1. Hoje é o grande dia da Vigília Pascal: a vida venceu para sempre a morte.
Duelaram forte e mais forte, mas é a vida que vence a morte.
O amor supera e vence a morte. O amor sempre supera tudo.
Duelaram forte e mais forte, mas é a vida que vence a morte.
O amor supera e vence a morte. O amor sempre supera tudo.
2. O silêncio da Vigília Pascal está grávido de aleluias!
Os que crêem no Cristo já podem preparar a festa como as mulheres que, ao contemplar de longe o lugar em que depositaram o corpo de Jesus, teimavam em crer que a vida é mais forte, e foram premiadas por sua fé e coragem.
Os que crêem no Cristo já podem preparar a festa como as mulheres que, ao contemplar de longe o lugar em que depositaram o corpo de Jesus, teimavam em crer que a vida é mais forte, e foram premiadas por sua fé e coragem.
3. Vitória! Nosso maior e último inimigo foi vencido!
As portas – da Vida que não termina – foram abertas pelo primogênito dentre os mortos.
Surge brilhante a estrela da manhã!
As portas – da Vida que não termina – foram abertas pelo primogênito dentre os mortos.
Surge brilhante a estrela da manhã!
I. – Os Símbolos Pascais
4. O simbolismo do fogo
4.1. O fogo, reconhecido pelos antigos como um dos quatro elementos do mundo, é um princípio ativo.
4.2. Suas características são certa “materialidade” e certa “espiritualidade” que o tornam próximo a Deus.
4.3. Tem capacidade de purificar e regenerar. Os ritos de purificação são bem conhecidos, como as queimadas para limpar o terreno para o plantio, o crisol onde são purificados os metais, entre outros.
4.4. Em sentido translato, o fogo representa o amor, as paixões que se aninham nos corações.
4.5. O fogo purifica, aquece e ilumina. Na Bíblia, o fogo é sinal da presença e da ação de Deus no mundo. É expressão de santidade e transcendência divinas. (Ex 3,2ss: a sarça ardente).
4.6. As teofanias sob a forma de fogo marcam momentos ímpares da revelação de Deus: no Sinai (19,18ss). São também importantes do ponto de vista da vocação de alguns profetas: Isaías – Is 6,6; Ezequiel – Ez 1,4; Eliseu – 2Rs 2,11.
4.7. Na liturgia da Vigília Pascal, o fogo representa a grande teofania de Deus: a nova criação realizada na ressurreição de Jesus.
5. O simbolismo da luz
5.1. A luz é força fecundante, condição indispensável para que haja vida. As trevas são símbolo do mal, da infelicidade, da perdição e da morte. A luz exalta o que é belo e bom.
5.2. Na Bíblia, Deus é luz: – O Senhor é minha luz e salvação – Sl 27,1;
- o povo que caminhava nas trevas, viu uma grande luz – Is 9,1). Jesus é a luz do mundo: – enquanto estou no mundo, eu sou a luz do mundo – Jo 9,5).
- Eu sou a luz do mundo, quem me segue não anda nas trevas, mas terá a luz da vida – Jo 8,12;
5.3. – Quem crê se torna luz: – vós sois a luz do mundo – Mt 5,14;
- reflexo da luz de Cristo: – o mesmo Deus que mandou a luz brilhar na treva, iluminou as vossas mentes, para que brilhe no rosto de Cristo a manifestação da glória de Deus – 2Cor 4,6.
- A vida inspirada pela fé é um caminhar na luz: – …. já brilha a luz verdadeira. Quem diz que está na luz, mas odeia seu irmão continua em trevas…” – 1Jo 2,8-11.
- A transfiguração de Jesus, – manifestação de sua filiação divina, – é uma antecipação da glória pascal que ilumina os que crêem.
- A transfiguração de Jesus, – manifestação de sua filiação divina, – é uma antecipação da glória pascal que ilumina os que crêem.
5.4. Dentre os simbolismos que derivam da luz e do fogo, o Círio Pascal é a expressão mais forte por sua riqueza de significados. É a fusão da lua cheia de Nisan (símbolo da salvação pascal) com o rito da luz (quando à tardinha, os hebreus acendiam as lâmpadas), que é uma ação de graças pelo dom da luz.
5.5. Representa Cristo Ressuscitado,
- vencedor das trevas e da morte (os cravos do círio),
- Senhor da história (os algarismos),
- princípio e fim (A e Z),
- sol que não conhece ocaso.
É aceso com o fogo novo, produzido em plena escuridão, pois na Páscoa tudo renasce.
- Senhor da história (os algarismos),
- princípio e fim (A e Z),
- sol que não conhece ocaso.
É aceso com o fogo novo, produzido em plena escuridão, pois na Páscoa tudo renasce.
5.6. A tipologia da luz é descrita no “canto do Exultet” que forma um todo orgânico com o anúncio da libertação pascal. A aclamação “Eis a luz de Cristo!” é um memorial da Páscoa. A procissão com o Círio marca a presença de Cristo no meio do seu povo.
6. O simbolismo da água
6.1. A água é símbolo da vida. Sem água não há vida de forma alguma. Representa a eficácia do sangue redentor de Cristo comparado à água que lava.
6.2. A imersão do Círio Pascal na água é a união do elemento divino com o humano, a força fecundante de Cristo, – gerador de vida nova, – para que todos os que se banharem nessa água fecundada se tornem filhos de Deus.
6.3. A água simboliza a vida, fertiliza a terra, mata a nossa sede, lava-nos e purifica-nos… Lembra a imersão batismal pela qual nos tornamos filhos de Deus. Representa o novo nascimento: “quem não renascer da água e do Espírito não pode entrar no Reino de Deus” (Jo 3,5). Na celebração eucarística mistura-se a água (=nossa humanidade) com o vinho (=divindade). Do lado aberto de Cristo na cruz, traspassado pela lança, “saiu sangue e água” (Jo 19,34). Do interior de quem crê em Jesus – morto e ressuscitado – “fluirão rios de água viva” (Jo 7,38).
7. O simbolismo da cor branca
7.1. Embora os símbolos fortes e marcantes da Vigília Pascal sejam o fogo, a luz e a água, queremos também lembrar o simbolismo da cor branca que predominará durante todo o tempo pascal.
7.2. O branco é a cor da alegria e da festividade. Coélet , o pregador, dá o conselho: “vai, come teu pão com alegria e bebe gostosamente o teu vinho … que tuas vestes sejam brancas em todo tempo e nunca falte perfume sobre a tua cabeça” (Eclesiastes 9,7s). Segundo a lei mosaica, era prescrito um fino linho branco para os tecidos do santuário (Ex 26,1; 27,9). Também para as vestes dos sacerdotes “empregarão ouro, púrpura escarlate, carmesin e linho fino branco (Ex 28, 5-8): a túnica e o turbante devem ser confeccionados inteiros com linho branco (Ex 28,39). Na visão de Daniel, Deus aparece como “Ancião”: “suas vestes eram brancas como a neve; e os cabelos de sua cabeça, alvos como a lã ” (Dn 7,9).
7.3. No monte da transfiguração, a face de Cristo ficou brilhante como o sol, “e as suas vestes tornaram-se alvas como a luz” (Mt 17,2). “Suas vestes tornaram-se resplandecentes, extremamente brancas, de alvura tal como nenhuma lavadeira na terra as poderia alvejar” (Mc 9,3). Os anjos presentes na ressurreição do Senhor sentavam-se, “vestidos de branco” junto ao sepulcro (Jo 20,12). No Apocalipse a cor branca simboliza a pureza perfeita e a glória inacessível. Aqueles que entram na Jerusalém celeste, vindos da grande tribulação, “lava ram suas vestes e alvejaram-nas no sangue do Cordeiro” (Ap 7,13s). (ex Lurker M., Dicionário de figuras e símbolos bíblicos, Paulus, 2ª.ed., 2006).
7.4. Os paramentos brancos anunciam a vitória sobre o mal… e a paz que Jesus Ressuscitado nos dá. Apontam para o viver revestido dos mesmos sentimentos de Jesus: “como escolhidos de Deus, santos e amados, vistam-se de sentimentos de compaixão, bondade, humildade, mansidão, paciência …” (Cl 3,12). As vestes brancas identificam os que são fiéis a Jesus e estão inscritos no Livro da Vida (Ap 3,4-5).
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Fonte: parte extraída de http://www.celebrando.org.br/reflexao-dominical/ano-b/vigilia-pascal-ano-b/