quinta-feira, 14 de março de 2013

Brasão e lema episcopal do Papa Francisco: "Aquele que for humilde será salvo".



"Jesus viu um homem chamado Mateus, sentado à mesa para a cobrança de impostos, e disse: Siga-me". 


Jesus viu o publicano, e viu-o com misericórdia e escolheu-o, (miserando atque eligendo), e disse-lhe: "Siga-me", que significa "Espelho-me." Ele disse: "Siga-me". Quem está sempre em Cristo deve andar como ele andou continuamente" (São Beda, o sacerdote, o Venerável, Homilia 21).

O lema episcopal Jorge Mario Bergoglio é a frase em latim do Evangelho de Mateus "Miserando atque eligendo", que descreve a posição de Jesus para o publicano (considerado um pecador público), que "olhou com misericórdia e escolheu-o”.


Veja o trecho do Evangelho do chamado de Mateus:

"Naquele tempo, Jesus viu um homem chamado Mateus, sentado na coletoria de impostos, e disse-lhe: “Segue-me”. Ele se levantou e seguiu Jesus. Enquanto Jesus estava à mesa, em casa de Mateus, vieram muitos cobradores de impostos e pecadores e sentaram-se à mesa com Jesus e seus discípulos. Alguns fariseus viram isso e perguntaram aos discípulos: “Por que vosso mestre come com os cobradores de impostos e pecadores?”. Jesus ouviu a pergunta e respondeu: “Aqueles que têm saúde não precisam de médico, mas sim os doentes. Aprendei, pois, o que significa: ‘Quero misericórdia e não sacrifício’. De fato, eu não vim para chamar os justos, mas os pecadores” (Mt 9,9-13).

Primeira homilia do Papa Francisco



Santa Missa de Conclusão do Conclave
Capela Sistina, 14 de março de 2013


Nestas três leituras vejo que há algo em comum: é o movimento. Na primeira leitura o movimento no caminho; na segunda leitura, o movimento na edificação da Igreja; na terceira, no Evangelho, o movimento na confissão. Caminhar, edificar, confessar.

Caminhar. “Casa de Jacó, vinde, caminhemos na luz do Senhor” (Is 2, 5). Esta é a primeira coisa que Deus disse a Abraão: Caminha na minha presença e seja irrepreensível.

Caminhar: a nossa vida é um caminho e quando paramos, as coisas não caminham. Caminhar sempre, na presença do Senhor, na luz do Senhor, buscando viver daquela maneira irrepreensível que Deus pedia a Abraão, na sua promessa.

Edificar: Edificar a Igreja. Fala-se de pedras: as pedras tem consistência; mas pedras vivas, pedras ungidas pelo Espírito Santo. Edificar a Igreja, a Esposa de Cristo, sobre aquela Pedra Angular que é o próprio Senhor. Eis um outro movimento da nossa vida: edificar.
 
Terceira, confessar: Nós podemos caminhar quanto queremos, nós podemos edificar tantas coisas, mas se não confessamos Jesus Cristo, as coisas não caminham. Nos tornaremos uma ONG assistencial, mas não a Igreja, Esposa do Senhor. Quando não se caminha, para-se. Quando não se edifica sobre pedras o que acontece? Acontece o que acontece com as crianças na praia quando fazem castelos de areia, tudo cai, é sem consistência. Quando não se confessa Jesus Cristo, me vem a frase de Léon Bloy: “Quem não reza ao Senhor, reza ao diabo”. Quando não se confessa Jesus Cristo, se confessa a mundanidade do diabo.

Caminhar, edificar, construir, confessar. Mas não é uma coisa fácil, porque no caminhar, no construir, no confessar às vezes há problemas, há movimentos que não são propriamente do caminho, mas são movimentos que nos levam para trás.

Esse Evangelho prossegue com uma citação especial, o próprio Pedro que confessou Jesus. Diz: “Sim, tu és o Messias, o Filho do Deus vivo. Mas não vamos falar de Cruz. Isso não tem nada a ver. Sigo com outras possibilidades, não com a Cruz”.

Quando caminhamos sem a Cruz, quando edificamos sem a Cruz e quando confessamos com Cristo sem Cruz, não somos discípulos do Senhor. Somos mundanos, somos bispos, cardeais, papa, mas não discípulos do Senhor.

Gostaria que todos nós depois desses dias de graça, tenhamos a coragem de caminhar na presença do Senhor, com a Cruz do Senhor. De edificar a Igreja com o Sangue do Senhor que derramou sobre a Cruz e confessar a única glória desse crucifixo. E assim a Igreja poderá prosseguir.

Faço votos de que a todos nós, o Espírito Santo, com a oração a Nossa Senhora, nos conceda essa graça: caminhar, edificar e confessar Jesus Cristo crucificado.

Assim seja!
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Fonte: Canção Nova.

Habemus Papam!



O novo Papa é um dom de Deus à sua Igreja. Não foi eleito segundo os critérios humanos: não estava entre a lista de papáveis que a mídia dava como certa, destacando os mais influentes dos cardeais. Escolheu o nome de Francisco, uma referência ao poverello de Assis que escutou a voz de Jesus na Igreja de San Damiano: “Francisco, restaura a minha Igreja”. E vem da América Latina, periferia do sistema mundial centrado na Europa e nos Estados Unidos. E o novo Papa, em sua apresentação pública, mostrou-se humilde, simples, cativante. Habemus Papam!

Vivemos dias de expectativa e emoção acompanhando o Conclave da eleição do novo Papa. Deus nos deu a graça de estarmos vivendo esse momento tão singular da vida da Igreja em espírito de fé e com o coração cheio de confiança em Jesus, o bom pastor. Hoje como ontem é ele mesmo quem escolhe e envia seus apóstolos. É ele quem transforma pescadores em missionários: “Farei de vocês pescadores de gente”. É ele quem faz de Simão a pedra sobre a qual constrói a sua Igreja.
O Papa é o Pedro de hoje, o Pedro das chaves. Jesus chamou Pedro e seus companheiros para serem pescadores no Reino de Deus. Foi a ele que Jesus entregou a liderança de sua Igreja: “Eu te darei as chaves. O que abrires na terra será aberto no céu”. Pedro foi também o discípulo que não queria que Jesus lhe lavasse os pés. O Pedro das três negações, o Pedro do galo.

“Para quem tomou banho, disse-lhe Jesus, é bastante lavar os pés”. A palavra de Jesus purifica os discípulos. Sua morte redentora é o banho purificador de quem desce às águas. Em sua morte, pelo batismo, descemos também nós. Pela Ressurreição, vestimo-nos do novo homem com ele. Do novo Adão. Estamos limpos, purificados, lavados. Prontos para a festa do Reino.

Pedro também estava purificado pela Palavra de Jesus. Mas, ainda assim, caiu na tentação. Negou o Mestre, por três vezes. Acovardou-se diante do perigo de ser uma testemunha do Galileu. Negou conhecê-lo, ser seu discípulo, ter parte com ele. E o galo cantou duas vezes, denunciando a fraqueza do apóstolo. Reprovando a sua covardia. E a palavra de Jesus ecoou forte no coração de Pedro: “Antes que o galo cante duas vezes, tu me negarás três vezes”. E o olhar de Jesus cruzou com os olhos temerosos e assustados do pescador. Um olhar que lhe gelou o coração. Que lhe derreteu as entranhas. Que lhe desatou uma vontade louca de chorar, uma dor infinita pelo gesto mesquinho da traição.

Ressuscitado, o Mestre voltou a olhá-lo de frente. E Pedro já não desviou o olhar. Suas lágrimas tinham acompanhado o descimento de Jesus ao túmulo.. Mas, subiu com ele. Ressuscitou com ele. Como nós fazemos quando descemos às águas no Batismo. Nascemos de novo. Já não tem mais vez o Adão que nos habitava.

O Ressuscitado traz pela mão o Pedro renascido na sua morte redentora. Três vezes traiu. Três vezes vai declarar seu amor incondicional ao Mestre. Como um neófito, vai subindo degrau por degrau da piscina batismal. “Simão, tu me amas?”. “Sim, Senhor, tu sabes que eu te amo.” “Então, cuida dos meus carneirinhos”. Sim, é isso, nossa fraqueza não conta mais. Conta a força da ressurreição do Senhor que nos ergue. Conta o amor com que respondemos ao seu chamado. Mais um degrau. “Simão, tu me amas?”. “Sim, Senhor, tu sabes que eu te amo”.  “Então, toma conta das minhas ovelhas”. Tantos quantos foram os degraus que descemos, tantos subimos, ressuscitando com Cristo. E assumindo a sua mesma missão. Identificando-nos com ele. “Já não sou eu que vivo. É Cristo que vive em mim”. “Simão, tu me amas?”. E Pedro um pouco entristecido: “Sim, Senhor, tu sabes tudo, tu sabes que eu te amo”.  “Então, toma conta do meu rebanho”. Apóstolo é que o foi escolhido. E enviado. Não porque é o melhor, o mais santo, o mais douto. Porque amado pelo Mestre. Porque escolhido por ele. Porque ama o Senhor. Porque confia apenas na fidelidade do seu Senhor. Não na sua força, no seu poder, na sua sabedoria.

O Papa não é um super-homem, nem o sabe-tudo, nem o todo-poderoso. Ao contrário, sua grandeza é ser Pedro, pescador, escolhido pelo Mestre para cuidar de sua Casa. Escolhido em sua fraqueza para pastorear a Igreja de Deus. Em sua fraqueza, revela-se sempre a força de Deus. É Cristo quem comanda sua Igreja. É o Espírito Santo que anima a sua missão. Ele está à frente do rebanho de Deus por pura graça, pelo amor misericordioso do coração de Cristo. Sustentado por ele. Ressuscitado com ele. Pastor com ele.


Pe. João Carlos Ribeiro

A primeira manhã de Papa Francisco: oração a Nossa Senhora e despedida da Casa onde estava hospedado.




Papa Francisco dirigiu-se esta manhã à basílica de Santa Maria Maior, para uma oração a Nossa Senhora, cumprindo a intenção que ele próprio tinha anunciado ontem, na primeira apresentação pública, na varanda central da basílica de São Pedro. “Amanhã quero ir rezar a Nossa Senhora, para que abençoe toda a cidade de Roma”, disse o papa.
Acompanharam o Papa o cardeal vigário para a diocese de Roma, o cardeal Agostino Vallini, assim como dom Georg Gänswein, prefeito da Casa Pontifícia. Foi uma visita breve, privada, marcada unicamente pelo recolhimento de oração diante do altar de Nossa Senhora.

No regresso ao Vaticano, o Papa passou pela Casa Internacional do Clero, junto a Piazza Navona, onde estava hospedado antes do Conclave, para recolher os objetos pessoais que ali deixara e cumprimentar o pessoal. Mostrava-se descontraído e com a simplicidade e cordialidade de sempre. 

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Fonte: CNBB.



quarta-feira, 13 de março de 2013

Primeiras Palavras do Papa Francisco I



“Irmãos e irmãs, boa noite.

Vocês sabem que o dever do Conclave é dar um bispo a Roma. Parece que meus irmãos cardeais foram buscá-lo no fim do mundo, mas estamos aqui. Agradeço a vocês pela acolhida na Comunidade Diocesana de Roma, como seu bispo. Obrigado.

Em primeiro lugar, gostaria de fazer uma oração pelo nosso bispo emérito, Bento XVI. Rezemos todos juntos por ele para que o Senhor o abençoe e Nossa Senhora o guarde. (Recitou o Pai Nosso, Ave Maria e Glória).

E agora, começamos este caminho, bispo e povo, esse caminho da Igreja de Roma, que é aquela que preside na caridade com todas as Igrejas. Um caminho de fraternidade, de amor e de confiança entre nós. Rezemos sempre por nós, uns pelos outros. Rezemos por todo o mundo, para que seja uma grande fraternidade. Vos desejo que este caminho de Igreja que hoje começamos – me ajudará o meu cardeal vigário aqui presente – seja frutuoso para a evangelização dessa sempre bela cidade.

Agora eu gostaria de dar a benção, mas antes vos peço um favor. Antes que o bispo abençoe o povo, eu peço que vocês rezem ao Senhor para que me abençoe. A oração do povo pedindo a benção pelo seu bispo. Façamos em silêncio, esta oração de vocês sobre mim (o Papa inclinou-se para receber a oração).

Agora vou abençoar vocês e todo o mundo, a todos os homens e mulheres de boa vontade (o Papa prosseguiu dando a benção em latim e a indulgência plenária).

Irmãos e irmãs, vos deixo, obrigado pela acolhida. Rezem para que logo nos vejamos. Amanhã quero ir rezar a Nossa Senhora, para que proteja toda a Roma. Boa noite e bom descanso”.
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Fonte: Canção Nova.

Primeira coletiva na Sala de Imprensa Vaticana depois da eleição de Francisco I



O padre Federico Lombardi começou a coletiva dizendo “não sei o que dizer, estou completamente chocado”. Reconheceu que participa da alegria de toda a Igreja e que "estou muito emocionado porque saiu um latino-americano". Também "pelo nome que escolhe, muito expressivo de um estilo simples e de testemunho evangélico".

O novo papa manifestou seu estilo de espiritualidade, acrescentou o porta-voz, por pedir a benção do povo para ele, antes de dar a sua. Há uma continuidade com o espírito de Bento XVI que pedia oração ao povo. É bonito também que pediu oração pelo papa emérito manifestando uma profunda comunhão com ele. Também comunhão com a diocese de Roma.


Francisco I é o primeiro papa jesuíta da história, informou Lombardi. “Lembro na Congregação Geral 33 na qual ele era o provincial da Argentina e eu da província da Itália, acho que foi o único momento em que tive oportunidade de conviver com ele em algum encontro da Companhia de Jesus”.

E, apesar da surpresa reconhece Lombardi a valentia dos cardeais para que houvesse um papa procedente de outro continente.

O que vivemos hoje, afirma Lombardi, foi uma bela resposta a tudo o que alguns setores comentaram e especularam nestes dias durante as Congregações sobre a situação da Igreja.

Durante a coletiva de imprensa o padre recebeu uma chamada na qual davam as novas informações dos próximos dias. Também se confirmou que Francisco I já tinha falado por telefone com o papa emérito.

A Missa na Sistina com os cardeais será amanhã às 17h. Na sexta-feira às 11h na Clementina ter-se-á uma audiência com o todo o colégio cardinalício. No sábado, às 11h uma audiência com os jornalistas na Sala Paulo VI, continuando uma tradição que começou com João Paulo II. No domingo será o primeiro Angelus do novo Papa. E na terça-feira, 19, será a missa de inauguração do pontificado às 9h30. Também confirmou que Francisco I fará uma visita à Nossa Senhora amanhã, mas será algo privado.
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Fonte: Zenit.

Emoção de um protestante na escolha do novo Papa.



Sou protestante. Por vontade própria escolhi este caminho. Mas neste exato instante em que vivo é impossível não me emocionar. Estou em frente a televisão acompanhando uma fumaça branca que visivelmente traz extrema alegria a um povo. Músicos se posicionam sob uma janela grande e bonita. Em instantes o novo Escolhido será apresentado pelo cardeal mais antigo do Vaticano, uma honra. Os trajes, assim como todo o protocolo é impecável e cheio de significado. Em meio a multidão dezenas de bandeiras das mais diferentes nações dançam para lá e para cá. É lindo. Existe união e felicidade transbordando no menor pais do mundo.

Todos sabemos que nosso acesso a Deus é direto e possível sem a necessidade de intermediários. Todavia, não podemos esquecer de toda a parte institucional e administrativa de qualquer organização. O Papa é imprescindível. Romano-pontífices, bispos e todos os cargos católicos que pesquisei fizeram muito sentido para mim, em todos os seus pontifícios-conselhos. É extremamente coerente e organizado. Completamente respeitoso. O jornalista acaba de dizer que o novo Escolhido está sozinho na capela fazendo sua primeira oração como novo Papa. Emocionante. Lindo. Estou arrepiado. Sei que existe um brasileiro dentre as possibilidades. Por algum motivo, torço empolgado da mesma maneira que outrora torci pela seleção na Copa do Mundo.

Se este homem escolhido por vocês causou desde já tanta alegria e vida, simpatizo este com toda minha reverencia. Que ele seja mesmo um exemplo vivo, um administrador sábio e um pai humano. Que seja longa e bonita sua vida e que seja a todos os católicos um motivo de orgulho e admiração.

Minhas felicidades, irmãos cristãos! Aproveitem muito este dia de Festa!

Soli Deo Gloria.
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Fonte: Minorulândia.

Título original:  À escolha do Papa, aos católicos.

Arcebispo de São Luís fica surpreso com eleição do Papa Francisco I



A escolha de Francisco I como o primeiro papa latino-americano foi considerada pelo arcebispo de São Luís, Dom José Belisário, como uma grande surpresa, mas ao mesmo tempo uma mostra de evolução da igreja católica. “Isso é um reflexo de que a igreja que evoluiu e que possui uma mensagem não mais centralizada apenas na Europa e sim mundial. Ela está em todos os continentes, como na América, na África”, afirmou.


Assim como boa parte da população mundial, Dom Belisário também disse ter ficado surpreso com a escolha de um argentino, arcebispo de Buenos Aires: “Ele não estava entre os mais cotados, apesar de seu nome ter sido lembrado. A expectativa era de que fosse alguém mais jovem, mas temos informações de que a saúde dele é muito boa", disse ao vice-presidente da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), que anteriormente havia falado ao G1 que um novo papa europeu seria eleito.

Dom Belisário disse que pessoalmente não conhece o novo papa, mas em sua análise ele terá desafios permanentes. “Existem os desafios internos, da própria rotina da ‘igreja viva’ e os externos, que remetem a um diálogo com o mundo de hoje e os temas polêmicos que são suscitados diariamente.

Na opinião do arcebispo de São Luís, a escolha no nome Francisco I é uma referência à doutrina utilizada pelo santo de mesmo nome, "do patrono da Itália, alguém muito preocupado com a propagação do evangelho e reforma da igreja, como aconteceu no final do século XII e início do século XIII”, finalizou.
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Fonte: G1 Maranhão.