quarta-feira, 24 de abril de 2013

Dois bispos foram sequestrados em Aleppo. Diácono que os acompanhava teria sido executado.



Dois bispos das Igrejas ortodoxas síria e grega foram sequestrados segunda-feira, 22 de abril, em um povoado da província de Aleppo, no norte da Síria, anunciou a agência oficial de notícias síria Sana. De acordo com a agência oficial libanesa, ANN, o diácono que os acompanhava teria sido assassinado.

“Um grupo terrorista armado sequestrou hoje o Bispo Yohanna Ibrahim, responsável pela Igreja síria ortodoxa (em Aleppo), e o Bispo Boulos Yazikhi, responsável pela Igreja grega ortodoxa (em Aleppo), quando realizavam trabalhos humanitários no povoado de Kafr Dael, na província de Aleppo”, informou a Sana.

“Os terroristas interceptaram o carro dos bispos no povoado de Kafr Dael, fizeram o motorista descer, o mataram e sequestraram os bispos”, informa a agência.


Fontes da diocese greco-ortodoxa de Aleppo contatadas pela France Press, não deram declarações, mas cristãos residentes na cidade, que pediram para não ter sua identidade revelada, confirmaram o sequestro e disseram que o motorista do veículo foi executado.

Os cristãos, que constituem cerca de 5% da população síria, são especialmente vulneráveis ao contexto de anarquia que impera no país desde o início da revolta contra o regime do Presidente Bashar al Assad, em março de 2011.

No início de fevereiro, dois padres foram sequestrados por homens armados no sul de Aleppo. Dos padres Michel Kayyal, armênio católico, e Maher Mahfuz, greco-ortodoxo, não se têm notícias desde então, quando o veículo em que viajavam rumo a Damasco foi interceptado por milicianos.

A Sala de Imprensa da Santa Sé divulgou uma nota em que afirma que o Papa Francisco foi informado deste novo episódio, que se soma à violência crescente dos últimos dias e à vasta emergência humanitária que atinge o país. Francisco acompanha os eventos com muita participação e preces intensas pela saúde e a libertação dos dois bispos sequestrados e para que, com o esforço de todos, o povo sírio possa finalmente ver respostas eficazes ao drama humanitário e o surgimento no horizonte de esperanças reais de paz e reconciliação.
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Fonte: CNBB.

terça-feira, 23 de abril de 2013

Ativistas do Femen invadem Conferência e jogam água em Arcebispo.



Ativistas seminuas do grupo feminista Femen invadiram uma conferência em uma universidade de Bruxelas. Durante o ato, manifestantes jogaram água no arcebispo de Mechelen-Bruxelas, Andre-Joseph Leonard. O religioso não reagiu e evitou olhar para as ativistas.



O protesto foi contra a homofobia, de acordo com agências internacionais. No fim da manifestação, o arcebispo beijou uma imagem da Virgem Maria ao deixar a sala.



Nascido na Ucrânia e com filiais em vários países (incluindo o Brasil e nações de maioria islâmica), o Femen costuma fazer campanhas pelos direitos das mulheres e de minorias. Uma de suas bandeiras é a defesa do casamento gay. O grupo também já realizou atos contra os casos de pedofilia na Igreja.



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Fonte: O Globo.

Ato do Governo Diocesano sobre pronunciamentos do pe. Beto pelos meios digitais.



Tendo em vista os recentes pronunciamentos do padre Roberto Francisco Daniel (padre Beto) em páginas pessoais da internet, que têm provocado escândalo junto aos fiéis, agora, extrapolando-se o âmbito diocesano e indo para o mundo aberto da mídia eletrônica; tendo em vista, sobretudo, o conteúdo desses pronunciamentos que ocorrem em desacordo com os ensinamentos da Igreja no campo da doutrina, da moral e dos costumes; tendo em vista que não em poucas oportunidades o Bispo Diocesano já lhe vem alertando sobre seus pronunciamentos; e tendo em vista o diálogo realizado hoje, 23 de abril, na Cúria Diocesana, sobre o assunto, determino ao padre Beto a retirar de imediato tudo o que estiver na mídia, com palavras e imagens relativas a estas suas declarações. Determino a se retratar através do mesmo meio utilizado (site, Facebook e YouTube), no prazo até 29 de abril de 2013, confessando humildemente que errou quanto a sua interpretação e exposição da doutrina, da moral e dos costumes ensinados pela Igreja.
 
Nossa Diocese, que caminha rumo ao Jubileu de Ouro de sua fundação, encontra-se em oração permanente, suplicando ao Divino Espírito Santo, seu padroeiro, que ilumine nossas mentes e nossos corações para caminharmos na busca da conversão, da santidade, da comunhão e da paz.


Dom Frei Caetano Ferrari,
OFM, Bispo Diocesano de Bauru.
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Fonte: Diocese de Bauru Divino Espírito Santo

Comissão de Direitos Humanos e Minorias na Câmara, paralisada.



Passado um mês da nomeação do deputado pastor Marco Feliciano (PSC-SP) para a presidência da Comissão de Direitos Humanos e Minorias da Câmara (CDHM), a comissão está paralisada. E quem perdeu até agora foi a sociedade brasileira.

Uma comissão que se tornou uma referência importante para a articulação de agentes públicos e sociais, voltados para a defesa, promoção e educação em direitos humanos não consegue funcionar pelo simples fato de que seu atual presidente não tem legitimidade reconhecida de parte significativa da sociedade.
 
Mas ao invés de sair de cena, Feliciano parece ter gostado da exposição midiática que sua polêmica indicação proporcionou. E, nesse caminho, instaura uma situação pouco comum na CDHM, mandando prender manifestantes, ordenando reuniões de portas fechadas, ato rechaçado inclusive pela OAB-SP, em texto que afirma que a decisão “abre um precedente perigoso” e remete “a tempos obscuros e arbitrários de nossa história política, onde os direitos humanos somente podiam ser discutidos a portas fechadas”.

Uma CDHM presidida por alguém que pratica a censura de manifestantes, que buscou realizar reuniões a portas fechadas, constitui um ataque à própria natureza e essência desta comissão. Como CONIC, reafirmamos nosso repúdio a esta conjuntura que compromete a legitimidade da representação política da sociedade civil.
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Fonte: Conselho Nacional de Igrejas Cristãs - CONIC
Título original: Um mês de CDHM paralisada.

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Todos os meses a Arquidiocese de São Luís publica uma edição do Jornal do Maranhão que é um informativo católico com informações sobre os acontecimentos, eventos e notícias das principais manchetes que circulam no meio católico, em especial nas paróquias e comunidades. Este jornal é distribuído ou vendido nas paróquias por um preço simbólico. Para que continue circulando, com papel de qualidade e chegando aos lugares mais distantes, a Arquidiocese conta com o apoio dos patrocinadores. Por isso vem até você a oportunidade de divulgar a sua empresa/comércio no Jornal do Maranhão. Pode ser anúncio de uma grande ou pequena empresa. Pode ser um anúncio de comercial de TV, outdoor, algum evento promocional... Anuncie no Jornal do Maranhão. Seja conhecido, venda mais e aumente seus lucros. Informações: (98) 3313-4153.

Assembleia dos Bispos


A 51ª Assembleia Geral dos Bispos do Brasil reuniu mais de 400 participantes, entre bispos, padres, religiosos, leigos e assessores, no Santuário da Mãe Aparecida. Acontecimento anual de importância e significação, é oportunidade para a Igreja Católica no Brasil avaliar sua fidelidade ao mandato de seu Senhor, Cristo Ressuscitado: fazer de todos seus discípulos e discípulas. Também é momento para a Igreja Católica refletir a realidade, a partir de seu compromisso com a vida do povo, particularmente dos pobres.

Esse olhar que se dirige à vida sofrida do povo pediu de nós, bispos, um posicionamento de solidariedade e defesa dos irmãos e irmãs castigados pela maior seca que atinge a região do semiárido brasileiro nos últimos 40 anos. São mais de 10 milhões de pessoas, em 1.236 municípios, segundo dados da Secretaria da Defesa Civil do Ministério da Integração Nacional. A sociedade brasileira sabe que os bispos sempre estão atentos às consequências de ordem social, econômica, moral e ética provocadas pela seca. A Igreja Católica, recentemente, em cooperação também com vários movimentos sociais e sindicais, apresentou diretrizes para a convivência com o semiárido. Junto com a população atingida pela seca, a Igreja propõe e reivindica intervenções estruturais capazes de minimizar tal sofrimento.


Refletimos e avançamos também na preparação de um documento para manifestar nosso posicionamento no que se refere aos conflitos agrários. Em sua condição de servidora, a Igreja Católica coloca-se ao lado dos sem-terra, pessoas submetidas ao trabalho escravo, quilombolas e indígenas. Em comunhão com todos estes segmentos, questionamos o Projeto de Emenda Constitucional 215, que transfere do Poder Executivo ao Congresso Nacional a demarcação, titulação e homologação de terras indígenas e quilombolas.

Estes e outros assuntos que integraram a exigente pauta da 51ª Assembleia Geral consolidam ainda mais o compromisso da Igreja Católica com a vida do povo sofrido, em diálogo franco e direto com os construtores da sociedade. A partir desse princípio, nós, bispos de Minas Gerais, durante a Assembleia, manifestamos nossa preocupação relacionada à situação prisional de nosso Estado. Uma realidade grave e triste, quando se considera o número de apenados, o tratamento a eles oferecido em vista de sua recuperação, distanciamentos de suas famílias, com agravamentos sérios, além das dificuldades criadas para o serviço voluntário e de fé, prestado por nossos agentes da Pastoral Carcerária. Um trabalho humanitário que encontra obstáculos que precisam ser superados com a intervenção e atuação de quem pode fazê-lo. Também estamos atentos à tramitação do Projeto de Lei número 3.784\2013, da Assembleia Legislativa de Minas Gerais, que regulamenta o uso de espaços públicos para cerimônias religiosas.

Enquanto avaliamos nossos muitos trabalhos desenvolvidos em todo o Brasil, especialmente pelas comissões episcopais pastorais e organismos da CNBB, detalhamos o tema central da Assembleia neste ano: comunidade de comunidades: uma nova paróquia. Todos os bispos estão empenhados para que cresça a rede de comunidades, sinal da nossa presença e serviço na vida do povo. Uma nova resposta que nasce do vigor espiritual radicado na simplicidade e na verdade do Evangelho.

Importante também é o caminho percorrido rumo à consolidação de um Diretório para a Comunicação na Igreja do Brasil, buscando qualificar sempre o diálogo com a sociedade civil e, também, atender a exigência de uma adequada política de comunicação no interior da Igreja. O objetivo é avançar na preservação da cultura cristã brasileira, resguardando sua consistência.

Os trabalhos realizados a partir da densa pauta da 51ª Assembleia Geral da CNBB foram marcados, sobretudo, por um clima de fraternidade evangélica, tempero determinante no caminho missionário. Rodeados pelo povo peregrino, sempre presente no Santuário da Mãe Aparecida, nós bispos da Igreja, em cooperação, vivemos uma Assembleia de riquezas neste caminho da fé.

  
Dom Walmor Oliveira de Azevedo
Arcebispo de Belo Horizonte

Nota da CNBB pela rejeição da PEC 215



Em defesa dos direitos indígenas e quilombolas,
pela rejeição da PEC 215.


Nós, bispos do Brasil, reunidos na 51ª Assembleia Geral da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil-CNBB, em Aparecida-SP, de 10 a 19 de abril de 2013, manifestamo-nos contra a Proposta de Emenda Constitucional 215/2000 (PEC 215), que transfere do Poder Executivo para o Congresso Nacional a aprovação de demarcação, titulação e homologação de terras indígenas, quilombolas e a criação de Áreas de Proteção Ambiental.

Reconhecer, demarcar, homologar e titular territórios indígenas, quilombolas e de povos tradicionais é dever constitucional do Poder Executivo. Sendo de ordem técnica, o assunto exige  estudos antropológicos, etno-históricos e cartográficos. Não convém, portanto, que seja transferido para a  alçada do Legislativo.

Motivada pelo interesse de pôr fim à demarcação de terras indígenas, quilombolas e à criação de novas Unidades de Conservação da Natureza em nosso país, a PEC 215 é um atentado aos direitos destes povos. É preocupante, por isso, a constituição de uma Comissão Especial, criada pelo Presidente da Câmara para apressar a tramitação dessa proposição legislativa a pedido da Frente Parlamentar da Agropecuária, conhecida como bancada ruralista. O adiamento de sua instalação  para o segundo semestre não elimina nossa apreensão quanto ao forte lobby pela aprovação da PEC 215.


A Constituição Federal garantiu aos povos indígenas e comunidades quilombolas o direito aos seus territórios tradicionais. Comprometidos com as gerações futuras, os constituintes também asseguraram no texto constitucional a proteção ao meio ambiente e definiram os atos da administração pública necessários à efetivação desses direitos como competência exclusiva do Poder Executivo.

Todas estas conquistas, fruto de longo processo de organização e mobilização da Sociedade brasileira, são agora ameaçadas pela PEC 215 cuja aprovação desfigura a Constituição Federal e significa um duro golpe aos direitos humanos. Fazemos, portanto, um apelo aos parlamentares para que rejeitem a PEC 215. Que os interesses políticos e econômicos não se sobreponham aos direitos dos povos indígenas e quilombolas.

Deus nos dê, por meio de seu Filho Ressuscitado, a graça da justiça e da paz!


Aparecida - SP, 17 de abril de 2013.


 

Cardeal Raymundo Damasceno Assis
Arcebispo de Aparecida
Presidente da CNBB  

 Dom José Belisário da Silva, OFM
Arcebispo de São Luís do Maranhão
Vice Presidente da CNBB

Dom Leonardo Ulrich Steiner
Bispo Auxiliar de Brasília
Secretário Geral da CNBB

domingo, 21 de abril de 2013

Após ataques de Marco Feliciano a católicos, CNBB pede respeito.



O porta-voz da 51ª Assembleia Geral da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), dom Dimas Lara Barbosa, arcebispo na arquidiocese de Campo Grande (MS), lembrou a postura de diálogo adotada pela Igreja Católica, sobretudo após o Concílio Vaticano II, ao comentar os ataques feitos aos católicos pelo deputado pastor Marco Feliciano (PSC), atual presidente da Comissão de Direitos Humanos da Câmara dos Deputados (CDHM).

As imagens originais dos ataques estavam, até a semana passada, em um canal da Assembleia de Deus no YouTube. No entanto, o conteúdo foi removido pelo usuário no fim de semana. Outros internautas, porém, já haviam feito uma cópia e voltaram a postá-la. No vídeo, Feliciano lamentavelmente afirma que os católicos adoram a Satanás e que têm o corpo “entregue à prostituição” e “a todas as misérias dessa vida”.

 
“Eu li a transcrição do vídeo. Nesse momento é importante lembrar que estamos celebrando este os 50 anos do Concílio Vaticano II, que abriu as portas da Igreja [Católica] para o diálogo ecumênico. O diálogo pressupõe o respeito à liberdade de confiança e à liberdade religiosa das pessoas. A mensagem católica caminha na direção do diálogo e do respeito, não do confronto”, afirmou o arcebispo.

Ainda de acordo com dom Dimas, a Comissão Brasileira de Justiça e Paz (CBJP), organismo de leigos que acompanha os trabalhos da Comissão de Direitos Humanos na Câmara, decidirá o que fazer sobre o caso.
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Fonte: CONIC.