quarta-feira, 1 de junho de 2022

Ucrânia: uma fé inquebrantável



Desde o primeiro dia da guerra, a ACN recebeu relatórios dramáticos da Igreja na Ucrânia, descrevendo destruição e sofrimento, mas também muitas demonstrações de uma fé inquebrantável. Pois enquanto lá fora a guerra acontecia, dentro dos bunkers ou porões os fiéis se reuniam para a oração.

O Padre Mateusz, da paróquia de Santo Antônio em Kiev, definiu a adoração ao Santíssimo Sacramento, feita diariamente ao anoitecer, como “um pedacinho do Reino do Céu na terra”. Não era uma igreja ou capela o lugar em que ele perseverava junto ao Senhor com mais de trinta fiéis, mas era um abrigo antiaéreo. Em contraste com aquilo que ele tinha ouvido falar de outros bunkers e esconderijos onde as pessoas procuravam segurança durante os bombardeios, entre os seus fiéis não reina o desespero, nem ódio ou raiva. “Sentimos que Jesus nos acompanha.”

Não ao ódio

Em outros lugares, onde a situação ainda permitia, os fiéis realizavam procissões marianas, pedindo a Nossa Senhora a sua proteção e o fim da guerra. A pedido dos bispos católicos ucranianos, o Papa Francisco consagrou a Rússia e a Ucrânia ao Imaculado Coração de Maria no dia 25 de março. Uma das cidades que esteve sob fortes bombardeios desde o início é Kharkiv, a segunda maior cidade da Ucrânia. Também a casa do bispo Pavlo Honcharuk foi atingida por um projétil de bomba que abriu um buraco no telhado. Como por um milagre, ninguém ficou ferido.

Embora se encontrem diante da falta de tudo, nossos irmãos e irmãs ucranianos pedem especialmente orações. Com eles nós rezamos pela paz, pelo amparo e pela proteção para os refugiados, para as viúvas e os órfãos, mas rezamos também para que os corações permaneçam livres de ódio. O padre Mateusz define bem a questão: “O cristão é aquele que reza também pelos inimigos. Todos nós devemos nos preservar da raiva, do ódio e da violência. Cristo é o vencedor!”
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ACN Brasil

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