sábado, 23 de novembro de 2013

Ideologia de gênero. Quem me dirá quem sou?

A diferença da estrutura sexual biológica não é relativa,
ao contrário é um fato dado, uma marca inegável
e segundo a qual a própria criança se depara
desde seus primeiros olhares para seu próprio corpo

Não é de hoje que a vida dos filhos inquietam pais e mães em toda parte. A chegada de uma nova vida é marcante, conturbada e até mesmo desestabilizadora. Na era onde tudo deve estar sob o controle das mãos e ao alcance da visão, onde as planilhas financeiras devem dizer com precisão quantas curvas faremos no futuro, toda e qualquer possibilidade de surpresa parece não ser suportável, pois até a capacidade de admirar-se com o belo se vê aprisionada. O espírito humano, facultado pela força da auto transcendência, parece calar-se diante de ideologias que supõem equivocadamente defender a liberdade.

A ideologia de gênero, expressão utilizada para definir o caráter de neutralidade do gênero humano, ganha espaço na mídia e chega a muitos lares provocando dúvidas e inquietações para aqueles mais desavisados. Não é difícil encontrar mães e pais de família defendendo a forma com que alguns famosos educam seus filhos optando por não dizer-lhes se são meninos ou meninas. Algumas argumentações podem até parecer dignas de aplauso, como por exemplo, a primazia da liberdade de escolha onde os pais também se mostram neutros diante da realidade do filho para que não interfiram em sua opção no futuro.



Ao final das contas o que vemos é um movimento de neutralidade não do gênero, mas dos próprios pais. Muitos casais não querem ter filhos, custam caro, tomam o tempo e requerem atenção e trabalho, agora quando se dão ao trabalho de tê-los não querem se comprometer em ajudá-los a construir sua própria identidade. Até a simples referência de como um homem e uma mulher vivem está sendo furtada dos filhos. A liberdade tão exaltada e defendida para os filhos é dissipada quando não se oferece segurança diante das inegáveis diferenças que a vida lhes impõe. A diferença da estrutura sexual biológica não é relativa, ao contrário é um fato dado, uma marca inegável e segundo a qual a própria criança se depara desde seus primeiros olhares para seu próprio corpo.

A psicologia está repleta de argumentos sobre a importância da organização dos papeis parentais para o desenvolvimento saudável de um ser humano, contudo não são os argumentos teóricos e científicos que parecem fazer diferença no debate midiático que se faz sobre a tão falada ideologia de gênero, tudo se circunscreve sob as defesas ou ataques de questões preconceituosas.



Em uma sociedade onde o status ideológico parece pesar mais que a própria razão, renunciar às responsabilidades parentais aparenta o glamour de quem se coloca acima dos preconceitos sexuais de todos os tipos. Os que se colocam por detrás das mais diversas ideologias que visam esterilizar o comportamento sexual humano aprenderam que oferecer aplauso e status social é a melhor forma de conquistar adeptos para suas causas. Aos pais que se iludem no palco das ideologias cabe lembrar que há um palco ainda maior e mais importante cuja plateia não é tão numerosa e talvez nem tanto glamorosa, é ali onde a vida recobra sentido para o ser mãe e o ser pai, onde, ao longo de cada jornada se é capaz de olhar para o público e ver que ali sentados, na primeira fileira estão apenas os filhos, olhando atentamente, vibrando diante de cada ato, ansiosos por querer ser o quanto antes o mais parecido com seu pai e sua mãe!
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Disponível em: Aleteia

sexta-feira, 22 de novembro de 2013

O Ano da Fé termina, mas a porta da fé continua aberta


No próximo domingo, 24 de novembro, encerraremos o Ano da Fé. Um tempo de graça, que foi um convite à conversão pessoal e pastoral, e uma oportunidade para a renovação da vida e da missão da nossa Igreja.
 
Cada um pode fazer seu exame sobre este ano e cada comunidade pode tirar suas próprias conclusões. Penso que todos nós conseguimos frutos positivos. No entanto, ainda vemos muitos católicos que recebem os sacramentos e praticam devoções, mas não se converteram a Jesus Cristo nem se comprometem com a suaIgreja.
 
Também há católicos frios em sua , que conhecem apenas alguns pontos doutrinais, mas não chegaram a uma relação pessoal com Deus; vários deles deixam a Igreja, buscando novas experiências espirituais em outras comunidades.
 
Para enfrentar esta realidade, convém recordar o que o Papa Bento XVI ensinou: "Muitas vezes, preocupamo-nos afanosamente com as consequências sociais, culturais e políticas da , dando por suposto que a  existe, o que é cada vez menos realista. Colocou-se uma confiança talvez excessiva nas estruturas e nos programas eclesiais, na distribuição de poderes e funções; mas que acontece se o sal se tornar insípido?"
 
E continua: "Para isso, é preciso voltar a anunciar com vigor e alegria o acontecimento da morte e ressurreição de Cristo, coração do cristianismo, fulcro e sustentáculo da nossa , alavanca poderosa das nossas certezas, vento impetuoso que varre qualquer medo e indecisão, qualquer dúvida e cálculo humano. (...) Portanto, a nossa  tem fundamento, mas é preciso que esta  se torne vida em cada um de nós" (Homilia, 11 de maio de 2010).
 

Na verdade, construímos estruturas pastorais, transmitimos ensinamentos morais, promovemos diversos tipos de celebrações, mas supomos que a  já estava presente e talvez não tenhamos propiciado uma verdadeira experiência espiritual.

 
Antes de celebrar os sacramentos, antes de entrar na comunidade cristã, antes de pedir compromisso apostólico, é preciso receber o primeiro anúncio, o kerygma. Este anúncio é o que suscita a , que não é uma ideia, mas uma luz que vem do alto, uma experiência na ação do Espírito Santo, uma graça para entrar em comunhão com a obra de Deus realizada em Cristo, um contato pessoal com o amor inefável de Deus, que conduz à confiança e à conversão. Sem este anúncio primordial e ardente, a evangelização e a pastoral não dão frutos verdadeiros.
 
Miguel Pastorino escreve: "O kerygma não é uma moda ou uma nova descoberta da Igreja: é o conjunto de fundamentos de todo verdadeiro processo evangelizador, de Pentecostes até hoje. O kerygma não é catequese, não é um discurso doutrinal, não é só o testemunho de vida, não é proselitismo, nem sequer uma estratégia pedagógica prévia à catequese ou uma conversação sobre qualquer tema. Todas estas iniciativas podem ser o âmbito para o anúncio do kerygma, mas não são, em si, o primeiro anúncio".
 
E completa: "O objetivo do primeiro anúncio não é despertar simpatia por Jesus Cristo, mas a conversão do coração. É algo que, sem a experiência de  do evangelizador, é impossível de realizar. Anunciar o kerygma sem é como falar a linguagem do amor sem estar enamorado. Só uma palavra repleta da graça, carregada de experiência do amor de Deus, pode ser um verdadeiro kerygma".
 
O Ano da Fé nos deixa, então, o propósito de cultivar permanentemente em nós, com a força do Espírito Santo, uma relação pessoal e real com Deus, por meio de Jesus Cristo. O acolhimento e a proclamação desta possibilidade requerem uma autêntica renovação espiritual e pastoral em nossa vida eclesial.
 
Não podemos continuar pensando em Cristo e anunciando-o como um personagem do passado; não podemos continuar lendo a Bíblia sem permitir a transformação que Deus faz em nós com a sua Palavra; não podemos continuar orando enquanto o coração está longe de Deus.
 
Não se chega à  com discursos ou abordagens abstratas, mas abrindo-nos à força de Deus que, em Cristo, nos deu a resposta às aspirações e interrogantes da nossa vida. Como diz a carta Porta fidei, a porta da  continua aberta e nos introduz em um caminho que dura a vida toda.
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Disponível em: Aleteia

Como falar de sexo com os filhos?


O sexo é um dos temas mais importantes sobre os quais é preciso conversar com os filhos. Mas também é um dos mais difíceis.
 
Apresentamos, a seguir, algumas dicas sobre como abordar o tema na família. O ideal é começar a conversar com os filhos sobre sexo desde que são pequenos (sugere-se iniciar antes dos 12 anos), destacando a importância de esperar até o casamento para dar início à vida sexual.

 
1. Aproveite momentos que possam ser oportunos. Sempre surgem momentos nos quais é possível iniciar uma conversa de maneira natural: por exemplo, ao ver uma cena de sexo em uma novela ou filme.

 
2. Dê a informação aos poucos. Não queira abranger o tema todo em uma só conversa, pois isso pode ser cansativo e incômodo, tanto para seus filhos quanto para você. Conversando sobre sexo aos poucos, seus filhos poderão ir formando suas opiniões e princípios, e valorização o fato de não terem recebido toda a informação de uma só vez.

 
3. Tenha senso de humor. Falar de sexo pode ser algo muito pesado, razão pela qual vale a pena tratar do tema de maneira ágil e com bom humor.

 
4. Mostre aos seus filhos quão maravilhoso é viver a sexualidade com a pessoa com quem se decide formar uma família. Enfatize a importância de esperar até o casamento, mesmo que você tenha tido relações sexuais antes de casar-se.



Os pais são uma importante referência para os filhos e, ainda que nem sempre tenham dado bom exemplo, é possível orientá-los de maneira adequada, para que não cometam os mesmos erros. É preciso que os pais estejam convencidos daquilo que pretendem ensinar aos seus filhos.

 
Nunca se esqueça: os pais são o maior exemplo para os filhos; a única maneira de evitar uma gravidez indesejada ou uma DST é a abstinência; nenhum método anticoncepcional é 100% seguro.

 
É importante dedicar tempo a estar com os filhos e lembrar de que a presença de um adulto durante seus tempos de lazer é conveniente. Os adolescentes que ficam mais tempo sozinhos tendem a iniciar sua vida sexual antes.

 
É preciso conversar com os filhos sobre os riscos do consumo de álcool e demais drogas, entre os quais se encontra o início precoce da vida sexual.

 
Oriente seus filhos sobre as amizades; é preciso que eles cultivem amizades saudáveis, que seus amigos não os pressionem para iniciar a vida sexual nem a ter outros comportamentos de risco, como o consumo de álcool, cigarro e outras drogas.

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Disponível em: Aleteia

O escândalo da corrupção

Todos nós “devemos nos reconhecer pecadores. Todos nós”.
Mas “o corrupto está amarrado a um estado de suficiência,
não sabe o que é a humildade”.

Já falamos no assunto. Mas como a corrupção é um dos piores crimes, disseminada por toda a parte, o Papa Francisco voltou a tratar do assunto na semana passada.

Ainda quando Cardeal, o Papa falava de uma corrupção que é “o joio do nosso tempo”. E o pior: “o corrupto não percebe sua corrupção. Ocorre como com o mau hálito: dificilmente aquele que tem mau hálito o percebe. Os outros é que o sentem e têm que lhe dizer. Por isso, também, dificilmente o corrupto pode sair de seu estado por remorso interno. Seu bom espírito dessa área está anestesiado”. Falando agora, o Papa diferencia a corrupção do simples pecado. Segundo ele, “aquele que peca e se arrepende, pede perdão, se sente frágil, se sabe filho de Deus, se humilha e pede a salvação a  Jesus”. Mas quem é corrupto, “escandaliza”, não pelas suas culpas, mas porque “não se arrepende”, “continua a pecar e, mesmo assim, finge que é cristão”. É alguém que leva, enfim, uma “vida dupla”. E isso “faz muito mal” para a Igreja, para a sociedade e para o próprio homem.

“É inútil que alguém diga ‘Eu sou um benfeitor da Igreja! Eu coloco a mão no bolso e ajudo a Igreja’, se depois, com a outra mão, rouba do Estado, rouba dos pobres”. E o Papa recorda a afirmação de Jesus no Evangelho: “Mais vale a esse que lhe pendurem uma pedra de moinho ao pescoço e seja lançado ao mar!”. “Aqui não se fala de perdão”, observa o papa, o que esclarece ainda mais a diferença entre corrupção e pecado. Jesus “não se cansa de perdoar” e nos exorta a perdoar até sete vezes por dia o irmão que se arrepende. No mesmo Evangelho, porém, Cristo adverte: “Ai daquele que provoca escândalos!”. Jesus “não está falando de pecado, mas de escândalo, que é outra coisa”, ressalta o papa. Quem escandaliza engana, e “onde há engano não há o Espírito de Deus. Esta é a diferença entre o pecador e o corrupto”: quem leva “vida dupla é corrupto”; quem “peca, mas gostaria de não pecar”, é apenas “fraco”: este “recorre ao Senhor” e pede perdão. “Deus o ama, o acompanha, está com ele”.

Todos nós “devemos nos reconhecer pecadores. Todos nós”. Mas “o corrupto está amarrado a um estado de suficiência, não sabe o que é a humildade”. Jesus chamava esses corruptos de “hipócritas”, ou, pior ainda, de “sepulcros caiados”, que parecem “bonitos por fora, mas por dentro estão cheios de ossos de mortos e de toda podridão. Uma podridão envernizada: esta é a vida dos corruptos. E um cristão, que se gaba de ser cristão, mas que não leva vida de cristão, é um desses corruptos”.



“Nós todos conhecemos alguém que está nesta situação: cristãos corruptos, padres corruptos... Quanto mal eles causam à Igreja, porque não vivem no espírito do Evangelho, mas no espírito do mundanismo”. Mundanismo é um perigo a respeito do qual São Paulo já alertava os cristãos de Roma, escrevendo: “Não se conformem com a mentalidade deste mundo”. E, comenta o Papa: “Na verdade, o texto original é mais forte, porque nos diz para não entrarmos nos esquemas deste mundo, nos parâmetros deste mundo, ou no mundanismo espiritual”
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Disponível em: Aleteia

Casamento NÃO é para você!


Estando casado apenas por um ano e meio, eu recentemente cheguei à conclusão de que casamento não é para mim.

Agora, antes que você comece a imaginar coisas, continue lendo.

Eu conheci minha esposa na escola, quando tínhamos 15 anos. Nós éramos amigos havia dez anos, até que… até que decidimos que não queríamos ser apenas amigos. Eu recomendo fortemente que melhores amigos se apaixonem. Haverá bons tempos para todos.

No entanto, me apaixonar por minha melhor amiga não me impediu de ter certos medos e ansiedades sobre me casar. Quanto mais eu e Kim nos aproximamos da decisão de nos casarmos, mais eu fui tomado por um medo paralisante. Eu estava pronto? Eu estava fazendo a escolha correta? Kim era a pessoa certa para mim? Ela me faria feliz?

Então, certa noite, eu compartilhei esses pensamentos e preocupações com meu pai.


Talvez cada um de nós tenha momentos em nossas vidas em que parece que o tempo fica mais lento, ou o ar fica parado, e tudo ao nosso redor parece encolher, marcando aquele momento que você nunca vai esquecer.

Meu pai dando suas respostas às minhas preocupações foi um grande momento para mim. Com um sábio sorriso ele disse, “Seth, você está sendo totalmente egoísta. Então eu vou simplificar as coisas: casamento não é para você. Você não se casa para ser feliz, você se casa para fazer alguém feliz. Mais que isso, seu casamento não é para você, você está casando para uma família. Não apenas para os parentes e todas essas besteiras, mas pelos seus futuros filhos. Quem você quer que te ajude a criá-los?  Quem você quer que os influencie? Casamento não é para você. Não é sobre você.Casamento é sobre a pessoa com quem você se casou.”

Foi nesse exato momento que eu soube que Kim era a pessoa certa para mim. Eu percebi que eu queria fazê-la felizvê-la sorrir todos os dias, vê-la gargalhar todos os dias. Eu queria ser parte da família dela, e a minha família queria que ela fosse parte da nossa. E lembrando de todas as vezes em que a vi brincando com meus sobrinhos, eu soube que ela era a pessoa com quem eu gostaria de construir nossa própria família.

O conselho de meu pai foi ao mesmo tempo chocante e revelador. Foi na contramão da “filosofia Walmart” de hoje, que é: se não te faz feliz, você pode devolver e pegar um novo.

Não, um verdadeiro casamento (e um verdadeiro amor) nunca é centrado em você. É centrado na pessoa que você ama – seus desejos, suas necessidades, suas esperanças, e seus sonhos. O egoísmo exige: “O que há aí para mim?”, enquanto o amor pergunta: “O que eu posso dar?”

Há algum tempo, minha esposa me mostrou o que é amar sem egoísmo. Por muitos meses, meu coração endureceu com uma mistura de medo e ressentimento. Então, quando a pressão chegou a um nível insuportável, as emoções explodiram. Eu era insensível. Eu era egoísta.

Mas, ao invés de se igualar ao meu egoísmo, Kim fez algo além do maravilhoso – ela mostrou um transbordamento deamor. Deixando toda a dor e angústia que eu havia causado, ela amorosamente me tomou em meus braços e acalmou minha alma.

Eu percebi que tinha esquecido o conselho do meu pai. Enquanto o lado de Kim no casamento tinha sido me amar, meulado do casamento era só sobre mim. Essa terrível descoberta me levou às lágrimas, e eu prometi à minha esposa que iria tentar ser melhor.
Para todos que estão lendo esse texto – casados, quase casados, solteiros, ou mesmo solteirão ou solteirona – eu quero que você saiba que casamento não é para você. Nenhuma relação de amor verdadeiro é para você. O amor é para a pessoa que você ama.

E, paradoxalmente, quanto mais você verdadeiramente ama essa pessoa, mais você recebe. E não apenas dessa pessoa, mas dos amigos dela e da família dela e milhares de outras pessoas que você nunca teria conhecido se seu amor permanecesse egoísta.


Na verdade, amor e casamento não são para você. São para os outros.

quinta-feira, 21 de novembro de 2013

Igreja da Inglaterra abre caminho para ordenação episcopal feminina em 2014


O sínodo geral da Igreja da Inglaterra aprovou nesta quarta-feira, 20 de novembro, uma proposta que abre caminho para a ordenação de mulheres ao bispado a partir de julho de 2014. O órgão legislativo da Igreja - formado por bispos, clérigos e leigos - aprovou por 378 votos a favor, 8 contra e 25 abstenções, um documento que prevê o estabelecimento de um mediador para dialogar com as dioceses relutantes em aceitar a direção de mulheres no bispado.

Em novembro de 2012, o sínodo geral rejeitou, após um intenso debate, a nomeação de mulheres como bispos na Inglaterra, fato já permitido em Igrejas Anglicanas em países como a Irlanda, Austrália, Nova Zelândia, Canadá, Estados Unidos, Suíça e África do Sul.

O arcebispo de York, John Sentamu, advertiu que, apesar da aprovação por esmagadora maioria do documento, ainda restam "assuntos importantes" a serem resolvidos. "Não deveríamos abrir ainda as garrafas de champagne ou qualquer outra bebida que consideramos de celebração, porque ainda temos que trabalhar unidos até o final", afirmou Sentamu. após a reunião do sínodo em Londres.


O primeiro ministro do Reino Unido, David Cameron, disse no Parlamento que espera ver "o quanto antes" mulheres bispas na Câmara dos Lordes, um órgão do qual são membros 26 eclesiásticos anglicanos. "Apoio com força que mulheres sejam ordenadas bispas e espero que a Igreja da Inglaterra dê este passo crucial para assegurar a posição de uma Igreja moderna, em contato com a sociedade", afirmou o Premier britânico.

Cameron assegurou que seu governo está "preparado para trabalhar com a Igreja, com o objetivo de estudar formas de fazer chegar às mulheres na Câmara dos Lordes o mais breve possível".

Já o deputado Tony Baldry defendeu a necessidade de modificar a lei para que "as mulheres bispas sejam admitidas na Câmara dos Lordes o quanto antes, sem que tenham que fazer fila atrás de todos os bispos diocesanos que já existem".
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Fonte: Rádio Vaticano
Disponível em: Portal Ecclesia

Porque devo abandonar o protestantismo?


Aprenda agora, como se livrar do Protestantismo e se tornar um autêntico Cristão.

Um protestante sincero, que estivesse em sua seita por ignorância invencível, teria que praticar sinceramente o que ensina a sua seita protestante. Como todas elas mandam ler a Bíblia, ele teria que ler a Bíblia com atenção e respeito. Ora, ao ler a Bíblia, ele encontraria que, nos Atos do Apóstolos, o eunuco da Rainha de Candace diz que não adiante ler a Bíblia, sem ter alguém que a explique (Atos 8,31). E esse protestante supostamente sincero, lê a Bíblia sem que ninguém lha explique, pois para o protestante, não é necessário que ninguém explique a Bíblia a ninguém. Todos seriam inspirados pelo Espírito Santo, o ler a Sagrada Escritura, entendendo-a infalivelmente. Mas, então, como é que o eunuco da rainha, afirmou, na Bíblia, que não pode se entender a Bíblia, se alguém não a explica? Por acaso o Espírito Santo teria deixado de atender ao eunuco, enquanto ele lia a Bíblia? Mas que espírito desleixado ou distraído !…

Esse protestante leria, com os seus olhos, que a Bíblia afirma que “A fé vem pelo ouvido” (Rom 10, 17). E para o protestante a fé vem pelos olhos, vem pela leitura. E não pelo ouvido. Ao ler isso, nosso suposto protestante de boa fé, começaria a se perguntar se o protestantismo, de fato, é certo. Mais adiante, ele leria que no Evangelho de São Lucas, Isabel saudou Maria chamando-a de “Mãe de meu Senhor”. E que todas as gerações chamariam Maria de bem-aventuradada... Exceto a geração de Lutero, que se recusa louvar a Maria…

Esse protestante sincero e de boa fé — em ignorância já meio vencida — leria que, na Cruz, Cristo disse:

“Mulher, eis aí o teu filho. E, dirigindo-se ao discípulo, disse-lhe: “Filho, eis aí tua mãe”. ( Luc 19. 26-27). Depois de ler, esse testamento de Cristo, como esse protestante “sincero” como poderia ele continuar a chamar a Mãe de Cristo, e nossa Mãe misericordiosa, apenas de “a Maria”, como os protestantes normalmente o fazem?

E depois de ler que Cristo deu a PEDRO, as chaves do Reino dos céus, e lhe confiou a missão de apascentar cardeiros e ovelhas de Cristo, como continuar protestante, negando o pastor único estabelecido por Cristo? Como continuar sincero protestante, (agora, sincero sem aspas)? E ademais de ler a Bíblia – que condena de mil modos o protestantismo — esse protestante estranhamente “sincero” deveria também estudar as origens do protestantismo. Deveria estudar a vida de Lutero.

Lendo essa vida, e lendo suas Tische Redden — suas “Conversas à Mesa”– veria que o heresiarca de Wittenberg chamou Cristo de adúltero e de bêbado (Luthero, Tische Redden, ed Weimar, II, 107, n*1472 , apud F. F. Brentano, Lutero, p 151.).

Lendo as obras do heresiarca, veria que, para Lutero, quanto mais o homem pecasse, mais provaria ter fé. Daí o princípio protestante: “Crê firmemente, e peca muitas vezes”.

Pesquisando os cadernos de anotação de Lutero, ficaria sabendo que, para esse herege, Cristo era Deus e o diabo, ao mesmo tempo (Cfr. Theobald Beer, Der frölich Wecsel un Streit, e 30 Giorni, Ano VII, n*2, Fevereiro de 1992, p. 34 seg,).

Vemos então que não seria difícil a um protestante — “sincero” – descobrir que a “Reforma” foi uma rebelião contra a Igreja de Cristo, e que lhe era dever de consciência tornar-se Católico. E se um protestante sincero, lesse a Bíblia com atenção e respeito, saberia que para salvar-se não basta ter fé, é preciso praticar boas obras, conforme ensina São Tiago.

Será que o Papa Francisco é realmente um progressista?


O Papa Francisco continua desafiando os esforços da mídia por limitar a sua mensagem e enquadrá-la em categorias pré-definidas. Em uma de suas homilias matinais desta semana, o Papa alertou contra a negociação com o espírito do mundo.
 
Tal negociação leva a uma uniformidade monótona, a um "progressismo adolescente" e ao sacrifício humano. Ele chamou tal negociação de "apostasia" e a comparou ao adultério. Mais uma vez, falou abertamente sobre o demônio e seus enganos.

 
A atração do mundo desenvolvido, moderno e rico é aceitar sem questionar o agradável, prazeroso e sorridente materialismo da nossa sociedade. O caminho do mundo é apresentado como belo, satisfatório e inofensivo. E, em nosso desejo de seguir a multidão e apenas "encaixar-nos" nela, aceitamos todos os confortos que o mundo tem a oferecer.

 
Fazer isso é amar o caminho do mundo mais do que o caminho do Senhor. Tentações sutis nos arrastam rumo aos valores e ambições mundanos, ao invés de aceitar as exigências do seguimento de Cristo. A tentação é conformar-se com o mundo, ao invés de deixar-se transformar por Cristo, o Senhor. Esta conformidade leva ao que o Papa chama de "progressismo adolescente".
 
Progressismo é a suposição ingênua de que cada dia, em todos os âmbitos, estamos nos tornando melhores. A atitude progressista é fruto de uma aceitação ideológica da teoria da evolução. Enquanto a teoria da evolução pode ser um modelo útil para a compreensão do desenvolvimento da vida na Terra, é nefasta quando se torna uma ideologia.

 
A ideia de que toda a criação está em uma constante e gloriosa ascensão é insidiosa quando aplicada à história da humanidade, e é especialmente perigosa quando aplicada à alma individual.

 
A falácia de que todos nós estamos inexoravelmente ascendendo a algum tipo de Ponto Ômega leva as pessoas a assumirem que nada pode dar errado. Os avanços da ciência e da tecnologia sustentam esta visão ingênua.
 
Uma vez que temos satélites e viagens espaciais, iPhones e comunicação instantânea, acreditamos que a nossa civilização é uma sociedade cada vez mais esplêndida. Este ponto de vista é ainda mais ingênuo quando aplicado à moralidade, e é então que a declaração misteriosa e assustadora do Papa, de que esse progressismoleva ao "sacrifício humano", pode ser entendida.
 
Se os membros de uma sociedade estão absolutamente convencidos de que a sua cultura não é apenas a melhor de sempre, mas que não pode deixar de se tornar cada vez melhor e melhor, eles permanecerão cegos diante dos horrores perpetrados por tal sociedade.

 
Este progressismo ideológico é um otimismo perigosamente imprudente. Nada pode deter este tipo de ideologia, e aqueles que acreditam nela seguirão confiadamente qualquer plano de engenharia social. Considerarão a eutanásia, o aborto, as guerras, a limpeza étnica e o genocídio como avanços em sua causa gloriosa e infalível.

 
Progressismo é uma forma de justiça pessoal. Assim como o religioso hipócrita, o ideólogo progressista não imagina que ele ou os membros do seu grupo podem fazer algo de errado. O Papa está certo em chamar este progressismo de "adolescente": como típicos adolescentes, aqueles que professam esta ideologia estão inabalavelmente convencidos da sua própria retidão; sua arrogância é acompanhada por sua ignorância.

 
O problema do progressismo é que ele é incorrigivelmente dogmático e incapaz de autocrítica. O progressista não consegue criticar a si mesmo; se conseguisse, deixaria de ser progressista. Seu pressuposto básico é que ele não só é bom, mas está ficando cada vez melhor, e se isso é verdade, então não há espaço para a autocrítica. E onde não há espaço para a autocrítica, não há espaço para a autoconsciência.


 
A prática cristã do arrependimento é a única resposta para tão perigoso farisaísmo. Arrepender-se não é simplesmente envergonhar-nos pelas coisas ruins que fizemos; ele envolve um autoexame saudável e um espírito de autocrítica maduro, que abrem o caminho para amadurecer a autoconsciência. Com isso, surge a humilde percepção de que, sem Deus, estamos vazios e perdidos. Mas também percebemos que, com Deus, tudo é possível.
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Disponível em: Aleteia