terça-feira, 7 de fevereiro de 2012

Logomarca da JMJ brasileira é lançada oficialmente


“Cidade maravilhosa, cheia de encantos mil! Cidade maravilhosa, coração do meu Brasil”! Este trecho da canção “Cidade Maravilhosa”, de André Filho, que é tão conhecida pelos brasileiros, representou bem o que a logomarca da Jornada Mundial da Juventude do Rio de Janeiro quis transmitir: em 2013, o Cristo Redentor com os braços abertos receberá uma multidão de jovens que estarão unidos em um só coração, em uma só fé de 23 a 28 julho de 2013.

A logo, em formato de coração, o coração do discípulo, traz na parte superior, em verde, o Pão de açúcar, um dos cartões postais do Rio de Janeiro. Na parte inferior, em azul, o litoral brasileiro. No centro, em amarelo, o Cristo Redentor.

A cruz à esquerda é uma demonstração de que o Brasil desde suas origens nunca deixou de ser a ‘Terra de Santa Cruz’ e representa ainda a cruz peregrina que percorre todas as dioceses do Brasil.

Além de referências à cidade do Rio de Janeiro, a logomarca representa Jesus que no alto da montanha se dirige aos seus discípulos, episódio narrado em Mateus 28,19: "Ide e fazeis discípulos entre todas as nações", o tema da Jornada Mundial da Juventude 2013.

Autor da logomarca



Foi um jovem de 25 anos o criador da logomarca vencedora da Jornada Mundial da Juventude do Rio. Gustavo Huguenin, que é formado em Design Gráfico, é natural do município de Cantagalo, região serrana do Rio de Janeiro e faz parte da paróquia do Santíssimo Sacramento, da diocese de Nova Friburgo.

Evento de lançamento

O evento de lançamento da logomarca oficial aconteceu nesta terça-feira, 07, às 20h, no auditório do edifício João Paulo II, no Rio de Janeiro, onde fica a sede do comitê oficial. A cerimônia reuniu mais de 100 bispos e membros da equipe organizadora da Jornada Mundial da Juventude do Rio de Janeiro 2013, além de autoridades e representantes da sociedade.

“Nós estaremos ajudando o mundo a ter valores novos. Nós também estaremos fazendo um trabalho importantíssimo para a sociedade amanhã. Temos a grata alegria, mas uma grande responsabilidade também”, enfatizou o arcebispo do Rio de Janeiro, Dom Orani Tempesta.


Mirticeli Medeiros
Da Redação

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Fonte: http://noticias.cancaonova.com/noticia.php?id=285187 

 

LOGOMARCA OFICIAL DA JMJ RIO 2013: Conceito.



Com base no trecho da Palavra do Evangelho de São Mateus, percebe-se a necessidade de expressar uma referência direta à imagem de Jesus e ao sentido do discípulo. Neste episódio, Jesus se encontrou com seus discípulos em uma montanha, após sua ressurreição. Como símbolo da cidade do Rio de Janeiro, o Cristo Redentor também se encontra em uma montanha e é um monumento reconhecido no mundo inteiro. O tema é uma palavra de ordem proclamada pelo próprio Senhor Jesus, e assim a Sua imagem possui destaque no centro do símbolo.

Os elementos do símbolo formam a imagem de um coração. Na fé dos povos o coração assumiu papel central, assim como o Brasil será o centro da juventude na Jornada Mundial. Também designa o homem interno por inteiro, se tornando nesta composição a referência aos discípulos que possuem Jesus em seus corações.

Os braços do Cristo Redentor ultrapassam a figura do coração, como o abraço acolhedor de Deus aos povos e jovens que estarão no Brasil. Representa nossa acolhida, como povo de coração generoso e hospitaleiro.

A parte superior (em verde) foi inspirada nos traços do Pão de Açúcar, símbolo universal da cidade do Rio de Janeiro, e a cruz contida nela reforça o sentido do território brasileiro conhecido por Terra de Santa Cruz. As formas que finalizam a imagem do coração possuem a cor azul, representando o litoral, somada ao verde e amarelo que transmitem a brasilidade das cores da bandeira nacional.
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Fonte: http://www.rio2013.com/pt/noticias/detalhes/202/logomarca-oficial-da-jmj-rio2013-conceito


Agenda da Paróquia - Fevereiro de 2012


03-05/02: Retiro Kairós do grupo Evangelizadores de Cristo;

04/02- Reunião do frei Luís Spelgatti com todos os Ministros Extraordinários da Eucaristia da Paróquia às 17h na sala 5 do Centro Catequético da Igreja Matriz.

11/02: Ordenação Diaconal dos seminaristas: Irailson e Luis Macêdo às 17h na Igreja S. José e S. Pantaleão (Centro).

12/02: Blocão Ágape: concentração às 16h em frente a Igreja Matriz com destino à Ig. N. S. Natividade – Planalto onde haverá louvor bastante animado.

13/02: Reunião com os coordenadores dos Ministros Extraordinários da Sagrada Comunhão às 19:30 na Igreja Matriz;

14/02: Reunião em preparação da Assembléia Paroquial de Pastoral com o Setor 3 (N. S. Vitória - Turú, S. Antonio - Solar dos Luzitanos e B. Inocêncio de Berzo - Jardim Eldorado) às 19:30 no Centro Catequético da Igreja N. S. Vitória, Turú; 

15/02: Reunião em preparação da Assembléia Paroquial de Pastoral com o Setor 1 (N. S. Perpétuo Socorro - Cohab, N. S. Paz - Cohab III, N. S. Aparecida - João Rebêlo e N. S. Guadalupe - Recanto) às 19:30 no Centro Catequético da Igreja Matriz; 


16/02: Reunião em preparação da Assembléia Paroquial de Pastoral com o Setor 2 (N. S. Graças - Forquilha, N. S. Vitória - João Paulo II, N. S. Natividade - Planalto e S. José da Providência - Cohab IV) às 19:30 no Centro Catequético da Igreja N. S. Graças, Forquilha;


19-21/02: 20º Rebanhão das 8 às 19h no Ginásio Castelinho. Entrada franca. Obs: A única entrada cobrada, será o acesso a quadra do Castelinho, onde serã vendidas cadeiras para as pessoas que não desejarem participar nas arquibancadas, que serão liberadas durante o evento.


22/02: Quarta-feira de Cinzas: Missa e imposição das Cinzas:

* Matriz: 6:30 e 17h;
* Natividade: 19:30;
* Planalto: 19:30;
* IV Conj.: 19:30;
* Forquilha: 19:30;
* Solar: 19:30.
 

- Abertura da Campanha da Fraternidade 2012 a nível Nacional: “Fraternidade e Saúde Pública”.

24/02: Via-sacra às 16h na Igreja Matriz (todas as sextas).

- Reunião com os catequistas às 19:30 no Centro Catequético da Igreja Matriz.

- Reunião com os coordenadores de grupos, pastorais e movimentos às 19:30 no Centro Catequético da Igreja Matriz;

25/02: Abertura do Ano Jubilar com o lançamento da Campanha da Fraternidade 2012 a nível arquidiocesano às 16h no Ginásio Castelinho. (Não haverá missa à tarde e à noite em nenhuma das comunidades da paróquia).

26/02: Abertura da Campanha da Fraternidade 2012 a nível paroquial às 17h na Igreja Matriz. (Não haverá missa à tarde em nenhuma das comunidades da paróquia, exceto na Matriz).

- Formação para os missionários das Santas Missões Populares às 8h na casa das Irmãs de Madre Rubatto.

29/02: Último dia para entrega dos questionários de preparação da Assembléia Pastoral Paroquial na secretaria da paróquia;

RCC promove o Rebanhão 2012


O Rebanhão 2012 está chegando e os preparativos para este grande momento do período carnavalesco em São Luís estão a todo vapor!

Dias 19, 20 e 21 de fevereiro, no Ginásio Castelinho, das 8h às 19h, a Renovação Carismática Católica da Arquidiocese de São Luís estará realizando a 20ª edição do encontro que reúne católicos e simpatizantes daquele que já se tornou um evento consagrado em nossa arquidiocese.
Os pregadores deste ano são do Sul do País, Darlen Vaz, coordenador da RCC do RS e Fr. Giriboni. Entre outros assuntos, eles falarão sobre o tema que a RCC escolheu para viver em 2012 os encontros de carnaval pelo Brasil.

"Estamos na expectativa do que Deus tem a realizar durante esse ano no Rebanhão, que completa duas décadas, levando ao povo de Deus uma opção de viver o carnaval sem drogas e sem violência", declarou o coordenador estadual e diocesano da RCC, Francisco Camêlo.


A música tema do Rebanhão 2012 é um frevo e já está em estúdio! A partir da próxima semana estará à disposição dos Grupos de Oração para aquecer os corações, com a música que promete fazer a alegria do Espírito Santo acontecer. A composição é de George Castro, coordenador do Ministério das Artes da RCC em São Luís. "Abrimos em novembro um concurso para escolher a música tema do encontro. A decisão aconteceu na última reunião para coordenadores e ministérios, na sede da RCC, dia 07. Fico feliz com o fato de Deus ter me inspirado durante dois anos consecutivos a fazer a composição do Rebanhão e espero que este frevo anime e leve fervor na fé, para os participantes do encontro e para todos que ouvirem", disse George Castro.
Novidades no Rebanhão 2012

Além da música tema outras novidades prometem animar o Rebanhão deste ano. Sob a batuta do Ministério Jovem, a RCC lançará o bloco na rua, "Ovelhinhas de Jesus", que estará aquecendo a bateria do Rebanhão antes do encontro. Os dias do circuito da alegria do Espírito será divulgado nesta quarta-feira, mas um dos apriscos das ovelhas já tem local, será a sede da RCC.

Com o bloco será centralizado também uma prévia que já acontece a mais de três anos na RCC, um baile à fantasia organizado pelos jovens, no fim de semana que antecede o domingo do Rebanhão. "Sempre realizavamos a esta prévia do Rebanhão, o baile à fantasia, na Cidade Operária, com organização dos Grupos de Oração Sementinha de Jesus e A Voz do Bom Pastor, mas neste ano, por sugestão dos próprios jovens, vamos centralizar a animação na sede da Renovação, com isso esperamos que mais pessas participem", informou Gleyvison Cunha, coordenador estadual do Ministério Jovem.

No sábado antes do Rebanhão, dia 18, a RCC retomará também a tradicional carreata pelas ruas da cidade, anunciando que as chaves da cidade estão sob o comando do Rei Jesus e convidando todos a participarem do rebanho da alegria, no Castelinho. Será praticamente o mês inteiro de muita alegria no Espírito!

"O que eu gosto do Rebanhão é que ele não é um retiro fechado onde eu me isolo do mundo, assim eu posso ter a liberdade de voltar para casa e dividir com os da minha casa a alegria que vivo no Castelinho", disse animada a jovem Jacileide de Jesus, integrante do Grupo de Oração, Deus seja Louvado, no Bairro de Fátima, que já participa do Rebanhão há três anos.

E com o Rebanhão é uma festa para a família inteira, atividades para cada faixa etária é o que não falta. Não serão apenas os jovens e adultos que poderão brincar um carnaval diferente, as crianças também poderão participar, brincando e louvando a Jesus no REBANHÃOZINHO, encontro para crianças de 7 a 12 anos, com uma linguagem adequada ao público e programação especial para elas, que ano passado reuniu cerca de 500 crianças, durante os três dias de evento.
Aviso às ovelhinhas

Para quem nunca participou, é importante dizer que o Rebanhão é um evento de entrada franca e a camisa, que será vendida a partir da próxima semana, não será condição para participar do evento. A única entrada cobrada, será o acesso a quadra do Castelinho, onde serã vendidas cadeiras para as pessoas que não desejarem participar nas arquibancadas, que serão liberadas durante o evento.
Agende-se! Dias 19, 20 e 21 de fevereiro, você tem um encontro marcado com o rebanho da alegria!
Informações: 3246 7870/ 8124 8686
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Fonte: http://www.arquidiocesedesaoluis.com.br/

Na mensagem para a Quaresma 2012 o papa alerta para a reflexão sobre a essência da vida cristã: o amor.


Sua Santidade o papa Bento XVI publicou hoje, 07 de fevereiro, a sua mensagem para a Quaresma 2012. No texto, o Santo Padre pede aos católicos de todo o mundo que neste período haja reflexão, no sentido de “prestarmos atenção uns aos outros”, com “preocupação concreta pelos mais pobres”. Na mensagem, o papa faz o chamamento dos cristãos à “responsabilidade pelo irmão”. Isto é, que estejamos atentos “aos sofrimentos físicos, quer às exigências espirituais e morais da vida”.

Leia na íntegra o texto divulgado pela Santa Sé:
Irmãos e irmãs!

Quaresma oferece-nos a oportunidade de reflectir mais uma vez sobre o cerne da vida cristã: o amor. Com efeito este é um tempo propício para renovarmos, com a ajuda da Palavra de Deus e dos Sacramentos, o nosso caminho pessoal e comunitário de fé. Trata-se de um percurso marcado pela oração e a partilha, pelo silêncio e o jejum, com a esperança de viver a alegria pascal.

Desejo, este ano, propor alguns pensamentos inspirados num breve texto bíblico tirado da Carta aos Hebreus: «Prestemos atenção uns aos outros, para nos estimularmos ao amor e às boas obras» (10, 24). Esta frase aparece inserida numa passagem onde o escritor sagrado exorta a ter confiança em Jesus Cristo como Sumo Sacerdote, que nos obteve o perdão e o acesso a Deus. O fruto do acolhimento de Cristo é uma vida edificada segundo as três virtudes teologais: trata-se de nos aproximarmos do Senhor «com um coração sincero, com a plena segurança da fé» (v. 22), de conservarmos firmemente «a profissão da nossa esperança» (v. 23), numa solicitude constante por praticar, juntamente com os irmãos, «o amor e as boas obras» (v. 24). Na passagem em questão afirma-se também que é importante, para apoiar esta conduta evangélica, participar nos encontros litúrgicos e na oração da comunidade, com os olhos fixos na meta escatológica: a plena comunhão em Deus (v. 25). Detenho-me no versículo 24, que, em poucas palavras, oferece um ensinamento precioso e sempre actual sobre três aspectos da vida cristã: prestar atenção ao outro, a reciprocidade e a santidade pessoal.

1.    «Prestemos atenção»: a responsabilidade pelo irmão.

O primeiro elemento é o convite a «prestar atenção»: o verbo grego usado é katanoein, que significa observar bem, estar atento, olhar conscienciosamente, dar-se conta de uma realidade. Encontramo-lo no Evangelho, quando Jesus convida os discípulos a «observar» as aves do céu, que não se preocupam com o alimento e todavia são objecto de solícita e cuidadosa Providência divina (cf. Lc 12, 24), e a «dar-se conta» da trave que têm na própria vista antes de reparar no argueiro que está na vista do irmão (cf. Lc 6, 41). Encontramos o referido verbo também noutro trecho da mesma Carta aos Hebreus, quando convida a «considerar Jesus» (3, 1) como o Apóstolo e o Sumo Sacerdote da nossa fé. Por conseguinte o verbo, que aparece na abertura da nossa exortação, convida a fixar o olhar no outro, a começar por Jesus, e a estar atentos uns aos outros, a não se mostrar alheio e indiferente ao destino dos irmãos. Mas, com frequência, prevalece a atitude contrária: a indiferença, o desinteresse, que nascem do egoísmo, mascarado por uma aparência de respeito pela «esfera privada». Também hoje ressoa, com vigor, a voz do Senhor que chama cada um de nós a cuidar do outro. Também hoje Deus nos pede para sermos o «guarda» dos nossos irmãos (cf. Gn 4, 9), para estabelecermos relações caracterizadas por recíproca solicitude, pela atenção ao bem do outro e a todo o seu bem. O grande mandamento do amor ao próximo exige e incita a consciência a sentir-se responsável por quem, como eu, é criatura e filho de Deus: o facto de sermos irmãos em humanidade e, em muitos casos, também na fé deve levar-nos a ver no outro um verdadeiro alter ego, infinitamente amado pelo Senhor. Se cultivarmos este olhar de fraternidade, brotarão naturalmente do nosso coração a solidariedade, a justiça, bem como a misericórdia e a compaixão. O Servo de Deus Paulo VI afirmava que o mundo actual sofre sobretudo de falta de fraternidade: «O mundo está doente. O seu mal reside mais na crise de fraternidade entre os homens e entre os povos, do que na esterilização ou no monopólio, que alguns fazem, dos recursos do universo» (Carta enc. Populorum progressio, 66).

A atenção ao outro inclui que se deseje, para ele ou para ela, o bem sob todos os seus aspectos: físico, moral e espiritual. Parece que a cultura contemporânea perdeu o sentido do bem e do mal, sendo necessário reafirmar com vigor que o bem existe e vence, porque Deus é «bom e faz o bem» (Sal 119/118, 68). O bem é aquilo que suscita, protege e promove a vida, a fraternidade e a comunhão. Assim a responsabilidade pelo próximo significa querer e favorecer o bem do outro, desejando que também ele se abra à lógica do bem; interessar-se pelo irmão quer dizer abrir os olhos às suas necessidades. A Sagrada Escritura adverte contra o perigo de ter o coração endurecido por uma espécie de «anestesia espiritual», que nos torna cegos aos sofrimentos alheios. O evangelista Lucas narra duas parábolas de Jesus, nas quais são indicados dois exemplos desta situação que se pode criar no coração do homem. Na parábola do bom Samaritano, o sacerdote e o levita, com indiferença, «passam ao largo» do homem assaltado e espancado pelos salteadores (cf. Lc 10, 30-32), e, na do rico avarento, um homem saciado de bens não se dá conta da condição do pobre Lázaro que morre de fome à sua porta (cf. Lc 16, 19). Em ambos os casos, deparamo-nos com o contrário de «prestar atenção», de olhar com amor e compaixão. O que é que impede este olhar feito de humanidade e de carinho pelo irmão? Com frequência, é a riqueza material e a saciedade, mas pode ser também o antepor a tudo os nossos interesses e preocupações próprias. Sempre devemos ser capazes de «ter misericórdia» por quem sofre; o nosso coração nunca deve estar tão absorvido pelas nossas coisas e problemas que fique surdo ao brado do pobre. Diversamente, a humildade de coração e a experiência pessoal do sofrimento podem, precisamente, revelar-se fonte de um despertar interior para a compaixão e a empatia: «O justo conhece a causa dos pobres, porém o ímpio não o compreende» (Prov 29, 7). Deste modo entende-se a bem-aventurança «dos que choram» (Mt 5, 4), isto é, de quantos são capazes de sair de si mesmos porque se comoveram com o sofrimento alheio. O encontro com o outro e a abertura do coração às suas necessidades são ocasião de salvação e de bem-aventurança.

O fato de «prestar atenção» ao irmão inclui, igualmente, a solicitude pelo seu bem espiritual. E aqui desejo recordar um aspecto da vida cristã que me parece esquecido: a correcção fraterna, tendo em vista a salvação eterna. De forma geral, hoje é-se muito sensível ao tema do cuidado e do amor que visa o bem físico e material dos outros, mas quase não se fala da responsabilidade espiritual pelos irmãos. Na Igreja dos primeiros tempos não era assim, como não o é nas comunidades verdadeiramente maduras na fé, nas quais se tem a peito não só a saúde corporal do irmão, mas também a da sua alma tendo em vista o seu destino derradeiro. Lemos na Sagrada Escritura: «Repreende o sábio e ele te amará. Dá conselhos ao sábio e ele tornar-se-á ainda mais sábio, ensina o justo e ele aumentará o seu saber» (Prov 9, 8-9). O próprio Cristo manda repreender o irmão que cometeu um pecado (cf. Mt 18, 15). O verbo usado para exprimir a correcção fraterna – elenchein – é o mesmo que indica a missão profética, própria dos cristãos, de denunciar uma geração que se faz condescendente com o mal (cf. Ef 5, 11). A tradição da Igreja enumera entre as obras espirituais de misericórdia a de «corrigir os que erram». É importante recuperar esta dimensão do amor cristão.

Não devemos ficar calados diante do mal. Penso aqui na atitude daqueles cristãos que preferem, por respeito humano ou mera comodidade, adequar-se à mentalidade comum em vez de alertar os próprios irmãos contra modos de pensar e agir que contradizem a verdade e não seguem o caminho do bem. Entretanto a advertência cristã nunca há-de ser animada por espírito de condenação ou censura; é sempre movida pelo amor e a misericórdia e brota duma verdadeira solicitude pelo bem do irmão. Diz o apóstolo Paulo: «Se porventura um homem for surpreendido nalguma falta, vós, que sois espirituais, corrigi essa pessoa com espírito de mansidão, e tu olha para ti próprio, não estejas também tu a ser tentado» (Gl 6, 1). Neste nosso mundo impregnado de individualismo, é necessário redescobrir a importância da correcção fraterna, para caminharmos juntos para a santidade. É que «sete vezes cai o justo» (Prov 24, 16) – diz a Escritura –, e todos nós somos frágeis e imperfeitos (cf. 1 Jo 1, 8). Por isso, é um grande serviço ajudar, e deixar-se ajudar, a ler com verdade dentro de si mesmo, para melhorar a própria vida e seguir mais rectamente o caminho do Senhor. Há sempre necessidade de um olhar que ama e corrige, que conhece e reconhece, que discerne e perdoa (cf. Lc 22, 61), como fez, e faz, Deus com cada um de nós.

2. «Uns aos outros»: o dom da reciprocidade.

O fato de sermos o «guarda» dos outros contrasta com uma mentalidade que, reduzindo a vida unicamente à dimensão terrena, deixa de a considerar na sua perspectiva escatológica e aceita qualquer opção moral em nome da liberdade individual. Uma sociedade como a actual pode tornar-se surda quer aos sofrimentos físicos, quer às exigências espirituais e morais da vida. Não deve ser assim na comunidade cristã! O apóstolo Paulo convida a procurar o que «leva à paz e à edificação mútua» (Rm 14, 19), favorecendo o «próximo no bem, em ordem à construção da comunidade» (Rm 15, 2), sem buscar «o próprio interesse, mas o do maior número, a fim de que eles sejam salvos» (1 Cor 10, 33). Esta recíproca correcção e exortação, em espírito de humildade e de amor, deve fazer parte da vida da comunidade cristã.

Os discípulos do Senhor, unidos a Cristo através da Eucaristia, vivem numa comunhão que os liga uns aos outros como membros de um só corpo. Isto significa que o outro me pertence: a sua vida, a sua salvação têm a ver com a minha vida e a minha salvação. Tocamos aqui um elemento muito profundo da comunhão: a nossa existência está ligada com a dos outros, quer no bem quer no mal; tanto o pecado como as obras de amor possuem também uma dimensão social. Na Igreja, corpo místico de Cristo, verifica-se esta reciprocidade: a comunidade não cessa de fazer penitência e implorar perdão para os pecados dos seus filhos, mas alegra-se contínua e jubilosamente também com os testemunhos de virtude e de amor que nela se manifestam. Que «os membros tenham a mesma solicitude uns para com os outros» (1 Cor 12, 25) – afirma São Paulo –, porque somos um e o mesmo corpo. O amor pelos irmãos, do qual é expressão a esmola – típica prática quaresmal, juntamente com a oração e o jejum – radica-se nesta pertença comum. Também com a preocupação concreta pelos mais pobres, pode cada cristão expressar a sua participação no único corpo que é a Igreja. E é também atenção aos outros na reciprocidade saber reconhecer o bem que o Senhor faz neles e agradecer com eles pelos prodígios da graça que Deus, bom e omnipotente, continua a realizar nos seus filhos. Quando um cristão vislumbra no outro a acção do Espírito Santo, não pode deixar de se alegrar e dar glória ao Pai celeste (cf. Mt 5, 16).

3. «Para nos estimularmos ao amor e às boas obras»: caminhar juntos na santidade.

Esta afirmação da Carta aos Hebreus (10, 24) impele-nos a considerar a vocação universal à santidade como o caminho constante na vida espiritual, a aspirar aos carismas mais elevados e a um amor cada vez mais alto e fecundo (cf. 1 Cor 12, 31 – 13, 13). A atenção recíproca tem como finalidade estimular-se, mutuamente, a um amor efectivo sempre maior, «como a luz da aurora, que cresce até ao romper do dia» (Prov 4, 18), à espera de viver o dia sem ocaso em Deus. O tempo, que nos é concedido na nossa vida, é precioso para descobrir e realizar as boas obras, no amor de Deus. Assim a própria Igreja cresce e se desenvolve para chegar à plena maturidade de Cristo (cf. Ef 4, 13). É nesta perspectiva dinâmica de crescimento que se situa a nossa exortação a estimular-nos reciprocamente para chegar à plenitude do amor e das boas obras.

Infelizmente, está sempre presente a tentação da tibieza, de sufocar o Espírito, da recusa de «pôr a render os talentos» que nos foram dados para bem nosso e dos outros (cf. Mt 25, 24-28). Todos recebemos riquezas espirituais ou materiais úteis para a realização do plano divino, para o bem da Igreja e para a nossa salvação pessoal (cf. Lc 12, 21; 1 Tm 6, 18). Os mestres espirituais lembram que, na vida de fé, quem não avança, recua. Queridos irmãos e irmãs, acolhamos o convite, sempre actual, para tendermos à «medida alta da vida cristã» (João Paulo II, Carta ap. Novo millennio ineunte, 31). A Igreja, na sua sabedoria, ao reconhecer e proclamar a bem-aventurança e a santidade de alguns cristãos exemplares, tem como finalidade também suscitar o desejo de imitar as suas virtudes. São Paulo exorta: «Adiantai-vos uns aos outros na mútua estima» (Rm 12, 10).

Que todos, à vista de um mundo que exige dos cristãos um renovado testemunho de amor e fidelidade ao Senhor, sintam a urgência de esforçar-se por adiantar no amor, no serviço e nas obras boas (cf. Heb 6, 10). Este apelo ressoa particularmente forte neste tempo santo de preparação para a Páscoa. Com votos de uma Quaresma santa e fecunda, confio-vos à intercessão da Bem-aventurada Virgem Maria e, de coração, concedo a todos a Bênção Apostólica.

Vaticano, 3 de Novembro de 2011

Estação Ágape promove caravana para a JMJ 2013

Cardeal Willian Levada diz que Igreja combate a pedofilia


O Prefeito da Congregação para a Doutrina da Fé, abrindo o simpósio internacional para bispos e superiores religiosos sobre o abuso sexual, esclareceu que existe o máximo empenho por parte do Papa, da Santa Sé e das Conferências episcopais para "encontrar as melhores maneiras para ajudar as vítimas, proteger os menores e formar os sacerdotes de hoje e de amanhã para que estejam conscientes desta chega e seja eliminada do sacerdócio".

Texto publicado pela Agência de notícias da Conferência Episcopal Italiana divulgado nesta terça, 7 de fevereiro, expressa que a Congregação para a Doutrina da Fé, também "sob a constante orientação do card. Joseph Ratzinger", assistiu a "um dramático aumento" do número de casos criminosos de abusos sexuais contra menores por parte de clérigos, também por causa da cobertura da mídia que estes escândalos tiveram no mundo todo. Nos últimos dez anos, chegaram até a Congregação vaticana mais de 4 mil casos de abusos sexuais contra menores e estes casos "revelaram, por um lado, uma resposta inadequada do Código de Direito Canônico a esta tragédia em por outro, a necessidade de uma resposta mais abrangente".


Em sua conferência, o Prefeito também lembrou o que o Papa fez neste setor, a partir d escândalo dos abusos sexuais que estourou nos EUA nos anos 2001 e 2002. "Quero expressar - disse dom Levada - a minha pessoal gratidão ao Papa Bento, que como prefeito, foi determinante" na aplicação de "novas normas para o bem da Igreja". "Mas o Papa - acrescentou - enfrentou duros ataques na mídia nos últimos anos em várias parte do mundo, quando, no entanto, deveria ter recebido a gratidão de todos nós, na Igreja e fora". Após este esclarecimento, o cardeal continuou sua intervenção abordando vários temas: desde a necessidade das vítimas de serem ouvidas à obrigação para a Igreja de ouvir e compreender "a gravidade daquilo que a vítimas sofreram". Desde a "proteção dos menores" nos vários setores da Igreja à formação dos candidatos ao sacerdócio, que devem ser submetidos a "um maior escrutínio".

Ainda na conferência, o Prefeito afirmou: "a colaboração da Igreja com as autoridades civis nestes casos reconhece a verdade fundamental que o abuso sexual contra os menores não é só um crime no direito canônico, mas também um crime que viola as leis penais na maior parte das jurisdições civis". No fina, porém, de sua relação, o cardeal quis terminar com uma observação: "É bom repetir. Aqueles que abusaram são uma pequena minoria de fiéis e leigos comprometidos. No entanto, esta pequena minoria provocou um grave dano às vítimas e à missão da Igreja".
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Fonte: http://www.cnbb.org.br/site/imprensa/noticias/8631-cardeal-willian-levada-diz-que-igreja-combate-a-pedofilia

Papa manda mensagem ao arcebispo do Rio de Janeiro sobre desabamento dos prédios


O recém-nomeado secretário da Congregação para os Bispos, dom Lorenzo Baldisseri, em correspondência enviada à arquidiocese do Rio de Janeiro, garante suas orações e transmite um telegrama enviado pela Santa Sé com uma mensagem do Santo Padre, o papa Bento XVI, à arquidiocese e a todo povo carioca pelo desabamento dos prédios do Centro da Cidade.

Leia a íntegra da mensagem do papa Bento XVI:


"Exmo Revmo Dom Orani João Tempesta, Arcebispo de São Sebastião do Rio de Janeiro.


Profundamente amargurado com trágicas consequências do desabamento de três edifícios nessa cidade que enlutou muitas famílias do querido povo carioca, Sua Santidade Papa Bento XVI quer afirmar-se espiritualmente presente nesta hora de prova assegurando preces de sufrágio pelos falecidos ao mesmo tempo que pede ao Senhor conforto e apoio para feridos e todos provados pela tragédia, sem esquecer pessoas que participam na obra de socorro e assistência, ao enviar-lhes uma propiciadora bênção apostólica.

Cardeal Tarcísio Bertone,
Secretário de Estado de Sua Santidade"

segunda-feira, 6 de fevereiro de 2012

A Virgindade sempre se dá bem no casamento


Mc 1,21-28: "Entraram em Cafarnauu e, logo no sábado, foram à sinagoga. E ali ele ensinava. Estavam espantados com o seu ensinamento, pois ele os ensinava como quem tem autoridade e não como os escribas. Na ocasião, estava na sinagoga deles um homem possuído de um espírito impuro, que gritava, dizendo, "Que queres de nós, Jesus Nazareno? Vieste para arruinar-nos? Sei quem tu ès: o Santo de Deus". Então o espírito impuro, sacudindo-o violentamente e soltando grande grito, deixou-o. Todos então se admiraram, perguntando uns aos outros: "Que é isto? Um novo ensinamento com autoridade! Até mesmo aos espíritos impuros dá ordens, e eles lhe obedecem!" Imediatamente a sua fama se espalhou por todo lugar, em toda a redondeza da Galiléia"

Na sua "Introdução à vida devota," São Francisco de Sales, doutor da Igreja (1567-1623), diz que colocar em prática o Evangelho (o que entendemos por "devoção") é possível e necessário em todas as esferas da vida do batizado, sem exceção: "É um erro, ainda mais, uma heresia, pretender excluir o exercício da devoção do ambiente militar, da oficina dos artesãos, da corte dos príncipes, das casas das pessoas casadas."

O santo Bispo de Genebra, depois de ter exemplificado alguns estados particulares de vida que corresponde a um modo próprio e legítimo de seguir ao Senhor, conclui: "a devoção não destrói nada quando é sincera, mas antes aperfeiçoa tudo e, quando incompatível com os compromissos de alguém, é definitivamente falsa. "

A mensagem é clara: em todas as condições humanas pode-se e deve-se testemunhar Jesus Cristo.Estas palavras nos ajudam a entender a segunda leitura.


Paulo, respondendo às perguntas do Corintios, havia declarado abertamente uma preferência pela virgindade mais do que pelo casamento: "Estás livre de mulher? Não vá buscá-la"(1 Cor 7, 27). Ele começou a falar dos dois estados de vida com uma declaração surpreendente, e que certamente não deve ser tomada literalmente: "É bom para o homem não tocar em mulher" (1 Cor 7,1).

O apóstolo aqui assume a questão de se é ou não é lícito a um cristão ter relações sexuais ("tocar uma mulher "), ou seja, é preferível para Deus: se casar ou não se casar? Ele já descartou categoricamente a "porneia" (relações pré-matrimoniais), e agora compara a condição das pessoas casadas com aquela das pessoas virgens.

A afirmação: "Quem não tem esposa, cuida das coisas do Senhor e do modo de agradar ao Senhor. Quem tem esposa, cuida das coisas do mundo e do modo de agradar à esposa, e fica dividido" (1 Coríntios 7 ,32-34), não tem a intenção de mortificar o estado conjugal em comparação com a virgindade consagrada.

Para Paulo, todos os crentes, homens e mulheres, casados ​​ou não, devem se comprometer a viver o próprio estado de vida como um dom universal de santidade, em Cristo.

Claro, aos esposos não faltará as suas específicas "preocupações", com algum esforço para viver em plenitude o relacionamento com o Senhor; mas as relações sexuais são legítimas e santificadoras, desde que nenhum dos cônjuges faça delas um uso egoísta.
Neste sentido, a preocupação fundamental dos cônjuges não deve ser aquela de "sim/não" à relação sexual, mas do "sim" à verdade desta diante de Deus. E a verdade do relacionamento conjugal é esta: Deus quer que os dois sejam "uma só carne" (Mt 19,4-6), e que o sejam de modo "virginal", isto é, com pureza de coração e com pureza de amor.

Puro é o coração que no dom de si deseja em primeiro lugar, a felicidade do outro, sem instrumentalizar a relação sexual para o próprio prazer; puro é o amor, doado e recebido, que reconhece em Deus a sua Fonte e obedece cada dia a sua vontade e verdade.

É "o espírito dos cônjuges que não deve nunca ficar "impuro", sugere Paulo, sabendo bem que a concupiscência da carne, mesmo no casamento, é um pecado grave e tentação do diabo, porque contradiz radicalmente o significado esponsal inscrito pelo Criador no corpo.

Voltando agora ao Evangelho, compreendemos que o egoísmo sexual conjugal, mesmo se partilhado, é para o matrimônio uma ruína essencialmente "diabólica" ("diabo" é o outro nome de Satanás, que 'divide'), causa de profunda e dolorosa separação da alma do marido da alma da esposa, até mesmo na união dos seus corpos.

Em conclusão, sirvo-me aqui ainda de São Francisco de Sales: seja a devoção daqueles que não são casados, seja daqueles que são casados, são verdadeiras e justas diante de Deus, ainda que, nos dois diferentes estados de vida, igualmente chamados à santidade, cada um, também "nas coisas do mundo" antes de mais nada se preocupe "das coisas do Senhor" (1 Cor 7,32-33), ou seja, é o mesmo que dizer: buscar estar fazendo a Vontade de Deus em todas as suas ações.
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* Padre Angelo del Favero, cardiólogo, em 1978 co-fundou um dos primeiros centros de apoio à vida perto da Catedral de Trento. Tornou-se um carmelita em 1987. Foi ordenado sacerdote em 1991 e foi conselheiro espiritual no santuário de Tombetta, perto de Verona, Itália. Atualmente dedica-se à espiritualidade da vida no convento carmelita de Bolzano, na paróquia de Nossa Senhora do Monte Carmelo.
[Tradução Thácio Siqueira]