sexta-feira, 15 de fevereiro de 2013

Veja quem são os cardeais que irão eleger o novo Papa



Com a renúncia do Papa Bento XVI, um Conclave para a escolha do novo pontífice será realizado a partir do dia 15 de março. Nesta data, cardeais de todo o mundo se reunirão no Vaticano, em Roma, para eleger o novo chefe da Igreja Católica.

Estarão aptos a participar da eleição 117 cardeais – que terão até 79 anos a partir do início da Sé Vacante, período entre a saída de um papa e a escolha de seu sucessor.

São cardeais eleitores aqueles que não tiverem completado 80 anos até o início da Sé Vacante – o período entre a renúncia do Papa e a escolha de um novo pontífice. Desta vez, há 117 que atendem o requisito. Três deles completam 80 anos em março, mas poderão participar do Conclave e dar seus votos.

Cinco eleitores são brasileiros. O cardeal mais novo, o indiano Baselios Cleemis Thottunkal, tem 53 anos.


Confira a lista dos cardeais que poderão votar e a idade deles no início do Conclave (previsto para iniciar em 15 de março):

Walter Kasper, alemão, 80 anos
(completados em 5 de março, após o início da Sé Vacante)
Severino Poletto, italiano, 79 anos
(fará 80 em 18 de março, após o início do Conclave)
Juan Sandoval Iñiguez, mexicano, 79 anos
(fará 80 em 28 de março, após o início da Sé Vacante e possivelmente após a definição do novo Papa)
Godfried Danneels, belga, 79 anos
Francisco Javier Errázuriz Ossa, chileno, 79 anos
Raffaele Farina, italiano, 79 anos
Geraldo Majella Agnelo, brasileiro, 79 anos
Joachim Meisner, alemão, 79 anos
Raúl Eduardo Vela Chiriboga, equatoriano, 79 anos
Giovanni Battista Re, italiano, 79 anos
Dionigi Tettamanzi, italiano, 79 anos
Francesco Monterisi, italiano, 78 anos
Cláudio Hummes, brasileiro, 78 anos
Carlos Amigo Vallejo, espanhol, 78 anos
Paolo Sardi, italiano, 78 anos
Paul Josef Cordes, alemão, 78 anos
Franc Rodé, esloveno, 78 anos
Tarcisio Bertone, italiano, 78 anos
Julius Riyadi Darmaatmadja, indonésio, 78 anos
Jean-Baptiste Pham Minh Mân, vietnamita, 78 anos
Giovanni Lajolo, italiano, 78 anos
Antonius Naguib, egípcio, 77 anos
Justin Francis Rigali, norte-americano, 77 anos
Velasio de Paolis, italiano, 77 anos
Santos Abril y Castelló, espanhol, 77 anos
José da Cruz Policarpo, português, 77 anos
Roger Michael Mahony, norte-americano, 77 anos
Julio Terrazas Sandoval, boliviano, 77 anos
Ivan Dias, indiano, 76 anos
Karl Lehmann, alemão, 76 anos
William Joseph Levada, norte-americano, 76 anos
Anthony Olubunmi Okogie, nigeriano, 76 anos
Jean-Claude Turcotte, canadense, 76 anos
Antonio María Rouco Varela, espanhol, 76 anos
Jaime Lucas Ortega y Alamino, cubano, 76 anos
Nicolás de Jesús López Rodríguez, dominicano, 76 anos
Ennio Antonelli, italiano, 76 anos
Théodore-Adrien Sarr, senegalês, 76 anos
Jorge Mario Bergoglio, argentino, 76 anos
Francis Eugene George, norte-americano, 76 anos
Audrys Juozas Bačkis, lituano, 76 anos
Raymundo Damasceno Assis, brasileiro, 76 anos
Attilio Nicora, italiano, 75 anos
Lluís Martínez Sistach, espanhol, 75 anos
Antonio Maria Vegliò, italiano, 75 anos
Paolo Romeo, italiano, 75 anos
Francesco Coccopalmerio, italiano, 75 anos
Keith Michael Patrick o’Brien, escocês, 74 anos
Manuel Monteiro de Castro, português, 74 anos
Carlo Caffarra, italiano, 74 anos
Angelo Amato, italiano, 74 anos
Edwin Frederick o’Brien, norte-americano, 73 anos
Stanisŀaw Dziwisz, polonês, 73 anos
John Tong Hon, chinês, 73 anos
Seán Baptist Brady, irlandês, 73 anos
Laurent Monsengwo Pasinya, congolês, 73 anos
Zenon Grocholewski, polonês, 73 anos
Telesphore Placidus Toppo, indiano, 73 anos
Béchara Boutros Rai, libanês, 73 anos
Agostino Vallini, italiano, 72 anos
Donald William Wuerl, norte-americano, 72 anos
Gabriel Zubeir Wako, sudanês, 72 anos
Wilfrid Fox Napier, sul-africano, 72 anos
George Pell, australiano, 71 anos
Angelo Scola, italiano, 71 anos
Norberto Rivera Carrera, mexicano, 70 anos
Jorge Liberato Urosa Savino, venezuelano, 70 anos
Rubén Salazar Gómez, colombiano, 70 anos
Giuseppe Bertello, ialiano, 70 anos
Gianfranco Ravasi, italiano, 70 anos
André Vingt-Trois,francês, 70 anos
Oscar Andrés Rodríguez Maradiaga, hondurenho, 70 anos
Angelo Bagnasco, italiano, 70 anos
Domenico Calcagno, italiano, 70 anos
Jean-Louis Tauran, francês, 69 anos
Dominik Duka, tcheco, 69 anos
Crescenzio Sepe, italiano, 69 anos
Giuseppe Versaldi, italiano, 69 anos
Angelo Comastri, italiano, 69 anos
Leonardo Sandri, argentino, 69 anos
Juan Luis Cipriani Thorne, peruano, 69 anos
John Olorunfemi Onaiyekan, nigeriano, 69 anos
Marc Ouellet, canadense, 68 anos
Seán Patrick o’Malley, norte-americano, 68 anos
Polycarp Pengo, tanzaniano, 68 anos
Mauro Piacenza, italiano, 68 anos
Jean-Pierre Ricard, francês, 68 anos
Oswald Gracias, indiano, 68 anos
John Njue, queniano, 68 anos
Christoph Schönborn, austríaco, 68 anos
George Alencherry, inidano, 67 anos
Robert Sarah, guineano, 67 anos
Stanisław Ryłko, polonês, 67 anos
Vinko Puljić, bósnio, 67 anos
Antonio Cañizares Llovera, espanhol, 67 anos
Fernando Filoni, italiano, 66 anos
Thomas Christopher Collins, canadense, 66 anos
Giuseppe Betori, italiano, 66 anos
João Braz de Aviz, brasileiro, 65 anos
Albert Malcolm Ranjith Patabendige Don, cingalês, 65 anos
Raymond Leo Burke, norte-americano, 64 anos
Peter Kodwo Appiah Turkson, ganense, 64 anos
Francisco Robles Ortega, mexicano, 64 anos
Josip Bozanić, croata, 63 anos
Daniel Nicholas Dinardo, norte-americano, 63 anos
Odilo Pedro Scherer, brasileiro, 63 anos
James Michael Harvey, norte-americano, 63 anos
Kazimierz Nycz, polonês, 63 anos
Timothy Michael Dolan, norte-americano, 63 anos
Kurt Koch, suíço, 63 anos
Philippe Barbarin, francês, 62 anos
Péter Erdő, húngaro, 60 anos
Willem Jacobus Eijk, holandês, 59 anos
Reinhard Marx, alemão, 59 anos
Rainer Maria Woelki, alemão, 56 anos
Luis Antonio G. Tagle, filipino, 55 anos
Baselios Cleemis Thottunkal, indiano, 53 anos

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Fonte: G1.com

quinta-feira, 14 de fevereiro de 2013

História da Igreja: Papas que renunciaram ao Pontificado


Na manhã de 11 de fevereiro de 2013, memória de Nossa Senhora de Lourdes, fomos colhidos pela notícia espantosa de que o Santo Padre, o Papa Bento XVI, renunciou ao ministério de Bispo de Roma, Sucessor de São Pedro.

Em discurso ao Consistório dos Cardeais reunidos diante dele, o Papa declarou que o faz "bem consciente da gravidade deste ato" e "com plena liberdade".

É evidente que a renúncia de um Papa é algo inaudito nos tempos modernos. A última renúncia foi de Gregório XII em 1415. A notícia nos deixa a todos perplexos e com um grande sentimento de perda. Mas este sentimento é um bom sinal. É sinal de que amamos o Papa, e, porque o amamos, estamos chocados com a sua decisão.

Diante da novidade do gesto, no entanto, já começam a surgir teorias fabulosas de que o Papa estaria renunciando por causa das dificuldades de seu pontificado ou que até mesmo estaria sofrendo pressões não se sabe de que espécie.

O fato, porém, é que, conhecendo a personalidade e o pensamento de Bento XVI, nada nos autoriza a arriscar esta hipótese. No seu livro Luz do mundo
 (p. 48-49), o Santo Padre já previa esta possibilidade da renúncia. 


Durante a entrevista, o Santo Padre falava com o jornalista Peter Seewald a respeito dos escândalos de pedofilia e as pressões:

PERGUNTA:
 Pensou, alguma vez, em pedir demissão?

RESPOSTA:
 Quando o perigo é grande, não é possível escapar. Eis por que este, certamente, não é o momento de demitir-se. Precisamente em momentos como estes é que se faz necessário resistir e superar as situações difíceis. Este é o meu pensamento. É possível demitir-se em um momento de serenidade, ou quando simplesmente já não se aguenta. Não é possível, porém, fugir justamente no momento do perigo e dizer: "Que outro cuide disso!"

PERGUNTA:
 Por conseguinte, é imaginável uma situação na qual o senhor considere oportuno que o Papa se demita?

RESPOSTA:
 Sim. Quando um Papa chega à clara consciência de já não se encontrar em condições físicas, mentais e espirituais de exercer o encargo que lhe foi confiado, então tem o direito – e, em algumas circunstâncias, também o dever – de pedir demissão.

Ou seja, o próprio Papa reconhece que a renúncia diante de crises e pressões seria uma imoralidade. Seria a fuga do pastor e o abandono das ovelhas, como ele sabiamente nos exortava em sua homilia de início de ministério:
 "Rezai por mim, para que eu não fuja, por receio, diante dos lobos" (24/04/2005).

Se hoje o Papa renuncia, podemos deduzir destas suas palavras programáticas, é porque vê que seja um momento de serenidade, em que os vagalhões das grandes crises parecem ter dado uma trégua, ao menos temporária, à barca de Pedro.

Podemos também deduzir que o Santo Padre escolheu o timing mais oportuno para sua renúncia, considerando dois aspectos:

Ele está plenamente lúcido. Seria realmente bastante inquietante que a notícia da renúncia viesse num momento em que, por razões de senilidade ou por alguma outra circunstância, pudéssemos legitimamente duvidar que o Santo Padre não estivesse compos sui (dono de si).

Estamos no início da quaresma. Com a quaresma a Igreja entra num grande retiro espiritual e não há momento mais oportuno para prepararmos um conclave através de nossas orações e sacrifícios espirituais. O novo Pontífice irá inaugurar seu ministério na proximidade da Páscoa do Senhor.

Por isto, apesar do grande sentimento de vazio e de perplexidade deste momento solene de nossa história, nada nos autoriza moralmente a duvidar do gesto do Santo Padre e nem deixar de depositar em Deus nossa confiança.

Peçamos com a Virgem de Lourdes que o Senhor, mais uma vez, derrame o dom do Espírito Santo sobre a sua Igreja e que o Colégio dos Cardeais escolha com sabedoria um novo Vigário de Cristo.

Nosso coração, cheio de gratidão pelo ministério de Bento XVI, gostaria que esta notícia não fosse verdade. Mas, se confiamos no Papa até aqui, porque agora negar-lhe a nossa confiança? Como filhos, nos vem a vontade de dizer: "não se vá, não nos deixe, não nos abandone!"

Mas não estamos sendo abandonados. A Igreja de Cristo permanecerá eternamente. O que o gesto do Papa então pede de nós, é mais do que confiança. É fé!

Fé naquelas palavras ditas por Nosso Senhor a São Pedro e a seus sucessores:
 "As portas do inferno não prevalecerão!" (Mt 16, 18).

Estas palavras permanecem inabaláveis através dos séculos!

A renúncia do Papa e os oportunistas da imprensa secular



Que a mídia secular não é o melhor meio para se informar a respeito da Igreja Católica, isso não é novidade. Basta fazer uma rápida leitura nas manchetes dos principais jornais do país a respeito da renúncia do Papa Bento XVI para se ter a certeza de que o amadorismo reina nessas aclamadas agências de notícias. No entanto, acreditar na simples inocência desses senhores e cobri-los com um véu de caridade por seus comentários maldosos e, muitas vezes, insultuosos não seria honesto. É necessário compreender muito bem que muitos desses veículos estão ardorosamente comprometidos com a desinformação e com os princípios contrários à reta moral defendida pela Igreja. Daí a quantidade de sandices que surgiram na mídia nos últimos dias.

Logo após o anúncio da decisão do Santo Padre, publicou-se na imprensa do mundo todo que a ação de Bento XVI causaria uma "revolução" sem precedentes na doutrina da Igreja. Uma atrapalhada correspondente de uma emissora brasileira afirmou que a renúncia do papa abriria caminho para as "reformas" do Concílio Vaticano II e que isso daria mais poderes aos bispos. Já outros declaravam que os recentes fatos colocavam em xeque o dogma da "Infalibilidade Papal", proclamado pelo Concílio Vaticano I. Nada mais fantasioso.

É verdade que uma renúncia tal qual a de Bento XVI nunca houve na história da Igreja. A última resignação de um papa aconteceu ainda na Idade Média e em circunstâncias bem diversas. Todavia, isso não significa que o Papa Ratzinger tenha modificado ou inventado qualquer novo dogma ou lei eclesiástica. O direito à renúncia do ministério petrino já estava previsto no Código do Direito Canônico, promulgado pelo Beato João Paulo II em 1983. Portanto, de modo livre e consciente - como explicou no seu discurso - Bento XVI apenas fez uso de um direito que a lei canônica lhe dava e nada nos autoriza a pensar que fora diferente. Usar desse pretexto para fazer afirmações tacanhas sobre dogmas e reformas na Igreja é simplesmente ridículo. Quem faz esses comentários carece de profundos conhecimentos sobre a doutrina católica, sobretudo a expressa no Concílio Vaticano II.

Outros comentaristas foram mais longe nas especulações e atestaram que a renúncia do Papa devia-se às pressões internas que ele sofria por seu perfil tradicionalista e conservador. Além disso, as crises pelos escândalos de pedofilia e vazamentos de documentos internos também teriam pesado na decisão. Não obstante, quem conhece o pensamento de Bento XVI sabe que ele jamais tomaria essa decisão se estivesse em meio a uma crise ou situação que exigisse uma particular solicitude pastoral. E isso ficou muito bem expresso na sua entrevista com o jornalista Peter Seewald - publicada no livro Luz do Mundo - na qual o Papa explica que em momentos de dificuldades, não é possível demitir-se e passar o problema para as mãos de outro.

Mas de todas as notícias veiculadas por esses jornais, certamente as mais esdrúxulas foram as que fizeram referência às antigas "profecias" apocalípiticas que prediziam o fim da Igreja Católica. Numa dessas reportagens, um notório jornal do Brasil dizia: "O anúncio da renúncia do papa Bento 16 fez relembrar a famosa "Profecia de São Malaquias", que anuncia o fim da Igreja e do mundo". É curioso notar o repentino surto de fé desses reconhecidos laicistas logo em teorias que proclamam o fim da Igreja. Isso tem muito a dizer a respeito deles e de suas intenções.

Por fim, também não faltaram os especialistas de plantão e teólogos liberais chamados pelas bancadas dos principais jornais do país para pedir a eleição de um papa "mais aberto". Segundo esses doutos senhores, a Igreja deveria ceder em assuntos morais, permitindo o uso da camisinha, do aborto e casamento gay para conter o êxodo de fiéis para as seitas protestantes. A essas pretensões deve-se responder claramente: A Igreja jamais permitirá aquilo que vai contra a vontade de Deus e nenhum Papa tem o poder de modificar isso. A doutrina católica é imutável. Ademais, os fiéis jovens da Igreja têm se mostrado cada vez mais conservadores e avessos à moral liberal. Inovações liberais para atrair fiéis nunca deram certo e os bancos vazios da Igreja Anglicana são a maior prova disso.

O comportamento vil da mídia secular leva-nos a fazer sérios questionamentos sobre a credibilidade e idoneidade dos chefes de redações que compõem as mesas desses jornais. Das duas, uma: ou esses senhores carecem de formação adequada e por isso seus textos são recheados de ignorâncias e nonsenses, ou então, esses doutos jornalistas têm um sério compromisso com a desinformação e a manipulação dos fatos, algo que está diametralmente oposto ao Código de Ética do Jornalismo. Se fôssemos seguir a cartilha desses órgãos de imprensa, hoje seríamos obrigados a crer que Bento XVI liberou a camisinha, excomungou o boi e o jumento do presépio, acobertou padres pedófilos e mais uma série de disparates que uma simples leitura correta dos fatos seria o suficiente para derrubar a mentira.

Na sua mensagem para o Dia Mundial da Comunicação de 2008, o Papa Bento XVI alertou para os riscos de uma mídia que não está comprometida com a reta informação. "Constata-se, por exemplo, que em certos casos as mídias são utilizadas, não para um correto serviço de informação, mas para «criar» os próprios acontecimentos", denunciou o Santo Padre. Bento XVI assinalou que os meios de comunicação devem estar ordenados para a busca da verdade e a sua partilha. Pelo jeito, a imprensa secular ainda tem muito a aprender com o Santo Padre.
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Fonte: Christo Nihil Praeponere

Todas as renúncias, Bento!



"Tenho 23 anos e ainda não entendo muitas coisas. E há muitas coisas que não se podem entender as 8h da manhã quando te acordam para dizer em poucas palavras: “Daniel, o papa renunciou.” Eu apressadamente contestei: “Renunciou?”. A resposta era mais que óbvia, “Renunciou, Daniel, o papa renunciou!”.

O papa renunciou. Assim amanheceu escrito em todos os jornais, assim amanheceu o dia para a maioria, assim rapidamente alguns tantos perderam a fé e outros muitos a reforçaram. Poucas pessoas entendem o que é renunciar.

Eu sou católico. Um de muitos. Desses que durante sua infância foi levado à missa, cresceu e criou apatia. Em algum ponto ao longo da estrada deixei pra lá toda a minha crença e a minha fé na Igreja, mas a Igreja não depende de mim para seguir, nem de ninguém (nem do Papa). Em algum ponto da minha vida, voltei a cuidar da minha parte espiritual e assim, de repente e simplesmente, prossegui um caminho no qual hoje eu digo: Sou católico. Um de muitos sim, mas católico por fim. Mas assim sendo um doutor em teologia, ou um analfabeto em escrituras (desses que há milhões), o que todo mundo sabe é que o Papa é o Papa. Odiado, amado, objeto de provocações e orações, o Papa é o Papa, e o Papa morre sendo Papa. Por isso hoje quando acordei com a notícia, eu, junto a milhões de seres humanos, nos perguntamos “por que?”. Por que renuncia senhor Ratzinger? Sentiu medo? Sentiu a idade? Perdeu a fé? A ganhou? E hoje, 12 horas depois, creio que encontrei a resposta: O senhor Ratzinger renunciou toda a sua vida. Simples assim.


O papa renunciou a uma vida normal. Renunciou ter uma esposa. Renunciou ter filhos. Renunciou ganhar um salário. Renunciou a mediocridade. Renunciou as horas de sono pelas horas de estudo. Renunciou ser só mais um padre, mas também renunciou ser um padre especial. Renunciou preencher a sua cabeça de Mozart, para preenchê-la de teologia. Renunciou a chorar nos braços de seus pais. Renunciou a, tendo 85 anos, estar aposentado, desfrutando de seus netos na comodidade de sua casa e no calor de uma lareira. Renunciou desfrutar de seu país. Renunciou seus dias de folga. Renunciou sua vaidade. Renunciou a defender-se contra os que o atacavam. Sim, isso me deixa claro que o Papa foi, em toda sua vida, muito apegado à renuncia.

E hoje, voltou a demonstrar. Um papa que renuncia a seu pontificado quando sabe que a Igreja não está em suas mãos, mas nas mãos de alguém maior, parece ser um Papa sábio. Nada é maior que a Igreja. Nem o Papa, nem seus sacerdotes, nem os laicos, nem os casos de pedofilia, nem os casos de misericórdia. Nada é maior que ela. Mas ser Papa nesse tempo do mundo, é um ato de heroísmo (desses heroísmos que acontecem diariamente em nosso país e ninguém nota). Recordo sem dúvida, as histórias do primeiro Papa. Um tal... Pedro. Como morreu? Sim, em uma cruz, crucificado igual ao teu mestre, mas de cabeça para baixo. Hoje em dia, Ratzinger se despede de modo igual. Crucificado pelos meios de comunicação, crucificado pela opinião pública e crucificado pelos seus irmãos católicos. Crucificado pela sombra de alguém mais carismático. Crucificado na humildade que tanto dói entender. É um mártir contemporâneo, desses que se pode inventar histórias, a esses que se pode caluniar e acusar a vontade, que não respondem. E quando responde, a única coisa que faz é pedir perdão. “Peço perdão pelos meus defeitos”. Nem mais, nem menos. Quanta nobreza, que classe de ser humano. Eu poderia ser mórmon, ateu, homossexual e abortista, mas ver uma pessoa da qual se dizem tantas coisas, que recebe tantas críticas e ainda responde assim... esse tipo de pessoa, já não se vê tanto no mundo.

Vivo em um mundo onde é engraçado zombar o Papa, mas que é um pecado mortal zombar um homossexual (e ser taxado como um intolerante, fascista, direitista e nazista). Vivo em um mundo onde a hipocrisia alimenta as almas de todos nós. Onde podemos julgar um senhor de 85 anos que quer o melhor para a Instituição que representa, mas lhe indagamos com um “Com que direito renuncia?”. Claro, porque no mundo NINGUÉM renuncia a nada. Ninguém se sente cansado ao ir pra escola. Ninguém se sente cansado ao ir trabalhar. Vivo um mundo onde todos os senhores de 85 anos estão ativos e trabalhando (sem ganhar dinheiro) e ajudam às massas. Sim, claro.

Mas agora sei, senhor Ratzinger, que vivo em um mundo que vai sentir falta do senhor. Em um mundo que não leu seus livros, nem suas encíclicas, mas que em 50 anos se lembrará como, com um simples gesto de humildade, um homem foi Papa, e quando viu que havia algo melhor no horizonte, decidiu partir por amor à sua Igreja. Vá morrer tranquilo senhor Ratzinger. Sem homenagens pomposas, sem um corpo exibido em São Pedro, sem milhares aclamando aguardando que a luz de seu quarto seja apagada. Vá morrer, como viveu mesmo sendo Papa: humildemente.

Bento XVI, muito obrigado por renunciar."
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Fonte: Wordpress (traduzido do espanhol).

Jornada Mundial da Juventude 2013 está mantida mesmo após renúncia do Papa



“Entramos em um momento de oração em agradecimento a Bento XVI e ao novo papa, já escolhido por Deus. E os trabalhos da JMJ Rio2013 continuam da mesma forma, continuam os preparativos”, disse o arcebispo do Rio e presidente do COL, Dom Orani João Tempesta, durante entrevista coletiva esta manhã sobre a renúncia do Papa, na Basílica Nossa Senhora de Lourdes, em Vila Isabel.

“Nós tivemos várias vezes com o Santo Padre e quando falávamos sobre a Jornada Mundial da Juventude para o ano de 2015 ele nos dizia que estaria muito longe, distante, e o Papa já estaria muito idoso. Quando fechamos a data para o ano de 2013 Bento XVI disse: ‘o Papa irá a Jornada Mundial da Juventude (JMJ). Eu ou o meu sucessor’. (...). Temos que rezar pela atitude corajosa do Santo Padre, coragem de perceber que chega o momento de deixar o trabalho. Nossa data da JMJ continua firme, toda a missão continua, e temos certeza que será um belo momento para jovens do Brasil e do mundo”, afirmou Dom Orani. 

Sobre a presença do novo Papa durante a Jornada, o arcebispo explicou também que quando a JMJ foi realizada em Colônia, na Alemanha, o Papa João Paulo II havia organizado tudo u tudo, mas quem participou e conduziu foi Bento XVI.  “Sem dúvida o tempo é curto, pois além de um líder religioso o Papa é um chefe de Estado, mas creio que vai depender de quem for eleito e não podemos adiantar nada. É costume é que o Papa continue a rotina do antecessor pelo menos é o que nós vemos sempre e caso isso aconteça seremos uma das primeiras cidades que o novo pontífice irá visitar”, destacou Dom Orani.

Após a renúncia de Bento XVI, que será realizada oficialmente no dia 28 de fevereiro, às 20h de Roma (17h de Brasília), segundo anunciou o próprio pontífice em sua carta de renúncia, terá início a Sé Vacante – tempo que transcorre entre o momento em que um papa morre ou renuncia até a escolha do sucessor –, e de acordo com o porta-voz do Vaticano, padre Federico Lombardi, a Igreja Católica deve ter um novo Papa até a Páscoa, no próximo dia 31 de março.

Segundo a última lista do Vaticano, atualizada há duas semanas, há um total de 119 cardeais aptos a votar no conclave. Para poder participar da escolha do papa, o cardeal precisa ter menos de 80 anos e cinco cardeais brasileiros são candidatos a ocupar o posto: Dom Raymundo Damasceno, atual arcebispo de Aparecida e Presidente da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB); Dom Cláudio Hummes, de 78 anos, Arcebispo Emérito de São Paulo; Dom Odilo Scherer, de 63 anos, atual Cardeal Arcebispo de São Paulo; Dom João Braz de Aviz, de 66 anos, que mora em Roma e é Prefeito das Congregações dos Religiosos em Roma; e Dom Geraldo Majella Agnelo, de 79 anos, atual Arcebispo Emérito de Salvador (BA).

“O Papa Bento XVI continuará levando sua missão de outra maneira e a Arquidiocese de São Sebastião do Rio de Janeiro agradece a Deus pela sua vida, pelo seu trabalho e pela sua missão, e reza também pelo seu sucessor”, ressaltou Dom Orani.
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Disponível em: Rio2013.com
Título Original: Arquidiocese do Rio agradece ao Papa e continua os preparativos para a JMJ Rio 2013.

Homilia de Bento XVI na Missa de Quarta-feira de Cinzas



CELEBRAÇÃO DE QUARTA-FEIRA DE CINZAS
Basílica de São Pedro - Vaticano
Quarta-feira, 13 de fevereiro de 2013


Venerados Irmãos,
caros irmãos e irmãs!

Hoje, Quarta-feira de Cinzas, iniciamos um novo caminho quaresmal, um caminho que se estende por quarenta dias e nos conduz à alegria da Páscoa do Senhor, à vitória da Vida sobre a morte. Seguindo a antiquíssima tradição romana da stationes quaresimais, nos reunimos hoje para a Celebração da Eucaristia. Tal tradição prevê que a primeira statio tenha acontecido na Basílica de Santa Sabina na colina Aventino. As circunstâncias sugeriram reunir-se na Basílica Vaticana. Somos numerosos reunidos ao redor do Túmulo do Apóstolo Pedro também para pedir sua intercessão para o caminho da Igreja neste momento particular, renovando nossa fé no Pastor Supremo, Cristo Senhor. Para mim é uma ocasião propícia para agradecer a todos, especialmente aos fiéis da Diocese de Roma, neste momento em que estou para concluir o ministério petrino, e para pedir especial lembrança na oração.

As leituras que foram proclamadas nos oferecem ideias que, com a graça de Deus, são chamados a se tornarem atitudes e comportamentos concretos nesta Quaresma. A Igreja nos repropõe, antes de tudo, o forte chamado que o profeto Joel dirige ao povo de Israel: “Agora, diz o Senhor, voltai para mim com todo o vosso coração, com jejuns, lágrimas e gemidos” (2,12). Sublinhamos a expressão “com todo o coração”, que significa do centro de nossos pensamentos e sentimentos, das raízes das nossas decisões, escolhas e ações, com um gesto de total e radical liberdade. Mas é possível este retorno a Deus? Sim, porque há uma força que não mora em nosso coração, mas que nasce do coração do próprio Deus. É a força da sua misericórdia. Diz ainda o profeta: “Voltai para o Senhor, vosso Deus; ele é benigno e compassivo, paciente e cheio de misericórdia, inclinado a perdoar o castigo” (v.13). O retorno ao Senhor é possível como 'graça', porque é obra de Deus e fruto da fé que nós depositamos na sua misericórdia. Este retornar a Deus torna-se realidade concreta na nossa vida somente quando a graça do Senhor penetra no íntimo e o toca doando-nos a força de “rasgar o coração”. É ainda o profeta a fazer ressoar da parte de Deus estas palavras: “Rasgai o coração, e não as vestes” (v.13). Com efeito, também em nossos dias, muitos estão prontos a “rasgar as vestes” diante de escândalos e injustiças – naturalmente cometidos por outros -, mas poucos parecem disponíveis a agir sobre o próprio “coração”, sobre a própria consciência e sobre as próprias intenções, deixando que o Senhor transforme, renove e converta.

Aquele “voltai para mim com todo o vosso coração”, é ainda um apelo que envolve não só o particular, mas a comunidade. Ouvimos na primeira Leitura: “Tocai trombeta em Sião, prescrevei o jejum sagrado, convocai a assembleia; congregai o povo, realizai cerimônias de culto, reuni anciãos, ajuntai crianças e lactentes; deixe o esposo seu aposento, e a esposa, seu leito” (vv.15-16). A dimensão comunitária é um elemento essencial na fé e na vida cristã. Cristo veio “para reunir os filhos de Deus dispersos” (cfr Jo 11,52). O “Nós” da Igreja é a comunidade na qual Jesus nos reúne juntos (cfr Jo 12,32): a fé é necessariamente eclesial. E isto é importante recordá-lo e vivê-lo neste Tempo da Quaresma: cada um esteja consciente de que o caminho penitencial não se percorre sozinho, mas junto com tantos irmãos e irmãs, na Igreja.

O profeta, enfim, se detém sobre a oração dos sacerdotes, os quais, com lágrimas nos olhos, se dirigem a Deus dizendo: “Não deixes que esta tua herança sofra infâmia e que as nações a dominem. Por que se haveria de dizer entre os povos: 'Onde está o Deus deles?'” (v.17). Esta oração nos faz refletir sobre a importância do testemunho de fé e de vida cristã de cada um de nós e das nossas comunidades para manifestar a face da Igreja e como esta face seja, muitas vezes, deturpada. Penso especialmente nas culpas contra a unidade da Igreja, nas divisões no corpo eclesial. Viver a Quaresma em uma mais intensa e evidente comunhão eclesial, superando individualismos e rivalidade, é um sinal humilde e precioso para aqueles que estão distantes da fé ou indiferentes.

"É agora o momento favorável, é agora o dia da salvação!” (2 Cor 6,2). As palavras do apóstolo Paulo aos cristãos de Corinto ressoam também para nós com uma urgência que não admite ausências ou omissões. O termo “agora” repetido várias vezes diz que este momento não pode ser desperdiçado, ele é oferecido a nós como uma oportunidade única e irrepetível. E o olhar do Apóstolo se concentra sobre a partilha com a qual Cristo quis caracterizar sua existência, assumindo todo o humano até carregar o pecado dos homens. A frase de São Paulo é muito forte: Deus “o fez pecado por nós”. Jesus, o inocente, o Santo, “Aquele que não cometeu pecado”(2 Cor 5,21), carregou o peso do pecado partilhando com a humanidade o êxito da morte, e da morte de cruz. A reconciliação que nos é oferecida teve um preço altíssimo, o da cruz elevada sobre o Gólgota, sobre a qual foi pendurado o Filho de Deus feito homem. Nesta imersão de Deus no sofrimento humano e no abismo do mal está a raiz da nossa justificação. O “voltar a Deus de todo o coração” no nosso caminho quaresmal passa através da Cruz, o seguir Cristo sobre a estrada que conduz ao Calvário, ao dom total de si. É um caminho no qual se aprende cada dia a sair sempre mais do nosso egoísmo e dos nossos fechamentos, para dar espaço a Deus que abre e transforma o coração. E São Paulo recorda como o anúncio da Cruz ressoa em nós graças a pregação da Palavra, da qual o próprio Apóstolo é embaixador; um chamado para nós para que este caminho quaresmal seja caracterizado por uma escuta mais atenta e assídua da Palavra de Deus, luz que ilumina nossos passos.

Na página do Evangelho de Mateus, que pertence ao assim chamado Discurso da montanha, Jesus faz referência a três práticas fundamentais previstas pela Lei Mosaica: a esmola, a oração e jejum: são também indicações tradicionais no caminho quaresmal para responder ao convite de “voltar a Deus como todo o coração”. Mas Jesus destaca que seja a qualidade e a verdade da relação com Deus o que qualifica a autenticidade de cada gesto religioso. Por isso, Ele denuncia a hipocrisia religiosa, o comportamento que quer aparecer, as atitudes que buscam o aplauso e a aprovação. O verdadeiro discípulo não serve a si mesmo ou ao “público”, mas ao seu Senhor, na simplicidade e na generosidade: “E o teu Pai, que vê no escondido, te dará a recompensa” (Mt 6,4.6.18). O nosso testemunho então será sempre mais incisivo quando menos buscarmos nossa glória e formos conscientes que a recompensa do justo é o próprio Deus, o ser unido a Ele, aqui, no caminho da fé, e, ao término da vida, na paz e na luz do encontro face a face com Ele para sempre (cfr 1 Cor 13,12).

Queridos irmãos e irmãs, iniciemos confiantes e alegres o itinerário quaresmal. Ressoe forte em nós o convite à conversão, a “voltar para Deus com todo o coração”, acolhendo a sua graça que nos faz homens novos, com aquela surpreendente novidade que é participação à vida do próprio Jesus. Nenhum de nós, portanto, seja surdo a este apelo, que nos é dirigido também no austero rito, tão simples e ao mesmo tempo tão sugestivo, da imposição das cinzas, que daqui a pouco realizaremos. Nos acompanhe neste tempo a Virgem Maria, Mãe da Igreja e modelo de todo autêntico discípulo do Senhor. Amém!
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Fonte: Canção Nova

Jornalistas participam de coletiva de imprensa com a Arquidiocese de São Luís



“Positiva a participação da imprensa em nossa coletiva”, afirmou o arcebispo de São Luís, dom José Belisário da Silva. A coletiva foi realizada nesta quinta-feira, dia 14 de fevereiro, às 09h, no auditório Dom Geraldo Dantas, no Palácio Arquiepiscopal, ao lado da Igreja da Sé. A entrevista marca o lançamento da Campanha da Fraternidade 2013 na Arquidiocese.

A mesa de entrevistados foi composta pelo arcebispo dom José Belisário da Silva, seu auxiliar, dom José Carlos Chacorowski, pelo coordenador do Setor Juventude, Kécio Rabelo, e pelo coordenador da Pastoral da Juventude da Arquidiocese, Ronald Rabelo.


O tema da Campanha da Fraternidade 2013 é “Fraternidade e Juventude”, e o lema “Eis-me aqui, envia-me” (Is 6,8). Neste encontro com a imprensa, a Arquidiocese ressaltou que o lançamento oficial da Campanha da Fraternidade 2013 na arquidiocese está marcado para o dia 16, sábado, às 15h, no Parque Bom Menino. “Agradecemos a presença de todos os meios de comunicação que enviaram seus profissionais”, disse o arcebispo.
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Fonte: Arquidiocese de São Luís.

Mais de 30 municípios do Maranhão realizaram encontros de Carnaval promovidos pela Renovação Carismática Católica



A Renovação Carismática Católica (RCC) do Estado do Maranhão realizou Encontros de Carnaval em 32 municípios maranhenses, entre os dias 10 e 12 de fevereiro. Todos com o lema “Se creres, verás a glória de Deus” Jo 11,40. Entre os encontros mais antigos e numerosos estão o Festival Minha Vida tem Sentido, que acontece há 23 anos, em Imperatriz; Alegrai-vos, em Caxias, que reúne milhares de fiéis pelas ruas da cidade atrás do trio elétrico e o Rebanhão, que acontece há 21 anos na capital maranhense.

“Completamos a maioridade com um evento que já se tornou esperado no carnaval ludovicense, não somente pelos membros da Renovação Carismática Católica, mas por toda a Igreja, movimentos, pastorais, novas comunidades e foliões adeptos ao nosso carnaval alternativo”, enfatizou diácono Francisco Camêlo, coordenador da RCC no Maranhão e do Rebanhão, em São Luís.
O destaque para todos os eventos da RCC no Estado é a majoritária participação dos jovens, que têm a cada ano aumentado o rebanho dos fiéis foliões que optam por brincar o carnaval de uma maneira diferente.

Nesse ano, de modo especial, a juventude será contemplada em dois momentos importantes para a Igreja do Brasil, a Campanha da Fraternidade (CF 2013), que iniciou na quarta-feira de cinzas, junto com a Quaresma, e a Jornada Mundial da Juventude, que acontecerá entre os dias 23 e 28 de julho, no Rio de Janeiro, com a presença do Papa no Brasil.

Mariane Rosa, 16 anos, participou pela primeira vez do Rebanhão de São Luís (MA) e estava presente no momento da consagração da juventude a Deus, feita por Lázaro Praxedes (RS), que pregou neste ano no encontro. “Eu ia quando pequena com minha mãe e nesse ano me engajei no movimento por espontânea vontade. Foi maravilhoso o Rebanhão! Vivi momentos de tanta diversão e alegria, que não quero perder mais nenhum!”, confessou Mariane.
Liara Paiva, de Caxias, passou o carnaval também atrás do trio elétrico do Alegrai-vos e disse que não perde por nada. “É bom demais passar o carnaval com o Senhor”, reforça.

Além dos jovens, as crianças têm recebido uma atenção especial por parte das organizações do evento. Durante o Rebanhão, em São Luís, uma media de 200 crianças participaram do Rebanhãozinho, e arrancaram lágrimas de emoção dos pais ao realizarem a Coroação de Nossa Senhora. “São as crianças aprendendo desde cedo o valor e importância da fé”, enfatizou emocionada Adriana Duarte, radialista que levou os filhos de 8 e 6 anos para participarem do evento.

Segundo a coordenação estadual da RCC, a proposta com os eventos de carnaval é louvar a Deus com alegria, mas também contribuir para que os números das estatísticas divulgadas após o carnaval, no Maranhão, não sejam apenas os das mortes ou acidentes nas estradas, mas se contabilize o número de eventos que resultaram em saldos positivos para a sociedade.
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Fonte: Arquidiocese de São Luís.