domingo, 1 de dezembro de 2013

Jovens brasileiros entregam ícone de Nossa Senhora aos franceses


O ícone de Maria Sedes Sapientiae que durante um ano esteve em peregrinação pelo Brasil passou, no último sábado, 30/11, às mãos dos universitários franceses. A passagem simbólica do Ícone - que não é a reprodução de Nossa Senhora Salus Popoli Romani que acompanhou a Cruz Peregrina no Brasil – aconteceu ao final da celebração das Primeiras Vésperas celebradas por Papa Francisco na Basílica Vaticana.

Após a celebração, milhares de jovens continuaram reunidos em festa na Praça São Pedro. Entre eles, jovens universitários brasileiros que estão estudando em Roma. Rodrigo Zanetti, de Carlos Barbosa (RS), carregava o ícone de Maria no momento em que este foi entregue aos jovens franceses e estava emocionado por ter cumprimentado Papa Francisco.

- Eu esperava estar perto do Papa, mas não tão próximo, por estar carregando o ícone de Nossa Senhora. No final, quando o Papa veio nos cumprimentar, foi o auge da celebração, disse à RV.

Durante a homilia, Papa Francisco voltou a usar a expressão que ficou conhecida durante seu encontro com os argentinos no Rio de Janeiro, só que desta vez em italiano.


“Não vejam a vida passar do balcão, desçam, misturem-se lá onde existem os desafios”.

Denis Uchôa, do Piauí, está há três meses em Roma e diz já ter percebido antes esse chamado de Papa Francisco. 

- De um tempo pra cá já tenho visto essas ações do Papa no sentido de incentivar à caridade para com as pessoas que é, de fato, vivenciar o Evangelho, relatou.

Por outro lado, Denis afirma que Papa Francisco também enfrenta desafios aqui na Europa onde, muitas vezes, seu pensamento não é bem compreendido. 

- Porém, penso que Papa Francisco, com auxílio do Espírito Santo, esteja conseguindo transformar até mesmo os corações mais endurecidos, finalizou.

Os Ícones de Maria


O conhecido ícone de Maria da Jornada Mundial da Juventude é uma reprodução da Salus Popoli Romani (Salvação do Povo Romano) muito venerada pelos habitantes da Cidade Eterna e que se encontra na Basílica Papal de Santa Maria Maior. Todavia, Nossa Senhora acompanha os universitários do mundo em uma peregrinação similar - mas não sempre em coincidência com aquela da JMJ - em uma outra invocação, aquela da Sedes Sapientiae (Sede da Sabedoria), um ícone moderno, feito por Marko Rupnik. Este último ícone foi entregue aos jovens universitários pelo Beato João Paulo II em 10 de setembro de 2000, em ocasião do Jubileu do mundo universitário.
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Em referendo, Croácia proíbe casamento gay


A maioria dos cidadãos da Croácia decidiu neste domingo que a Constituição do país deve definir o casamento exclusivamente como a união entre um homem e uma mulher, em um em referendo proposto por uma associação católica e que foi tachado de discriminatório pelos homossexuais.

A votação sobre a proposta de reforma constitucional que confirma que apenas os heterossexuais podem se casar foi aprovada com 64,84% dos votos a favor e 35,56% contra, segundo os primeiros dados oficiais com 25% dos votos apurados.

Segundo os dados preliminares da Comissão Eleitoral, a participação de cidadãos aptos a votar foi inferior a 40%. No entanto, a legislação atual estabelece que basta uma maioria simples de votos a favor, independentemente do índice de participação, para validar o resultado.


Após votar contra a exclusividade do casamento a heterossexuais, o primeiro-ministro croata, o social-democrata Zoran Milanovic, declarou hoje que "infelizmente não pôde ser evitado o referendo sobre o casamento, por mais triste que isso soe".


O governo qualificou como homofóbica a realização da consulta, convocada após uma associação católica conseguir 740.000 assinaturas. 
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Fonte: UOL
Disponível em: Jesus o Bom Pastor

Papa Francisco: Um caminho sem Jesus não é um caminho de cristãos


O Papa Francisco visitou na tarde deste domingo, 1° de dezembro, a paróquia de São Cirilo de Alexandria, localizada no bairro Tor Sapienza, em Roma. Como previsto o Santo Padre encontrou brevemente as crianças da primeira comunhão, os doentes, os batizados, com os seus pais, do ano pastoral em andamento, e os 9 adolescentes que receberam o Sacramento da Confirmação. Enfim confessou alguns dos paroquianos.

No final da missa, que teve início meia hora antes do previsto, o Papa se encontrou com o conselho pastoral formado por trinta agentes paroquiais e voluntários.


Na sua homilia o Papa Francisco destacou que um caminho no qual não é contemplado Jesus "não é um caminho de cristãos". Falando aos 9 crismandos perguntou: "e depois da Crisma, adeus, não se vai mais à Igreja? E verdade ou não? Esta não seja a cerimônia do adeus".


Após a Crisma - continuou o pontífice -, toda a vida, também um encontro com Jesus na oração, quando vamos a Missa, e quando fazemos boas obras, quando visitamos os doentes, quando ajudamos um pobre, quando pensamos nos outros, quando não somos egoístas, quando somos amáveis... encontramos sempre Jesus!. E o caminho da vida é precisamente este: caminhar para encontrar Jesus.


O Santo Padre recorda que "as pessoas que Jesus procurava mais" eram os pecadores, e era repreendido, e diziam que não era um verdadeiro profeta. Jesus perdoa os nossos pecados - recorda o Papa - e nos perdoa na confissão. "Sejam corajosos, exortou. Não tenham medo! Encontrar Jesus é o presente mais bonito".


A paróquia de São Cirilo de Alexandria foi construída 50 anos atrás, em 23 de março de 1963, quando o bairro ainda era pouco desenvolvido e uma pequena capela era usada para funções litúrgicas.
Não obstante se encontre na área de importantes empresas romanas, falta trabalho e a paróquia está fazendo o que pode para atender as dificuldades das famílias.


Esta foi a segunda visita do Papa Francisco a uma paróquia romana desde quando foi eleito.


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Fonte:Rádio Vaticano 
Disponível em: Central Católica

Sejam protagonistas diante dos desafios atuais, diz Papa aos jovens


HOMILIA
Primeiras Vésperas do Advento
Basílica de São Pedro, no Vaticano
Sábado, 30 de novembro de 2013


Renova-se hoje o tradicional encontro de Advento com os estudantes das Universidades de Roma, aos quais se unem os reitores e professores das Universidades romanas e italianas. Saúdo cordialmente a todos: o Cardeal Vigário, os Bispos, as autoridades acadêmicas e institucionais, os assistentes das Capelanias e grupos universitários. Saúdo particularmente vocês, queridos universitários e universitárias.

O desejo que São Paulo dirige aos cristãos de Tessalônica, para que Deus possa santificá-los até a perfeição, por um lado mostra a sua preocupação com sua santidade de vida colocada em perigo, e de outro uma grande confiança na intervenção do Senhor.

Esta preocupação do Apóstolo é válida também para nós cristãos de hoje. A plenitude da vida cristã que Deus realiza nos homens, na verdade, está sempre ameaçada pela tentação de ceder ao espírito mundano.

Por isso, Deus nos doa a sua ajuda mediante a qual podemos preservar os dons do Espírito Santo, a nova vida no Espírito que Ele nos deu. Conservando esta “linfa” saudável em nossa vida, todo o nosso ser, espírito, alma e corpo, se conserva irrepreensível, na posição vertical. Mas por que Deus, depois de ter concedido seus tesouros espirituais, ainda tem de intervir para mantê-los íntegros? Porque somos fracos, a nossa natureza humana é frágil e os dons de Deus são preservados em nós como em “vasos de argila”.


A intervenção de Deus em favor de nossa perseverança até o fim, até o encontro definitivo com Jesus, é expressão de sua fidelidade. Ele é fiel primeiramente a si mesmo. Portanto, a obra que começou em cada um de nós, com seu chamado, Ele a levará até o fim. Isso nos dá segurança e grande confiança: uma confiança que se apoia em Deus e exige nossa colaboração ativa e corajosa para enfrentar os desafios do momento presente.

Queridos jovens universitários, a sua vontade e suas capacidades, unidas ao poder do Espírito Santo que habita dentro de cada um de vocês desde o dia de seu Batismo, permitem que vocês sejam não espectadores, mas protagonistas dos acontecimentos contemporâneos.

São vários os desafios que vocês jovens estudantes universitários são chamados a enfrentar com coragem interior e audácia evangélica. O contexto sociocultural em que vocês estão inseridos às vezes sofre o peso da mediocridade e do tédio.

Não é necessário se resignar à monotonia da vida cotidiana, mas cultivar grandes projetos, ir além do comum: não lhes deixem roubar o entusiasmo juvenil! Seria um erro também deixar-se aprisionar pelo pensamento fraco e pelo pensamento uniforme, bem como pela globalização entendida como homologação.

Para superar estes riscos, o modelo a seguir não é da esfera na qual está nivelada toda saliência e desaparece toda diferença; o modelo é do poliedro que inclui uma multiplicidade de elementos e respeita a unidade na variedade.

O pensamento, de fato, é fecundo quando é expressão de uma mente aberta, que discerne sempre iluminada pela verdade, pelo bem e pela beleza.

Se vocês não se deixarem condicionar pela opinião dominante, mas permanecerem fiéis aos princípios éticos e religiosos cristãos, vocês encontrarão a coragem para caminhar até mesmo contracorrente. Num mundo globalizado, vocês poderão contribuir para salvar peculiaridades e características próprias, buscando, porém não baixar o nível ético.

De fato, a pluralidade de pensamento e de individualidade reflete a multiforme sabedoria de Deus, quando se aproxima da verdade com honestidade e rigor intelectual, de modo que cada um pode ser um dom para o benefício de todos.

O compromisso de caminhar na fé e se comportar de maneira coerente com o Evangelho acompanhe vocês neste tempo de Advento, para viver de maneira autêntica a festa do Natal do Senhor.

Pode ajudá-los o belo testemunho do Beato Pier Giorgio Frassati, que dizia: “Viver sem uma fé, sem um patrimônio para defender, sem apoiar numa luta contínua a verdade, não é viver, mas com viver com dificuldade. Nós não deveríamos viver com dificuldade, mas viver”.


Obrigado e boa caminhada rumo a Belém!


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Disponível em: Portal Ecclesia

Tempo do Advento restitui a esperança, diz Papa no Angelus


ANGELUS
Praça São Pedro – Vaticano
Domingo, 1º de dezembro de 2013


Queridos irmãos e irmãs, bom dia!

Iniciamos hoje, Primeiro Domingo do Advento, um novo ano litúrgico, isso é, um novo caminho do Povo de Deus com Jesus Cristo, o nosso Pastor, que nos guia na história para o cumprimento do Reino de Deus. Por isto, este dia tem um encanto especial, nos faz experimentar um sentimento profundo do sentido da história. Redescobrimos a beleza de estar todos em caminho: a Igreja, com a sua vocação e missão, e toda a humanidade, os povos, as culturas, todos em caminho pelos caminhos do tempo.

Mas em caminho para onde? Há uma meta comum? E qual é esta meta? O Senhor nos responde através do profeta Isaías, e diz assim: “No fim dos tempos acontecerá/ que o monte da casa do Senhor/ estará colocado à frente das montanhas/ e dominará as colinas./ Para aí correrão todas as gentes,/ e os povos virão em multidão:/ “Vinde, dirão eles, subamos à montanha do Senhor,/ à casa do Deus de Jacó:/ ele nos ensinará seus caminhos,/ e nós trilharemos as suas veredas”” (2, 2-3). Isto é aquilo que nos diz Isaías sobre a meta para onde vamos. É uma peregrinação universal para uma meta comum, que no Antigo Testamento é Jerusalém, onde surge o templo do Senhor, porque dali, de Jerusalém, veio a revelação da face de Deus e da sua lei. A revelação encontrou em Jesus Cristo o seu cumprimento, e o “templo do Senhor” tornou-se Ele mesmo, o Verbo feito carne: é Ele o guia e junto à meta da nossa peregrinação, da peregrinação de todo o Povo de Deus; e à sua luz também outros povos possam caminhar rumo ao Reino da justiça, rumo ao Reino da paz. Diz ainda o profeta: “De suas espadas forjarão relhas de arados,/ e de suas lanças, foices./ Uma nação não levantará a espada contra a outra,/ e não se arrastarão mais para a guerra” (2, 4). Permito-me repetir isto que nos diz o Profeta, escutem bem: “De suas espadas forjarão relhas de arados,/ e de suas lanças, foices./ Uma nação não levantará a espada contra a outra,/ e não se arrastarão mais para a guerra”. Mas quando acontecerá isto? Que belo dia será, no qual as armas serão desmontadas, para se transformar em instrumentos de trabalho! Que belo dia será aquele! Que belo dia será aquele! E isto é possível! Apostemos na esperança, na esperança da paz, e será possível!


Este caminho não está nunca concluído. Como na vida de cada um de nós, há sempre necessidade de começar de novo, de levantar-se, de reencontrar o sentido da meta da própria existência, assim, para a grande família humana é necessário renovar sempre o horizonte comum rumo ao qual somos encaminhados. O horizonte da esperança! Este é o horizonte para fazer um bom caminho. O tempo do Advento, que hoje começamos de novo, nos restitui o horizonte da esperança, uma esperança que não desilude porque é fundada na Palavra de Deus. Uma esperança que não desilude, simplesmente porque o Senhor não desilude nunca! Ele é fiel! Ele não desilude! Pensemos e sintamos esta beleza.

O modelo desta atitude espiritual, deste modo de ser e de caminhar na vida é a Virgem Maria. Uma simples moça do campo, que leva no coração toda a esperança de Deus! Em seu ventre, a esperança de Deus tomou carne, fez-se homem, fez-se história: Jesus Cristo. O seu Magnificat é o cântico do Povo de Deus em caminho, e de todos os homens e mulheres que esperam em Deus, no poder da sua misericórdia. Deixemo-nos guiar por ela, que é mãe, é mãe e sabe como guiar-nos. Deixemo-nos guiar por ela neste tempo de espera e de vigilância ativa.

A todos desejo um bom início de Advento. Bom almoço e até mais!
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Fonte: Boletim da Santa Sé
Tradução: Jéssica Marçal

As 12 estrelas


A bandeira da União Européia (UE), estabelecida pelo Tratado de Maastricht na década de 1990, possui 12 estrelas douradas que formam um círculo sobre um fundo azul. Essa bandeira aparece na face de todas as notas de “Euro” e as estrelas em todas as moedas. Essa bandeira foi criada pelo designer francês católico Arsène Heitz, que ganhou a competição para a escolha do símbolo maior da UE. Heitz disse que se inspirou na “Medalha Milagrosa” que ele usava no pescoço. O simbolismo da bandeira é uma clara alusão à devoção mariana, que atribui a Nossa Senhora a passagem do início do capítulo 12 do Apocalipse: “E viu-se um grande sinal no céu: uma mulher vestida do sol, tendo a lua debaixo dos seus pés, e sobre a cabeça uma coroa de 12 estrelas”. O presidente da comissão julgadora era um judeu belga que se convertera ao catolicismo e foi bastante sensível ao número 12 que, na simbologia bíblica, representa a perfeição: 12 tribos de Israel, 12 Apóstolos, 12 meses do ano, etc.

Interessante e irônico! A Europa, que cada vez mais rejeita os valores cristãos, que tinha recusado estampar a cruz na sua bandeira por ser um símbolo cristão, acabou colocando nela um símbolo mariano, honrando assim a Mãe de Jesus. “Ad Jesum per Mariam!” Parece com a história daquele ateu que não conseguia rezar o Pai-Nosso, e tentou rezar a Ave-Maria: é claro que se converteu. Chegou, por Maria, até Jesus. Caminho seguro!


A “Medalha Milagrosa”, que inspirou o designer francês, tem origem na célebre aparição de Nossa Senhora a Santa Catarina Labouré, então noviça das Irmãs da Caridade de São Vicente de Paulo, em Paris, em 27 de novembro de 1830, há precisamente 183 anos. A Virgem lhe apareceu sobre um grande globo, com os braços estendidos e dedos ornados por anéis que irradiavam luz e rodeada por uma frase que dizia: Ó Maria, concebida sem pecado, rogai por nós que recorremos a vós”. E lhe disse: “Faz cunhar uma medalha onde apareça minha imagem como vês agora. Todos os que a usarem receberão grandes graças”. E Maria lhe mostrou como deveria ser o verso da medalha: a letra M, monograma de Maria, com uma cruz em cima, os Corações de Jesus e de sua Mãe, contornado por uma coroa de 12 estrelas.

A frase inscrita na medalha sintetiza a mensagem que a Virgem revelou: sua Imaculada Conceição, que seria proclamada dogma de Fé em 1854, pelo Papa Pio IX, e ratificada na aparição de Lourdes em 1858, e a mediação da Mãe de Deus junto ao seu Divino Filho: Maria, Medianeira imaculada. Assim temos Nossa Senhora das Graças, da Medalha Milagrosa.

Interessante é que de início, o padre confessor de Santa Catarina, Pe. Jean Marie Aladel, não acreditou no que ela lhe contou, mas depois de dois anos de cuidadosa observação, ele se dirigiu ao Arcebispo, que ordenou a cunhagem das medalhas, que se espalharam pela Europa e por todo o mundo, sendo o veículo de inúmeras graças de Deus.

O Papa Pio XII chamou Santa Catarina Labouré de “a santa do silêncio”, pois guardou consigo até à morte o segredo dessa aparição.


Dom Fernando Arêas Rifan

Bispo da Administração Apostólica Pessoal 
São João Maria Vianney

sábado, 30 de novembro de 2013

Palmas para o palhaço


Certo dia, durante o espetáculo, os bastidores do teatro pegaram fogo. O palhaço apareceu no palco para alertar o público. Todos pensaram que fosse uma brincadeira e começaram a aplaudir. O coitado insistiu, mas as palmas só aumentaram. - Assim - ele pensou - acabará o mundo: na alegria das pessoas de bem pensando que tudo seja uma farsa -. Quem escreveu isso foi o filósofo Sören Kierkegaard alguns anos atrás.

Poucas palavras são suficientes para representar o drama da vida humana. Chegamos neste mundo, aplaudimos, rimos, choramos, gritamos, dançamos, deixamos o tempo passar. Assim vai a vida. Na infância devemos crescer. Na juventude desfrutar da vida. Na idade mais adulta enriquecer. Na idade avançada cuidar das doenças. Com tantas coisas para fazer, temos pouco tempo para pensar. Seria mais honesto dizer que temos pouca vontade de refletir. Buscar o sentido da vida é cansativo, pode nos levar à angustia ou à paz. Depende de nós, trocarmos a vida por uma farsa ou dar-lhe um sentido.
 
Com o primeiro domingo do Advento, recomeçamos o ano litúrgico. Iremos repercorrer todo o mistério cristão, os grandes eventos da nossa salvação. O primeiro a ser vivido será o Natal de Jesus. Neste tempo, para ir às compras, basta ter dinheiro no bolso ou crédito no banco. Mas para viver o Natal de Jesus, precisa buscar algo mais na vida. Algo que não é vendido, mas doado, algo que não aparece atrás dos pisca-piscas chamativos, mas que deve ser buscado com firmeza e esperança. Falo nada menos que de Deus e do sentido da nossa vida.

Pensando bem a existência humana é uma contínua surpresa. Simplesmente porque, apesar dos nossos esforços e dos nossos "seguros" contra os imprevistos, muito - ou quase tudo - não depende de nós. Para começar foram outros, os nossos pais, que nos chamaram à vida. Já é muito se conseguimos decidir a respeito da nossa profissão e da nossa família. Às vezes foram as circunstâncias a resolver as coisas para nós ou, simplesmente, como muitos pensam, o destino. E a saúde? Fazemos exames e mais exames, mas quem pode saber o certo?

No entanto, no meio das diversas situações, lá estamos nós tentando entender o porquê das coisas. "Dois homens estarão trabalhando no campo: um será levado e o outro será deixado..." (Mt 24,40). Assim duas mulheres... Uma será levada e a outra deixada. (v.41). Porque Jesus nos disse estas coisas? Já não são suficientes as incertezas da vida? Ainda, por cima, fala-nos do ladrão que vem, lógico, sem avisar o dono da casa... É para nos assustar, deixar-nos inquietos ou para nos alertar?

Advento, caminhada para o Natal do Senhor


Advento significa vinda, chegada! Advento é tempo de preparação para a vinda do Senhor, bem como a própria vinda na celebração, pela mudança de vida, a prática da justiça e da caridade.

Natal significa nascimento, nascimento de Jesus Cristo. É vinda de Jesus Cristo, vinda celebrada e atualizada na celebração do seu Natal. O nascimento de Jesus Cristo é o centro das festividades do Natal.

As celebrações do ciclo de Natal referem-se à vinda de Deus para morar entre os seres humanos. No centro de tudo está o Menino Deus envolto em faixas, e não o papai Noel com seus presentes nem a Ceia de Natal. Este seria o natal do comércio alimentado pelo consumo.

Natal é a festa da vida que nasce, a festa do maior presente que Deus concedeu à humanidade, seu Filho, Jesus Cristo. Na Vida que nasce a humanidade celebra o dom da vida de todos. A alegria pelo dom da vida se expressa bem através dos presentes e da Ceia de Natal. Contudo, a melhor maneira de celebrar o Natal do Senhor consiste em participar da Ceia do Senhor, a Eucaristia.

As festas do ciclo de Natal compreendem todas as festas da manifestação do Senhor neste mundo: seu nascimento em Belém; seu nascimento de Maria; seu nascimento em uma Família, a Sagrada Família; sua manifestação aos povos, simbolizados pelos magos do Oriente e sua manifestação como Filho de Deus no batismo do Jordão.


A comemoração desta vinda do Senhor vem precedida de um tempo de preparação, o tempo do Advento.