um número crescente de patronos esclarecidos e arquitetos talentosos que estão trazendo um novo renascimento na arquitetura sagrada, promovendo o senso do sagrado nas nossas casas de Deus.

Um lugar separado

Criar lugares de culto tridimensionais é fundamental para a natureza humana. A arquitetura sagrada é uma maneira de articular o sentido da vida para nós mesmos, para nossas comunidades, para as gerações futuras… e para honrar a Deus, pois, embora Ele não precise de nosso culto nem de nossos templos de pedra, Ele os merece. Nossa resposta à cruz é devolver Seu amor em nossos pensamentos e atos, alimentando os famintos e também construindo igrejas. Quando entramos em contato com o Todo-Poderoso, estamos em solo sagrado. A ação de graças e a adoração nos levam a colocar de lado aqueles lugares onde Deus tornou sua presença conhecida para seu povo: a montanha santa, a sala superior, a tenda no deserto e o templo na Cidade Santa. Embora nenhum desses lugares possa conter a Divindade, eles oferecem testemunho de Sua benevolência e de Sua presença entre nós.

Desde os primeiros dias do cristianismo, os crentes reservam lugares para o culto corporativo e a oração particular. Vemos exemplos pungentes disso na cidade de Dura Europo e na decoração das catacumbas. Com o édito de Milão, os arquitetos de Constantino se depararam com o desafio de criar grandes edifícios sagrados em Roma, na Terra Santa e no Império Bizantino. Sua solução foi criar lugares santos através de uma arquitetura processional de naves com colunatas e santuários apsados, com coros altos e baldaquinos. Todas as inovações posteriores (até meados do século 20) podem ser vistas como uma continuidade com estas encarnações arquetípicas do sagrado.

Mas o edifício de uma igreja não é por definição "sagrado", apesar de sua arquitetura e iconografia? Não é a dedicação da igreja, a pedra do altar, os lugares para os sacramentos, os ícones sagrados e os fiéis que ali adoram que tornam um edifício um espaço sagrado? Sem estes aspectos, a Catedral de Chartres na França e a Basílica de São Pedro, no Vaticano, são meramente obras geniais de arquitetura e não lugares sagrados. Portanto, em um só nível, o abrigo mais vil pode ser um edifício sagrado em virtude da sagrada Liturgia e da sagrada Eucaristia realizada no seu interior. Mas em outro nível, a arquitetura das belas igrejas, seja Sainte-Chapelle em Paris ou St. Vincent Ferrer em Nova York, encarna o sentido do sagrado de forma tão completa que é possível falar dele como uma "arquitetura sagrada". E assim testemunhamos o grande efeito de Chartres e São Pedro sobre crentes e descrentes, devido em parte a seus espaços elevados, construção durável, iconografia requintada e representação como a casa de Deus dentro da paisagem.

sábado, 31 de dezembro de 2022

A Igreja em luto: morre aos 95 anos o Papa Emérito Bento XVI



A Santa Sé comunicou, com profundo pesar, neste sábado, 31 de dezembro, o falecimento do Papa emérito Bento XVI, aos 95 anos de idade, no Mosteiro Mater Ecclesiae, onde ele vivia desde a renúncia ao pontificado, em fevereiro de 2013.

“Com pesar informo que o Papa Emérito Bento XVI faleceu hoje às 9,34, no Mosteiro Mater Ecclesiae, no Vaticano. Assim que possível, serão enviadas novas informações”, consta no comunicado do diretor da Sala de Imprensa da Sala de Imprensa da Santa Sé.

terça-feira, 15 de novembro de 2022

Advento um novo começo


Muito em breve encerraremos o Ano Litúrgico para, mais uma vez, iniciar um novo. Essa renovação no calendário civil acontece somente no último dia de dezembro, com a conhecida ‘festa da virada’. No entanto, a Igreja deseja recordar que a vida cristã é, antes de tudo, um dom do amor de Deus. Por isso, somente a Ele confiamos o princípio, o meio e o fim de todas as coisas.

Com o Advento – o tempo da alegre espera – começamos sempre de novo a grande preparação para celebrar a Natividade de Nosso Senhor Jesus Cristo. Nós que formamos a ACN temos ainda um vínculo todo especial com essa data, pois é também o marco inicial da nossa obra: no Natal de 1947 foi publicada a grande mensagem, intitulada “Sem lugar na hospedaria”.

sábado, 29 de outubro de 2022

Bolsonaro: “Se for da vontade de Deus, estou pronto pra reeleição”


Ao fazer suas considerações finais, o presidente Jair Bolsonaro (PL) agradeceu a Deus por sua vida, se referindo ao atentado que sofreu em 2018 quando foi esfaqueado por Adélio Bispo na cidade de Juiz de Fora, em Minas Gerais.

Em seguida, o candidato à reeleição se mostrou temente a Deus a falar sobre se manter no cargo.

–Se esta for a Sua vontade, estarei pronto para ser novamente o presidente da República – declarou.

Brasileiros que votarem contra o PT serão heróis da resistência



O momento mais importante da República Federativa do Brasil se aproxima. Portanto, a história ensina-nos que heróis nascem em tempos de guerra. Nessa arena política efervescente, cada brasileiro que votar contra o PT será um herói da resistência contra a esquerda tirânica – aparelhada pelo ativismo do STF e/TSE, velha mídia, instituto de pesquisas, terroristas internacionais, narcoestado, ditaduras pelo mundo, jornalistas, intelectuais, ex-presidentes e agrupamentos em universidades e escolas em todo país.

Esta guerra contra a democracia começou com a anulação da sentença do ex-presidiário Lula, condenado em três instâncias da Justiça a 25 anos de prisão, pelos crimes de corrupção e lavagem de dinheiro. Continuou a fraude com a permissão para que o descondenado se tornasse candidato ao mais alto cargo do país, por um partido que desviou bilhões de dinheiro dos pagadores de impostos.

Resistência contra um partido tirano, do caso Celso Daniel, mensalão, petrolão, escândalo dos fundos de pensão, pedaladas da Dilma, e por último, o “radiolão” – o maior esquema de corrupção na história do Brasil.

Manifesto anticomunista do padre Cícero

 


“Caríssimos fiéis: que a fé vos salve!

A horda vermelha ameaça, com suas garras de abutre, destruir a nossa felicidade, perturbando a paz do Brasil em seus fundamentos seculares – a própria organização da família, célula-mater da sociedade cristã. A Igreja de Jesus Cristo, que tem sido em todos os tempos visada com ódio e rancor pelos pregadores de ideias subversivas, é, nesta hora de graves apreensões para a grande pátria do Cruzeiro, o alvo predileto dos emissários de Satanás.

Acenando com a falsa bandeira do liberalismo, a besta fera do apocalipse atira suas patas de fogo contra a estabilidade de nossas instituições! Ai daqueles que prestarem seu auxílio aos inimigos de Deus. As lavas ardentes do vulcão bolchevista lamberão a face da terra, e, sob os escombros da fé, calcinada pelas labaredas do Anticristo, ressurgirão Sodoma e Gomorra.

De pé, cristãos do Brasil. Guerra de morte aos que empunharem a bandeira vermelha do liberalismo, para estancar em nossas almas a fonte perene de fé e entregá-la inerme nos braços de Satanás. Cegos serão todos aqueles que cerrarem os olhos à evidência da verdade!


Juazeiro, fevereiro de 1930.
Ass. Padre Cícero Romão Batista”.

Católico não pode votar em um candidato comunista!



Minha condição de sacerdote obriga hoje uma mudança de atitude na comunicação com meus estimados leitores. Da habitual reflexão calma e ponderada, que visa ilustrar mentes e elevar corações, a partir da observação desses borrascosos dias em nossa pátria, venho trazer um brado aflito e ao mesmo tempo confiante. Há uma ameaça grave que precisa ser enfrentada com sabedoria e firmeza.

É notório, as eleições deste domingo definirão o futuro do Brasil. Há duas direções absolutamente incompatíveis, a do comunismo esquerdista, corrupto e escancarado pretendendo voltar, como se tem dito, “à cena do crime”, por um lado. E uma imensa onda indignada, a opinião da alma profunda dos brasileiros, felizes com os rumos renovados de nosso país, que começa a voltar às suas tradições cristãs e civilizadas.

Estávamos bastante confiantes na inexorável vitória da luz sobre as trevas, nessa hora que se aproxima. Até que um fator “novo” se levantou, e nos empurra fortemente à frente de batalha pelas almas. Chamei de novo entre aspas, porque nada há de novo nele. Reaparece a voz da famigerada esquerda católica, que andava silente, em ilusória certeza de vitória, que os ímpios alimentavam em sua insensatez.

Inspirada na teologia da libertação marxista, infiltrada no clero e em parte da Hierarquia eclesiástica nos últimos 60 anos, a rejeição que causava no povo miúdo de Deus era tanta, considero eu, que por isso se calava. Agora bateu o pânico, e se puseram a falar alguns de seus arautos, sempre daquele modo dúbio, tanto ao gosto do demônio, que adora águas turvas.

Refiro-me a inúmeras manifestações de sacerdotes, mas sobretudo à nota emitida pela CNBB, verdadeiro sindicato que se apresenta como se tivesse autoridade, que na realidade não tem.

Para desqualificar a visita do candidato anticomunista e contrário ao aborto a Nossa Senhora Aparecida, foi divulgada, no dia 12 de outubro, nota claramente direcionada à política, como pode perceber qualquer leitor que se debruce sobre o texto.

Transcrevo trecho: “Ratificamos que a CNBB condena, veementemente, o uso da religião por todo e qualquer candidato como ferramenta de sua campanha eleitoral.” Nunca falaram isso quando comunistas ateus recebiam sacrilegamente a comunhão em períodos eleitorais. Não é difícil, tampouco, perceber a quem beneficia a matreira advertência… 

Ora, a boa doutrina católica indica que cada cristão deve sempre proclamar a Cristo, a confessar a fé! E um bispo responde somente ao Papa, que cumpre a tradição apostólica de continuar cumprindo a tarefa que Nosso Senhor deu a Pedro: apascenta minhas ovelhas.

Falei em águas turvas, indico onde estão: nas palavras pretensamente sensatas sugerindo que não se misture religião com política! Estavam calados enquanto se propunha abertamente as pautas comunistas de paganização do povo, via destruição da família – aborto, sexualização infantil, liberação do consumo de drogas. Abrem agora um feio bico de corvo, para dizer que religião nada tem a ver com política. Claríssimo, não?

Com a perspectiva de fragorosa derrota dessas pautas tão queridas, na reta final da campanha, mobilizam-se para tentar as almas menos fervorosas, os católicos acomodados. Visam também os homens de bem, que desenvolveram asco pelas manobras políticas, sem perceber que os tempos mudaram, como ficou claro na expressiva votação de jovens conservadores para os próximos parlamentos, no primeiro turno.

Para aqueles lobos com pele de ovelha, agora se deve ignorar o imperativo religioso, de não pactuar com os crimes que governos comunistas promovem onde dominam. Poupo os leitores de maiores demonstrações do que acabo de afirmar, embora não possa me calar sobre a paixão da Igreja na Nicarágua, onde sopram agora os ventos mais fortes da perseguição…