sábado, 27 de julho de 2013

Católicos em baixa, protestantes em alta: uma (falsa) leitura midiática da viagem do papa ao Brasil


A primeira viagem internacional do papa Francisco despertou o interesse da imprensa internacional por diversos motivos. Um deles, entre os mais martelados, é a ênfase de muitos meios de comunicação na quantidade de católicos brasileiros, que mantêm no país o título de maior população católica do mundo, mas vem diminuindo consideravelmente.

Artigos e reportagens opinam que o avanço de grupos protestantes, de movimentos religiosos alternativos, de outras religiões e inclusive de não crentes é o que teria motivado a viagem do papa Francisco, numa espécie de “reconquista” do Brasil em particular e da América Latina em geral.

O Brasil é o primeiro país do mundo em número de católicos. Na América, seguem-se México, Colômbia, Argentina, Peru, Venezuela, Equador, Chile, Guatemala, República Dominicana, Bolívia, Haiti, Cuba, Honduras, Paraguai, Nicarágua, El Salvador, Costa Rica, Porto Rico, Panamá e Uruguai.


O Vatican Information Service, em 20 de julho, trouxe as seguintes estatísticas sobre a Igreja católica no Brasil:

“O Brasil tem uma população de 195.041.000 de habitantes, dos quais 164.780.000 são católicos, ou seja, 84,48%. Há 274 circunscrições eclesiásticas, 10.802 paróquias e 37.827 centros pastorais. Realizam as tarefas de apostolado 453 bispos, 20.701 sacerdotes, 2.702 religiosos e 30.528 religiosas; os diáconos permanentes são 2.903. Há 1.985 membros leigos de institutos seculares, 144.910 missionários leigos e 483.104 catequistas. Os seminaristas menores são 2.671 e os maiores 8.956”.

“A Igreja Católica tem no Brasil 6.882 centros educativos de todos os níveis, nos quais estudam 1.940.299 alunos, além de 3.257 centros de educação especial. Há também 5.340 centros assistenciais de propriedade da Igreja ou dirigidos por eclesiásticos: 369 hospitais, 884 ambulatórios, 22 leprosários, 718 casas para idosos e portadores de necessidades especiais, 1.636 orfanatos e creches e 1.711 consultórios familiares e centros para a proteção da vida”.

Os dados são do Escritório Central de Estatísticas da Igreja, atualizados em 31 de dezembro de 2011.

No tocante à quantidade de católicos, há uma discordância entre os dados deste escritório e os dados publicados pela revista britânica The Economist, no mesmo dia 20 de julho (cf. The promise and peril of a papal visit). A revista de cabeceira das missões diplomáticas mundiais afirma que há 123 milhões de católicos no Brasil, para, em seguida, enfatizar que, na comparação com os grupos protestantes e de não crentes, a Igreja católica sofre uma grande retração numérica.

Um levantamento do The Pew Forum on Religion and Public Life, de 18 de julho, reforça os dados da The Economist. A análise Brazil’s Changing Religious Landscape estudou os dados de vários censos brasileiros das últimas quatro décadas, cujos resultados refletem, de fato, uma queda no número de católicos e um aumento no número de protestantes.

O relatório mostra que, entre 1970 e 2000, o número de católicos no Brasil aumentou, apesar de a população que se considera católica ter caído. Foi a partir de 2000-2010 que tanto o número absoluto quanto a porcentagem de católicos diminuiu (de 125 milhões, em 2000, ou 74% da população, para a 123 milhões em 2010, ou 65% da população).

Em contrapartida, o protestantismo brasileiro aumentou no mesmo período de 25 milhões (15% da população) para 42 milhões (22% da população). Movimentos religiosos alternativos e religiões como o islamismo e o budismo subiram de 2 milhões em 1970 para 6 milhões em 2000 (4% da população), até atingir 10 milhões (5% da população) em 2010.

Por sua vez, o número de pessoas sem afiliação religiosa também aumentou, de acordo com o estudo do The Pew Forum on Religion and Public Life. Agnósticos e ateus passaram de menos de 1 milhão em 1970 para 12 milhões em 2000 (7% da população). O censo brasileiro de 2010 atualizou este dado: 15 milhões de brasileiros estavam sem afiliação religiosa (8% da população).

O estudo Brazil’s Changing Religious Landscape menciona que, de acordo com o censo brasileiro de 1991, os pentecostais e neopentecostais representavam 6% da população. Em 2010, já eram 13%. Enquanto isso, os brasileiros que se identificam com denominações protestantes tradicionais, como os batistas e os presbiterianos, se mantiveram em número estável nas duas últimas décadas. A terceira categoria de protestantes tradicionais aparece no censo do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) como “sem classificação”: eram 1% em 1991 e 5% em 2010.

O estudo menciona ainda as porcentagens de religião por sexos: segundo o censo de 2010, há mais homens católicos (65%) do que mulheres (64%). Este cenário muda no âmbito protestante, em que as mulheres representam 24% e os homens 20%. Por sua vez, 10% dos homens são agnósticos ou ateus, contra 6% das mulheres. Em outras religiões, as mulheres são 6% e os homens 5%.

Um dado chamativo a respeito do Rio de Janeiro, a cidade que recebe a Jornada Mundial da Juventude 2013, é que menos da metade da população carioca (46%) é católica.

E quanto à discordância entre as estatísticas do Escritório Central da Igreja e as do The Pew Forum on Religion and Public Life, que se baseia em dados do censo do IBGE? Ela se deve ao seguinte: os dados da Igreja contam as pessoas batizadas em números absolutos, enquanto The Pew Forum contabiliza as mudanças de religião das pessoas depois do batismo.
A viagem do papa ao Brasil, porém, não se deveu a uma “estratégia de reconquista”, nem tem como finalidade principal reacender o fervor dos brasileiros e dos latino-americanos.

A visita estava prevista há dois anos, quando Bento XVI anunciou, na Jornada Mundial da Juventude em Madri, que o Rio de Janeiro seria a sede da edição de 2013. O papa Francisco manteve o compromisso, na continuidade entre os dois pontificados. Esta sim, midiaticamente falando, é uma chave de leitura válida.

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(26 de Julho de 2013) © Innovative Media Inc.
Fonte: ZENIT

Homilia do Papa Francisco na Missa com os Bispos, sacerdotes, religiosos e seminaristas


Viagem Apostólica ao Brasil
Homilia do Papa Francisco
Catedral de São Sebastião no Rio de Janeiro
Sábado, 27 de julho de 2013

Amados Irmãos em Cristo,

Vendo esta catedral lotada com Bispos, sacerdotes, seminaristas, religiosos e religiosas vindos do mundo inteiro, penso nas palavras do Salmo da Missa de hoje: «Que as nações vos glorifiquem, ó Senhor» (Sl66). Sim, estamos aqui reunidos para glorificar o Senhor; e o fazemos reafirmando a nossa vontade de sermos seus instrumentos, para que não somente algumas nações mas todas glorifiquem o Senhor. Com a mesma parresia – coragem, ousadia – de Paulo e Barnabé, anunciemos o Evangelho aos nossos jovens para que encontrem Cristo, luz para o caminho, e se tornem construtores de um mundo mais fraterno. Neste sentido, queria refletir com vocês sobre três aspectos da nossa vocação: chamados por Deus; chamados para anunciar o Evangelho; chamados a promover a cultura do encontro.


1.     Chamados por Deus. É importante reavivar em nós esta realidade que, frequentemente, damos por descontada em meio a tantas atividades do dia-a-dia: «Não fostes vós que me escolhestes, mas eu que vos escolhi», diz-nos Jesus (Jo 15,16). Significa retornar à fonte da nossa chamada. No início de nosso caminho vocacional, há uma eleição divina. Fomos chamados por Deus, e chamados para permanecer com Jesus (cf. Mc 3, 14), unidos a Ele de um modo tão profundo que nos permite dizer com São Paulo: «Eu vivo, mas não eu, é Cristo que vive em mim» (Gal 2, 20). Este viver em Cristo configura realmente tudo aquilo que somos e fazemos. E esta “vida em Cristo” é justamente o que garante a nossa eficácia apostólica, a fecundidade do nosso serviço: «Eu vos designei para irdes e para que produzais fruto e o vosso fruto permaneça» (Jo 15,16). Não é a criatividade pastoral, não são as reuniões ou planejamentos que garantem os frutos, mas ser fiel a Jesus, que nos diz com insistência: «Permanecei em mim, e eu permanecerei em vós» (Jo 15, 4). E nós sabemos bem o que isso significa: Contemplá-lo, adorá-lo e abraçá-lo, particularmente através da nossa fidelidade à vida de oração, do nosso encontro diário com Ele presente na Eucaristia e nas pessoas mais necessitadas. O “permanecer” com Cristo não é se isolar, mas é um permanecer para ir ao encontro dos demais. Vem-me à cabeça umas palavras da Bem-aventurada Madre Teresa de Calcutá: «Devemos estar muito orgulhosas da nossa vocação, que nos dá a oportunidade de servir Cristo nos pobres. É nas favelas, nos «cantegriles» nas Villas miseria, que nós devemos ir procurar e servir a Cristo. Devemos ir até eles como o sacerdote se aproxima do altar, cheio de alegria» (Mother Instructions, I, p.80). Jesus, Bom Pastor, é o nosso verdadeiro tesouro; procuremos fixar sempre mais n’Ele o nosso coração (cf. Lc 12, 34).

2.     Chamados para anunciar o Evangelho. Queridos bispos e sacerdotes, muitos de vocês, senão todos, vieram acompanhar seus jovens à Jornada Mundial. Eles também ouviram as palavras do mandato de Jesus: «Ide e fazei discípulos entre todas as nações» (cf. Mt 28,19). É nosso compromisso ajudá-los a fazer arder, no seu coração, o desejo de serem discípulos missionários de Jesus. Certamente muitos, diante desse convite, poderiam sentir-se um pouco atemorizados, imaginando que ser missionário significa deixar necessariamente o País, a família e os amigos. Recordo o meu sonho da juventude: partir missionário para o longínquo Japão. Mas Deus me mostrou que o meu território de missão estava muito mais perto: na minha pátria. Ajudemos os jovens a perceberem que ser discípulo missionário é uma consequência de ser batizado, é parte essencial do ser cristão, e que o primeiro lugar onde evangelizar é a própria casa, o ambiente de estudo ou de trabalho, a família e os amigos.

Não poupemos forças na formação da juventude! São Paulo usa uma bela expressão, que se tornou realidade na sua vida, dirigindo-se aos seus cristãos: «Meus filhos, por vós sinto de novo as dores do parto até Cristo ser formado em vós» (Gal 4, 19). Também nós façamos que isso se torne realidade no nosso ministério! Ajudemos os nossos jovens a descobrir a coragem e a alegria da fé, a alegria de ser pessoalmente amados por Deus, que deu o seu Filho Jesus para nossa salvação. Eduquemo-los para a missão, para sair, para partir. Jesus fez assim com os seus discípulos: não os manteve colados a si, como uma galinha com os seus pintinhos; Ele os enviou! Não podemos ficar encerrados na paróquia, nas nossas comunidades, quando há tanta gente esperando o Evangelho! Não se trata simplesmente de abrir a porta para acolher, mas de sair pela porta fora para procurar e encontrar. Decididamente pensemos a pastoral a partir da periferia, daqueles que estão mais afastados, daqueles que habitualmente não freqüentam a paróquia. Também eles são convidados para a Mesa do Senhor.

3.     Chamados a promover a cultura do encontro. Em muitos ambientes, infelizmente, ganhou espaço a cultura da exclusão, a “cultura do descartável”. Não há lugar para o idoso, nem para o filho indesejado; não há tempo para se deter com o pobre caído à margem da estrada. Às vezes parece que, para alguns, as relações humanas sejam regidas por dois “dogmas” modernos: eficiência e pragmatismo. Queridos Bispos, sacerdotes, religiosos e também vocês, seminaristas, que se preparam para o ministério, tenham a coragem de ir contra a corrente. Não renunciemos a este dom de Deus: a única família dos seus filhos. O encontro e o acolhimento de todos, a solidariedade e a fraternidade são os elementos que tornam a nossa civilização verdadeiramente humana.

Temos de ser servidores da comunhão e da cultura do encontro. Permitam-me dizer: deveríamos ser quase obsessivos neste aspecto! Não queremos ser presunçosos, impondo as “nossas verdades”. O que nos guia é a certeza humilde e feliz de quem foi encontrado, alcançado e transformado pela Verdade que é Cristo, e não pode deixar de anunciá-la (cf. Lc 24, 13-35).


Queridos irmãos e irmãs, fomos chamados por Deus, chamados para anunciar o Evangelho e promover corajosamente a cultura do encontro. A Virgem Maria seja o nosso modelo. Na sua vida, Ela deu «exemplo daquele afeto maternal de que devem estar animados todos quantos cooperam na missão apostólica que a Igreja, tem de regenerar os homens» (Conc. Ecum. Vat. II, Cost. dogm. Lumen gentium, 65). Seja Ela a Estrela que guia com segurança nossos passos ao encontro do Senhor. Amém.

Discurso do Papa Francisco durante a Via Sacra com os jovens


Viagem Apostólica ao Brasil 
Via Sacra com os jovens
Praia de Copacabana
Sexta-feira, 26 de julho de 2013

Queridos jovens,

Viemos hoje acompanhar Jesus no seu caminho de dor e de amor, o caminho da Cruz, que é um dos momentos fortes da Jornada Mundial da Juventude. No final do Ano Santo da Redenção, o Bem-aventurado João Paulo II quis confiá-la a vocês, jovens, dizendo-lhes: «Levai-a pelo mundo, como sinal do amor de Jesus pela humanidade e anunciai a todos que só em Cristo morto e ressuscitado há salvação e redenção» (Palavras aos jovens [22 de abril de 1984]: Insegnamenti VII,1(1984), 1105). A partir de então a Cruz percorreu todos os continentes e atravessou os mais variados mundos da existência humana, ficando quase que impregnada com as situações de vida de tantos jovens que a viram e carregaram. Ninguém pode tocar a Cruz de Jesus sem deixar algo de si mesmo nela e sem trazer algo da Cruz de Jesus para sua própria vida. Nesta tarde, acompanhando o Senhor, queria que ressoassem três perguntas nos seus corações: O que vocês terão deixado na Cruz, queridos jovens brasileiros, nestes dois anos em que ela atravessou seu imenso País? E o que terá deixado a Cruz de Jesus em cada um de vocês? E, finalmente, o que esta Cruz ensina para a nossa vida?


1.    Uma antiga tradição da Igreja de Roma conta que o Apóstolo Pedro, saindo da cidade para fugir da perseguição do Imperador Nero, viu que Jesus caminhava na direção oposta e, admirado, lhe perguntou: «Para onde vais, Senhor?». E a resposta de Jesus foi: «Vou a Roma para ser crucificado outra vez». Naquele momento, Pedro entendeu que devia seguir o Senhor com coragem até o fim, mas entendeu sobretudo que nunca estava sozinho no caminho; com ele, sempre estava aquele Jesus que o amara até o ponto de morrer na Cruz. Pois bem, Jesus com a sua cruz atravessa os nossos caminhos para carregar os nossos medos, os nossos problemas, os nossos sofrimentos, mesmo os mais profundos. Com a Cruz, Jesus se une ao silêncio das vítimas da violência, que já não podem clamar, sobretudo os inocentes e indefesos; nela Jesus se une às famílias que passam por dificuldades, que choram a perda de seus filhos, ou que sofrem vendo-os presas de paraísos artificiais como a droga; nela Jesus se une a todas as pessoas que passam fome, num mundo que todos os dias joga fora toneladas de comida; nela Jesus se une a quem é perseguido pela religião, pelas ideias, ou simplesmente pela cor da pele; nela Jesus se une a tantos jovens que perderam a confiança nas instituições políticas, por verem egoísmo e corrupção, ou que perderam a fé na Igreja, e até mesmo em Deus, pela incoerência de cristãos e de ministros do Evangelho. Na Cruz de Cristo, está o sofrimento, o pecado do homem, o nosso também, e Ele acolhe tudo com seus braços abertos, carrega nas suas costas as nossas cruzes e nos diz: Coragem! Você não está sozinho a levá-la! Eu a levo com você. Eu venci a morte e vim para lhe dar esperança, dar-lhe vida (cf. Jo 3,16).

2.    E assim podemos responder à segunda pergunta: o que foi que a Cruz deixou naqueles que a viram, naqueles que a tocaram? O que deixa em cada um de nós? Deixa um bem que ninguém mais pode nos dar: a certeza do amor inabalável de Deus por nós. Um amor tão grande que entra no nosso pecado e o perdoa, entra no nosso sofrimento e nos dá a força para poder levá-lo, entra também na morte para derrotá-la e nos salvar. Na Cruz de Cristo, está todo o amor de Deus, a sua imensa misericórdia. E este é um amor em que podemos confiar, em que podemos crer. Queridos jovens, confiemos em Jesus, abandonemo-nos totalmente a Ele (cf. Carta enc. Lumen fidei, 16)! Só em Cristo morto e ressuscitado encontramos salvação e redenção. Com Ele, o mal, o sofrimento e a morte não têm a última palavra, porque Ele nos dá a esperança e a vida: transformou a Cruz, de instrumento de ódio, de derrota, de morte, em sinal de amor, de vitória e de vida. O primeiro nome dado ao Brasil foi justamente o de «Terra de Santa Cruz». A Cruz de Cristo foi plantada não só na praia, há mais de cinco séculos, mas também na história, no coração e na vida do povo brasileiro e não só: o Cristo sofredor, sentimo-lo próximo, como um de nós que compartilha o nosso caminho até o final. Não há cruz, pequena ou grande, da nossa vida que o Senhor não venha compartilhar conosco.


3.    Mas a Cruz de Cristo também nos convida a deixar-nos contagiar por este amor; ensina-nos, pois, a olhar sempre para o outro com misericórdia e amor, sobretudo quem sofre, quem tem necessidade de ajuda, quem espera uma palavra, um gesto; ensina-nos a sair de nós mesmos para ir ao encontro destas pessoas e lhes estender a mão. Tantos rostos acompanharam Jesus no seu caminho até a Cruz: Pilatos, o Cireneu, Maria, as mulheres… Também nós diante dos demais podemos ser como Pilatos que não teve a coragem de ir contra a corrente para salvar a vida de Jesus, lavando-se as mãos. Queridos amigos, a Cruz de Cristo nos ensina a ser como o Cireneu, que ajuda Jesus levar aquele madeiro pesado, como Maria e as outras mulheres, que não tiveram medo de acompanhar Jesus até o final, com amor, com ternura. E você como é? Como Pilatos, como o Cireneu, como Maria? Queridos jovens, levamos as nossas alegrias, os nossos sofrimentos, os nossos fracassos para a Cruz de Cristo; encontraremos um Coração aberto que nos compreende, perdoa, ama e pede para levar este mesmo amor para a nossa vida, para amar cada irmão e irmã com este mesmo amor. Assim seja!

Confira o texto original da Via Sacra com os jovens da JMJ Rio2013


Via Sacra do Jovem Solidário

Quem quiser ser meu discípulo, tome sua cruz e siga-me! (Mt 16,24)

Textos: José Fernandes de Oliveira (Pe. Zezinho, scj) e João Carlos Almeida (Pe. Joãozinho, scj)

Santo Padre: Em nome do Pai e do Filho e do Espírito Santo.

TODOS: AMÉM

Santo Padre: Nós te adoramos e te bendizemos, Senhor Jesus Cristo, redentor da humanidade.

TODOS: Tua entrega na cruz nos dá a Vida, mostra o Caminho, revela a Verdade!

Santo Padre: OREMOS. Ó Pai, enviaste o Teu Filho Eterno para salvar o mundo e escolheste homens e mulheres para que, por Ele, com Ele e n’Ele, proclamassem a Boa-Nova a todas as nações. Concede as graças necessárias para que brilhe no rosto de todos os jovens a alegria de serem, pela força do Espírito, os evangelizadores de que a Igreja precisa no Terceiro Milênio.

TODOS: AMÉM



1º ESTAÇÃO – Jesus é condenado à morte

Do Evangelho segundo São João (19, 14-16)

Era véspera da Páscoa, por volta do meio-dia. Pilatos disse aos judeus: “Aqui está o vosso rei” Eles começaram a gritar: “Fora! Fora! Crucifica-o” Pilatos perguntou: “Mas eu vou crucificar o vosso rei?” Os chefes dos sacerdotes responderam: “Não temos outro rei além de César.” Então, finalmente, Pilatos entregou Jesus a eles para que fosse crucificado. Eles levaram Jesus.

Jovem: Um inocente foi condenado

Meditação (MISSIONÁRIO DE FRONTEIRA):

Senhor Jesus, Cristo Redentor, eis-me aqui! Fui atraído pelo teu divino Coração. Venho das fronteiras do mundo. Sou missionário e encontro no meu caminho muitos jovens inocentes que todos os dias são condenados à morte pela pobreza, pela violência e por todo tipo de consequências do pecado que nos machuca desde as origens da humanidade. Quero seguir teus passos na certeza de que tudo posso n’Aquele que me fortalece e se Deus é por nós, quem será contra nós? (Cf. Fil 4,13; Rm 8,31-32)

Via-sacra emociona artistas e peregrinos na praia de Copacabana

Crianças vestidas de anjo em uma das estações da Via-Sacra

Emoção, lágrimas e  contrição fizeram parte da noite desta sexta-feira, 26, durante a Via-sacra na praia de Copacabana. Na avenida Atlântica, palcos foram montados para encenação  das 14 estações da Via-sacra. As apresentações foram acompanhadas pelos participantes nos telões instalados na praia.

A pequena Vanessa Bárbara, de 10 anos, foi uma das bailarinas na segunda estação da Via-sacra. Ela afirmou que o momento foi inesquecível. “Vou dormir e ficar pensando que eu vi o Papa e que fiz parte do grupo que dançou nesta estação. É inesquecível”.

A peregrina Joana Ferreira, 25 anos, chorava muito ao ver a encenação de Nossa Senhora encontrando Jesus. “Jesus passou por muita dores, e pensar que foi por amor a mim, e a Virgem sempre ao lado dele, nesta noite criou uma devoção especial à Mãe do céu”.


Elba Ramalho

Essa participação na Via-sacra foi também um momento indescritível para a cantora Elba Ramalho. Ela fez uma leitura bíblica na sexta estação. “Estou emocionada, este evento aqui é uma benção para nossa cidade”

A cantora ainda deixou uma mensagem para quem acompanha o evento de casa. “Entregue-se, entregue-se a Deus, essa benção  estenderá para você que acompanha”.

A atriz Narjara Turetta, fez uma leitura durante a segunda estação. “Até agora estou com as pernas  tremendo, sempre faço as leituras da minha paróquia, mas aqui é muito mais emocionante, já fiz uma experiência com Deus em 1993 e mantenho uma vida de oração diária, mas neste momento se renova. Fora a emoção de ver o Papa de perto, parecia que estava vendo o próprio Cristo, esse momento é indescritível”, testemunhou.
 
Kassia Kiss

Também participando da encenação, esteve a atriz Kassia Kiss Magro, representando a Virgem Maria. “Fazer o papel de Maria é sentir, ter a emoção de Maria”, declarou.

Já o autor Bernardo Mendes fez o papel de Jesus Cristo e considerou o momento intenso. “Fiz a décima estação. Tudo era muito forte, a cena já diz por si só, dizia ao meu coração. Nasceu o desejo agora de fazer Jesus na via sacra inteira”.


Trabalhando na segurança de um dos palcos da Via-sacra, o evangélico Junior Alves disse que o evento traz uma sensação boa. “É muito forte ver milhares de católicos reunidos pela fé. Sem falar no Papa, quando ele passou eu chorei, ele é especial”.
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Fonte: Tamujunto
Matéria e Fotos: Elcka Torres 

Angelus do Papa Francisco na JMJ Rio2013


Viagem Apostólica ao Brasil 
Angelus 
Balcão Palácio Arquiepiscopal São Joaquim
Sexta-feira, 26 de julho de 2013

Caríssimos irmãos e amigos! Bom dia!

Dou graças à divina Providência por ter guiado meus passos até aqui, na cidade de São Sebastião do Rio de Janeiro. Agradeço de coração sincero a Dom Orani e também a vocês pelo acolhimento caloroso, com que manifestam seu carinho pelo Sucessor de Pedro. Desejaria que a minha passagem por esta cidade do Rio renovasse em todos o amor a Cristo e à Igreja, a alegria de estar unidos a Ele e de pertencer a Igreja e o compromisso de viver e testemunhar a fé.

Uma belíssima expressão da fé do povo é a “Hora da Ave Maria”. É uma oração simples que se reza nos três momentos característicos da jornada que marcam o ritmo da nossa atividade cotidiana: de manhã, ao meio-dia e ao anoitecer. É, porém, uma oração importante; convido a todos a rezá-la com a Ave Maria. Lembra-nos de um acontecimento luminoso que transformou a história: a Encarnação, o Filho de Deus se fez homem em Jesus de Nazaré.

Hoje a Igreja celebra os pais da Virgem Maria, os avós de Jesus: São Joaquim e Sant’Ana. Na casa deles, veio ao mundo Maria, trazendo consigo aquele mistério extraordinário da Imaculada Conceição; na casa deles, cresceu, acompanhada pelo seu amor e pela sua fé; na casa deles, aprendeu a escutar o Senhor e seguir a sua vontade. São Joaquim e Sant’Ana fazem parte de uma longa corrente que transmitiu o amor a Deus, no calor da família, até Maria, que acolheu em seu seio o Filho de Deus e o ofereceu ao mundo, ofereceu-o a nós. Vemos aqui o valor precioso da família como lugar privilegiado para transmitir a fé! Olhando para o ambiente familiar, queria destacar uma coisa: hoje, na festa de São Joaquim e Sant’Ana, no Brasil como em outros países, se celebra a festa dos avós. Como os avós são importantes na vida da família, para comunicar o patrimônio de humanidade e de fé que é essencial para qualquer sociedade! E como é importante o encontro e o diálogo entre as gerações, principalmente dentro da família.


O Documento de Aparecida nos recorda: “Crianças e anciãos constroem o futuro dos povos; as crianças porque levarão por adiante a história, os anciãos porque transmitem a experiência e a sabedoria de suas vidas” (DAp 447). Esta relação, este diálogo entre as gerações é um tesouro que deve ser conservado e alimentado! Nesta Jornada Mundial da Juventude, os jovens querem saudar os avós. Eles saúdam os seus avós com muito carinho (saudamos aos avós – aplausos) e lhes agradecem pelo testemunho de sabedoria que nos oferecem continuamente.


E agora, nesta praça, nas ruas adjacentes, nas casas que acompanham conosco este momento de oração, sintamo-nos como uma única grande família e nos dirijamos a Maria para que guarde as nossas famílias, faça delas lares de fé e de amor, onde se sinta a presença do seu Filho Jesus [reza do «Angelus»]

Palavras do Papa aos jovens argentinos.


Viagem Apostólica ao Brasil
Palavras do Papa Francisco aos jovens argentinos 
Catedral São Sebastião
Quinta-feira, 25 de julho de 2013

Obrigado, obrigado, por estar aqui hoje, por ter vindo. Obrigado a todos aqueles que estão dentro e muito obrigado para aqueles que estão fora dos 30.000 que me dizem que estão lá. Daqui os saúdo, estão na chuva.

Obrigado pelo gesto de ficarem perto; obrigado por terem vindo para a Jornada Mundial da Juventude. Sugeri a Dom Gasbarri, que organizou a viagem, se teri um lugarzinho para encontrar-me com vocês. E em meio dia já tinha arranjado tudo, então eu também quero agradecer publicamente também Dom Gasbarri, isto que possibilitou hoje.

Deixe-me dizer uma coisa. O que esperar como resultado da Jornada Mundial da Juventude? Espero confusão. Quem aqui no Rio de Janeiro vai ter confusão, vai ter, mas eu quero esta confusão nas diocese. Quero que se saia para fora. Quero que a Igreja vá para as ruas. Quero que nos defendamos do espírito mundano, do comodismo e da instalação, do clericalismo e de ficar fechados em nós mesmos. As paróquias, as escolas, as instituições são para sair, caso contrário se convertem em uma ONG e a Igreja não pode ser uma ONG!

Perdoem-me os bispos e padres, se depois isso provocar confusão, mas é um conselho. Obrigado pelo que você pode fazer.


Penso que neste momento a civilização mundial entrou em parafuso. Há uma “rosca”, porque é tal o culto que tem feito ao deus dinheiro, que estamos presenciando uma filosofia e uma práxis de exclusão de dois polos da vida que são as esperanças dos povos: idosos e jovens. Exclusão dos idosos, é claro, porque alguém poderia pensar que poderia haver algum tipo de eutanásia escondida. Não se cuida dos idosos, mas isso significa também uma eutanásia cultural.  Não os deixam falar e nem mesmo agir. Exclusão dos jovens! A porcentagem de jovens sem trabalho e sem emprego é muito alta; e é uma geração que não tem a experiência de dignidade conquistada pelo trabalho. Ou seja, esta civilização nos levou a excluir as duas pontas que são o nosso futuro.

Então os jovens têm que sair e lutar para serem valorizados e por seus valores; e os idosos têm que abrir a boca para ensinar, transmitir a sabedoria dos povos.

Dentre a população argentina eu peço de coração aos idosos, não vacilem em ser a reserva cultural do nosso povo que transmite a justiça, que transmite a história, que transmite os valores, que transmite a memória do povo. E vocês, jovens, não se coloquem contra os idosos; deixem que eles possam falar; escutem e procurem seguir seus conselhos. Mas saibam, saibam que neste momento vocês, jovens e idosos, estão condenados ao mesmo destino: a exclusão. Não se deixem excluir. Está claro? É por esta causa que penso que devem trabalhar.

E a fé em Jesus Cristo não é uma piada; é algo muito sério. É um escândalo que Deus tenha vindo se fazer um de nós, é um escândalo, e que ele morreu na cruz, é um escândalo, o escândalo da cruz. A cruz continua sendo um escândalo, mas é o único caminho seguro: o da cruz, o de Jesus, a encarnação de Jesus.

Por favor, não coloquem a fé em Jesus Cristo no liquidificador. Existe suco líquido de laranja, de maçã, de banana mas, por favor, não tomem uma fé líquida.

A fé deve ser íntegra; não se liquefaz; é a fé em Jesus. É a fé no Filho de Deus feito homem que me amou e morreu por mim.

As bem-aventuranças. O que temos de fazer, padre? Veja, ler as bem-aventuranças vai te fazer bem e se queres saber que coisas mais prática tens que fazer, lê Mateus 25, que é o protocolo pelo qual soeremos julgados. Com essas duas coisas temos o programa de ação: as bem-aventuranças e Mateus 25. Não precisa ler outra coisa. Leia isso, peço de coração.

Bem, obrigado por estarem próximos de mim. Lamento que estão enjaulados. Mas eu lhe digo uma coisa, eu às vezes sinto o quão feio é ser enjaulado, falo de coração.

Mas compreendo a situação. Gostaria de estar mais perto de vocês, mas entendo que por razão de ordem não se pode. Obrigado por vocês se aproximarem. Obrigado por rezarem por mim. Peço de coração. Preciso, necessito da oração de vocês, preciso muito. Obrigado por isso.

Eu vou dar a bênção e depois vamos abençoar a imagem da Virgem que vai percorrer toda república e da cruz de San Francisco que vai  missão.

Mas não se esqueçam: façam confusão, cuidem dos dois extremos da vida, as duas extremidades da história dos povos que são os idosos e os jovens, não dissolvam a fé.



Tradução: Pe. João Carlos Almeida, scj

quinta-feira, 25 de julho de 2013

“Bote fé, bote esperança, bote amor. Bote Cristo em sua vida”.


Viagem Apostólica ao Brasil 
Discurso do Papa Francisco
Festa da Acolhida – Rio de Janeiro
Quinta-feira, 25 de julho de 2013

Jovens amigos,

«É bom estarmos aqui!»: exclamou Pedro, depois de ter visto o Senhor Jesus transfigurado, revestido de glória. Queremos também nós repetir estas palavras? Penso que sim, porque para todos nós, hoje, é bom estar aqui juntos unidos em torno de Jesus! É Ele que nos acolhe e se faz presente em meio a nós, aqui no Rio. Mas, no Evangelho, escutamos também as palavras de Deus Pai: «Este é o meu Filho, o Eleito. Escutai-O!» (Lc 9, 35). Então, se por um lado é Jesus quem nos acolhe, por outro também nós devemos acolhê-lo, ficar à escuta da sua palavra, pois é justamente acolhendo a Jesus Cristo, Palavra encarnada, que o Espírito Santo nos transforma, ilumina o caminho do futuro e faz crescer em nós as asas da esperança para caminharmos com alegria (cf. Carta enc. Lumen fidei, 7).

Mas o que podemos fazer? “Bote fé”. A cruz da Jornada Mundial da Juventude peregrinou através do Brasil inteiro com este apelo. “Bote fé”: o que significa? Quando se prepara um bom prato e vê que falta o sal, você então “bota” o sal; falta o azeite, então “bota” o azeite… “Botar”, ou seja, colocar, derramar.

É assim também na nossa vida, queridos jovens: se queremos que ela tenha realmente sentido e plenitude, como vocês mesmos desejam e merecem, digo a cada um e a cada uma de vocês: “bote fé” e a vida terá um sabor novo, terá uma bússola que indica a direção; “bote esperança” e todos os seus dias serão iluminados e o seu horizonte já não será escuro, mas luminoso; “bote amor” e a sua existência será como uma casa construída sobre a rocha, o seu caminho será alegre, porque encontrará muitos amigos que caminham com você. “Bote fé”, “bote esperança”, “bote amor!


Mas quem pode nos dar tudo isso? No Evangelho, escutamos a resposta: Cristo. “Este é o meu Filho, o Eleito. Escutai-O”! Jesus é Aquele que nos traz a Deus e que nos leva a Deus; com Ele toda a nossa vida se transforma, se renova e nós podemos olhar a realidade com novos olhos, «a partir da perspectiva de Jesus e com os seus olhos» (Carta enc. Lumen fidei, 18). Por isso, hoje, lhes digo com força: “Bote Cristo” na sua vida, e você encontrará um amigo em quem sempre confiar; “bote Cristo”, e você verá crescer as asas da esperança para percorrer com alegria o caminho do futuro; “bote Cristo” e a sua vida ficará cheia do seu amor, será uma vida fecunda.

 Hoje, queria que nos perguntássemos com sinceridade: em quem depositamos a nossa confiança? Em nós mesmos, nas coisas, ou em Jesus? Sentimo-nos tentados a colocar a nós mesmos no centro, a crer que somos somente nós que construímos a nossa vida, ou que ela se encha de felicidade com o possuir, com o dinheiro, com o poder. Mas não é assim! É verdade, o ter, o dinheiro, o poder podem gerar um momentode embriaguez, a ilusão de ser feliz, mas, no fim de contas, são eles que nos possuem e nos levam a querer ter sempre mais, a nunca estar saciados. “Bote Cristo” na sua vida, deposite n’Ele a sua confiança e você nunca se decepcionará! Vejam, queridos amigos, a fé realiza na nossa vida uma revolução que podíamos chamar copernicana, porque nos tira do centro e o restitui a Deus; a fé nos imerge no seu amor que nos dá segurança, força, esperança. Aparentemente não muda nada, mas, no mais íntimo de nós mesmos, tudo muda. No nosso coração, habita a paz, a mansidão, a ternura, a coragem, a serenidade e a alegria, que são os frutos do Espírito Santo (cf. Gl 5, 22) e a nossa existência se transforma, o nosso modo de pensar e agir se renova, torna-se o modo de pensar e de agir de Jesus, de Deus. No Ano da Fé, esta Jornada Mundial da Juventude é justamente um dom que nos é oferecido para ficarmos ainda mais perto de Jesus, para ser seus discípulos e seus missionários, para deixar que Ele renove a nossa vida.

Querido jovem: “bote Cristo” na sua vida. Nestes dias, Ele lhe espera na Palavra; escute-O com atenção e o seu coração será inflamado pela sua presença; “Bote Cristo”: Ele lhe acolhe no Sacramento do perdão, para curar, com a sua misericórdia, as feridas do pecado. Não tenham medo de pedir perdão a Deus. Ele nunca se cansa de nos perdoar, como um pai que nos ama. Deus é pura misericórdia! “Bote Cristo: Ele lhe espera no encontro com a sua Carne na Eucaristia, Sacramento da sua presença, do seu sacrifício de amor, e na humanidade de tantos jovens que vão lhe enriquecer com a sua amizade, lhe encorajar com o seu testemunho de fé, lhe ensinar a linguagem da caridade, da bondade, do serviço. Você também, querido jovem, pode ser uma testemunha jubilosa do seu amor, uma testemunha corajosa do seu Evangelho para levar a este nosso mundo um pouco de luz.


“É bom estarmos aqui”, botando Cristo na nossa vida, botando a fé, a esperança, o amor que Ele nos dá. Queridos amigos, nesta celebração acolhemos a imagem de Nossa Senhora Aparecida. Com Maria, queremos ser discípulos e missionários. Como Ela, queremos dizer «sim» a Deus. Peçamos ao seu coração de mãe que interceda por nós, para que os nossos corações estejam disponíveis para amar a Jesus e fazê-lo amar. Ele está esperando por nós e conta conosco! Amém.