Recentemente, com o assassinato covarde e
criminoso do negro americano Gorge Floyd, uma discussão sobre o racismo foi
novamente levantada entre os brasileiros. Membros do chamado “movimento negro”
começaram a clamar um racismo estrutural no Brasil legitimado inclusive pela
Igreja católica. Tal fato é absurdo por vários fatores, mas nesse texto nos
limitaremos a quebrar os argumentos sobre “divida histórica” e “culpabilidade
exclusiva dos brancos no racismo” que é bem comum entre membros desse movimento
progressista. Sobre o papel da Igreja no combate a escravidão deixamos um texto do Apologistas da Fé Católica que mostra muito bem isso. Agora vamos seguir
desmontando mentiras e falácias do movimento negro sobre o racismo:
Vejamos o que os historiadores dizem sobre o
papel dos brancos europeus na escravidão dos negros, sobre qual o papel dos
árabes e dos próprios negros e como foram os brancos que livraram a ÁFRICA da
escravidão.
– Foi a Europa Branca a primeira a abolir a
escravidão:
“A primeira civilização a abolir a escravidão
foi a da Europa medieval; durante a idade média só na área dominada pelos
árabes é que a ela se manteve ( península ibérica e sul da Itália) de onde
desapareceu quando os cristãos europeus retomaram o controle destas áreas” –
Herrs, Jacques. Les négriers en terres d’Islam. Perrin.
– Foram os árabes semitas e não os brancos
europeus os inventores do tráfico de escravos negros:
“O tráfico negreiro não foi uma invenção
diabólica da Europa. Foi o Islã, desde muito cedo em contato com a África Negra
através dos países situados entre Níger e Darfur e de seus centros mercantis da
África Oriental, o primeiro a praticar em grande escala o tráfico negreiro (…)O
comércio de homens foi um fato geral e conhecido de todas as humanidades
primitivas. O Islã, civilização escravista por excelência, não inventou,
tampouco, nem a escravidão nem o comércio de escravos”- BRAUDEL, Fernand.
Gramática das Civilizações. São Paulo: Martins Fontes, 1989, p.138.
– Negros africanos vendiam outros negros para
lucrarem e virarem impérios:
“Com a venda de escravos, alguns reinos
africanos , como o reino de Kano, na Nigéria, viraram impérios” – Lovejoy,
Paul. A Escravidão na África. Civilização Brasileira, 2002, p.128
-Os africanos eram os principais operadores do
comércio de escravos e tinham escravos brancos:
“Os reis africanos controlavam o preço dos
escravos africanos e tinham, até, escravos portugueses que usavam como
serviçais para fazer o comércio com os europeus”-Lovejoy, Paul. A Escravidão na
África. Civilização Brasileira, 2002, p.130
-O movimento pela abolição da escravidão negra
foi liderada por brancos europeus no século 18/19:
“O movimento abolicionista inglês se organizou
em 1787 criando comitês para arrecadar fundos em prol da luta pelo fim da
escravidão; foi o primeiro movimento organizado de luta antiescravagista do
mundo e serviu de modelo para as lutas abolicionistas nos EUA e no Brasil onde
partidos e grupos – geralmente de brancos de classe média ou da elite –
passaram a trabalhar pela libertação dos negros”-Drescher, Seymor. Capitalism
and Antislavery: British Mobilization in Comparative Perspective. Oxford Press,
1987, página 72.
-Apesar da luta anti-escravidão dos brancos, os
reinos negros da África queriam manter o regime de escravidão e comércio
negreiro:
“Quando da divisão da África no congresso de
Berlim em 1885, os países europeus que tomaram zonas coloniais ali, tiveram que
lutar arduamente para substituir o trabalho escravo tradicional usado pelas
tribos africanas, pelo trabalho livre” – -Drescher, Seymor. Capitalism and
Antislavery: British Mobilization in Comparative Perspective. Oxford Press,
1987, página 72.
-É falsa a visão de que negros eram castigados
com frequência no Brasil Colônia:
“Na maioria dos casos os brancos donos de
escravos do Brasil eram proprietários de, em média – caso de 59% dos senhores
brancos – apenas 4 escravos. Só 4,5% dos brancos tinham mais de 20 escravos e
capatazes com condições de impor castigos físicos. Nas pequenas fazendas onde viviam
59% dos brancos e seus escravos eles trabalhavam juntos na roça, voltam para
casa juntos e jantam juntos”- Bert, Jude Barickman. Um contraponto baiano.
Civilização Brasileira, 2003, página 239.