sexta-feira, 23 de agosto de 2013

Os cristãos, o governo Dilma e o aborto

Esse governo tornou-se um especialista em ações invisíveis

e subterrâneas na tentativa de legalizar o aborto no Brasil


No mês de outubro de 2010, na reta final da campanha eleitoral, a então candidata Dilma Rousseff, do Partido dos Trabalhadores (PT), que naquele momento corria o sério risco de perder a eleição presidencial, enviou uma Carta Aberta às igrejas. Nesse documento Dilma se apresenta como cristã e faz duas declarações sobre o aborto. Vejamos:

N. 2. Sou [Dilma Rousseff] pessoalmente contra o aborto e defendo a manutenção da legislação atual sobre o assunto”.

N. 3. Eleita [Dilma Rousseff] presidente da República, não tomarei a iniciativa de propor alterações de pontos que tratem da legislação do aborto e de outros temas concernentes à família e à livre expressão de qualquer religião no País”.

Em 2010, para se eleger presidente da república, Dilma Rousseff teve que dizer que é contrária ao aborto, negando declarações públicas nas quais defendia essa prática, e prometendo que não mudaria a legislação em vigor.

Vale salientar que, em 2010, durante a campanha è presidência da república, grupos feministas, pró-aborto e ligados a cultura da morte afirmavam que, no governo Dilma, o aborto seria totalmente legalizado. Realmente Dilma Rousseff, ao tomar posse na presidência da república, não enviou ao Congresso nacional nenhum projeto para legalizar totalmente o aborto. Com isso cumpriu, em parte, a promessa feita durante a campanha eleitoral.


No entanto, o governo da presidente Dilma Rousseff mostrou-se, na prática, ser um grande incentivador do aborto e de outras manifestações da cultura da morte. Esse governo tornou-se um especialista em “ações invisíveis e subterrâneas” na tentativa de legalizar o aborto no Brasil. Em grande medida, são ações indiretas, realizadas distantes dos olhos da maioria da população, da grande impressa e do Congresso nacional. Na prática, de forma antidemocrática e antiética, o governo Dilma Rousseff está tentando legalizar o aborto no Brasil de forma indireta e invisível, sem, para isso, passar pelo Congresso nacional.  

Um bom exemplo dessa postura foi um dos primeiros atos do governo Dilma Rousseff, o qual prorrogou um convênio, com organizações públicas e privadas, que tem por objetivo investigar e incentivar a legalização do aborto. Sem contar que no ministério do governo Dilma, considerado um ministério de mulheres, existe um grande número de militantes da causa pró-aborto. Uma prova disso foi à escolha de Eleonora Menicuccil para dirigir a Secretaria Especial de Política para as Mulheres. Eleonora Menicuccil é uma militante radical pró-aborto, que se alto proclamou de “avô do aborto”. Logo após tomar posse na Secretaria Especial de Política para as Mulheres, em entrevista concedida a veículos da grande mídia nacional, ela chegou a comparar a gravidez a uma doença e o feto a um mosquito. Essas declarações deixaram a população brasileira horrorizada, mas, ao contrário do que se esperava, a presidente Dilma Rousseff não demitiu a militante radical pró-aborto Eleonora Menicuccil.

A questão mais radical da tentativa do governo Dilma Rousseff (PT) de legalizar o aborto de forma indireta e invisível aos olhos da maioria da população e do Congresso veio recentemente com a aprovação e sanção presidencial do Projeto de Lei 03/2013 (PL 03/2013), de autoria da deputada federal Iara Bernardi do PT de São Paulo. Vale recordar o que afirma o padre Luiz Carlos Lodi da Cruz, quando diz que, por uma estranha coincidência, a maioria das propostas de legalização do aborto no Brasil são de autoria de membros do Partido dos Trabalhadores (PT).

O PL 03/2013 garante atendimento imediato às mulheres vítimas de violência sexual, em toda rede pública de saúde. O projeto que deu origem à lei foi aprovado pelo Senado no começo de julho. O atendimento as vítimas de violência deve incluir, dentre outras coisas, o diagnóstico e tratamento de lesões, a realização de exames para detectar doenças sexualmente transmissíveis e a gravidez. Esse projeto ao ser sancionado pela presidente Dilma se transformou na Lei 012845 de 2013.

Oficialmente trata-se de um projeto digno de elogio, pois regulamenta e garante atendimento as mulheres vítimas de um dos maiores crimes que um ser humano pode ser vítima, ou seja, o estupro. No entanto, esse projeto esconde uma “ação invisível e subterrânea” para a livre prática do aborto. No item 3º, IV afirma-se que o médico, ao constatar que uma mulher foi vítima de estupro, poderá fazer uso da “profilaxia da gravidez". Essa expressão, dentro do contexto da Lei que foi aprovada, sem entrar na discussão do conteúdo semântico da palavra “profilaxia”, autoriza o médico a realizar um aborto, sem, no entanto, ter autorização da justiça, do conselho de medicina, do conselho de ética, do Congresso nacional, da mãe da criança e de qualquer outro responsável pela criança. Essa lei transforma o médico numa espécie de super-profissional, pois é ele, e somente ele, que decide quem vive e quem morre. Neste caso, ele sozinho vai decidir se um feto deverá viver ou morrer.

É preciso explicar que, de acordo com a Lei 012845 de 2013, sancionada pela presidente Dilma Rousseff (PT), a mulher ao chegar a um hospital e dizer que foi estuprada, não necessita apresentar qualquer documentação, encaminhamento da justiça ou da autoridade policial. Com isso, a porta está aberta para qualquer mulher que esteja grávida ir a um hospital, dizer que foi estuprada e, com isso, o médico realizar um aborto. Na prática, o que temos no Brasil, é a legalização do aborto de forma indireta e invisível, sem o consentimento da população e do Congresso nacional.

Diante de uma situação tão grave, que coloca em risco a vida e a dignidade da pessoa humana, especialmente do nível mais frágil da vida, ou seja, do feto, o bebê ainda no ventre da mãe, os cristãos não podem ficar em silencio. É preciso anunciar, para toda a sociedade, que todos tem direito a vida, incluindo o feto, e “vida em abundância” (João 10, 10). Para isso, os cristãos têm que denunciar as estruturas da cultura da morte que estão presentes no Brasil. Estruturas que infelizmente se materializam no governo Dilma Rousseff para, de forma indireta, silenciosa, antiética e antidemocrática, legalizarem o aborto. Todos os cristãos, leigos e consagrados, devem denunciar e lutar contra o “engano da injustiça” (II Tessalonicenses 2, 10) que atualmente está sendo propagado, um engano que deseja transformar o assassinato do feto em uma virtude. E lamentavelmente o governo Dilma Rousseff está sendo um grande eixo de transmissão, propagação e legalização do engano chamado aborto.

Por fim, diante da ameaça, imposta pelo atual governo, de legalizar o aborto e outros temas ligados a cultura da morte, é preciso recordar as palavras do Papa Francisco, por ocasião da mensagem que enviou aos fiéis, comunidades e paróquias que participaram, no Brasil, no ano de 2013, da Semana Nacional da Família, quando afirma que os cristãos são “chamados a transmitir, tanto por palavras como, sobretudo pelas obras, as verdades fundamentais sobre a vida e o amor humano, que recebem uma nova luz da Revelação de Deus. De modo particular, diante da cultura do descartável, que relativiza o valor da vida humana”, e também são chamados a transmitir a“consciência de que a vida deva sempre ser defendida, já desde o ventre materno, reconhecendo ali um dom de Deus e garantia do futuro da humanidade”.

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Para dúvidas e informações sobre o tema: ivanaldosantos@yahoo.com.br

Bibliografia Consultada:

BRASIL. Lei 012845 de 2013. Dispõe sobre o atendimento obrigatório e integral de pessoas em situação de violência sexual. Brasília: Presidência da República, 2013.
COHN, Leandro. Dilma prorroga convenio para legalizar o aborto: Ministério prorroga contrato de estudo para ''despenalizar'' prática. In: O Estado de São Paulo, 16/10/2010. Disponível emhttp://www.estadao.com.br/noticias/impresso,ministerio-prorroga-contrato-de-estudo-para-despenalizar-pratica,625642,0.htm. Acessado em 15/08/2013.
DILMA QUEBRA ACORDO COM RELIGIOSOS AO NOMEAR MINISTRA PRÓ-ABORTO, 07/02/2012. Disponível em http://www.paulopes.com.br/2012/02/dilma-quebra-acordo-com-religiosos-ao.html. Acessado em 15/08/2013.
ELEONORA MENICUCCI: ABORTO É QUESTÃO DE SAÚDE PÚBLICA. In: Diário Democrático On-Line, 07/02/2012. Disponível em http://www.diariodemocratico.com.br/saude-e-ciencia/4/5260. Acessado em 15/08/2013.
FORMENTI, Lígia. Ministra Eleonora Menicucci critica médico que não faz aborto legal. In: O Estado de São Paulo, 15/03/2012. Disponível emhttp://www.estadao.com.br/noticias/vidae,ministra-eleonora-menicucci-critica-medico-que-nao-faz-aborto-legal,849014,0.htm. Acessado em 15/08/2013.
PAPA FRANCISCO. Mensagem para os fiéis, comunidades e paróquias que participam, no Brasil, da Semana Nacional da Família. In: Boletim CNBB, Disponível emhttp://www.cnbb.org.br/site/comissoes-episcopais/vida-e-familia/12594-papa-francisco-envia-mensagem-e-bencao-aos-participantes-da-semana-nacional-da-familia-2013. Acessado em 13/08/2013.
PRESIDENTA DILMA SANCIONA LEI QUE OBRIGA ATENDIMENTO INTEGRAL NO SUS A VÍTIMAS DE VIOLÊNCIA SEXUAL. In: Planalto.Gov, 01/08/2013. Disponível em http://www2.planalto.gov.br/imprensa/releases/presidenta-dilma-sanciona-lei-que-obriga-atendimento-integral-no-sus-a-vitimas-de-violencia-sexual. Acessado em 23/08/2013. 

SANTOS, Ivanaldo. O PT não esquece o aborto. In: Mídia Sem Mascara, 13/02/2012.   
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Fonte: ZENIT

A Teologia da Libertação não era necessária para pregar o evangelho aos pobres


Professor Carriquiry, no Meeting de Rímini:
É diabólico insistir numa descontinuidade entre Bento XVI e Francisco

Após a palestra do padre José Maria “Pepe” Di Paola, sobre o trabalho de integração da população marginalizada que lhe rendeu ameaças de morte por combater as drogas na favela Villa 21, de Buenos Aires, o Meeting de Rímini para a Amizade entre os Povos passou a palavra ao professor Guzmán Carriquiry, durante a conferência sobre a encíclica Lumen Fidei.

O secretário da Pontifícia Comissão para a América Latina afirmou que “quando ouvimos o padre ‘Pepe’ falar da sua experiência nas favelas de Buenos Aires, é como se víssemos o bispo Jorge Mário Bergoglio quando compartilhava o pão com os pobres, junto com seus sacerdotes, naquelas mesmas favelas”.

“No fundo”, disse o professor uruguaio, “é a mesma imagem que nós vimos quando ele lavou os pés dos menores no centro para menores infratores; quando ele visitou Lampedusa, a favela de Varginha, o hospital para dependentes químicos no Rio de Janeiro...”. E enfatizou: “Não precisa de uma teologia da libertação para isso. É suficiente o evangelho vivido, o abraço da caridade, o testemunho comovido de si mesmo”.


Sobre a encíclica Lumen Fidei, depois de elogiar o trabalho dos pontífices vindos de contextos tão diferentes, com sensibilidades e estilos diversos, Carriquiry avaliou como “obra do demônio, príncipe da mentira e da divisão, esse esforço obsessivo em querer confrontar o bispo emérito de Roma e o seu sucessor”.

“Isso vale tanto para o desmedido apego nostálgico ao papa anterior, que vira uma ‘nostalgia canalha’ quando se degenera em julgamentos farisaicos sobre o papa atual, quanto para os elogios ao papa atual feitos para denegrir os predecessores”.

O palestrante recordou ainda: “Apesar de que as favelas cresceram muito nas últimas décadas, Buenos Aires é certamente muito mais do que isso”. E complementa: “É uma enorme cidade cosmopolita, onde há raízes católicas populares, mas que também é marcada por todas as realidades, estímulos e chagas da cultura global”, onde existe um “norte e um sul” que apresentam “grandes desafios pastorais”.

O secretário do Pontifício Conselho recordou também as palavras do papa Bento XVI no voo de São Paulo a Aparecida, quando disse: “Tenho certeza, pelo menos em parte, que aqui se decide o futuro da Igreja católica. Para mim, isto sempre foi evidente”.

Sobre a situação atual da Igreja, Carriquiry comentou que “era preciso libertar a fé das incrustações mundanas, para torná-la novamente atraente”. E, citando um autor italiano, prosseguiu: “Os predecessores começaram, sem dúvida, um progressivo desmantelamento desse aspecto realmente pesado da cúria. João Paulo II preferia andar pelas ruas do mundo a ficar no Vaticano. E Bento XVI disparou raios contra o carreirismo, o clericalismo, a mundanidade, a divisão, as ambições de poder e a sujeira na Igreja. Agora, Francisco realiza o que o seu predecessor pediu tantas vezes... E muito mais. Tudo isso faz parte da ‘revolução evangélica’, que marca uma profunda mudança do próprio modo de ser papa”.


Carriquiry finalizou propondo que a encíclica Lumen Fidei seja lida à luz do pontificado do papa Francisco, das “joias” das suas homilias cotidianas, da sua catequese e do “ato de sair como missionário” para compartilhar a luz da fé “ad gentes”.
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Fonte: ZENIT

“Quem é contra Jesus não quer a verdadeira paz”


Em Honduras, a Igreja lidera a luta à violência que abala o país. Desta vez, o apelo é do Padre Carlos Rubio, vigário da Catedral metropolitana de Tegucigalpa. Durante a homilia dominical, o padre criticou aqueles que não querem a verdade, o amor, a paz e a verdadeira justiça e declaram guerra a Jesus, “o próprio Príncipe da paz”. 

De um lado, estão os que vivem na verdade e na justiça; e do outro, os que se reforçam com a mentira e a injustiça. Para o sacerdote, “em nosso país, há quem não aceita a verdade de Jesus Cristo, a Palavra de Deus, e vive o cristianismo pela metade. Aqui, como no mundo inteiro, muitos amam o fogo que destrói vidas e coisas”, observou Pe. Rubio mencionando as imagens tristes que provêm do Egito e de outros países. 

“No entanto, é ainda mais doloroso notar que em Honduras, tanta gente morre por armas. Chega de guerra, construa-se a paz; o fogo que o Senhor quer, e que nós acendemos, é o fogo divino. Que este fogo transforme os corações de todos nós e do povo hondurenho que vive muitas vezes com superficialidade, indiferença e egoísmo, sem fazer nada para mudar a realidade que o circunda”. 



O país terá eleições gerais no dia 24 de novembro e a Igreja Católica nutre esperanças de transformações. Em um editorial do semanário «Fides», lê-se que “para que as eleições reforcem o sistema democrático, é preciso que a participação dos cidadãos seja ampla e que os resultados, transparentes”. Dirigindo-se à cidadania, o editorial convida “a votar de modo responsável, com pleno conhecimento das propostas dos candidatos”. 
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quinta-feira, 22 de agosto de 2013

Em encontro com japoneses, Papa enfatiza o diálogo: “não há paz sem diálogo”.


PALAVRAS DO PAPA
Audiência com estudantes e professores do colégio
Seibu Gakuen Bunri Junior de Saitama, Tóquio (Japão)
Pátio de São Damasco – Vaticano
Quarta-feira, 21 de agosto de 2013



Bom dia!

Vê-se que vocês entendem o italiano…

Saúdo vocês! É para mim um prazer esta visita. Espero que esta viagem seja muito frutuosa para vocês, porque conhecer outras pessoas, outras culturas sempre nos faz muito bem, nos faz crescer.

E isto por que? Porque se nós somos isolados em nós mesmos, temos somente aquilo que temos, não podemos crescer culturalmente; em vez disso, se nós vamos encontrar outras pessoas, outras culturas, outros modos de pensar, outras religiões, nós saímos de nós mesmos e começamos aquela aventura tão bela que se chama “diálogo”.

O diálogo é muito importante para a própria maturidade, porque no confronto com a outra pessoa, no confronto com as outras culturas, também nos confrontos com outras religiões, a pessoa cresce, cresce, amadurece.

Certo, há um perigo: se no diálogo um se fecha e se irrita, pode brigar; é o perigo de brigar, e isto não é bom porque nós dialogamos para nos encontrar, não para brigar.

E qual é a atitude mais profunda que devemos ter para dialogar e não brigar? A brandura, a capacidade de encontrar as pessoas, de encontrar as culturas, com paz; a capacidade de fazer perguntas inteligentes: “Mas por que você pensa assim? Por que esta cultura faz assim?”.


Ouvir os outros e depois falar. Primeiro ouvir, depois falar. Tudo isto é brandura. E se você não pensa como eu – mas sabe… eu penso de maneira diferente, você não me convence – mas somos amigos mesmo assim, eu ouvi como você pensa e você ouviu como eu penso.

E sabem de uma coisa, uma coisa importante? Este diálogo é aquilo que faz a paz. Não se pode ter paz sem diálogo. Todas as guerras, todas as lutas, todos os problemas que não se resolvem, com os quais nos deparamos, existem por falta de diálogo. Quando há um problema, diálogo: isto faz a paz. E isto é o que desejo a vocês neste caminho de diálogo: que saibam dialogar; como pensa esta cultura, que belo isto, isto não me agrada, mas dialogando. E assim se cresce. Desejo isto a vocês e desejo uma boa viagem a Roma. Desejo o melhor para vocês, para a sua escola, para as suas famílias. Deus abençoe vocês todos. Obrigado.

Uma menina


Estamos felizes de ter a possibilidade de encontrá-lo e escutar as suas palavras; de agora em diante colocaremos em prática na nossa vida aquilo que escutamos do senhor. Queremos também agradecê-lo por ter nos concedido um pouco do seu precioso tempo.
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Fonte: Boletim da Santa Sé
Tradução: Jéssica Marçal

O drama da Igreja no Egito e o silêncio dos meios de comunicação

Pior que o drama dos cristãos no Egito é a indiferença da mídia ocidental,
 que vergonhosamente silencia a perseguição que acontece no país.

No Egito, o sangue dos massacres e as cinzas dos incêndios de templos cristãos clamam por justiça. Foram inúmeras as comunidades cristãs alvo dos recentes protestos políticos ligados à Irmandade Muçulmana – um grupo extremista ligado a Mohamed Morsi, presidente deposto no começo de julho.

Como já se tinha reportado aqui e aqui,a Igreja Ortodoxa Copta não era a única perseguida no país. Também a Igreja Católica, bem como várias comunidades protestantes, sofreram na mão de muçulmanos radicais.

O testemunho de alguns prelados católicos impressiona pela coragem e retrata o terror dos acontecimentos. Sua Beatitude, o Patriarca Isaac Sidrak denunciou, no último dia 19, os atos de "terrorismo" praticados contra dezenas de igrejas, acampamentos e casas de cristãos. Ele expressou "apoio firme, lúcido e livre a todas as instituições do país, particularmente, à polícia egípcia e às forças armadas que dispendem todos seus esforços para proteger a pátria".


O purpurado elogiou "o comportamento dos países que se esforçam lealmente para compreender o caráter específico dos eventos em curso", mas condenou "qualquer intento de intervenção nos assuntos internos do Egito ou de influência em suas decisões soberanas". Sua Beatitude expressou o reconhecimento àqueles "nobres cidadãos muçulmanos que permaneceram ao nosso lado, fazendo todo o possível para defender nossas Igrejas e nossas instituições".


Quem também denunciou a violência sofrida pelos cristãos foi o bispo católico de Luxor, o monsenhor Youhannes Zakaria. Em entrevista concedida à Rádio Vaticana, ele contou como uma interferência policial evitou um massacre. "Os manifestantes pró-Morsi, expulsos do centro da cidade, chegaram ao arcebispado gritando: 'Morte aos cristãos!', mas, felizmente, a polícia chegou a tempo de salvar-nos e agora o exército rodeia o edifício com dois veículos blindados."

Hoje, monsenhor Zakaria está preso em sua residência. "As forças de segurança me aconselharam que não saísse do arcebispado", conta. "A Irmandade Muçulmana pensa que os cristãos foram a causa da queda de Morsi e agora, atacando aos cristãos, pretendem lançar todo o país no caos: foram queimadas mais de 80 igrejas e muitas escolas cristãs". "Faço meu o chamado do Papa Francisco para que reze pela paz no Egito", foi o apelo de um bispo que sofre com a situação lamentável em que se encontra seu país.


Mais lamentável que o drama dos cristãos no Egito, porém, é a indiferença e o silêncio da mídia ocidental diante dos verdadeiros crimes perpetrados contra a dignidade da vida humana, a liberdade religiosa e o próprio patrimônio religioso e cultural do Oriente. Não se vê nenhum veículo de comunicação noticiar o incêndio de templos e a perseguição aos cristãos no Egito. É a omissão da cumplicidade: se, por um lado, parece estar generalizado um sentimento de repúdio a qualquer tipo de perseguição religiosa – o que é justo, posto que, como disse o Papa Francisco, "fé e violência são incompatíveis"01–, quando o alvo é o Cristianismo, paira no ar certa covardia. Caricaturar Maomé é intolerável; zombar de Cristo, porém, seria até aceitável.

"Mas ninguém está perseguindo Jesus Cristo", alguém poderia objetar. É o grande engano dos que não creem na Igreja: separar Cristo dos cristãos. Quando São Paulo "caiu por terra" em um lugar não muito distante do Egito – Damasco fica no atual território da Síria – e ouviu uma voz que dizia: "Saulo, Saulo, por que me persegues?" (At 22, 7), não imaginava que, perseguindo àqueles simples homens da religião cristã, estaria perseguindo ao próprio Senhor. "Eu sou Jesus de Nazaré, a quem tu persegues" (At 22, 8). Nos cristãos que sofrem no Egito, bem como nos discípulos dos primeiros séculos, sofre o próprio Cristo.
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Núncio na Síria: imagens de vítimas de gás, um absurdo. O povo está cansado!



O mundo olha atônito e indignado às imagens provenientes da Síria, onde um ataque com armas químicas provocou a morte de mais de 1.200 pessoas, muitas das quais mulheres e crianças. A operação foi realizada nesta quarta-feira no oásis de Ghouta, sudeste de Damasco. Os rebeldes apontam o dedo contra o regime de Assad, que ao invés, rejeita as acusações e fala de manipulação da mídia.

A ONU pede clareza sobre os fatos, enquanto os Estados Unidos e Rússia se encontram em posições opostas: Washington está seguro de que Damasco utilizou gás, enquanto Moscou relança a acusação contra a oposição síria. Por sua vez, o Ministro do Exterior da França, Lauren Fabius, disse que se os ataques com armas químicas na Síria fossem confirmados e se o Conselho de Segurança não conseguisse tomar alguma decisão, seria necessário responder com a força de outra maneira, excluindo, porém, a utilização de soldados em território sírio.

Todavia, as imagens divulgadas pela oposição parecem falar claro: além da fila interminável de corpos envolvidos em lençóis brancos, há homens, mulheres, crianças com evidentes dificuldades para respirar ou espuma branca na boca: tudo faz pensar a uma intoxicação, precisamente a acusação da oposição contra o regime: uso de gás sarin nos bombardeios desta quarta-feira na periferia de Damasco. Se confirmado, seria o mais grave ataque com armas não convencionais dos últimos 25 anos, depois do ataque de Saddam Hussein contra Halabija em 1988 contra os curdos. 


O regime, porém, desmente, admite a operação para expulsar os rebeldes da periferia da capital, mas nega o uso de armas químicas. “É uma tentativa de distrair os inspetores da ONU”, afirma. De fato, dias atrás chegaram a Damasco peritos das Nações Unidas para verificar o uso de armas químicas, mas em combates precedentes. Muitos se perguntam por que o regime iria fazer algo semelhante precisamente durante a presença dos inspetores no país? A Rússia fala de “provocação programada” dos rebeldes. 

A ONU pede clareza, como também a Europa e os Estados Unidos, e pedem que os inspetores se dirijam imediatamente para os locais dos bombardeios. Os olhos da opinião pública mundial agora estão direcionados para o Presidente estadunidense, Obama, que um ano atrás colocara o uso de armas químicas como uma linha vermelha para dar via à intervenção militar.

E sobre a tragédia que continua a atingir a Síria a Rádio Vaticano conversou com o Núncio Apostólico em Damasco, Dom Mario Zenari.

R. – Comoveram todos, creio, todo o mundo essas imagens que circulam pela Internet e nas televisões: é realmente um choque para a comunidade internacional. Aqui as pessoas estão cansadas e acho que realmente lança um grito de alarme para a comunidade internacional para dizer: "Ajudem-nos a parar imediatamente esta guerra! Estamos cansados dessa guerra, não podemos mais! Não se pode continuar assim”. Eu acredito que este grito sobe dos sírios que invocam um esforço maior da comunidade internacional para encontrar imediatamente uma solução política para esta grave crise.

Entretanto, na Síria é cada vez mais preocupante a situação humanitária. Milhares de pessoas estão se dirigindo para o Curdistão iraquiano, uma área não equipada para administrar um fluxo tão ingente de refugiados. A Rádio Vaticano conversou com Giacomo Guerrera, Presidente do Unicef Italia:


R. ... Essas pessoas chegaram no espaço de cinco dias: mais de 30 mil cruzaram o Tigre na ponte de Peshkabur, no norte do Iraque, porque é uma fronteira que se abriu. Essas pessoas chegam em uma área onde não há nada: não há abastecimento de água, sem rede de esgoto, não há lugares para um abrigo natural, e as temperaturas chegam a mais de 45 graus! Portanto, a intervenção de organizações humanitárias - nós por primeiros - é de correr imediatamente para distribuir água, para levar material sanitário, para ajudar especialmente as crianças e todos aqueles que se encontram nestas condições. Mas também nós precisamos de ajuda, pois são mais de dois anos que fazemos intervenções, com a mais completa desatenção por parte da comunidade internacional! (SP)
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Fonte: Rádio Vaticano
Vídeo: Youtube

Seria a Missa Nova protestantizada?

Livro protestante em que se combate a doutrina do Sacrifício da Missa,
usada também como exemplo o Missal de Paulo VI.

A Forma Extraordinária (segundo o Missal de 1962), seguindo antiquíssima e venerabilíssima Tradição, passando por São Gregório Magno, alguns sacramentários antigos e a Reforma de São Pio V, resguarda diversos elementos sacros, que parecem ter sido amputados na reforma conciliar. O valor da oração, a ênfase ao sacrifício, a unicidade do papel sacerdotal no Cânon Romano, conduzindo aos céus a oração de todos os fiéis dos quais ele faz parte, saindo em direção ao altar com suas vestes sacerdotais para interceder por eles in persona Christi e a maneira de se voltar para os fiéis na homilia, usando apenas a estola cruzada, sinal do Cristo pastor que apascenta as ovelhas. A forma extraordinária nos lembra de que participar é, antes de tudo, orar.

Porém, o Missal de 1970, da Reforma Concliar, apesar de realçar menos estes aspectos, trouxe outros de grande valia para a atualidade, como por exemplo as concelebrações, o uso de um calendário mais enxuto (com oitavas apenas para os Mistérios centrais, a adequação teológica de certas festas e a valorização de datas importantes nas memórias dos santos), além de ter dado a riquíssima (a mais rica de todas) contribuição de um lecionário que vem para atender as grandes necessidades pastorais de nosso tempo, a saber, dando a conhecer aos fiéis trechos importantes que introduzem a uma leitura integral da Sagrada Escritura, além de revelar várias faces do Mistério pela sua distibuição trienal para os domingus e bienal para as férias.
Que a Missa Nova é válida e sua estrutura possui imperfeições que dão margem à ambiguidades com isso favorecendo as profanações que ferem nossos olhos, isso todo mundo sabe é de comum acordo com todos. O que não podemos concordar entretanto, é com a afirmação de que o rito em si seriaprotestantizado elaborado para os protestantes, tabu esse que foi até levantado pelo nosso querido Padre Paulo Ricardo, que com a devida vênia, discordamos. 


A questão dos 6 pastores protestantes


Max Thurian, um monge calvinista na época, [ o de branco na foto ] escreveu a seguinte referência ao protestantismo e a Novus Ordo: 
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Recentemente, uma comissão litúrgica protestante recebeu a tarefa de rever as orações para a Ceia do Senhor. Foi que proposta a segunda Oração Eucarística Católica (inspirada na anáfora de Hipólito) deveria ser adotada. Esta proposta não teve êxito. Pois considerou-se que a doutrina implícita nesta oração não correspondiam à fé comum dos protestantes. Dois problemas, acima de tudo estava no caminho da adoção desta oração: o seu caráter sacrificial foi tido como inaceitável ( “oferecemos-lhe o pão da vida e o cálice da salvação” ) e a invocação do Espírito Santo sobre o pão e o vinho implica transubstanciação. ESTE EXEMPLO MOSTRA CLARAMENTE QUE A LITURGIA CATÓLICA CONSERVOU A DOUTRINA TRADICIONAL DO SACRIFÍCIO EUCARÍSTICO E DA PRESENÇA REAL.” 

(Max Thurian, citado em La Croix (Paris), 15 de junho de 1977.)


Para aqueles que dizem que a Missa é protestantizada, há uma pergunta a fazer. Sabem alguma seita protestante, que celebra o rito Liturgia Paulina ou qualquer uma das quatro orações eucarísticas? Não. Nenhum protestante reconhece alguma destas doutrinas do Missal claramente católicas.

Mesmo uma comissão protestante se reunindo, não foi capaz de ler com a "mente" protestante o Missal de Paulo VI, só foi capaz de chegar a conclusão católica sobre ela. Se é dúbio seria mais do que oportuno estes mesmos protestantes dizerem que a Igreja começou a entender que não há transubstanciação, muito pelo contrário, foram enfáticos ao reconhecer que a transubstanciação é de fato o que o texto propõe.
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Então o problema está no Missal ou em quem ler? Lembrando que essa comissão contava com a particitação até por um pastor que participou do CVII. A segunda Oração Eucarística, a qual se levantam problemas, foi inspirada na antiga tradição de Santo Hipólito. 

Não só não havia nenhum único não-católico participando nos trabalhos da Comissão pós-conciliar presidida pelo cardeal Lercaro de Bolonha, como também não havia protestantes no terceiro século depois de Cristo, para influenciarem na oração de Santo Hipólito na qual essa oração eucarística se baseia.
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Daqui a pouco o pessoal vai dizer que o Concílio de Nicéia tinha coisas Arianisadas e dúbias, e foi influenciado pelos arianos, já que foi necessário outros Concíclio como Calcedônia, para poder resolver a linguagem e algumas palavras que Nicéia não conseguiu resolver.

Outra coisa interessante a se notar é que Max Thurian que supostamente ajudou a protestantizar a missa de Paulo VI, além de dizer que o missal dele não era compatível com a fé protestante, se tornou católico anos depois do CVII

Aqui menciono as palavras do confrade Ed Martins sobre o assunto:

A primeira celebração que assisti durante meu processo de conversou de protestante a católico, foi pensando "putz, o que estou fazendo aqui, não estou entendendo nada..." De primeira não encontrei similaridade nenhuma entre uma a ceia protestante e a Missa. Tirando o Pai Nosso, não lembro de nada que me remetesse ao culto protestante (e tentei encontrar). Algum luterano, anglicano, ou algum protestante ecumênico que enxerga similaridades em tudo quem sabe veja algum ponto de contato, mas a maioria dos protestantes não veem relação nenhuma entre uma coisa e outra e de certa forma abominam esse tipo de comparação. Para um protestante a "Ceia do Senhor" é uma coisa e a Missa é outra, ou seja, uma corrupção da "Ceia original". Dentro de alguns círculos protestantes mais fundamentalistas (os mais loucos), ensinam que a Missa é ato do culto católico em que o padre sacrificaria Cristo, imitando seus carrascos e isso no protestantismo, tem uma conotação negativa.

Para mim uma analise que diga que o Missal de Paulo VI em essência possa levar um católico a ter fé protestante ou que protestantes podem fazer certas orações sem que isso fira a sua fé, fica totalmente presa no plano teórico, mas com pouca relação com a realidade das pessoas. É verdade que o Missal não é tão preciso como era o anterior quando deseja expressar certas verdades da nossa fé, mas acho que é um pulo muito grande afirmar qualquer influencia negativa.


Pastores protestantes influenciaram na missa? Não é isso que o pastor que lá este disse, logo tem que se provar o que foi que eles disseram , por que o que eles disseram está ai acima.


Por que a citação que dizer "Nos nos agradamos como essa missa" significa algo para os tradicionalistas, mesmo que só exista no campo imaginativo e um palavra documentada não vale de nada?

Tenho vários estudos e documentários , vou a um mosteiro ligado à FSSPX a 3 anos, e já assisti palestra de Dom Williason pessoalmente... querem que eu leia e saiba mais de que?

Se um protestante diz: 
.. 
"Não há nada que impeça um protestante de assistir a nova missa católica
 
O mundo tem que parar por que isso é prova que a Missa é protestantizada. 

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Quando mostramos o que o próprio pastor que lá esteve e depois se tornou católico disse, não vale absolutamente de nada, pro que milhares de teólogos mundo a fora falaram que a Missa é protestantizada.

Também argumentam que os anglicanos, que são protestantes, celebram  ***também*** com o Missal de Paulo VI. Algumas comunidades não usam ele e usam só o Book of Common Prayer, outras usam os dois, outras só o Rito Romano moderno  sondo enfim uma salada de frutas.

O uso anglicano retira as partes das orações, logo não configura o mesmo rito. É a mesma coisa de dizer crer na bíblia, mas tirar parte delas, aquelas as quais não lhes convém, como sempre fizeram. O fato é o rito tal qual como foi instituído, não é compatível com nada em relação a qualquer comunidade protestante, se esta nega a transubstanciação e o caráter sacrificial da Missa.

Se for para falar de ambiguidades o decreto tridentino também dava a impressão de que o Sacrifício de pão e vinho vinha durante o Ofertório. 

Muitos liturgistas eminentes, mesmo durante os dias de São Pio V discutiam uma reforma do Cânone Romano paraeliminar um mal-entendido sobre o significado do Sacrifício. 

A Missa Tridentina poderia dar a impressão de que a oferta de pão e vinho constituia o sacrifício de Cristo, quando o padre dizia, por exemplo, “Nós oferecemos a Ti, ó Senhor, o cálice da salvação” e "Receba Ó Santo Pai ... essa imaculada oferta ... que eu... vos ofereço ....”.  


Isso fez com que algumas pessoas pensassem que isto era quando o sacrifício de Cristo ocorria, mas na realidade, o sacrifício salvífico de Cristo foi no Calvário, e o sacrifício é perpetuamente renovado no altar no momento da consagração por um sacerdote validamente ordenado, e não antes. O Concílio de Trento ensina claramente isso.


Rafael Rodrigues
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Estamos todos fechados em casa e nossas reservas alimentares estão acabando, diz o Bispo de Luxor

Segundo o Bispo, a campanha contra os cristãos promovida pelos aliados 

da Fraternidade Muçulmana, nasce do fato que eles pensam 

que os cristãos são a causa da queda de Morsi.


“Choro por toda essa humanidade simples de muçulmanos e cristãos que vivem nas aldeias da área, que não têm nada porque suas reservas de comida estão terminando e as pessoas estão com medo de sair de casa. Mesmo quem tem condições não compra alimentos porque as lojas estão todas fechadas. Gostaria de ir até eles para ajudá-los, mas não posso porque eu também estou segregado em casa”, diz à Agência Fides Dom Youhannes Zakaria, Bispo copta católico de Luxor, que sexta-feira, 16 de agosto (dia das manifestações da Fraternidade Muçulmana contra a destituição do Presidente Morsi) sofreu uma tentativa de agressão. 

“Os manifestantes favoráveis a Morsi, depois de expulsos do centro de Luxor, foram até o Episcopado gritando “morte aos cristãos”. Felizmente, a polícia chegou a tempo para nos salvar. Agora, polícia e exército vigiam a casa com dois carros blindados”, conta o Bispo.

“Em Luxor, a situação está crítica, mas não como no Baixo Egito (Minya, Assiut) o no Cairo. Todavia, também houve desordens, durante as quais muitas casas de cristãos foram incendiadas. Dez dias atrás, em uma aldeia aqui perto, 5 cristãos e um muçulmano foram mortos”, diz Dom Zakaria. “Por razões de segurança, cancelamos as celebrações da Assunção, que aqui é celebrada no dia 22 de agosto e não no dia 15. Todos estão fechados em suas casas. Eu estou trancado no Episcopado há cerca de 20 dias. As forças de segurança me aconselharam não sair”, acrescenta Dom Zakaria.


Segundo o Bispo, a campanha contra os cristãos promovida pelos aliados da Fraternidade Muçulmana, nasce do fato que “eles pensam que os cristãos são a causa da queda de Morsi”. “É verdade – continua – que os cristãos participaram das manifestações contra Morsi, mas 30 milhões de egípcios, em maioria muçulmanos, desceram às ruas contra o deposto Presidente. Atacando os cristãos, querem que o Egito termine no caos”. 

Dom Zakaria cita os dados sobre as destruições sofridas pelas confissões cristãs nos últimos dias: “Foram queimadas mais de 80 igrejas e várias escolas cristãs. Lembro que no Egito, a Igreja católica administra mais de 200 escolas de Alexandria a Assuan, e nelas, alunos cristãos e muçulmanos se sentam lado a lado”. 


“Repito o apelo do Papa Francisco para que se reze pela paz no Egito. Somente com o diálogo e com o respeito mútuo se poderá sair desta dramática situação”, conclui o Bispo. (L.M.)
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Fonte: Agência Fides
Disponível em: ZENIT